Cena do longa cearense Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena
Foram anunciados nesta quarta-feira, 21/06, no Cine Passeio, os vencedores do 12º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que contou com 87 filmes na programação. Neste ano, pela primeira vez, o evento premiou categorias técnicas na Competitiva Brasileira, além de trazer de volta o Prêmio do Público para melhor curta-metragem.
Dirigido por Fernanda Faya, Neirud recebeu o Prêmio Olhar de melhor filme da Competitiva Brasileira de longas. O documentário, com traços performáticos, busca a personagem título, tia da diretora, que trabalhava no circo e era presença marcante nas festas da família, mas de quem pouco se sabia. O filme também recebeu o prêmio de melhor montagem.
O mineiro Ramal, de Higor Gomes, retrato da juventude da periferia da cidade de Sabará, em Minas Gerais, onde jovens e suas motos passam o tempo, foi o vencedor do Prêmio Olhar de melhor filme da Competitiva Brasileira de curta-metragem. Além disso, Cemitério Verde, de Maurício Chades, recebeu o Prêmio Especial do Júri.
O júri de longas-metragens foi formado pelos atores Fabrício Boliveira e Guilherme Weber; pelo codiretor artístico do RIDM, Rencontres Internationales du Documentaire de Montréal, Hubert Sabino-Brunette; pela diretora e montadora Jéssica Queiroz; e pela crítica e curadora Nanako Tsukidate.
Os escolhidos do público nesta 12ª edição do Olhar de Cinema foram: o longa-metragem Anhell69, de Theo Montoya, e o curta Uma Espécie de Testamento, de Vuillemin Stephen. O filme de Montoya, ficção que se mistura à realidade para buscar a cena queer de Medellín, na Colômbia, também foi o escolhido pelo júri para receber o Prêmio Olhar de melhor filme na Competitiva Internacional de longa-metragem.
A produção chinesa Fuga de Visão, de Peng Zuqiang, foi eleita o melhor filme da Competitiva Internacional de curta-metragem. O júri foi formado pelo programador Antoine Thirion, pelo pesquisador e professor Bernardo Oliveira, e pela curadora e escritora Chloe Roddick. O time também foi responsável pelos prêmios das mostras competitivas brasileiras e internacionais de curtas-metragens e Novos Olhares.
A produção paranaense se destacou com o Prêmio AVEC-PR, que neste ano homenageou Solange Stecz, importante nome da preservação e formação audiovisual no estado. O vencedor foi Midríase, de Eduardo Monteiro, que tem como protagonistas dois seres que residem em um mundo isolado e artificializado. Já o Prêmio Abraccine, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema, foi concedido para o longa-metragem cearense Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena, e para o curta-metragem Ramal, de Higor Gomes.
Conheça os vencedores do Olhar de Cinema 2023:
COMPETITIVA BRASILEIRA | LONGAS
PRÊMIO OLHAR | MELHOR FILME Neirud, de Fernanda Faya
MELHOR DIREÇÃO Suellen Vasconcelos e Tati Franklin, por Toda Noite Estarei Lá
MELHOR ROTEIRO Quando Eu Me Encontrar, escrito por Amanda Pontes e Michelline Helena
MELHOR ATUAÇÃO Mel Rosário, por Toda Noite Estarei Lá
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE Zé, por Oswaldo Lioi
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA O Estranho, por Camila Freitas
MELHOR SOM O Estranho, por Gustavo Nascimento, Léo Bortolin e Vitor Moraes
MELHOR MONTAGEM Neirud, por Yuri Amaral
COMPETITIVA BRASILEIRA | CURTAS
PRÊMIO OLHAR | MELHOR FILME Ramal, de Higor Gomes
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI Cemitério Verde, de Maurício Chades
COMPETITIVA INTERNACIONAL
PRÊMIO OLHAR | MELHOR LONGA-METRAGEM Anhell69, de Theo Montoya (Colômbia/Romênia/França/Alemanha)
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI Lugar Seguro (Sigurno Mjestro), de Juraj Lerotić (Croácia)
PRÊMIO OLHAR | MELHOR CURTA-METRAGEM Fuga de Visão (瞥漏), de Zuqiang Peng (China)
NOVOS OLHARES
PRÊMIO OLHAR | MELHOR LONGA Mudos Testemunhos (Mudos Testigos), de Jerónimo Atehortúa e Luis Ospina (Colômbia/França)
OUTROS PRÊMIOS
PRÊMIO DO PÚBLICO Melhor longa: Anhell69, de Theo Montoya (Colômbia/Romênia/França/Alemanha) Melhor curta: Uma Espécie de Testamento (Un Genre de Testament), de Vuillemin Stephen (França)
PRÊMIO ABRACCINE Melhor longa: Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena Melhor curta: Ramal, de Higor Gomes
PRÊMIO AVEC-PR SOLANGE STECZ Melhor Filme: Midríase, de Eduardo Monteiro Menção Honrosa: A Trilha Sonora de um Bairro, de Carlos Alberto Moura e Danilo Custódio
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*O CINEVITOR está em Curitiba e você acompanha a cobertura do 12º Olhar de Cinema por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Foram divulgados nesta quarta-feira, 21/06, os finalistas ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023. A cerimônia, realizada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, considerada a maior premiação do setor audiovisual nacional, acontecerá no dia 23 de agosto, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.
Nesta 22ª edição, Medida Provisória, de Lázaro Ramos, lidera a lista com 15 indicações, entre elas, melhor longa de ficção. Na sequência, aparece Marte Um, de Gabriel Martins, com 13 indicações. A cerimônia contará com transmissão ao vivo para todo o país pelo Canal Brasil e pelo YouTube da Academia.
A lista de finalistas de 2023 reúne mais de 200 profissionais indicados em 34 longas-metragens brasileiros e 12 longas estrangeiros. Também estão na disputa 15 curtas brasileiros (5 de ficção, 5 documentários e 5 de animação); e 14 séries (4 de animação, 5 documentários e 5 de ficção). O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é votado por profissionais das mais diversas áreas do setor que são associados à Academia, entidade aberta para toda a classe.
Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, disse: “É uma alegria imensa chegar à 23ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro que, não por acaso, chama-se, com toda a pertinência, reverência e reconhecimento, Prêmio Grande Otelo. Esse é um ano muito especial porque se comemora também 125 anos do cinema brasileiro e ele se mostra cada vez mais plural. O Brasil é plural. Viva nosso encontro! Viva nossos filmes! Viva a nossa insistência!”.
Escolhidos em votação pelos sócios da Academia, os finalistas concorrem ao Prêmio Grande Otelo em 28 categorias, além do prêmio do Voto Popular. Uma das novidades é que a partir deste ano, os filmes ibero-americanos foram indicados não pelos distribuidores, mas pelas academias de seus respectivos países: Academia de Cine de Chile, Academia de las Artes y Ciencias Cinematográficas de la Argentina, Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España, Academia Colombiana de Artes y Ciencias Cinematográficas e Academia Portuguesa de Cinema.
Outra novidade é que as séries de ficção passam a concorrer em uma única categoria, sem distinção para as produções independentes de TV aberta, TV Paga e OTT; e a categoria de melhor longa-metragem de comédia concorrerá exclusivamente ao Voto Popular.
Os vencedores serão escolhidos no segundo turno, entre 29 de junho e 10 de julho, com votação entre os sócios da Academia. No dia 23 de julho, começa a votação popular pela internet, para que o público eleja seu filme favorito entre os longas brasileiros finalistas de ficção (drama e comédia) e documentário. Em 2023, foram inscritos mais de 2 mil profissionais nas diferentes categorias, 85 longas de ficção, 35 longas documentários, 6 longas infantis, 5 longas de animação, 29 séries de ficção, 31 séries documentais, 4 séries de animação, 18 curtas-metragens animação, 23 curtas documentários, 20 curtas ficção, 12 filmes ibero-americanos, 40 filmes internacionais.
Além disso, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023 contará também com uma homenagem ao cineasta Vladimir Carvalho, direção do artista visual Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes. Como acontece todos os anos, a abertura dos envelopes e os resultados são apurados, acompanhados e auditados pela PwC Brasil.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é presidida por Renata Almeida Magalhães e a diretoria é composta por Paulo Mendonça (vice-presidente), Bárbara Paz, Ariadne Mazzetti, Allan Deberton e Jeferson De.
