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XVI Festival Internacional de Cinema da Fronteira: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Os vencedores de 2025 na cerimônia de premiação 

Foram anunciados neste domingo, 27/04, em Bagé, no Rio Grande do Sul, os vencedores da 16ª edição do Festival Internacional de Cinema da Fronteira. A cerimônia de premiação aconteceu no Centro Histórico Vila de Santa Thereza e o show de encerramento foi apresentado pela artista gaúcha Catto

Dirigido por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, A Queda do Céu foi o grande vencedor deste ano. O longa levou o prêmio de melhor filme, montagem e recebeu uma Menção Honrosa do Prêmio da Crítica pelo trabalho de som. O pernambucano Tijolo por Tijolo, de Victória Álvares e Quentin Delaroche, também se destacou. 

Na Mostra Internacional de Curtas, o filme Você, de Elisa Bessa, foi consagrado pelo Júri Oficial. Enquanto isso, no IV Mercado Sur Frontera WIP LAB, voltado para projetos em desenvolvimento e finalização, também foi realizada uma premiação. 

Neste ano, os homenageados foram os cineastas Ana Luiza Azevedo e Giba Assis Brasil. A programação agora continua em Sant’Ana do Livramento (RS) e Rivera (Uruguai) nos dias 29 e 30 de abril com projeção especial de longas e a mostra competitiva de curtas de animação.

Conheça os vencedores do Festival Internacional de Cinema da Fronteira 2025:

MOSTRA INTERNACIONAL | LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme | Júri Oficial: A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (Brasil)
Melhor Filme | Júri Popular: Por tu bien, de Axel Monsú (Argentina)
Melhor Direção: Tyrell Spencer, por O Maior Espetáculo da Pampa
Melhor Roteiro: Bicho Monstro, escrito por Germano de Oliveira, Igor Verde e Marcela Ilha Bordin
Melhor Atuação: Cris Martins, por Tijolo por Tijolo
Melhor Fotografia: El Turbio, por Bruno D. Ruiz
Melhor Direção de Arte: Por tu bien, de Eduardo García
Melhor Montagem: A Queda do Céu, por Renato Vallone
Menção Honrosa: Brasiliana: O Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo, de Joel Zito Araújo (Brasil)

OUTROS PRÊMIOS | LONGA-METRAGEM

Prêmio da Crítica | Melhor Filme: Tijolo por Tijolo, de Victória Álvares e Quentin Delaroche (Brasil)
Prêmio da Crítica | Menção Honrosa: A Queda do Céu, por Marcos Lopes (som direto), Guile Martins (desenho de som) e Toco Cerqueira (mixagem de som)
Prêmio Especial FICCI | Festival Internacional de Cine de Cartagena: Caique de Souza Ventura, ator de Tijolo por Tijolo

MOSTRA INTERNACIONAL | CURTAS-METRAGENS 

Melhor Filme | Júri Oficial: Você, de Elisa Bessa (Brasil)
Melhor Filme | Júri Popular: A Um Gole da Eternidade, de Paulo Ricardo de Moraes e Camila de Moraes (Brasil)
Melhor Direção: Ana Gutiérrez Salgado, por Lolo
Melhor Atuação: Álvaro RosaCosta, por A Um Gole da Eternidade
Menção Honrosa: Emerenciana, de Larissa Nepomuceno (Brasil)
Prêmio Edt. | Associação de Profissionais de Edição Audiovisual: Luisa Dowsley, por Você

MOSTRA INTERNACIONAL | ANIMAÇÕES

Melhor Filme: Poise, de Luís Soares (Portugal)
Menção Honrosa: Lagrimar, de Paula Vanina (RN)

IV MERCADO SUR FRONTERA WIP LAB

Prêmio Punctum Sales (WIP): London/Nós a Sós, de Victor di Marco e Marcio Picoli (RS)
Prêmio Edt. (WIP): Navio do Sertão, de Patrícia Pinheiro e Leonardo Pinheiro (PB)
Prêmio Destaque | Tutores (Desenvolvimento): Bernal, de Martín Emiliano Díaz (Buenos Aires/Argentina) e Cortejo dos Mortos, de Dario Aldana e Sabrina Zimmermann (SC)
Prêmio FRAPA | Desenvolvimento: Enquanto Eu Me Lembro, de Victor di Marco, Marcio Picoli e Laura Moglia (RS)

Foto: Anderson Coka. 

Prêmio Platino 2025: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, é consagrado

por: Cinevitor
Fernanda Torres: prêmio de melhor atriz por Ainda Estou Aqui

Foram revelados neste domingo, 27/04, os vencedores do XII Prêmio Platino (ou Premios Platino del Cine y el Audiovisual Iberoamericano), premiação criada em 2014 que destaca as melhores produções ibero-americanas de 23 países.

Nesta 12ª edição, a cerimônia, transmitida pelo Canal Brasil e que aconteceu no Palácio Municipal IFEMA, em Madrid, na Espanha, foi comandada por Aislinn Derbez e Asier Etxeandía e contou também com apresentações musicais de Pablo Alborán e Prince Royce.

O cinema brasileiro se destacou e foi consagrado com três prêmios com o longa Ainda Estou Aqui, de Walter Salles: melhor filme ibero-americano de ficção, sendo a primeira vez de um título brasileiro premiado nesta categoria; melhor direção, prêmio inédito para um diretor brasileiro; e melhor atriz para Fernanda Torres.

Com a ausência de Walter Salles na cerimônia, o produtor Rodrigo Teixeira foi o responsável por receber a estatueta de melhor direção. No palco, descreveu Salles como “um mestre a quem devemos muito” e leu o discurso enviado pelo premiado: “Vamos lembrar que o cinema latino-americano é a nossa casa”. E dedicou o troféu a Cacá Diegues, que morreu em fevereiro deste ano: “Diretor de filmes fundamentais como Bye Bye Brasil, fundador do Cinema Novo e um dos cineastas que conceberam o cinema de forma mais democrática e inclusiva”.

Já na categoria de melhor atriz, Valentina Herszage representou Fernanda Torres no palco e leu o discurso enviado pela premiada: “Por meio de Eunice Paiva, revisitei o horror da ditadura que vivi na minha infância. Este grande advogado, democrata e defensor dos direitos humanos brasileiro nos ensina, no momento presente, a resistir com alegria e civilidade, sem nos submetermos ao autoritarismo. Em nome da família Paiva, de Marcelo Paiva e de todos aqueles que defenderam e continuam defendendo a arte e a democracia, repito: Ditadura nunca mais!”.

O Brasil ainda se destacou com Senna na categoria de melhor criador de minissérie ou série, que foi entregue para Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi e Patrícia Andrade. Neste ano, outros brasileiros também estavam indicados: a animação Arca de Noé, de Alois Di Leo e Sergio Machado; Dalia e o Livro Vermelho, de David Bisbano, uma coprodução entre Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Espanha e Peru; Cidade de Deus: A Luta Não Para em três categorias; e Senna com outras três indicações.

A consagrada atriz Eva Longoria, conhecida por diversas obras, entre elas, a série Desperate Housewives, foi homenageada com o Platino de Honor. Depois de receber uma visita surpresa no palco da amiga e atriz Sofia Vergara, e felicitações em vídeo de colegas como Jaime Camil, Jessica Alba, Amaury Nolasco e Melanie Griffith, Longoria expressou sua gratidão por tal reconhecimento, que não apenas valida uma carreira de sucesso e comprometimento com o audiovisual tanto na frente quanto atrás das câmeras, mas também ressalta e apoia seus esforços para conscientizar a comunidade latina ao redor do mundo, especialmente em indústrias internacionais como Hollywood.

Emocionada, discursou: “Eu nasci no Texas, sou mexicana-americana, tenho sangue espanhol nas veias, especificamente das Astúrias. Minha alma é mexicana. Adoro a conexão entre o México e a Espanha. É uma irmandade muito especial que pode ser sentida em cada canto desta sala. Desde que comecei minha carreira em Hollywood, em 1998, tenho o sonho de representar com orgulho minhas raízes e homenagear as mulheres hispânicas em particular”.

Conheça os vencedores do 12º Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano:

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO | FICÇÃO
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)

MELHOR COMÉDIA IBERO-AMERICANA DE FICÇÃO
Buscando a Coque, de Teresa Bellón e César F. Calvillo (Espanha)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Mariposas Negras, de David Baute (Espanha/Panamá)

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO DE ESTREIA | FICÇÃO
El ladrón de perros, de Vinko Tomicic (Bolívia/Chile/Equador/México)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
El eco, de Tatiana Huezo (México)

MELHOR DIREÇÃO
Walter Salles, por Ainda Estou Aqui

MELHOR ROTEIRO
La infiltrada, escrito por Amèlia Mora e Arantxa Echevarría

MELHOR ATRIZ
Fernanda Torres, por Ainda Estou Aqui

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Clara Segura, por El 47

MELHOR ATOR
Eduard Fernández, por Marco

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Daniel Fanego, por El jockey

MELHOR FOTOGRAFIA
O Quarto ao Lado, por Eduard Grau

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Pedro Páramo, por Eugenio Caballero e Carlos Y. Jacques

MELHOR MONTAGEM
La infiltrada, por Victoria Lammers

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
O Quarto ao Lado, por Alberto Iglesias

MELHOR SOM
Segundo premio, por Diana Sagrista, Alejandro Castillo, Eva Valiño e Antonin Dalmasso

PREMIO PLATINO AL CINE Y EDUCACIÓN EN VALORES
Memorias de un cuerpo que arde, de Antonella Sudasassi (Costa Rica/Espanha)

MELHOR MINISSÉRIE OU SÉRIE IBERO-AMERICANA
Cem Anos de Solidão (Colômbia) (Netflix)

MELHOR ATOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Claudio Cataño, por Cem Anos de Solidão

MELHOR ATRIZ | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Candela Peña, por O Caso Asunta

MELHOR ATOR COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Jairo Camargo, por Cem Anos de Solidão

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Carmen Maura, por Terra de Mulheres

MELHOR CRIADOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi e Patrícia Andrade, por Senna (Brasil)

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR FILME IBERO-AMERICANO | FICÇÃO
La infiltrada, de Arantxa Echevarría (Espanha)

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR ATOR
Luis Tosar, por La infiltrada

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR ATRIZ
Carolina Yuste, por La infiltrada

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR MINISSÉRIE OU SÉRIE IBERO-AMERICANA
Cem Anos de Solidão (Colômbia) (Netflix)

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR ATRIZ | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Candela Peña, por O Caso Asunta

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR ATOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Claudio Cataño, por Cem Anos de Solidão

Foto: Divulgação/Sony Pictures Classics.

Festival de Cannes 2025: conheça os curtas-metragens selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta português A Solidão dos Lagartos, de Inês Nunes

Depois de anunciar a seleção de longas, a 78ª edição do Festival de Cannes, que acontecerá entre os dias 13 e 24 de maio, revelou os curtas-metragens selecionados para a Competição Oficial e também para a mostra La Cinef, anteriormente conhecida como Cinéfondation, criada para inspirar e apoiar a próxima geração de cineastas.

Neste ano, o comitê de seleção assistiu 4.781 curtas; onze foram escolhidos, sendo cinco dirigidos por mulheres. Os filmes disputam a Palma de Ouro, que será entregue pelo Júri Oficial, presidido pela cineasta alemã Maren Ade e que contará também com: Reinaldo Marcus Green, diretor e produtor americano; Camélia Jordana, cantora e atriz franco-argelina; José Maria Prado Garcia, produtor e fotógrafo espanhol; e Nebojša Slijepčević, cineasta croata. O grupo também será responsável pelos prêmios da mostra La Cinef.

Para a 28ª edição da La Cinef, 16 filmes foram selecionados entre os 2.700 inscritos por escolas e universidades de cinema do mundo todo. Criada em 1998 por Gilles Jacob e dedicada à busca de novos talentos, a La Cinef, chamada anteriormente de Cinéfondation, proporciona uma oportunidade para que jovens realizadores vejam os melhores filmes do ano exibidos no festival e absorvam a atmosfera inspiradora na companhia de realizadores de renome.

Conheça os curtas-metragens selecionados para o Festival de Cannes 2025:

COMPETIÇÃO

A Solidão dos Lagartos, de Inês Nunes (Portugal)
Aasvoëls, de Dian Weys (África do Sul)
Agapito, de Arvin Belarmino e Kyla Danelle Romero (Filipinas)
Ali, de Adnan Al Rajeev (Bangladesh)
Arguments in favor of love, de Gabriel Abrantes (EUA)
Dammen, de Grégoire Graesslin (França)
Fille de l’eau, de Sandra Desmazières (França)
Hypersensible, de Martine Frossard (Canadá)
I’m Glad You’re Dead Now, de Tawfeek Barhom (Palestina/França/Grécia)
Nü hái (Lili), de Zhaoguang Luo e Shuhan Liao (China)
The Spectacle, de Bálint Kenyères (Hungria)

LA CINEF

12 Moments Before The Flag-Raising Ceremony, de Qu Zhizheng (China) (Beijing Film Academy)
A Doll Made Up Of Clay, de Kokob Gebrehaweria Tesfay (Índia) (Satyajit Ray Film & Television Institute)
Bimo, de Oumnia Hanader (França) (CinéFabrique)
Ether, de Vida Skerk (Reino Unido) (NFTS)
First Summer, de Heo Gayoung (Coreia do Sul) (KAFA)
Fursecuri si lapte, de Andrei Tache-Codreanu (Romênia) (UNATC I. L. Caragiale)
Ginger Boy, de Miki Tanaka (Japão) (ENBU Seminar)
Le Continent somnambule, de Jules Vésigot-Wahl (França) (La Fémis)
Måske i marts, de Mikkel Bjørn Kehlert (Dinamarca) (Super16)
Matalapaine, de Helmi Donner (Finlândia) (AALTO University)
My Grandmother is a Skydiver, de Polina Piddubna (Alemanha) (Filmuniversität Babelsberg Konrad Wolf)
O Pássaro de Dentro, de Laura Anahory (Portugal) (Escola das Artes, UCP)
Per bruixa i metzinera, de Marc Camardons (Espanha) (ESCAC)
Talk Me, de Joecar Hanna (EUA) (NYU)
Tres, de Juan Ignacio Ceballos (Argentina) (UCINE)
Winter in March, de Natalia Mirzoyan (Estônia) (Estonian Academy of Arts)

Foto: Divulgação.