Conheça os indicados ao 22º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:
MELHOR LONGA-METRAGEM | FICÇÃO A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky Eduardo e Mônica, de René Sampaio Marte Um, de Gabriel Martins Medida Provisória, de Lázaro Ramos Paloma, de Marcelo Gomes
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO A Jangada de Welles, de Petrus Cariry e Firmino Holanda Amigo Secreto, de Maria Augusta Ramos Clarice Lispector: A Descoberta do Mundo, de Taciana Oliveira Kobra Auto Retrato, de Lina Chamie O Presidente Improvável, de Belisario Franca
MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA *concorre exclusivamente na categoria Voto Popular Bem-vinda a Quixeramobim, de Halder Gomes Jesus Kid, de Aly Muritiba O Clube dos Anjos, de Angelo Defanti Papai é Pop, de Caito Ortiz Vale Night, de Luís Pinheiro
MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida Alice no Mundo da Internet, de Fabrício Bittar DPA 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo, de Mauro Ribeiro de Lima Pequenos Guerreiros, de Bárbara Cariry Pluft, o Fantasminha, de Rosane Svartman
MELHOR LONGA-METRAGEM | ANIMAÇÃO Além da Lenda: O Filme, de Marília Mafé e Marcos França Meu Amigãozão: O Filme, de Andrés Lieban Meu Tio José, de Ducca Rios Tarsilinha, de Celia Catunda e Kiko Mistrorigo Tromba Trem: O Filme, de Zé Brandão
MELHOR DIREÇÃO Gabriel Martins, por Marte Um Laís Bodanzky, por A Viagem de Pedro Marcelo Gomes, por Paloma René Sampaio, por Eduardo e Mônica Rosane Svartman, por Pluft, o Fantasminha
MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM Angelo Defanti, por O Clube dos Anjos Bruno Torres, por A Espera de Liz Caio Blat, por O Debate Carolina Markowicz, por Carvão Lázaro Ramos, por Medida Provisória
MELHOR ATRIZ Alice Braga, por Eduardo e Mônica Andréa Beltrão, por Ela e Eu Dira Paes, por Pureza Kika Sena, por Paloma Marcélia Cartaxo, por A Mãe
MELHOR ATOR Alfred Enoch, por Medida Provisória Antonio Pitanga, por Casa de Antiguidades Carlos Francisco, por Marte Um Cauã Reymond, por A Viagem de Pedro Gabriel Leone, por Eduardo e Mônica
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Adriana Esteves, por Medida Provisória Camila Márdila, por Carvão Camilla Damião, por Marte Um Drica Moraes, por As Verdades Helena Ignez, por A Mãe
MELHOR ATOR COADJUVANTE André Abujamra, por O Clube dos Anjos Augusto Madeira, por O Clube dos Anjos Cícero Lucas, por Marte Um Emicida, por Medida Provisória Flávio Bauraqui, por Medida Provisória
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA A Viagem de Pedro, por Pedro J. Marquez Carvão, por Pepe Mendes Eduardo e Mônica, por Gustavo Hadba Marte Um, por Leonardo Feliciano Medida Provisória, por Adrian Teijido Pureza, por Felipe Reinheimer
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL A Espera de Liz, escrito por Bruno Torres e Simone Iliescu A Viagem de Pedro, escrito por Laís Bodanzky Carvão, escrito por Carolina Markowicz Marte Um, escrito por Gabriel Martins Paloma, escrito por Marcelo Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Eduardo e Mônica, escrito por Matheus Souza, Claudia Souto, Jessica Candal e Michele Frantz; inspirado na música Eduardo e Mônica, de Renato Russo Jesus Kid, escrito por Aly Muritiba; adaptado da obra Jesus Kid, de Lourenço Mutarelli Medida Provisória, escrito por Lusa Silvestre, Lázaro Ramos, Elisio Lopes Jr. e Aldri Anunciação; adaptado da obra Namíbia, Não!, de Aldri Anunciação O Clube dos Anjos, escrito por Angelo Defanti; adaptado da obra homônima de Luis Fernando Veríssimo O Debate, escrito por Jorge Furtado e Guel Arraes; adaptado do livro O Debate, de Jorge Furtado e Guel Arraes
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE A Viagem de Pedro, por Adrian Cooper Eduardo e Mônica, por Tiago Marques Marte Um, por Rimenna Procópio Medida Provisória, por Tiago Marques O Clube dos Anjos, por Fernanda Carlucci Paloma, por Marcos Pedroso
MELHOR FIGURINO A Viagem de Pedro, por Marjorie Gueller, Joana Porto e Patricia Dória Eduardo e Mônica, por Valeria Stefani Marte Um, por Marina Sandim Medida Provisória, por Alex Brollo Paloma, por Gabi Campos
MELHOR MAQUIAGEM A Viagem de Pedro, por Tayce Vale e Blue Eduardo e Mônica, por Auri Mota Medida Provisória, por Adriano Marques O Clube dos Anjos, por Amanda Mirage Paloma, por Donna Meirelles Pluft, o Fantasminha, por Mari Fugueiredo e Cacá Zech
MELHOR EFEITO VISUAL A Espera de Liz, por Marcelo Siqueira A Viagem de Pedro, por Eduardo Schaal, Guilherme Ramalho e Hugo Gurgel Jesus Kid, por Leonardo Sindlinger, Michel Takahashi e Karlos Shirmer Marte Um, por Gabriel Martins Medida Provisória, por Paulo Barcellos Pluft, o Fantasminha, por Sandro Di Segni
MELHOR MONTAGEM A Viagem de Pedro, por Eduardo Gripa Eduardo e Mônica, por Lucas Gonzaga Marte Um, por Thiago Ricarte e Gabriel Martins Medida Provisória, por Diana Vasconcellos O Clube dos Anjos, por Livia Arbex Pureza, por Marcelo Moraes
MELHOR SOM A Espera de Liz, por Bruno Armelin e Bernardo Adeodato Alemão 2, por Gabriela Bervian, Ricardo Cutz e Matheus Miguens Marte Um, por Marcos Lopes e Tiago Bello Medida Provisória, por Marcel Costa, Waldir Xavier e Bernardo Adeodato Pluft, o Fantasminha, por Álvaro Correia, Waldir Xavier, Armando Torres Jr. e Caio Guerin
MELHOR TRILHA SONORA Eduardo e Mônica, por Pedro Guedes, Fabiano Krieger e Lucas Marcier Marte Um, por Daniel Simitan Medida Provisória, por Plínio Profeta, Rincon Sapiência e Kiko de Sousa O Clube dos Anjos, por André Abujamra Paloma, por Nelson Soares e Marcos Moreira
MELHOR FILME IBERO-AMERICANO 1976, de Manuela Martelli (Chile/Argentina) Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina) As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen (Espanha) La Jauría, de Andrés Ramírez Pulido (Colômbia) Restos do Vento, de Tiago Guedes (Portugal)
MELHOR FILME INTERNACIONAL 1982, de Oualid Mouaness (Líbano) A Mulher Rei, de Gina Prince-Bythewood (EUA) Avatar: O Caminho da Água, de James Cameron (EUA) Boa Sorte, Leo Grande, de Sophie Hyde (Reino Unido) Elvis, de Baz Luhrmann (EUA) Pantera Negra: Wakanda para Sempre, de Ryan Coogler (EUA) Top Gun: Maverick, de Joseph Kosinski (EUA)
MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno Em Busca da Terra-Música Prometida, de Gabriel Bitar Meu Nome é Maalum, de Luisa Copetti Nonna, de Maria Augusta V. Nunes O Senhor do Trem, de Aída Queiroz e Cesar Coelho
MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO A Última Praga de Mojica, de Cédric Fanit, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira Carta para Glauber, de Gregory Baltz Peixes Não se Afogam, de Anna Azevedo Território Pequi, de Takumã Kuikuro Trópico de Capricórnio, de Juliana Antunes
MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro Big Bang, de Carlos Segundo Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli Infantaria, de Laís Santos Araújo Sobre Amizade e Bicicletas, de Júlia Vital Último Domingo, de Joana Claude e Renan Brandão
MELHOR SÉRIE ANIMAÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT Cordélicos (1ª Temporada) (Canal TV O Povo) O Show da Luna(7ª Temporada) (Discovery Kids) Passagens da Independência (1ª Temporada) (Canal Futura e Globoplay) Vamos Brincar com a Turma da Mônica (1ª Temporada) (Giga Gloob)
MELHOR SÉRIE DOCUMENTÁRIO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT Em Casa com os Gil(1ª Temporada) (Amazon Prime Video) Lei da Selva: A História do Jogo do Bicho (1ª Temporada) (Canal Brasil) O Caso Celso Daniel (1ª Temporada) (Globoplay) Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez (1ª Temporada) (HBO Max) PCC: Poder Secreto (1ª Temporada) (HBO Max)
MELHOR SÉRIE FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT Bom Dia, Verônica (2ª Temporada) (Netflix) Manhãs de Setembro (2ª Temporada) (Amazon Prime Video) Rota 66: A Polícia que Mata (1ª Temporada) (Globoplay) Sob Pressão (5ª Temporada) (Globoplay) Turma da Mônica: A Série (1ª Temporada) (Globoplay)
Foram anunciados nesta sexta-feira, 16/06, no Teatro João do Vale, em São Luís, no Maranhão, os vencedores da 46ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, que exibiu cerca de 200 filmes em sua programação. Quarto mais longevo festival de cinema do país, o Guarnicê celebra o audiovisual maranhense e nacional há 46 anos.
Nacionalmente, o pernambucano Fim de Semana no Paraíso Selvagem, de Severino, foi premiado em sete categorias, entre elas, a de melhor filme. O longa Rumo recebeu Menção Honrosa: “pela relevância do tema neste momento tão importante para a afirmação da democracia brasileira, cuja construção diária passa pela educação e universidade pública de qualidade e com inclusão, rumo a uma sociedade mais igualitária e menos injusta, em que a política de cotas raciais é, tem sido e será fundamental tanto para a afirmação da democracia quanto do cinema brasileiro”, disse a justificativa do júri. Enquanto isso, o destaque maranhense deste ano foi o longa De Repente Drag, de Rafaela Gonçalves, com oito prêmios, entre eles, o de melhor direção.
Entre os curtas nacionais, Big Bang, de Carlos Segundo, foi o grande vencedor. O júri justificou: “pela construção narrativa inteligente e inusitada com que trata temas importantes como a opressão e a precariedade a que a classe trabalhadora é submetida, mas sobretudo como mostra a resiliência e resistência dessa mesma classe. Por trazer ao protagonismo um corpo frequentemente invisibilizado na sociedade e também no cinema e dar a ele a possibilidade de uma representação digna e delicada”.
O curta Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari, recebeu Menção Honrosa: “pela relevância e urgência do tema; por utilizar a sinergia entre cinema e sonho para ecoar um pedido de socorro e alerta contra as opressões e violências vividas pelos povos indígenas, e ao mesmo tempo revelar a beleza, a delicadeza, a sabedoria do povo yanomami em sua relação com a natureza, com a mãe-terra, com a terra-floresta, em imagens raras e genuínas”, justificou o júri.
Entre os longas maranhenses, Mar de Lixo, de Taciano Britto, foi eleito o melhor filme. O júri justificou: “o filme conduz com desenvoltura um assunto extremamente complexo que é a questão ambiental e de como os reflexos do descaso, seja do governo, como a sociedade ainda não se atentaram plenamente à gravidade da questão. O filme soube lidar captando um assunto não somente local, mas de abrangência e relevância universal”.