9ª Mostra Pajeú de Cinema: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cris Martins no longa Tijolo por Tijolo: filme selecionado

A nona edição da Mostra Pajeú de Cinema acontecerá entre os dias 28 de abril e 23 de maio com atividades de exibição, reflexão e formação em oito cidades do Pajeú, em Pernambuco: Afogados da Ingazeira, Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaracy, Ingazeira, Tabira e Solidão.

Neste ano, foram mais de 800 títulos inscritos e a equipe de curadoria foi formada por Bruna Tavares, Janaína Oliveira e André Dib. Farão parte da programação 22 títulos, entre curtas e longas-metragens, que serão divididos em nove programas com exibições em praça pública nas suas etapas da itinerância e no Cine São José, cinema histórico em Afogados da Ingazeira.

A 9ª MPC traz um recorte de filmes de diferentes regiões do país, com abordagens e temáticas diversas e atuais para públicos de todas as idades; a programação conta também com diversas atividades paralelas. A identidade visual desta edição também foi divulgada recentemente: clique aqui e confira. A ilustração representa resistência e resiliência e é assinada pelo artista pernambucano Rômulo Nascimento.

Conheça os filmes selecionados para a 9ª Mostra Pajeú de Cinema:

CURTAS-METRAGENS

A Cachoeira dos Pássaros, de Thiago Pombo (PE)
A Menina que Queria Voar, de Tais Amordivino (BA)
Alguma Coisa com Plutônio, de Raoni Assis (PE)
Como se Ninguém Estivesse Olhando, de Gi Ismael (PB)
Do Outro Lado da Serra, de Amanda Borges de Souza Almeida (MG)
Donas da Terra, de Ana Marinho (SE)
Era Uma Vez Diversiones, de Sharlene Esse e Henrique Arruda (PE)
Eu e o Boi, o Boi e Eu, de Jane Carmen Oliveira (MG)
Malu e a Máquina, de Ana Luiza Meneses (DF)
Mansos, de Juliana Segóvia (MT)
Mar de Dentro, de Lia Letícia (PE)
O Sonho de Anu, de Vanessa Kypá (PB)
Os Guerreiros da Rua 2: A Missão, de Erickson Marinho (PE)
Outro Lugar, de Perseu Azul (MT)
Quatro Pontes, de Tábata Clarissa de Morais (PE)
Tempo de Vaqueiro, de Ramon Batista (PB)
Tu Oro, de Rodrigo Aquiles (AP)
Vamos em Batalha, de Moradores de Comunidades (ES)

LONGAS-METRAGENS

Centro Ilusão, de Pedro Diogenes (CE)
O Sonho de Clarice, de Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho (DF)
Ouvidor, de Matias Borgström (SP)
Tijolo por Tijolo, de Victória Álvares e Quentin Delaroche (PE)

Foto: Divulgação/Olhar Filmes.

Cine PE 2025: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Seu Jorge e Shirley Cruz em A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert

A organização do Cine PE – Festival do Audiovisual anunciou, nesta quinta-feira, 24/04, a lista completa dos filmes que farão parte da programação de sua 29ª edição, que acontecerá entre os dias 9 e 15 de junho; serão exibidos 38 títulos.

Com o tema Festa da Cultura, o Cine PE segue consolidando-se como uma das maiores vitrines do cinema brasileiro. Neste ano, o festival registrou um recorde de inscrições: 1.004 filmes submetidos, superando as 982 produções do ano anterior. Esse crescimento evidencia a força de um evento que, ao longo de quase três décadas, tem se tornado um marco no calendário cultural de Pernambuco. A curadoria desta edição foi realizada por Edu Fernandes e Carissa Vieira, responsáveis pela seleção dos filmes. 

As sessões das mostras competitivas de longas-metragens, curtas nacionais e curtas pernambucanos ocorrerão no cinema do Teatro do Parque. Já o tradicional Cinema São Luiz receberá, em horários de matinê, uma programação especial voltada à formação de público, que, neste ano, contará com três novas subseções: a Mostra Grandes Festivais, no dia 14 de junho; a Mostra Lei Paulo Gustavo, voltada à produção pernambucana; e a Mostra Panorama Paraíba, dedicada ao cinema paraibano, ambas no dia 15 de junho. Todas as sessões são gratuitas.

Fora da competição, o filme hors concours do Cine PE 2025 é Os Enforcados, de Fernando Coimbra, que foi exibido no Festival de Toronto e é estrelado por Leandra Leal e Irandhir Santos, com produção da Gullane Filmes. Na mesma mostra, será exibido também Eu Preciso Dizer que Te Amo, documentário de Marlom Meirelles, produzido em parceria com estudantes da rede pública de Jaboatão dos Guararapes e a Bertini Produções.

A mostra competitiva de curtas-metragens conta com nove filmes nacionais, incluindo uma produção pernambucana, e sete curtas na competitiva pernambucana, totalizando 16 filmes na disputa pelo Troféu Calunga. Além disso, a programação inclui 13 títulos na Mostra Matinê, dois na Mostra Infantil, dois hors concours e cinco na competitiva de longas. A Mostra Infantil ocorrerá em duas etapas: nos dias 20 e 21 de maio, no cinema do Teatro do Parque, e nos dias 26 e 28 de maio, no Cine Teatro Samuel Campelo, em Jaboatão dos Guararapes. As sessões são voltadas para estudantes da rede pública.

Além disso, o primeiro homenageado do 29º Cine PE já confirmado é o ator e diretor Julio Andrade, conhecido por sua versatilidade e presença marcante no cinema, na televisão e no teatro. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão o filme Gonzaga: De Pai pra Filho, a série Sob Pressão, da Rede Globo, e o remake de Vale Tudo, onde vive Rubinho. Clique aqui e saiba mais.