Além disso, foram entregues duas menções honrosas para: Guarnicê: Uma História pra Contar, “por retratar um período de grande efervescência cultural iniciada nos anos 1980 na cidade de São Luís, que teve ampla repercussão em diversos segmentos artísticos”; e O Arquiteto de Sonhos, “por retratar umas das figuras que mais contribuíram para que São Luís recebesse o título de Patrimônio da Humanidade. Um apaixonado pela cultura e tradições do Maranhão que nunca deixou de sonhar e realizar”.
O Júri Nacional foi formado por Ângela Gomes, Bertrand Lira e Maria Augusta V. Nunes. Já o Júri Maranhense contou com Arturo Saboia, Naýra Albuquerque e Luiz Henrique Gehlen.
Conheça os vencedores do 46º Festival Guarnicê de Cinema:
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGA-METRAGEM
Melhor Filme: Fim de Semana no Paraíso Selvagem, de Severino (PE) Melhor Filme | Júri Popular: Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo (DF) Menção Honrosa: Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo (DF) Melhor Direção: Severino, por Fim de Semana no Paraíso Selvagem Melhor Ator: Breno Moroni, por Katharsys Melhor Atriz: Ana Flavia Cavalcanti, por Fim de Semana no Paraíso Selvagem Melhor Ator Coadjuvante: Luciano Pedro Jr., por Fim de Semana no Paraíso Selvagem Melhor Atriz Coadjuvante: Anna Abbot, por Praia do Silêncio Melhor Roteiro: No Vazio do Ar, escrito por Priscilla Brasil Melhor Direção de Fotografia: Fim de Semana no Paraíso Selvagem, por Beto Martins Melhor Direção de Arte: Rumo, por Diego Simas e Lia Maria Melhor Montagem/Edição: No Vazio do Ar, por Priscilla Brasil Melhor Trilha Sonora Original: Fim de Semana no Paraíso Selvagem, por Amaro Freitas Melhor Desenho de Som: Fim de Semana no Paraíso Selvagem, por Nicolau Domingues
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTA-METRAGEM
Melhor Filme: Big Bang, de Carlos Segundo (MG) Melhor Filme | Júri Popular: Trocando de Pele, de Willye Jonny (RJ) Menção Honrosa: Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari (RR) Melhor Direção: Paola Mallmann, por Um Tempo pra Mim Melhor Ator: Giovanni Venturini, por Big Bang Melhor Atriz: Vênus Berliner, por Ave Maria Melhor Ator Coadjuvante: Marcelo Lima, por Pai em Versos Melhor Atriz Coadjuvante: Cyda Moreno, por Ave Maria Melhor Roteiro: Big Bang, escrito por Carlos Segundo Melhor Direção de Fotografia: Uma Escola no Marajó, por Giovanna Pezzo Melhor Direção de Arte: Um Tempo pra Mim, por Ana Luiza da Silva e Paola Mallmann Melhor Montagem/Edição: Xar: Sueño de Obsidiana, por Tom Laterza Melhor Trilha Sonora Original: Pai em Versos, por Haroldo Bontempo, Lucca Albuquerque e Júlio Folha Melhor Desenho de Som: Trocando de Pele, por Leon França e Bauer Marin
MOSTRA COMPETITIVA | LONGA-METRAGEM MARANHENSE
Melhor Filme | Prêmio Assembleia Bernardo Almeida: Mar de Lixo, de Taciano Brito Melhor Filme | Júri Popular | Prêmio Assembleia Erasmo Dias: No Fundo da Terra, de Milena Carvalho Menção Honrosa: Guarnicê: Uma História pra Contar, de Fernando Baima; e O Arquiteto dos Sonhos, de Francisco Colombo Melhor Direção: Rafaela Gonçalves, por De Repente Drag Melhor Ator: Ruan do Valle, por De Repente Drag Melhor Atriz: Brena Maria, por De Repente Drag Melhor Ator Coadjuvante: Silvero Pereira, por De Repente Drag Melhor Atriz Coadjuvante: Thassia Dhur, por De Repente Drag Melhor Roteiro: No Fundo da Terra, escrito por Milena Carvalho Melhor Direção de Fotografia: De Repente Drag, por Roman Chapelier Melhor Direção de Arte: De Repente Drag, por Neila Albertina Melhor Montagem/Edição: Mar de Lixo, por Taciano Brito Melhor Trilha Sonora Original: De Repente Drag, por João Simas e Rafael Paz Melhor Desenho de Som: Mar de Lixo, por Taciano Brito
MOSTRA COMPETITIVA | CURTA-METRAGEM MARANHENSE
Melhor Filme | Prêmio Assembleia Mauro Bezerra: A Nossa Festa Já Vai Começar, de Cadu Marques Melhor Direção: Isabela Leite, por Trançatlânticas Melhor Ator: Mestre Kaká Serafim e Mestre Jorcelso Sousa, por O Jogo da Navalha Melhor Atriz: Gabi Miguel, por Olhos e Bocas Melhor Ator Coadjuvante: Penha de Castro, por Divã de Uma Habilitada Melhor Atriz Coadjuvante: Rosa Ewerton Jara, por Divã de Uma Habilitada Melhor Roteiro: Atenção para Este Aviso: A Voz dos Bairros Bom Sucesso e Boca da Mata, escrito por Hyana Reis Melhor Direção de Fotografia: A Nossa Festa Já Vai Começar, por Pablo Monteiro Melhor Direção de Arte: Olhos e Bocas, por Dandara Kran Melhor Montagem/Edição: A Nossa Festa Já Vai Começar, por Pablo Monteiro Melhor Trilha Sonora Original: O Jogo da Navalha, por Piruka Melhor Desenho de Som: A Nossa Festa Já Vai Começar, por Cahhi Silva
MOSTRA COMPETITIVA | VIDEOCLIPES
Melhor Videoclipe | Júri Técnico: Selvagem, de Paolo Ravley; direção: Paolo Ravley Melhor Videoclipe | Júri Popular: Caixeira, de Rosa Reis e Cacuriá de Dona Teté; direção: Thais Lima Menção Honrosa: Timon, Papel e Letra, de Jaísa Caldas; direção: Renata Fortes; “pela perspectiva imagética que acompanha a mulher negra em seu território”.
MOSTRA COMPETITIVA DE JOGOS DIGITAIS *Júri: Décio Oliveira, Melina Juraski e Carlos De Salles Melhor Jogo | Júri Técnico: Super Campeonato de Bafo, da equipe Clops Games Studios Melhor Jogo | Júri Popular: Gamezonia, da equipe Gamezonia
MOSTRA COMPETITIVA FAZ TODO SENTIDO *Júri: Kleudiane Campos, Fernanda Rodrigues Santos, Thiago Cardoso Sousa, Manoelly de Araujo, Isamayra Layssa e Carlos Ivan Melhor Filme: Curta Diferenças!, de Lisandro Santos
TROFÉU GUARNICÊ | MELHOR FILME PUBLICITÁRIO Rua do Giz, de Taciano Britto
Walter Salles e Fernanda Montenegro: reencontro nas telonas
Com direção de Walter Salles, Ainda Estou Aqui, um filme original Globoplay, começou a ser rodado neste mês de junho no Rio de Janeiro. O elenco conta com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro como protagonistas; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, com colaboração de Heitor Lorega.
Walter Salles, do consagrado Central do Brasil, volta a rodar um longa de ficção no Brasil depois de Linha de Passe, codirigido por Daniela Thomas e vencedor do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes, em 2008, para Sandra Corveloni. O filme é produzido pela VideoFilmes e RT Features, em coprodução com Globoplay, Conspiração e Mact Productions.
Ainda Estou Aqui é um drama emocionante, baseado na história real de Eunice Paiva, uma mãe de cinco filhos, que se confronta com o maior desafio de sua vida: descobrir o paradeiro do marido desaparecido, o ex-deputado Rubens Paiva. No Rio de Janeiro dos anos 1970, durante a ditadura, ele foi arrancado de casa por militares para ser interrogado e nunca mais foi encontrado.
Eunice e Rubens Paiva em foto de arquivo
A busca pela verdade dura 30 longos anos. E quando as respostas começam a aparecer, Eunice sente os primeiros sintomas da doença de Alzheimer. Baseado no best-seller homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens, o filme é uma saga sobre memória e esquecimento.
A atriz Fernanda Montenegro interpretará Eunice na segunda fase da história e o longa marca o reencontro entre ela e o diretor. O filme também marca o reencontro entre Fernanda Torres, atriz de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia, e seus codiretores Walter Salles e Daniela Thomas, produtora associada de Ainda Estou Aqui.
Ainda sem data de estreia nos cinemas, o filme conta também com Valentina Herszage, Luiza Kozovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira, Cora Ramalho, Dan Stulbach, Maeve Jinkings, Humberto Carrão e Carla Ribas no elenco. A direção de fotografia é assinada por Adrian Teijido; a direção de arte é de Carlos Conti e o figurino de Cláudia Kopke, com caracterização de Marisa Amenta e Laura Zimmerman no som direto.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais formou nesta sexta-feira, 16/06, a Comissão de Seleção que escolherá o filme brasileiro para concorrer a uma vaga na categoria de melhor filme internacional na 96ª edição do Oscar, premiação realizada pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences, que acontecerá no dia 10 de março de 2024.
A Comissão de Seleção é composta por 25 membros titulares, eleitos em votação entre os sócios e sócias da Academia. A presidência da comissão será decidida no início da próxima semana e, em julho, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais abrirá as inscrições para os filmes que concorrerão à indicação.
Na última edição do prêmio da Academia, o Brasil estava representado por Marte Um, de Gabriel Martins, mas, infelizmente, o longa não conseguiu uma vaga entre os 15 semifinalistas. Vale lembrar que a última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme internacional foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os semifinalistas na shortlist.