O Troféu Calunga, símbolo máximo do festival, será entregue aos vencedores das mostras competitivas de curtas e longas-metragens. Criado pela artista plástica Juliana Notari, o troféu homenageia a Calunga, boneca carregada pela sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros durante o maracatu. Representando uma divindade e símbolo de proteção e força, a Calunga reforça a conexão do festival com a ancestralidade e a cultura popular. Os filmes premiados receberão a Calunga de Prata, enquanto os homenageados da edição serão contemplados com a Calunga de Ouro.

Conheça os filmes selecionados para o Cine PE – Festival do Audiovisual 2025:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS

A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert (SP)
Itatira, de André Luís Garcia (SP)
Nem Toda História de Amor Acaba em Morte, de Bruno Costa (PR)
O Ano em que o Frevo Não Foi pra Rua, de Mariana Soares e Bruno Mazzoco (SP)
Senhoritas, de Mykaela Plotkin (PE)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

A Caverna, de Louise Fiedler (PR)
Casulo, de Aline Flores (SP)
Cavalo Marinho, de Leo Tabosa (PE)
Depois do Fim, de Pedro Maciel (SP)
Kabuki, de Tiago Minamisawa (SP)
Liberdade Sem Conduta, de Dênia Cruz (RN)
O Último Varredor, de Perseu Azul e Paulo Alipio (MT)
Tapando Buracos, de Pally e Laura Fragoso (AL)
Tu Oro, de Rodrigo Aquiles (AP)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

#Partiu, de Isis Gomes
Babalu é Carne Forte, de Xulia Doxágui
Esconde-Esconde, de Vitória Vasconcellos
Lança-Foguete, de William Oliveira
O Carnaval é de Pelé, de Lucas Santos
Sertão 2138, de Deuilton B. Júnior
Sonho em Ruínas, de Priscila Nascimento

MOSTRAS PARALELAS

MOSTRA GRANDES FESTIVAIS
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Mambembe, de Fabio Meira (GO)

MOSTRA LEI PAULO GUSTAVO PE
Areias do Céu, de Virgínia Guimarães
Garapa Nervosa, a banda que esqueceu de acabar
, de Daniel Barros
Histórias do Alto, de Carlos Kamara
PX Origens, de Adalberto Oliveira
Umbilina e Sua Grande Rival, de Marlom Meirelles

MOSTRA PANORAMA PARAÍBA
A Nave que Nunca Pousa, de Ellen Morais
Jacu, de Ramon Batista
Ladário, de Ed Júnior
Memórias: Histórias do Cine Teatro Municipal de Sumé, de Ana Célia Gomes
O Colecionador de Cheiros de Nucas Femininas, de Ana Clara Vidal de Negreiros e Natália Damião
O Sonho de Anu, de Vanessa Kypá

MOSTRA INFANTIL
Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa, de Fernando Fraiha (SP)
Jorge Quer Ser Repórter, de Lula Queiroga e Victor Germano (PB)

MOSTRA HORS-CONCOURS
Eu Preciso Dizer que Te Amo, de Marlom Meirelles e Estudantes da Rede Pública do Jaboatão dos Guararapes (PE)
Os Enforcados, de Fernando Coimbra (SP)

Foto: Aline Arruda.

Festival de Cannes 2025 anuncia novos filmes; coprodução brasileira é selecionada

por: Cinevitor
Jonathan Guilherme e Sérgio Coragem em O Riso e a Faca: coprodução entre Portugal e Brasil

Depois de anunciar os primeiros filmes de sua 78ª edição, que acontecerá entre os dias 13 e 24 de maio, o Festival de Cannes revelou novos títulos que completam sua seleção. Como de costume, o evento acontecerá no Palais des Festivals com a tradicional disputa pela Palma de Ouro e mostras paralelas.

Entre os novos selecionados, vale destacar a presença de O Riso e a Faca, do cineasta português Pedro Pinho, na mostra Un Certain Regard. Batizado a partir de uma música homônima do músico cantor e compositor baiano Tom Zé, o filme foi rodado na Guiné-Bissau e no deserto da Mauritânia entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2024 e é coproduzido pela brasileira Bubbles Project, com distribuição no Brasil da Vitrine Filmes.

O longa conta a história do engenheiro ambiental Sérgio, português que viaja para uma metrópole na África Ocidental onde vai trabalhar num projeto rodoviário entre o deserto e a selva. Lá, ele desenvolve um relacionamento íntimo com dois moradores da cidade, Diára e Gui. No trio de protagonistas, está o brasileiro Jonathan Guilherme, ex-atleta de vôlei que trocou as quadras pela arte e hoje é poeta em Barcelona, na Espanha, onde mora. Ele dá vida ao personagem Gui e contracena com o português Sérgio Coragem, conhecido por seus papéis em Verão Danado e Fogo-Fátuo; e a cabo-verdiana Cleo Diára, de Diamantino.

Jonathan não é o único brasileiro no elenco, que conta ainda com a participação do doutor em antropologia Renato Sztutman, interpretando a si mesmo. Nomes do cinema nacional estão presentes em cargos-chave do projeto, falado em português e criolo. Uma das produtoras de O Riso e a Faca é a brasileira Tatiana Leite, fundadora da Bubbles Project, uma das empresas que assinam a produção do longa, que ainda traz os também brasileiros Rodrigo Letier, da Kromaki Filmes, como produtor associado, e Eduardo Nasser na direção de produção. Miguel Seabra Lopes, nascido em Portugal e com nacionalidade brasileira, é um dos roteiristas do filme.

Na área técnica, o longa também conta com a experiência e o talento de vários profissionais brasileiros, como o diretor de fotografia Ivo Lopes Araújo e a montadora Karen Akerman. A lista de colaboradores nacionais ainda tem Stella Rainer, Wanessa Malta, Vernal Santos, Amina Nogueira, Caio Costa, Martão Vagner, Isabel Lessa, Victor Hugo Pancaldi, Fernando Junior, entre outros, somando 31 brasileiros na equipe.

Tatiana Leite conta que aceitou o convite dos produtores portugueses sem hesitar: “Eu já era fã do filme anterior do Pedro, A Fábrica do Nada, e o argumento de O Riso e a Faca me tocou profundamente. Sabia que seria uma jornada desafiadora: pela relevância política, pela delicadeza do tema e por expor feridas abertas da colonização. O processo foi ainda mais intenso do que imaginei. Filmamos por quatro meses em película na Guiné-Bissau e Mauritânia, atravessamos a pandemia e seguimos juntos, com uma equipe incrível de portugueses, brasileiros, africanos, franceses e romenos”.

A produtora relata ainda que a saga foi dura, mas que sente que fizeram algo raro e precioso: “Amo ouvir cada personagem revelar as agruras do mundo onde estão emergidos, ao mesmo tempo que buscam completar suas próprias jornadas enquanto indivíduos. Após a estreia em Cannes, mal posso esperar para mostrar o filme ao público brasileiro”

Sobre o filme, o diretor falou: “Após A Fábrica de Nada, O Riso e a Faca procura aprofundar a mesma pesquisa em torno da discursividade no seio da narrativa. O filme convida os personagens a trazer a palavra para o centro da ferida mais exposta do nosso tempo: a fronteira neocolonial. Construindo a partir dessa premissa uma jornada polifônica, expondo um espectro de perspectivas em torno de um problema central, que permanece longe de estar resolvido”.

Outra novidade revelada para esta edição foi o pôster oficial inspirado no longa Um Homem, Uma Mulher, do cineasta francês Claude Lelouch, que levou a Palma de Ouro em 1966, além do Oscar de melhor filme internacional e melhor roteiro. Pela primeira vez na história, o festival apresenta um pôster duplo com um dos abraços mais famosos da sétima arte entre Anouk Aimée e Jean-Louis Trintignant. O comunicado diz: “Em tempos que parecem querer separar, compartimentar ou subjugar, o Festival de Cannes quer (re)unir; aproximar corpos, corações e almas; incentivar a liberdade e retratar o movimento para perpetuá-lo; incorporar o turbilhão da vida para celebrá-lo, repetidamente”. Clique aqui e saiba mais.

Conheça os novos filmes selecionados para o Festival de Cannes 2025:

COMPETIÇÃO

Die, My Love, de Lynne Ramsay (Reino Unido/EUA)
Woman and Child, de Saeed Roustaee (Irã)

UN CERTAIN REGARD

Love Me Tender, de Anna Cazenave Cambet (França)
O Riso e a Faca, de Pedro Pinho (Portugal/Brasil)
The Chronology of Water, de Kristen Stewart (EUA/França/Letônia/Espanha/Reino Unido)
Un Poeta, de Simón Mesa Soto (Colômbia/Alemanha/Suécia)

CANNES PREMIÈRE

Ástin sem eftir er, de Hlynur Pálmason (Islândia)
Love on Trial, de Kôji Fukada (Japão)
Magalhães, de Lav Diaz (Filipinas/Espanha/Portugal/Japão/França)

SESSÃO DA MEIA-NOITE

Honey Don’t!, de Ethan Coen (EUA/Reino Unido)
Le Roi Soleil, de Vincent Maël Cardona (França)

SESSÕES ESPECIAIS

Amélie et la métaphysique des tubes, de Maïlys Vallade e Liane-Cho Han (França)
Arco, de Ugo Bienvenu (França)
Mama, de Or Sinai (Israel)
Qui brille au combat, de Joséphine Japy (França)

TRIBUTE | PIERRE RICHARD

L’homme qui a vu l’ours qui a vu l’homme, de Pierre Richard (França)

Foto: Divulgação/Bubbles Project.

Cannes 2025: curta-metragem Samba Infinito, de Leonardo Martinelli, é selecionado para a Semana da Crítica

por: Cinevitor
Camila Pitanga no curta brasileiro Samba Infinito

Foram anunciados nesta quinta-feira, 17/04, os curtas-metragens selecionados para a Semana da Crítica 2025 (Semaine de la Critique), mostra paralela ao Festival de Cannes que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar novos cineastas inovadores do mundo todo. 

Em sua 64ª edição, a Semana da Crítica, que acontecerá entre os dias 14 e 22 de maio, terá o cineasta espanhol Rodrigo Sorogoyen como presidente do júri; vale lembrar que no ano passado ele assumiria esse mesmo cargo, mas precisou se afastar por motivos pessoais. O jornalista marroquino Jihane Bougrine, o diretor de fotografia Josée Deshaies, a produtora indonésia Yulia Evina Bhara e o ator britânico Daniel Kaluuya completam o time de jurados.

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com o curta-metragem Samba Infinito, dirigido por Leonardo Martinelli. A trama se passa durante o Carnaval do Rio de Janeiro enquanto um gari luta contra a perda da irmã e suas obrigações profissionais. Em meio às comemorações, ele encontra uma criança perdida e decide ajudá-la.

Com Alexandre Amador, Miguel Leonardo, Gilberto Gil e Camila Pitanga no elenco, que também assina como produtora associada, o roteiro é assinado pelo próprio diretor, que já venceu o Leopardo de Ouro, no Festival de Locarno, com o curta Fantasma Neon. A fotografia é de João Atala e a montagem é de Lobo Mauro; Fabio Carnèiro e Victor Tigronez foram os responsáveis pelo som. A música é de André Mendonça e Fabio Carnèiro; a direção de arte é assinada por Ananias de Caldas e Brian Thurler.

Em comunicado oficial nas redes sociais, Leonardo Martinelli falou sobre a seleção: “É de coração cheio que venho anunciar que Samba Infinito terá sua estreia mundial na competição de curtas da 64ª Semana da Crítica. É um sonho se realizando. Esse filme só foi possível graças a parceria de uma equipe incrível que fez acontecer o impossível”. Produzido pela Baraúna Filmes, Les Valseurs e Pseudo Filmes, o curta conta também com Dida Camero e João Fontenele como elenco de apoio.

A equipe segue com Pedro Henrique França na produção de elenco e colaboração de Felipe M. Bragança no roteiro; Sávio Fernandes assina os efeitos visuais. O figurino é de Ana Avelar e a maquiagem de Julia Roberta. A produção é assinada por Renan Barbosa Brandão, Rafael Teixeira, Leonardo Martinelli, Clara Marquardt, Justin Pechberty, Damien Megherbi e Lucas H. Rossi

Conheça os curtas-metragens selecionados para a Semana da Crítica 2025:

COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM

Alișveriș, de Vasile Todinca (Romênia)
An-Gyeong (Glasses), de Yumi Joung (Coreia do Sul)
Dieu est timide (God is shy), de Jocelyn Charles (França)
Donne Batterie (Free Drum Kit), de Carmen Leroi (França)
Erogenesis, de Xandra Popescu (Alemanha)
L’mina, de Randa Maroufi (Marrocos/França/Itália/Qatar)
Samba Infinito, de Leonardo Martinelli (Brasil/França)
Wonderwall, de Róisín Burns (França/Reino Unido)
КРИТИЧНЕ СТАНОВИЩЕ (Critical Condition), de Mila Zhluktenko (Alemanha)
கத்து! (Bleat!), de Ananth Subramaniam (Malásia/Filipinas/França)

SESSÃO ESPECIAL

Eraserhead in a Knitted Shopping Bag, de Lili Koss (Bulgária)
No skate!, de Guil Sela (França)
Une Fugue (To the Woods), de Agnès Patron (França)

CONVIDADOS | Festival International du Film de Morelia

Aguacuario, de Jose Eduardo Castilla Ponce (México)
Buscando un burro, de Juan Vincente Manrique (México/Venezuela)
Ser Semilla, de Julia Granillo Tostado (México)
Spiritum, de Adolfo Margulis (México)

*Clique aqui e conheça os longas-metragens selecionados

Foto: Sofia Leão.