Confira a relação completa dos membros da Comissão de Seleção para o Oscar 2024:
Affonso Beato, diretor de fotografia Alessandra Krueger, diretora de fotografia André Carreira, produtor Ane Siderman, produtora Bruno Torres, ator e produtor Carlos Alberto Mattos, jornalista e crítico de cinema Cecilia Amado, diretora e roteirista Clarisse Goulart, diretora executiva e produtora Cris Cunha, gerente de marketing e produtora Diane Maia, produtora cinematográfica Estevão Ciavatta, diretor e roteirista Fernanda Mandriola, produtora cinematográfica Fernanda Parrado, diretora e arquivista Gabriel Martins, diretor e roteirista Hsu Chien, diretor de TV e cinema Ilda Santiago, diretora executiva João Vieira Jr., produtor de cinema e TV Magali Wistefelt, diretora comercial Michel Tikhomiroff, diretor Plinio Profeta, músico e compositor Renato Barbieri, diretor e roteirista Sol Moraes, produtora Tatiana Carvalho Costa, professora e pesquisadora Virginia Cavendish, atriz e produtora Walter Lima Jr., cineasta
O Festival de Cinema de Tribeca reúne artistas e diversos públicos para celebrar a narrativa em todas as suas formas, incluindo cinema, TV, música, áudio, jogos e realidade virtual. Com fortes raízes no cinema independente, o evento é sinônimo de expressão criativa e entretenimento.
Fundado em 2001 por Robert De Niro, Jane Rosenthal e Craig Hatkoff com a intenção de estimular a revitalização econômica e cultural de Manhattan depois dos ataques ao World Trade Center, o festival defende vozes emergentes e estabelecidas, descobre talentos premiados, organiza experiências inovadoras e apresenta novas ideias por meio de estreias, exposições, conversas e apresentações ao vivo exclusivas.
O cinema brasileiro se destacou nesta 22ª edição com Estranho Caminho, do cineasta cearense Guto Parente, na mostra International Narrative Competition, que foi consagrado com quatro prêmios, entre eles, o de melhor filme. O longa é um drama fantástico que acompanha a trajetória de David, um jovem cineasta que, ao visitar sua cidade natal, Fortaleza, é surpreendido pelo rápido avanço da pandemia de Covid-19 e se vê obrigado a procurar o pai, Geraldo, um sujeito peculiar com quem não fala ou tem notícias há mais de dez anos. Após o reencontro dos dois, coisas estranhas começam a acontecer.
O elenco conta com Lucas Limeira, Carlos Francisco, Tarzia Firmino, Rita Cabaço, Renan Capivara, Ana Marlene, Fab Nardy, Noá Bonoba, Jennifer Joingley, Déo Cardoso, Larissa Goés, Mumutante, Solon Ribeiro, David Santos, Pedro Breculê e Gabriel de Sousa.
O júri, formado por Brendan Fraser, Zazie Beetz, Shirin Neshat, Alfredo Jaar e Kate Siegel, afirmou em sua deliberação que Estranho Caminho, vencedor de todos os prêmios da Competição Internacional, é um filme que superou expectativas “com o seu surpreendente calor e narrativa profundamente convincente”. Ao consagrar a interpretação de Carlos Francisco, o time de jurados justificou: “Esse ator equilibrou as nuances da humanidade e exigiu ser observado”. Guto Parente também foi lembrado por “um roteiro que nos deu não apenas a dor da reconciliação, mas também uma alegre expressão do absurdo”. Por fim, a fotografia de Linga Acácio foi destacada “não apenas pela beleza natural do local, mas também pela paisagem psicológica do protagonista”.
Realizado inteiramente na cidade Fortaleza, financiado pela Secretaria de Cultura do Ceará por meio de recursos da Lei Aldir Blanc, o longa, que será distribuído pela Embaúba Filmes, foi rodado entre maio e junho de 2021 com uma equipe formada majoritariamente por profissionais cearenses, como: Guto Parente no roteiro e direção; Ticiana Augusto Lima na produção; Linga Acácio na direção de fotografia; Taís Augusto na direção de arte; Lucas Coelho no som e Thais de Campos no figurino; Noá Bonoba na preparação de elenco; e Uirá dos Reis e Fafa Nascimento na trilha musical.
Conheça os vencedores do 22º Festival de Cinema de Tribeca:
COMPETIÇÃO AMERICANA
Melhor Filme: Cypher, de Chris Moukarbel (EUA) Melhor Interpretação: Ji-Young Yoo, por Smoking Tigers Melhor Roteiro: Smoking Tigers, escrito por Shelly Yo Melhor Fotografia: The Graduates, por Caroline Costa Menção Especial do Júri: Mountains, de Monica Sorelle (EUA)
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
Melhor Filme: Estranho Caminho, de Guto Parente (Brasil) Melhor Interpretação: Carlos Francisco, por Estranho Caminho Melhor Roteiro: Estranho Caminho, escrito por Guto Parente Melhor Fotografia: Estranho Caminho, por Linga Acácio
COMPETIÇÃO | DOCUMENTÁRIOS
Melhor Filme: Between the Rains, de Andrew H. Brown e Moses Thuranira (Quênia) Melhor Fotografia: Between the Rains, por Andrew H. Brown Melhor Edição: The Gullspång Miracle, por Mark Bukdahl e Orvar Anklew Menção Especial do Júri: Two Walls, de David Gutnik (Ucrânia)
COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS
Melhor Filme: Dead Cat, de Annie-Claude Caron e Danick Audet (Canadá) Menção Especial do Júri: Blond Night, de Gabrielle Demers (Canadá), e Hafekasi, de Annelise Hickey (Austrália) Melhor Animação: Starling, de Mitra Shahidi (EUA) Prêmio Student Visionary: Fairytales, de Daniela Soria Gutiérrez (México) Melhor Documentário: Black Girls Play: The Story of Hand Games, de Joe Brewster e Michele Stephenson (EUA) Melhor Documentário | Menção Especial: Goodbye, Morganza, de Devon Blackwell (EUA)
*Clique aquie confira a lista completa com os vencedores
Murilo Sampaio no curta-metragem Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo
A sétima edição do Festival ECRÃ, que acontecerá entre os dias 29 de junho e 2 de julho no Rio de Janeiro, contará com um panorama das artes audiovisuais que fogem do formato convencional em forma de filmes, videoartes, performances, instalações e games que apresentam inovações de linguagem.
O festival, que dá espaço para obras que geralmente não chegam ao circuito de cinema, museus e exposições, também acontecerá em formato on-line, entre os dias 6 e 9 de julho com parte das obras selecionadas. As sessões presenciais serão realizadas no Estação Botafogo e na Cinemateca do MAM com entrada gratuita.
Neste ano, o ECRÃ traz destaques de festivais internacionais e lançamentos de caráter mundial, entre eles, a primeira exibição no Brasil de A Longa Viagem do Ônibus Amarelo, de Júlio Bressane e Rodrigo Lima, que totaliza 432 minutos e foi apresentado no Festival de Roterdã e no BAFICI. Outro destaque é Testemunhas Silenciosas, do mestre colombiano Luis Ospina e Jerónimo Atehortúa; Ospina faleceu durante o processo de produção do filme e Atehortúa foi o responsável pela finalização.
Do Festival de Berlim, o ECRÃ apresenta Allensworth, novo longa de James Benning, e O Rosto da Medusa, de Melisa Liebenthal, que acompanha com bom humor e inovação visual um conto de conflito existencial. Do Cinéma du Réel, a seleção traz As Cartas de Didier, da diretora francesa Noelle Pujol. Além disso, dois mestres do cinema experimental americano estreiam seus filmes no festival: Deborah Stratman lança Últimas Coisas, exibido no Festival de Sundance, e Lewis Klahr usa suas tradicionais técnicas de animação em A Rosa Azul do Esquecimento. Um dos maiores nomes do cinema independente argentino, Raúl Perrone, faz a estreia mundial de seu longa SINFON14.
Entre os longas e médias brasileiros, o ECRÃ traz a première mundial de Espaço Liminar, longa-metragem de estreia do diretor carioca Gabriel Papaléo; o vencedor do IndieLisboa, Vermelho Bruto, de Amanda Devulsky; A Vida São Dois Dias, de Leonardo Mouramateus; o primeiro longa do diretor pernambucano Alcimar Veríssimo, chamado A Função do Outono; o média da multiartista Darks Miranda chamado Uma Noite Perigosa na Ilha de Vulcano; e a première do média do diretor paulistano Aloísio Corrêa chamado Ponto Cego.
Na programação de curtas-metragens, o Festival ECRÃ traz atrações de diversos cantos do mundo, que transparecem a diversidade no rigor fílmico, entre eles, Thue Pihi Kuwii: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami; este é o primeiro filme realizado por mulheres indígenas Yanomami. E mais: o vencedor do Prêmio da Crítica do Festival Internacional de Istambul, 8 de Março de 2020: Uma Memória, de Fırat Yücel; e o aclamado diretor Ben Russell com seu novo curta-metragem chamado Contra o Tempo. Também da seleção de Roterdã, Cego por Séculos, da tailandesa Parinda Mai, compõe a seleção.
Nesta sétima edição, o Festival ECRÃ apresenta um programa dedicado a um dos maiores nomes do cinema experimental da história: Stan Brakhage. Entre curtas, médias e longas, o programa reúne sete filmes do diretor produzidos entre as décadas de 1950 e 1960. O ECRÃ também apresenta, em sessão especial, a pré-estreia de Octávio III, novo longa de Cavi Borges, que retrata a carreira e os últimos dias de vida do ator que batiza o filme.