Cannes 2025: conheça os filmes selecionados para a Quinzena de Cineastas

por: Cinevitor
Paula Beer em Miroirs No.3, de Christian Petzold

Organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF), desde 1969, a Quinzena de Cineastas (Quinzaine des Cinéastes), antes chamada de Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes, colabora com a descoberta de novos cineastas independentes e contemporâneos.

Com o objetivo de ser eclética e receptiva a todas as formas de expressão cinematográfica, a Quinzena destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular, com cineastas talentosos e originais.

Neste ano, em sua 57ª edição, que acontecerá entre os dias 14 e 24 de maio, o comunicado oficial sobre a seleção diz: “Num mundo em convulsão, atingido por uma reação em todos os níveis, em que valores republicanos e universalistas são combatidos, onde a função subversiva da arte é ameaçada e certas grandes obras são canceladas, cineastas de todos os continentes se mantêm firmes. A riqueza e o dinamismo da jovem criação cinematográfica estão intactos. Às vezes vindos de países em guerra ou de regiões onde reinam o obscurantismo e o populismo, os filmes frustram grandes discursos e mostram outra realidade. Como sempre, o cinema está um passo à frente da sociedade. Em vez de julgar, complica. Em vez de denunciar, ele questiona. Em vez de fazer generalizações, ele está interessado nas pequenas histórias, aquelas de indivíduos que vivenciam eventos. Com raiva ou com humor, sempre com uma boa dose de poesia”.

O comunicado segue: “A 57ª edição da Quinzena é diversa, mista e rica em descobertas. Celebra uma vivacidade cinematográfica inestimável que é mais crucial do que nunca, mesmo que cineastas e produtores achem cada vez mais difícil financiar seus projetos. Ela está ao lado de diretores do mundo todo na luta contra a padronização, a comercialização e, portanto, a neutralização do cinema. Temos o prazer de compartilhar com vocês uma seleção que celebra a arte de encenar, bem como o desejo e a generosidade dos autores”.

O pôster deste ano é assinado pelo cineasta estadunidense Harmony Korine, um dos grandes agitadores do cinema independente americano, que passou 30 anos subvertendo a cultura pop e seus clichês em uma carreira que abrange cinema, pintura e obras multimídia. Ele defende uma arte do erro que chama de Mistakist Art, mergulhando o espectador em um universo hipnótico e decadente, privilegiando a imperfeição técnica, o acidente e as mudanças tonais. Em comunicado, o artista disse: “Os personagens da pintura são chamados de Twitchys. Eles estão sempre à espreita e brincando. Eles estão muito felizes por estarem em Cannes”.

Além disso, o cineasta Todd Haynes, de Segredos de um Escândalo e Carol, será homenageado com o Carrosse d’Or. Neste ano, a Quinzena criou um novo prêmio que destaca cineastas que ousam romper convenções e abrir novos caminhos no cinema francês e internacional: o diretor e roteirista Thomas Cailley será o primeiro a receber o Prix Alpine

Nesta 57ª edição, o cinema brasileiro não marca presença nas mostras competitivas. Porém, quatro curtas-metragens cearenses, realizados no projeto La Factory des Cinéastes Ceará Brasil, que teve o cineasta Karim Aïnouz como padrinho, serão exibidos na noite de abertura. Clique aqui e saiba mais.

Confira a lista completa com os filmes selecionados para a Quinzena de Cineastas 2025:

LONGA-METRAGEM

Brand New Landscape (見はらし世代), de Yuiga Danzuka (Japão)
Classe moyenne (The Party’s Over!), de Antony Cordier (França/Bélgica)
Dangerous Animals, de Sean Byrne (Austrália)
Enzo, de Robin Campillo (França) (filme de abertura)
Girl on Edge (Hua yang shao nv sha ren shi jian), de Jinghao Zhou (China)
Indomptables, de Thomas Ngijol (Camarões/França)
Kokuho, de Lee Sang-il (Japão)
L’engloutie (The Girl in the Snow), de Louise Hémon (França)
La Danse des Renards (Wild Foxes), de Valéry Carnoy (França/Bélgica)
La mort n’existe pas (Death Does Not Exist), de Félix Dufour-Laperrière (Canadá)
Les filles désir (The Girls We Want), de Prïncia Car (França)
Lucky Lu, de Lloyd Lee Choi (Canadá)
Militantropos, de Yelizaveta Smith, Alina Gorlova e Simon Mozgovyi (Ucrânia/França/Áustria)
Miroirs No.3 (Mirrors No. 3), de Christian Petzold (Alemanha)
Peak Everything (Amour Apocalypse), de Anne Émond (Canadá)
Que ma volonté soit faite (Her Will Be Done), de Julia Kowalski (França)
Sorry, Baby, de Eva Victor (EUA/Espanha/França) (filme de encerramento)
The President’s Cake (Mamlaket al-Qasab), de Hasan Hadi (Iraque)

CURTA ou MÉDIA-METRAGEM

+10K, de Gala Hernández López (França/Espanha)
Before the Sea Forgets, de Ngọc Duy Lê (Vietnã)
Bread Will Walk (Le pain se lève), de Alex Boya (Canadá)
Cœur Bleu (Blue Heart), de Samuel Suffren (Haiti)
Karmash (کرمش), de Aleem Bukhari (Paquistão)
La Mort du poisson (Death of the Fish), de Eva Lusbaronian (França)
Loynes, de Dorian Jespers (Bélgica)
Nervous Energy, de Eve Liu (EUA)
The Body, de Louris van de Geer (Austrália)
When the Geese Flew, de Arthur Gay (EUA)

Foto: Divulgação.

Lumen: inscrições abertas para a primeira edição do Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro

por: Cinevitor
Inscrições abertas até 31 de agosto

A primeira edição do Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro, que acontecerá entre os dias 8 e 15 de novembro, está com inscrições abertas para longas, médias e curtas-metragens até o dia 31 de agosto

Idealizado por Gabriel Papaléo, Pedro Tavares e Waleska Antunes, o festival será totalmente gratuito e acontecerá no Rio de Janeiro em salas como a Cinemateca do MAM e o Centro Cultural Banco do Brasil. Haverá ainda uma itinerância em Brasília, entre os dias 5 e 7 de dezembro, no Cine Brasília. Além das mostras competitivas, nacional e internacional, a programação contará com exibições especiais e retrospectiva.

Quando Gabriel Papaléo, Pedro Tavares e Waleska Antunes resolveram criar o Lumen, tinham em mente a dificuldade enfrentada por produções independentes para chegar ao público brasileiro. Pedro Tavares explica: “O cinema independente luta diretamente por qualquer espaço, incluindo festivais. Hoje vemos realizadores do mundo inteiro em busca de uma solução quando falamos de alcance”. Segundo ele, chegar até o público é tão desafiador quanto fazer um filme e o Lumen seria um espaço para cineastas que, por diversos motivos, não alcançam ao grande circuito ou aos cinemas de modo geral.