Os jogos exploram caminhos da arte que nos levam para mundos da imaginação, do desconhecido e do inusitado. Este ano, as obras selecionadas exclusivamente para a etapa on-line do ECRÃ refletem a diversidade dessa linguagem como forma de expressão artística, que avança na vanguarda entre as novas possibilidades que a tecnologia permite, e o eterno desejo humano de se expressar. O festival também retorna com a experiência imersiva dos óculos de realidade virtual, o VR.
O ECRÃ também terá em seu Instagram o lançamento exclusivo da websérie Fake Live, de Alexandre Paes Leme, protagonizada pela atriz Fernanda Paes Leme. Os nove episódios acompanham a vida da atriz e influencer durante a quarentena, pelo ponto de vista do seu celular, até que sua identidade seja roubada por uma falsa Fernanda. Fake Live também terá alguns de seus episódios exibidos na sala de cinema durante o festival.
A curadoria de performance do 7º Festival ECRÃ celebra a arte no campo expandido, valorizando as obras que dialogam com campos que não seriam normalmente atribuídos à performance. A performance de abertura do ECRÃ 2023 será Projétil RGB, de Tetsuya Maruyama, artista japonês que estuda cinema e arte no Brasil. E mais: com uma seleção que se expande para 15 países, as videoartes apresentam obras de renomados e iniciantes artistas entre 24 títulos que estarão disponíveis virtualmente.
Conheça os filmes selecionados para o Festival ECRÃ 2023:
LONGA E MÉDIA-METRAGEM
A Função do Outono, de Alcimar Veríssimo (Brasil) A Longa Viagem do Ônibus Amarelo, de Júlio Bressane e Rodrigo Lima (Brasil) A Rosa Azul do Esquecimento (The Blue Rose of Forgetfulness), de Lewis Klahr (EUA) A Vida São Dois Dias, de Leonardo Mouramateus (Brasil/Portugal) Allensworth, de James Benning (EUA) Aposentadoria ou a Última Casa de Meu Pai (Das Retireé or the last house of my father), de Julie Pfleiderer (Alemanha/Bélgica/Holanda) As Cartas de Didier (Les Lettres de Didier), de Noelle Pujol (França) Ciclos da Criação (Cycles of Creation), de Guli Silberstein (Reino Unido) Diários de Lockdown (Lockdown Diaries), de Jeff Zorrilla (Argentina) Enez, de Emmanuel Piton (França) Espaço Liminar, de Gabriel Papaléo (Brasil) Herbaria, de Leandro Listorti (Argentina) Mangostão (Mangosteen), de Tulapop Saenjaroen (Tailândia) O Rosto da Medusa (El Rostro de la Medusa), de Melisa Liebenthal (Argentina) Perucas Loiras (Blonde Wigs), de Chris Martin (EUA) Ponto Cego, de Aloísio Corrêa (Brasil) RGNCNTRL, de Alvin Santoro (Canadá) SINFON14, de Raúl Perrone (Argentina) Testemunhas Silenciosas (Mudos Testigos), de Luis Ospina e Jerónimo Arteaga (Colômbia) Três Margens (Three Shores), de Damien Cattinari (França) Últimas Coisas (Last Things), de Deborah Stratman (EUA) Uma Noite Perigosa na Ilha de Vulcano, de Darks Miranda (Brasil) Vermelho Bruto, de Amanda Devulsky (Brasil)
CURTA-METRAGEM
8 de Março de 2020: Uma Memória (March 8 2020: A Memory), de Firat Yücel (Turquia/Holanda) Aburidashi, de Nonoho Suzuki (Japão) As Coisas que te Digo (Las Cosas Que Te Digo), de Daniela Silva Solórzano (Portugal/México) Capítulo 3: Pacifica um Mentiroso (Chapter 3: Pacifies a Lier), de Better Lovers e Hsin-Yu Chen (EUA) Casa de Luzia, de Rodrigo Antonio Silva (Brasil) Cego por Séculos (Blinded By Centuries), de Parinda Main (Tailândia/EUA) Cemitério Verde, de Maurício Dias Chades de Alencar (Brasil) Cinema para os Mortos, de Bruno Moreno e Renato Sircilli (Brasil) Contexto da Arte (Art Context), de Ira Konyukhova (Alemanha) Contra o Tempo (Against Time), de Ben Russel (França) Crescendo Absurdo (Growing Up Absurd), de Ben Balcom e Julie Niemi (EUA) Flashback Antes da Morte (Flashback Before Death), de Hiroyuki Onogawa e Rii Ishihara (Japão) Gargaú, de Bruno Ribeiro (Brasil) Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo (Brasil) Lalabis, de Noá Bonoboa (Brasil) Licantropia, de Janaína Wagner (Brasil) Locais Verdadeiros (True Places), de Gloria Chung (EUA) Máquinas Simples, Intervenções e Oscilações, de Natália Reis e Lucas Stamford (Brasil) Nada Haver, de Juliano Gomes (Brasil) O Chá dos Gatinhos (The Kitten’s Tea Party), de Miru Fiyu (Canadá) O que é Saudade?, de Uriel Filipe Marques Silva (Brasil) Ob Scene, de Paloma Orlandini Castro (Argentina) Primavera em Cada Vida, de Joaquim Castro (Brasil) Primeiro Beijo Tristeza Prematura, de João Pedro Faro (Brasil) Quem de Direito, de Ana Galizia (Brasil) Quilombo, Continuum, de Juliana M. Streva (Brasil) Sonho do Esplendor (梦华录), de Getong Wang (EUA/China) Sunset Fever, de Randolpho Lamonier e Victor Galvão (Brasil) Thue Pihi Kuiwii: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika, Edmar Tokorino e Roseane Yariana (Brasil) Vendo de Olhos Fechados, de Anália Alencar (Brasil) Visão do Paraíso, de Leonardo Pirondi (Brasil/EUA/Reino Unido)
O documentário chega aos cinemas no dia 24 de agosto
Depois de passar pelo Festival de Cannes, Retratos Fantasmas, quinto longa-metragem do cineasta e roteirista Kleber Mendonça Filho, terá sua estreia no Brasil na abertura do 51º Festival de Cinema de Gramado. Após apresentar seus últimos filmes, Crítico, O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau em Gramado, o diretor pernambucano retorna com seu segundo documentário, fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem.
Retratos Fantasmas é uma viagem multidimensional pelo tempo, pelo som, pela arquitetura e pelo próprio cinema. O filme tem o centro da cidade do Recife como personagem importante, sendo um espaço histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas de rua que serviram como espaços de convívio durante o século XX. Foram lugares de sonho e de indústria; e a relação das pessoas com esse universo é um marcador de tempo para as mudanças dos costumes em sociedade.
Para o curador Marcos Santuario, a presença do longa na abertura do evento reforça o peso do gênero documentário no Brasil, além das multifacetas de Mendonça Filho: “O Kleber é um parceiro de Gramado. Tivemos a oportunidade de exibir alguns de seus mais fabulosos projetos. E, agora, Retratos Fantasmas, que foi exibido em Cannes, marca seu retorno em mais uma premiére brasileira proporcionada por Gramado. Abrirmos nosso festival com um documentário de Kleber demonstra a potencialidade desse gênero, no ano em que a mostra de longas-metragens documentais passa a ser exibida também presencialmente no Palácio dos Festivais”, afirmou.
“Eu conheci Gramado como crítico e jornalista em 1998. Anos depois, convidado por José Carlos Avellar, voltei com Crítico (2008), documentário exatamente sobre a profissão que me levou a Gramado em primeiro lugar. Com O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau, creio que já ficou evidente o meu respeito por esse festival, que faz parte e ajuda a construir a história do Cinema Brasileiro já há 51 anos”, disse Kleber Mendonça Filho.
O longa-metragem, que chega aos cinemas no dia 24 de agosto pela Vitrine Filmes, terá única exibição, fora de competição, na noite de abertura da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 11 e 19 de agosto.
Elenco: Luke Pasqualino, Lilit Lesser, Clare Perkins, Kayla Meikle, Debris Stevenson, Heider Ali, Kae Alexander, Harriet Webb, Nicholas Karimi, Darrell D’Silva, Anita-Joy Uwajeh, Logan Porter, James Porter, John Alan Roberts, Estelle Digridi, Victory Pearl Maburutse, Mitesh Soni, Michelle Parker, Isabella-Rae Royle, Joshua Royle, Nina Anderson, Dawn Royle, David Whicker.
Ano: 2022
Sinopse: Depois que um cabeleireiro é encontrado morto em um concurso de penteados, os participantes restantes decidem descobrir quem é o assassino. Rivalidades e desconfiança crescem, enquanto um grupo de determinados hairstylists suspeita de que alguém está tentando fraudar a competição, eliminando competidores de forma macabra.
*Filme visto na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo
Cena do curta Nossa Mãe era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novaes
A 18ª edição da CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto acontecerá entre os dias 21 e 26 de junho no tricentenário município mineiro Patrimônio Histórico da Humanidade. O evento é o único que trata cinema como patrimônio e estrutura sua programação em três frentes temáticas: preservação, história e educação. Cada temática com um enfoque e discussões próprias, que se aproximam em mesas e atividades propostas.
As equipes de curadoria propuseram a temática geral Memória e criação para futuro, que vai permear as ações ao longo de toda a Mostra. Entre as ideias está a de dar visibilidade para a Música Preta no Basil por cineastas indígenas, seus processos de realização, seus tipos de cinema, memórias, cotidianos, desafios e aprendizados e a reforçar a importância da memória como perspectiva para o futuro e um desafio à preservação.
“A CineOP cumpre mais uma vez seu papel de atuar pela salvaguarda do imenso patrimônio audiovisual brasileiro e reafirma a importância de dar continuidade aos encontros anuais presenciais para fortalecer o setor audiovisual em diálogo com a educação e continuar florescendo para preservar nossa história, criar pontes e conexões, desvendar obras e talentos, olhares e diversidade em meio à multiplicação de telas e inovações interativas”, destacou Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora da CineOP.
Durante seis dias de programação gratuita, o público desfrutará de mais de 30 sessões de cinema com exibição de filmes para todas as idades em dois cinemas instalados para atender o evento: o Cine-Praça, cinema ao ar livre a ser instalado na Praça Tiradentes, com uma plateia de 500 lugares; e o Cine-Teatro, a ser instalado no Centro de Convenções (com uma plateia de 510 lugares). E mais: debates, masterclasses, rodas de conversas, oficinas, Mostrinha, atrações musicais e várias outras atividades que acontecem em espaços ouropretanos.
Serão exibidos 125 filmes em pré-estreias e mostras temáticas: 30 longas, 9 médias e 86 curtas-metragens, vindos de 5 países (Brasil, Argentina, Colômbia, Equador, EUA) e de 14 estados brasileiros distribuídos em nove mostras: Contemporânea, Homenagem, Preservação, Histórica, Educação, Valores, Mostrinha e Cine-Escola.
Espaço referencial de discussões e definições de profissionais e educadores, a CineOP terá também o 18º Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros e o Encontro da Educação: XV Fórum da Rede Kino. Entre diversas atividades previstas, desde seminários, exibições de filmes, palestras e masterclasses intercionais, serão 31 debates e rodas de conversa, com a participação de 83 profissionais nacionais e internacionais.
O evento oficial de abertura acontece na noite de 22 de junho na Praça Tiradentes. Para inaugurar as exibições da Mostra, esse ano será exibida a versão restaurada de A Rainha Diaba (1974), clássico de Antônio Carlos da Fontoura, que tem o ator Milton Gonçalves interpretando a mítica Madame Satã. Mas, antes da sessão, acontece na praça uma performance audiovisual apresentando as três temáticas de cada seção da CineOP (Histórica, Preservação e Educação) e a homenagem ao ator e músico Tony Tornado, no embalo da Temática Histórica Imagens da MPB (Música Preta no Brasil).
Tony Tornado receberá o Troféu Vila Rica
Mais longevo profissional da atuação em atividade no país, Tornado, atualmente no ar na novela Amor Perfeito, da Rede Globo, estará presente para receber o Troféu Vila Rica. Nascido em Presidente Prudente, São Paulo, em 1930, estabeleceu-se a partir dos anos 1960 como um dos precursores do movimento da black music brasileira, inspirada na luta pelos direitos civis. Logo, se tornou também um dos rostos negros mais conhecidos da TV e do cinema.
Para Tatiana Carvalho Costa, uma das curadoras, a imagem de Tony Tornado“nas dezenas de trabalhos nos quais atuou entrecruza as memórias de um povo e sugere muito mais do que deveriam dizer a maioria dos papéis coadjuvantes que fez com tanta dignidade, um fenômeno de resiliência e reconfiguração a exibir a força dos personagens”. Além de estar na tela com os filmes, Tony Tornado também marcará presença na mesa em tributo à sua obra, junto com Bernardo Oliveira (professor, pesquisador, crítico e produtor), Black Josie (DJ, musicista e produtora cultural) e Dom Filó (CEO da Cultne TV e produtor cultural), com mediação de Tatiana Carvalho Costa.
As curadorias de cada eixo da 18ª CineOP desenvolveram trajetos de reflexão e discussão que conectam filmes, aprendizados, pesquisas e conhecimentos para debates e exibições a serem promovidos em todos os dias. Na Temática Histórica, o conceito Imagens da MPB (Música Preta no Brasil) enfatiza a presença da criação musical de artistas pretas e pretos nas trilhas sonoras e nos elencos de filmes e novelas, como personagens em ficção, documentários, videoclipes e performatividades variadas.
A dupla de curadoria Cleber Eduardo e Tatiana Carvalho Costa definiu por colocar em evidência a música preta em seus contextos históricos e culturais nos séculos XX e XXI na criação e inventividade de universos populares. Assim, buscam mostrar a herança de tradições atualizadas do passado e de outras geografias e refletir sobre a riqueza a ser preservada na relação com as imagens.
Os filmes da Mostra Histórica dialogam com a proposta a partir dessas percepções. Uma das pérolas do evento é Uma Nêga Chamada Tereza (1973), clássico perdido do cinema brasileiro, dirigido por Fernando Coni Campos e protagonizado por Jorge Ben Jor. Inédito há décadas, a comédia ficcional mostra o cantor na história de um casal de africanos que vem participar de um festival da canção no Brasil.
A temática, assim como parte dos filmes, estará no centro das discussões de duas mesas com críticos, pesquisadores e professores: O corpo-tela e o som que pensa o fillme, sobre as formas como o cinema pode trazer a força do som antes mesmo das imagens e de que forma essas relações se dão; e Polifonia e memória: Reverberações no futuro, sobre as formas como plataformas digitais atuam na produção, reverberação, sampleamento e amplificação de memórias, além de meios de acesso a um acervo de imagens, sons e experiências gravadas, fundamentais na irradiação e amplitude da Música Preta no Brasil e das expressões audiovisuais a partir dela.
Na Temática Educação, a curadoria de Adriana Fresquet e Clarisse Alvarenga vai trabalhar Cinema e educação digital: Deslocamentos, a partir de uma reflexão do educador Paulo Freire sobre o poder da televisão, em 1983. As conversas dos debates e dos Encontros de Educação deverão se pautar na relação entre a importância e necessidade da educação digital, com todos os seus desafios de acesso e democratização, e a necessidade urgente de entendimento de seus riscos. Entre as palavras-chave adotadas, vão aparecer algoritmos, metaverso, realidade aumentada, realidade mista, inteligência artificial e chatGPT.
Entre os debates do recorte, com presença de professores e profissionais da educação de todo o Brasil, reunidos pela Rede Kino, estão as conversas Políticas públicas para o cinema e para a educação digital: Marcos legais, com a proposta de discutir a regulamentação da Política Nacional de Educação Digital; Cultura digital e os desafios da sociedade contemporânea, com objetivo de problematizar as relações entre cinema, audiovisual e educação digital, avaliando as potências e os riscos no ato de ver, produzir e compartilhar conteúdos num contexto de educação que ainda transita do analógico ao digital; e Cinema, território e soberania digital, sobre as relações entre processos educacionais e audiovisuais com a relação e aproximação com a terra e com a política a partir do interesse pela vida mais que pelo mercado; entre outras.
Cena do curta potiguar A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza
Na Temática Preservação, o eixo será Patrimônio Audiovisual Brasileiro em Rede, proposta pela curadoria de Fernanda Coelho e Vitor Graize e que vai reunir integrantes da ABPA, Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, para mais uma rodada de conversas e articulações em prol do cinema patrimônio. Os debates vão se organizar por três tópicos: o diálogo para políticas públicas de preservação num novo ciclo de governo, representadas pela atualização do Plano Nacional de Preservação Audiovisual; o debate sobre a imposição do digital e suas questões éticas, técnicas e políticas; e a reflexão sobre a criação de uma rede nacional de arquivos audiovisuais.
O Encontro de Arquivos, que faz parte da programação da Temática Preservação, contará com a presença de dezenas de profissionais do setor e a realização de diversos encontros e debates em torno dos três pontos destacados, entre eles, iniciativas de mapeamento de arquivos audiovisuais; criação de uma rede nacional de arquivos audiovisuais; a rede e suas conexões: produção; e a rede e suas conexões: difusão e exibição.
Uma das mesas, Memória e criação para o futuro, propõe um balanço da última década no segmento da preservação a partir de perspectivas e desafios políticos, econômicos, tecnológicos e educacionais e deverá ter a presença de nomes do Governo Federal, como Margareth Menezes, Ministra da Cultura; de Denise Pires de Carvalho, secretária de Educação Superior do Ministério da Educação; e Alex Braga, presidente da Ancine, Agência Nacional do Cinema.
Anualmente, a CineOP conta com a participação de importantes profissionais internacionais numa série de masterclasses e mesas de debates. Além disso, inteligência artificial, Lei Paulo Gustavo, Argumento Cinematográfico, Memória Sonora, Marketing Digital e Cinema Comunitário são alguns dos diversos temas das 10 modalidades do programa de formação: quatro oficinas, dois workshops e quatro masterclasses que serão realizadas durante o evento.
A CineOP leva o universo cinematográfico para mais perto de crianças, adolescentes e educadores da rede pública de Ouro Preto através da realização do programa Cine-Expressão – A Escola vai ao cinema, que oferece uma programação gratuita que propõe criar um espaço de aprendizado entre estudantes, unindo cinema e educação; com oferta de sete sessões de cinema seguidas de debates, elaboração de material didático para trabalhar os filmes na sala de aula e lançamento de livros.
As sessões Cine-Escola são pensadas para faixas etárias específicas e seguidas de cine-debates após a sessão com o propósito de usar o cinema como ferramenta pedagógica e beneficiar as escolas de Ouro Preto e região. Os filmes foram selecionados pela curadora Ramina El Shadai e têm potencial de revelar percepções e despertar sensações e conexões. Para a criançada, a CineOP realiza a Mostrinha de Cinema, que terá uma sessão especial inclusiva que oferece as três medidas de acessibilidade ( legendagem descritiva, libras e audiodescrição).
Repetindo a bem-sucedida parceria cultural com o Sesc em Minas, a programação artística da CineOP vai acontecer no Sesc Cine-Lounge Show, que será instalado no Centro de Artes e Convenções. Além do tradicional Cortejo da Arte, que percorre as ruas tricentenárias de Ouro Preto, destaca-se, pelo segundo ano consecutivo, a Festa Junina da CineOP, que será promovida como parte da programação da Mostra Valores e reunirá três quadrilhas da cidade.
Durante seis dias de evento, o público terá oportunidade de vivenciar um conteúdo inédito, descobrir novas tendências, assistir aos filmes, curtir atrações artísticas, trocar experiências com importantes nomes da cena cultural, do audiovisual, da preservação e da educação, participar do programa de formação e debates temáticos de forma gratuita.