Tavares continua: “Nossa proposta é levar filmes independentes para todo tipo de público, dos espaços em que eles já têm alguma abertura até os multiplex e afins, onde sabemos que é necessária uma lógica de ações de mobilização de público”. Para Pedro, o objetivo do Lumen é ampliar o acesso a esse cinema e, consequentemente, renovar a cultura da ida ao cinema e da descoberta de realizadores.

Gabriel Papaléo destaca a ausência de distribuição de filmes independentes internacionais no Brasil: “O Lumen também é resposta às nossas conversas sobre os filmes ao redor do mundo que não chegam nos cinemas brasileiros. Desde curtas experimentais de realizadores e realizadoras com décadas de carreira até os longas de jovens iniciantes, o cinema independente abarca filmes que chegam aqui sem oportunidade da distribuição, sem acordos fechados com distribuidoras pelo mundo, e que acabam passando batidos mesmo em outros festivais de cinema brasileiro”. Papaléo garante que é nesta lacuna que o festival vai navegar.

Waleska Antunes ressalta a ausência de filmes independentes mesmo nos festivais: “Por mais que o cenário de festivais seja profícuo e que, graças a difusão da internet, esses eventos tenham aumentado significativamente, há uma produção massiva de cineastas independentes que não chega às salas por inúmeros motivos: a precariedade de distribuição, poucos circuitos que os absorvam ou curadorias que não estão interessadas nesse tipo de cinema. Festivais como o Lumen querem subverter essa lógica, trazer esses cinemas para mais próximo e, não só isso, mostrar que há uma produção crescente e interessante sendo feita com recursos possíveis”, afirma a curadora e também coordenadora do festival.

Para realizar o projeto, Papaléo, Tavares e Antunes se juntam a produtores de grandes eventos e empresas mundiais como: Rio2C, Frapa, Bienal do Livro, IndieLisboa, TV Globo e Cine Brasília. O resultado oficial com a seleção completa será anunciado no final de setembro. Clique aqui e saiba mais sobre as inscrições.

Foto: Divulgação.

Cine PE 2025: Julio Andrade será homenageado com a Calunga de Ouro

por: Cinevitor
Julio Andrade: carreira consagrada no audiovisual brasileiro

A 29ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual, que acontecerá entre os dias 9 e 15 de junho, no Recife, Pernambuco, acaba de anunciar seu primeiro homenageado: o ator e diretor Julio Andrade. A entrega do troféu Calunga de Ouro, tradicional reconhecimento concedido pelo festival a grandes nomes do cinema brasileiro, acontecerá durante a programação deste ano, que contará com sessões gratuitas e abertas ao público.

Com uma trajetória marcada por personagens intensos e atuações premiadas, Julio Andrade consolidou-se como um dos nomes mais respeitados da dramaturgia brasileira. No cinema, brilhou em títulos como Gonzaga: De Pai pra Filho, de Breno Silveira, no qual interpretou o filho do Rei do Baião, o também cantor Gonzaguinha; em Serra Pelada, de Heitor Dhalia; Cão Sem Dono, de Renato Ciasca e Beto Brant; e Sob Pressão, filme que deu origem à aclamada série homônima da TV Globo.

De 2017 até 2022, protagonizou as cinco temporadas e um especial da série Sob Pressão, ao lado de Marjorie Estiano, interpretando o médico Dr. Evandro. Além de atuar, Julio também dirigiu episódios da terceira até a quinta temporada, demonstrando sua versatilidade e domínio artístico também por trás das câmeras.

Entre o fim de 2022 e abril de 2023, gravou Betinho: No Fio da Navalha, série em que vive o protagonista Herbert de Souza, o Betinho, sociólogo que enfrentou a epidemia da fome e da AIDS no Brasil e foi responsável por criar um dos maiores movimentos sociais do país, a Ação da Cidadania. A produção, dirigida por Lipe Binder e pelo próprio Julio Andrade, foi criada por José Júnior. Recentemente, deu vida a Lampião na série Maria e o Cangaço, lançada no Star+, e protagonizada por Isis Valverde no papel-título. Atualmente está no ar no remake de Vale Tudo, na Rede Globo.

Ao longo da carreira, Julio já recebeu inúmeros prêmios: dois troféus Grande Otelo, três prêmios APCA, um Prêmio Guarani e um kikito no Festival de Gramado. Também foi indicado ao Prêmio Qualidade Brasil, ao Prêmio Platino e ao Emmy Internacional em três ocasiões: duas por sua atuação na série 1 Contra Todos e uma por sua performance em Betinho: No Fio da Navalha, do Globoplay. No Cine Ceará, em 2016, foi eleito o melhor ator por Maresia; no Festival do Rio foi consagrado por Sob Pressão e Entre Nós

Sua trajetória nas telonas conta também com a animação Arca de Noé, Aos Olhos de Ernesto, Paraíso Perdido, Malasartes e o Duelo com a Morte, Redemoinho, Elis, Reza a Lenda, Trash: A Esperança Vem do Lixo, Obra, Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho, A Estrada 47, A Hora e a Vez de Augusto Matraga, Hotel Atlântico, Meu Tio Matou um Cara, O Homem que Copiava, Tolerância, entre muitos outros.

Sandra Bertini, diretora do Cine PE, explica que Julio foi escolhido como homenageado deste ano como forma de reconhecimento à sua carreira, que transita com naturalidade entre atuação e direção: “Resolvemos celebrar Julio como forma de reconhecimento do seu talento, além, claro, da entrega emocional e da intensidade que imprime em cada projeto”. O artista receberá a Calunga de Ouro no dia 13 de junho.

Além das exibições no Cine Teatro do Parque, o Cine PE também ocupará o Cinema São Luiz, que este ano será palco da mostra paralela Sessão Matinê. A programação especial reunirá filmes que não estão em competição, oferecendo ao público uma oportunidade de conhecer outras narrativas do audiovisual brasileiro em sessões gratuitas.

Foto: Bruno de Lima.

Cannes 2025: conheça os filmes selecionados para a 64ª Semana da Crítica

por: Cinevitor
Théodore Pellerin em Nino, de Pauline Loquès

Foram anunciados nesta segunda-feira, 14/04, os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2025 (Semaine de la Critique), mostra paralela ao Festival de Cannes que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar novos cineastas inovadores do mundo todo em suas primeiras obras.

Em sua 64ª edição, a Semana da Crítica, que acontecerá entre os dias 14 e 22 de maio, terá o cineasta espanhol Rodrigo Sorogoyen como presidente do júri; vale lembrar que no ano passado ele assumiria esse mesmo cargo, mas precisou se afastar por motivos pessoais. O jornalista marroquino Jihane Bougrine, o diretor de fotografia Josée Deshaies, a produtora indonésia Yulia Evina Bhara e o ator britânico Daniel Kaluuya completam o time de jurados.