Conheça os filmes selecionados para a CineOP 2023:
MOSTRA HOMENAGEM | LONGA-METRAGEM Quilombo, de Cacá Diegues (RJ, 1984)
MOSTRA HISTÓRICA | LONGAS Baile Soul, de Cavi Borges e Marcio Graffiti (RJ, 2023) (filme de abertura) Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, de Alfredo Manevy (SP, 2022) Paulinho da Viola, Meu Tempo é Hoje, de Izabel Jaguaribe (RJ, 2003) Rio Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos (RJ, 1957) Simonal: Ninguém Sabe o Duro que Eu Dei, de Calvito Leal, Cláudio Manoel e Micael Lange (RJ, 2008) Sou Feia, Mas Tô Na Moda, de Denise Garcia (RJ, 2005) Trem do Soul, de Clementino Jr. (SP, 2021) Uma Nêga Chamada Tereza, de Fernando Coni Campos (SP, 1973)
MOSTRA HISTÓRICA | CURTAS A Voz e o Vazio: a vez de Vassourinha, de Carlos Adriano (SP, 1998) Alma no Olho, de Zózimo Bulbul (RJ, 1973) Aniceto do Império em Dia de Alforria, de Zózimo Bulbul (RJ, 1980) As Mina do Rap, de Juliana Vicente (SP, 2015) Brasilianas: Cantos de Trabalho – Música Folclórica Brasileira, de Humberto Mauro (MG, 1955) Elekô, de Coletivo Mulheres de Pedra (RJ, 2015) Gurufim na Mangueira, de Dandara (RJ, 2000) Inocentes 30 anos, de Carol Thomé (RJ, 2011) Nelson Cavaquinho, de Leon Hirzsman (RJ, 1969) Nelson Sargento, de Estevão Ciavatta (RJ, 1997) Partido Alto, de Leon Hirszman (RJ, 1982) Tim Maia, de Flavio Tambellini (RJ, 1984) Transgressão Parte II, de Jup do Bairro e Rodrigo de Carvalho (RJ, 2020)
MOSTRA PRESERVAÇÃO | LONGA A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura (RJ, 1974)
MOSTRA PRESERVAÇÃO | MÉDIA Joga a Rede no Mar: Histórias e Memórias dos Pescadores da Maré, de Studio Line Filmes em cooperação com Museu da Maré/CEASM (RJ, 2011) Ligya Pape, de Paula Gaitán (SP, 1981)
MOSTRA PRESERVAÇÃO | CURTAS Anna Bella Geiger, de Vivian Ostrovsky (RJ, 2019) Centerminal, de Anna Bella Geiger (RJ, 1974) Declaração em Retrato I, de Anna Bella Geiger (RJ, 1974) Local da Ação, de Anna Bella Geiger (RJ, 1978) Mira, Um Imigrante, de Rubens Gerchman e João Carlos Horta (RJ, 1982) O Casamento na Palafita, de Camila Moura, Fraão Luz e Jefferson Melo (RJ, 2021) Passages I, de Anna Bella Geiger (RJ, 1974) Perto de Clarice, de João Carlos Horta (RJ, 1982) Rola-Rola na Maré, de Jairo Costa (RJ, 1977)
MOSTRA EDUCAÇÃO | LONGA-METRAGEM Território, de Alexandra Cuesta (Equador, 2016)
MOSTRA EDUCAÇÃO | MÉDIAS Série Paulo Freire: A Formação do Pensamento, de Cristiano Burlan (SP, 2020) Série Paulo Freire: As 40 Horas de Angicos, de Cristiano Burlan (SP, 2020) Série Paulo Freire: Do Pátio do Colégio à Pedagogia do Oprimido, de Cristiano Burlan (SP, 2020) Série Paulo Freire: O Exílio, de Cristiano Burlan (SP, 2020) Série Paulo Freire: O Mundo Não É, Está Sendo, de Cristiano Burlan (SP, 2020)
MOSTRA EDUCAÇÃO | CURTAS 1,2,3… Alice Filmando, de Marli França Silva (SP, 2022) A Ficha Caiu, de Rodneia Nogueira Duarte (MG, 2022) A Lenda do Monstro da Panela do Candal, de Adriana Gonçalves Ferreira e Alunos (RS, 2019) A Pá Morreu, de Lucas Brito de Araujo, Lucas Henrique de Sousa Silva, Melissa Jerônimo França, Samuel Alves da Silva, Samuel Fernandes Araújo e Karla Lopes Beck (SP, 2022) A Realidade de um Sonho (La realidad de un sueño), de Braian Bautista (Colômbia, 2022) Ansiedade e Solidão: Uma barreira contra tudo e contra todos, de Ana Clara Lobato e Eduarda Maciel (SP, 2022) Antolho, de Gabriela Bastos (MG, 2023) Brasil Colônia, de Rodrigo Soares Chaves (MG, 2021) Brincadeiras, de Coletiva (RJ, 2022) Despedida, de Alexandra Cuesta (EUA/Equador, 2013) Do Vento, de Julia S Oliveira (SP, 2022) E se…, de Nicolly Mafra (SP, 2022) Em Busca da Autodestruição, de Isadora Poeiras (MG, 2022) Fotocópia, de Cristiano Barbosa, Marco Paraná, Vitor Silva, Isabela Mesquita, Paula Vitória, Heitor Rios, Enzo Gabriel, Larissa Neves, Ruth Carvalho, Raquel Carvalho, Raissa Neves, Victor Melauro e Mateus Pe (MG, 2023) Geométricos, de Valentina Pereira (Colômbia, 2020) Girando, de Isadora Franco Di Gianni (SP, 2022) Histórias do Campo (Historias del Campo), de Carolina Dorado Lozano (Colômbia, 2021) Manipulador, de Marcela Fernandes (MG, 2022) Montaulas: cenas do ver filmes juntos, de Liana Lobo (MG, 2023) Não Vão Me Queimar (A Mi No Me Van A Quemar), de Carolina Dorado Lozano (Colômbia, 2021) O Que o Escuro Abriga?, de Henrique, Beatriz, Laura, João, Levi, Lívia e Marcelle (MG, 2022) O Recomeço, de Uanda Giorgini Lima Costa, Anna Clara de Souza e Isadora Almeida Silva (MG, 2022) O Roteiro ao Redor, de Bárbara Soares Silva (MG, 2022) Ovos, de Karla Lopes Beck, Melissa Jerônimo França e Mirella Vitoria Alves dos Santos (SP, 2022) Para o Resgate do Mundo (Al Rescate Por El Mundo), de Carol Dayana Pereira López (Colômbia, 2021) Planos, de Anna Sant’Ana (MG, 2023) Porta Secreta, de Sara Rogieri Dias, Karla Lopes Beck, Isabella Regina Marialva e Isabella Bueno (SP, 2023) Primeira Sessão, de Lavínnia Drumond (MG, 2022) Primeiras Experimentações, de Isabelle Louise Padilha Ocampo Evangelista (SP, 2023) Rotinas, de Maria Fernanda Alves (MG, 2023) Sons que Inspiram, de Função Coletiva (Estudantes do Cap Uerj – Ensino Fundamental l) (RJ, 2021) Tartaruga Contaminada (Tortuga Contaminada), de Felipe Méndez (Colômbia, 2021) Vaso Ruim de Quebrar, de Yasmin Freitas (MG, 2022) Vidrados, de Alice Carvalho (MG, 2022) Visita ao Pasado (Visita al pasado), de Adrián Pérez (Colômbia, 2023)
MOSTRA CONTEMPORÂNEA | LONGAS Amanhã, de Marcos Pimentel (MG, 2023) Antunes Filho, Do Coração Para o Olho, de Cristiano Burlan (SP, 2023) Confissões de um Cinema em Formação, de Eugenio Puppo (SP, 2023) Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (SP, 2022) Elton Medeiros: O Sol Nascerá, de Pedro Murad (RJ, 2022) Filme Particular, de Janaína Nagata (SP, 2022) Ijó Dudu, Memórias da Dança Negra na Bahia, de José Carlos Arandiba “Zebrinha” (BA, 2022) Lô Borges: Toda Essa Água, de Rodrigo de Oliveira (RJ, 2023) Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, de Alfredo Manevy (SP, 2022) Não é a primeira vez que lutamos pelo nosso amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ/SP/BA/Argentina/EUA, 2022) O Cangaceiro da Moviola, de Luís Rocha Melo (MG/RJ, 2022) O Lugar Mais Seguro do Mundo, de Aline Lata e Helena Wolfenson (MG/SP, 2022) O sucesso e o abstrato, de Virginia Simone e Matheus Walter (RS, 2023) Ópera Cabaré Casa Barbosa, de Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques (SP, 2022) Primo da Cruz, de Alexis Zelensky (RJ, 2022) Procura-se Meteorango Kid: Vivo ou Morto, de Marcel Gonnet e Daniel Fróes (BA, 2023) Zé, de Rafael Conde (MG, 2023) (filme de encerramento)
MOSTRA CONTEMPORÂNEA | MÉDIA Caixa Preta, de Saskia e Bernardo Oliveira (RJ/SP, 2022) Uma Tarde pra Tirar Retrato, de André Sandino Costa (RJ, 2023)
MOSTRA CONTEMPORÂNEA | CURTAS (des)conhecidos, de Adriano Monteiro (RJ, 2022) 20 Giros, de Leo Lopes (MG, 2022) A Bata do Milho, de Eduardo Liron (SP/BA, 2023) A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza (RN, 2023) A Jornada do Valente, de Rodrigo de Janeiro (RJ, 2022) Anjos Cingidos, de Laercio Filho e Maria Tereza de Azevedo (PB, 2022) Arruma um Pessoal pra Gente Botar uma Macumba num Disco, de Chico Serra (RJ, 2023) Através da Cidade Invisível, de Paulo Grangeiro (SP, 2022) Cicatriz Tatuada, de Eugênio Lima, Gabriela Miranda e Matheus Brant (SP, 2022) Isso não é tudo, de Stefane Eskelsen (SP, 2022) Nada Haver, de Juliano Gomes (MG/ES/RJ, 2022) Nossa Mãe era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novaes (MG, 2022) O Voo, de Igor Barradas (RJ, 2023) sanc_pc1317_03_01_a_1 – versão 2, de Henrique Amud e Hakaima Sadamitsu (AM, 2023) Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SC/RJ/SP, 2022) Temos Muito Tempo para Envelhecer, de Bruna Schelb Corrêa (MG, 2022) Zoila, de Fabrício Jabar (BA, 2022)
MOSTRA VALORES | LONGA As Linhas da Minha Mão, de João Dumans (MG, 2023)
CINE ESCOLA | LONGA Últimas Conversas, de Eduardo Coutinho (RJ, 2015)
CINE ESCOLA | CURTAS A Baleia Mágica, de Douglas Alves Ferreira (SP, 2022) A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (RJ, 2022) Amei te Ver, de Ricardo Garcia (SP, 2023) Bola da Vez, de Elder Patrick (GO, 2022) Bolha, de Leandro Wenceslau (MG, 2023) João no Reino de Papelão, de Rodrigo Vulcano e Lucas Lima (SP, 2022) Marlon, de Ludmila Curi (RJ, 2022) O Monstro do Pântano do Sul, de Marko Martinz (SC, 2022) Pedro, de Leo Silva (CE, 2022) Sobre Amizade e Bicicletas, de Julia Vidal (PR, 2022) Super-heróis, de Rafael de Andrade (DF, 2022) Teo, o Menino Azul, de Hygor Amorim (SP, 2022)
MOSTRINHA | LONGA A Ilha dos Ilús, de Paulo G C Miranda (GO/2022)
Cena do documentário premiado A Invenção do Outro, de Bruno Jorge
Foram anunciados os vencedores da 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais, e o documentário brasileiro A Invenção do Outro, de Bruno Jorge, foi consagrado com dois prêmios: melhor filme pelo júri e pelo público.
O filme retrata a maior expedição das últimas décadas na Amazônia para tentar encontrar e estabelecer o primeiro contato com um grupo de indígenas isolados da etnia dos Korubos, em estado de vulnerabilidade, e ainda promover um delicado reencontro com parte da família já contactada poucos anos antes.
Segundo o júri da Competição na categoria de longa-metragem, formado por Anna Muylaert, Helena Ignez e Zienhe Castro, o filme foi escolhido “pela precisão ética e estética na construção de um olhar que leva ao mesmo tempo ao mundo do outro e ao mundo esquecido de si”. A obra receberá o Troféu Ecofalante e um prêmio de 15 mil reais.
Duas menções honrosas foram concedidas para longas-metragens nesta edição: Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis, foi escolhido “pelo seu trabalho emocionante em mostrar o povo Guarani Kaiowá lutando por sua ancestralidade e suas terras e o crescente poder político ruralista”; já No Vazio do Ar, de Priscilla Brasil, recebeu “pela delicadeza na abordagem sobre a precariedade, crime e machismo na aviação de pequeno porte na Amazônia Brasileira”.
O Prêmio do Júri de melhor curta foi para Quem de Direito, dirigido por Ana Galizia. O filme, que receberá o Troféu Ecofalante e 5 mil reais, mostra a organização popular pelo acesso à terra no território do Vale do Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro, e as mobilizações recentes contra um projeto de barragem na região.
Segundo o júri da categoria, formado por Guilherme Moura Fagundes, Kátia Coelho e Thomaz Pedro, Quem de Direito é um filme urgente e envolvente: “Enquanto terra e água adquirem centralidade na ecologia das lutas populares de Cachoeiras de Macacu, a narrativa fílmica interpela esses elementos a partir do tempo e do espaço. (…) Acima de tudo, Quem de Direito amplia nossos horizontes sobre o que pode ser um cinema ativista que se opera através das imagens, constituindo camadas de resistências”.
O colombiano Aribada, de Simon(e) Jaikiriuma Paetau e Natalia Escobar, recebeu Menção Honrosa na categoria curta-metragem: “o filme se comunica mostrando o mundo real de forma onírica, quase irreal, e bastante forte na sua apresentação do universo transgênero indígena colombiano (…) um filme que evoca, ao mesmo tempo, áspera e delicadamente, fortes reflexões que vão além da sua cinematografia”, disse a justificativa do júri.
O grande vencedor do Concurso Curta Ecofalante foi As Lavadeiras do Rio Acaraú Transformam a Embarcação em Nave de Condução, de Kulumym-Açu (estudante da Vila das Artes, em Fortaleza). No filme, que combina performance, ilustrações e música, filhos de lavadeiras compartilham suas memórias do Rio Acaraú, que atravessa a cidade de Sobral, no Ceará. O júri, formado por Joana Moncau, Izabel de Fátima Cruz Melo e Sergio Silva, justificou: “por tratar de forma surpreendente e poderosa, a partir dos caminhos da memória, um entrelaçamento pouco usual do território com identidade, memória, gênero e linguagens”. O curta ganhará o Troféu Ecofalante e R$ 4 mil de prêmio.
O Fundo do Ar é Cinza, de Carolina Magalhães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, recebeu Menção Honrosa: “através da montagem nos eletriza e nos implica em uma dimensão coletiva a respeito da violência e da destruição do meio ambiente e de seus povos”, disse a justificativa.
Conheça os vencedores da 12ª Mostra Ecofalante de Cinema:
PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR FILME DA 12ª MOSTRA ECOFALANTE A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil)
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR LONGA-METRAGEM A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil)
MENÇÃO HONROSA No Vazio do Ar, de Priscilla Brasil (Brasil) Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis (Brasil)
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR CURTA-METRAGEM Quem de Direito, de Ana Galizia (Brasil)
MENÇÃO HONROSA Aribada, de Simon(e) Jaikiriuma Paetau e Natalia Escobar (Colômbia/Alemanha)
PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR LONGA-METRAGEM Exu e o Universo, de Thiago Zanato (Brasil)
PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR CURTA-METRAGEM A Febre da Mata, de Takumã Kuikuro (Brasil) Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, de Felipe Larozza e Iuri Salles (Brasil)
CONCURSO CURTA ECOFALANTE
PRÊMIO DO JÚRI As Lavadeiras do Rio Acaraú Transformam a Embarcação em Nave de Condução, de Kulumym-Açu (CE)
PRÊMIO DO PÚBLICO (D)elas: Mulheres Pretas e o Direito de Ocupar, de Bruna Lazari Antonio (SP)
MENÇÃO HONROSA O Fundo do Ar é Cinza, de Carolina Magalhães (RJ)
Foram anunciados neste sábado, 10/06, os vencedores da 17ª edição do Festival Taguatinga de Cinema, que exibiu, em quatro dias, 24 filmes na Mostra Competitiva. Além disso, a programação contou também com diversas atividades paralelas, como: oficinas, debates e shows.
Os premiados deste ano receberam o Troféu FesTaguá, feito pelo aclamado artista plástico Omar Franco, além de prêmios em dinheiro. O pernambucano Quebra Panela, de Rafael Anaroli, foi o primeiro escolhido pelo Júri Oficial, que foi formado por Edileuza Souza, Kakau Teixeira e Takumã Kuikuro. A justificativa diz: “pela construção de um cinema que é vida, que nos possibilita vida e que transforma nossas vidas. Por um cinema que diverte e diz NÃO ao adoecimento. Pela alegria de fazer cinema”.
O segundo filme eleito pelo júri foi Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê: “pela urgência do planeta, das pessoas que cuidam da terra e que são a própria terra. Não ao marco temporal, não à ganância e sim pela vida dos povos indígenas e pela vida do planeta”, disse a justificativa do júri. O terceiro foi Um Transe de 10 Milésimos de Segundos, de Jamile Cazumbá: “pela autenticidade, pela profundidade, pelo lugar do Cinema Negro no feminino, pela vivência, por pensar num cinema de ser e existir, pelo corpo e pela memória”, disse o júri.
Também foram entregues duas menções honrosas para Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro, e Filhos da Noite, de Henrique Arruda: “Pelas infâncias que trazem os sabores da aventura de viver, e pelas velhices de corpos que trazem a memória da vida, das alegrias, do colorido e da continuidade”, disse a justificativa do júri. O Festival Taguá de Cinema também entregou o Prêmio Aicon Ações Cinematográficas, oferecido ao melhor filme do Distrito Federal, que, segundo o júri, foi Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê.
William Alves, idealizador do festival, encerrou a noite com um discurso: “O Festival Taguá de Cinema, nesta 17ª edição, se firma como terreiro dentro de um território ancestral onde as tabas dos povos acroás, os xacriabás, os caiapós e os javaés, dentre outros, eram feitas de tagwá tinga ou barro branco. No encerramento dessa edição, com o encontro do cinema do povo indígena, preto e brasileiros, de todas as regiões, nos alegramos por poder somar forças às lutas de nossos parentes ancestrais, pelo seus direitos à terra, à água e às florestas. Pelo seus direitos de existirem a seu modo. Pelo direito às suas vidas. O Festival Taguá de Cinema, também diz SIM à demarcação imediata das terras dos povos indígenas”.
Conheça os vencedores do 17º Festival Taguatinga de Cinema:
MOSTRA COMPETITIVA Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE) Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê (DF) Um Transe de 10 Milésimos de Segundos, de Jamile Cazumbá (BA)
MOSTRA COMPETITIVA | JÚRI POPULAR Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO) (58% dos votos) Nossa Mãe era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novaes (MG) (56% dos votos) Manual da Pós-Verdade, de Thiago Foresti (DF) (48% dos votos)
MENÇÃO HONROSA Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE) Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE)
PRÊMIO AICON Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê (DF)