A curadoria deste ano teve coordenação geral de Ava Cahen, que trabalhou com comitês formados por críticos e jornalistas. Para a seleção de curtas-metragens, o grupo foi formado por Esther Brejon, Grégory Contaut e Raphaëlle Pireyre, sob coordenação de Léo Ortuno. Entre os longas, Chloé Caye, Laurent Hérin, Damien Leblanc, Olivier Pélisson e Perrine Quennesson completaram o time.

O pôster desta 64ª edição destaca uma das personagens do musical Les reines du drame, de Alexis Langlois, que foi exibido no ano passado fora de competição. Os curtas-metragens serão anunciados em breve.

Conheça os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2025:

COMPETIÇÃO | LONGA-METRAGEM

Ciudad Sin Sueño, de Guillermo Galoe (Espanha/França)
Imago, de Déni Oumar Pitsaev (França/Bélgica)
Kika, de Alexe Poukine (Bélgica/França)
Left-Handed Girl, de Shih-Ching Tsou (Taiwan/França/EUA/Reino Unido)
Nino, de Pauline Loquès (França)
Pee Chai Dai Ka, de Ratchapoom Boonbunchachoke (Tailândia/França/Singapura/Alemanha)
Rietland, de Sven Bresser (Holanda/Bélgica)

SESSÕES ESPECIAIS | LONGAS

Baise-en-ville, de Martin Jauvat (França)
Des preuves d’amour, de Alice Douard (França)
L’intérêt d’Adam, de Laura Wandel (Bélgica/França) (filme de abertura)
Planètes, de Momoko Seto (França/Bélgica) (filme de encerramento)

*Clique aqui e conheça os curtas-metragens selecionados

Foto: Divulgação.

Conheça os vencedores do 30º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários

por: Cinevitor
Cena do filme Copan, de Carine Wallauer: vencedor

Foram anunciados neste sábado, 12/04, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, os vencedores da 30ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, principal evento dedicado ao audiovisual não ficcional na América Latina, fundado e dirigido por Amir Labaki.

Nesta edição comemorativa de 30 anos, Copan, dirigido por Carine Wallauer, foi eleito o vencedor da Competição Brasileira de longas ou médias-metragens e recebe como prêmio R$ 20.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri, formado por Debora Ivanov, Paulo Sacramento e Roberto Berliner, diz: “Pela ousadia formal aliada a um vigoroso rigor estético, por sua originalidade, precisão e delicadeza, pelo equilíbrio das cenas e pelas nuances que revelam os conflitos contemporâneos, alcançando uma singular síntese poética dos contrastes de nosso país”.

O melhor curta-metragem brasileiro, eleito pelo mesmo júri, foi Sukande Kasáká | Terra Doente, de Kamikia Kisedje e Fred Rahal, que recebe como prêmio R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri diz: “Pela extraordinária força, precisão e impacto de suas imagens, pela urgência de seu discurso, pela apresentação sensível em contraponto à devastação gerada pelo Agronegócio e pela distância a qualquer gesto redutor na apresentação de sua tragédia”. O filme leva também o Prêmio Mistika com R$ 8.000 em serviços de pós-produção digital.

Foram outorgadas duas menções honrosas na Competição Brasileira. Entre os longas, o escolhido foi Quando o Brasil era Moderno, de Fabiano Maciel. A justificativa diz: “Por sua vasta pesquisa, pela contundente leitura da história de nossa arquitetura, política, arte e educação, pela clareza de sua interpretação e pela busca do ponto de inflexão onde um projeto de excelência sucumbe aos descaminhos históricos”. Já entre os curtas, o escolhido foi Palavra, de DF Fiuza, com a seguinte justificativa: “Pela atenção aos detalhes, pela construção poética e coesão na observação da atividade humana em plena harmonia com a natureza e pela delicada valorização dos saberes e tradições brasileiros e suas matrizes”.

O grande vencedor da Competição Internacional de longas ou médias-metragens foi Escrevendo Hawa, de Najiba Noori; o longa recebe R$ 12.000 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri, formado por Andrés Di Tella, Bill Nichols e Eliza Capai, diz: “Poucos filmes contam a história de uma nação por meio do amor e da compaixão que definem uma família imersa em uma cultura patriarcal; mas não limitada por ela. A cineasta narra a luta excepcional de sua mãe por independência no Afeganistão, onde conquistas como essa raramente são celebradas”.

O canadense Eu sou a pessoa mais magra que você já viu?, dirigido por Eisha Marjara, foi eleito o melhor curta-metragem internacional e recebe R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri diz: “Pelo tratamento poderoso e poético da experiência da anorexia, expresso com toda a emoção bruta e a confusão de crescer em uma família imigrante”.

Reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos como um festival classificatório para o Oscar, o É Tudo Verdade qualifica automaticamente as produções vencedoras nas competições brasileira e internacional de longas ou médias-metragens e de curtas-metragens para inscrição direta visando a disputa pela estatueta dourada.

Na cerimônia, também foram anunciados alguns prêmios paralelos, entre eles, o Prêmio Maria Rita Galvão (ABPA, Associação Brasileira de Preservação Audiovisual; PAVIC, Pesquisadores de Audiovisual Iconografia e Conteúdo; e REPIA, Rede de Pesquisa de Imagens de Arquivo para a melhor pesquisa da Competição Brasileira. O escolhido foi Bruscky: Um Autorretrato, de Eryk Rocha, com pesquisa de Yuri Bruscky e Natalia Lacerda Bruscky; o filme recebe R$ 6.000 (PAVIC/Abrolhos Filmes), serviços de digitalização (Lupa/UFF) e gravação em LTO (ABPA/REPIA).

Conheça os vencedores do É Tudo Verdade 2025:

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Copan, de Carine Wallauer

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Sukande Kasáká | Terra Doente, de Kamikia Kisedje e Fred Rahal 

MENÇÃO HONROSA | LONGA ou MÉDIA
Quando o Brasil era Moderno, de Fabiano Maciel

MENÇÃO HONROSA | CURTA
Palavra, de DF Fiuza

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Escrevendo Hawa (Writing Hawa), de Najiba Noori (França/Holanda/Qatar/Afeganistão)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Eu sou a pessoa mais magra que você já viu? (Am I the Skinniest Person You’ve Ever Seen?), de Eisha Marjara (Canadá)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro

PRÊMIO EDT (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual)
Melhor Montagem | Longa: Bruscky: Um Autorretrato, por Caio Lazaneo e Lorena Duarte
Melhor Montagem | Curta: Palavra, por DF Fiuza
Menção Honrosa: Sukande Kasáká | Terra Doente, por Paula Mercedes e Fred Rahal

PRÊMIO MARIA RITA GALVÃO | ABPA | PAVIC | REPIA
Melhor Pesquisa: Bruscky: Um Autorretrato, por Yuri Bruscky e Natalia Lacerda Bruscky

Foto: Divulgação.