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Mauricio de Sousa será homenageado no 47º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor

mauriciodesousagramado19O homenageado: seis décadas de sucesso e criatividade.

A 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 16 e 24 de agosto, vai homenagear com o Troféu Cidade de Gramado o desenhista, cartunista, criador, roteirista, produtor, diretor e, sobretudo, o pai da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa. A honraria destaca nomes que têm ligação com Gramado e o festival, contribuindo para o crescimento e a divulgação da cidade e do evento.

Mônica, a menina dentuça, baixinha, gorducha, forte e briguenta, nascida há 56 anos, é uma das mais queridos do público até hoje. Porém, são inúmeros os personagens que conquistaram a admiração de pelo menos duas gerações, mas o astro de 2019 é o Bidu, o primeiro deles. A tirinha precursora do cãozinho azul, e também de Mauricio, foi publicada em julho de 1959, mais precisamente no dia 18, no jornal Folha de São Paulo, e completará 60 anos.

Raros são os nomes que mantêm uma carreira por seis décadas, com o vigor e a criatividade dos primeiros dias. O Festival de Cinema de Gramado vai enaltecer essa trajetória e homenagear o profissional que elevou as histórias em quadrinhos e a animação brasileira a patamares internacionais.

Para marcar esse momento, o Troféu Cidade de Gramado será entregue na noite do dia 21 de agosto, no Palácio dos Festivais. A homenagem também contará com a exibição do filme Turma da Mônica: Laços, que estreia no dia 27 de junho. A sessão especial acontecerá no Palácio dos Festivais, às 9h, também dia 21. A apresentação será seguida por um aguardado bate-papo com Mauricio.

O menino de seis anos que achou no lixo o primeiro gibi desbeiçado, velho e lido, mas com historinhas e páginas coloridas, como descreve, se transformou em um dos mais importantes nomes da animação no Brasil. Os personagens da Turma da Mônica foram apresentados na televisão a partir da década de 1960 e as histórias completas passaram a ser produzidas 16 anos depois.

A partir de 1980, surgem os filmes e vídeos, e a Turma da Mônica ganha o status de primeira série de animação brasileira. Foram muitos sucessos, como A Princesa e o Robô, Mônica e a Sereia do Rio, As Aventuras da Turma da Mônica, Turma da Mônica em Uma Aventura no Tempo, décimo filme baseado nos personagens das revistas em quadrinhos, com receita superior a R$ 60 milhões, além da série Cinegibi e da série de animação Mônica Toy, no canal do YouTube, que supera a marca de 6 bilhões de visualizações em todo o mundo.

Foto: Divulgação/Maurício de Sousa Produções.

Frozen 2 ganha novo trailer; animação estreia em janeiro de 2020

por: Cinevitor

frozen2novotrailer2Com música dos compositores vencedores do Oscar, o filme estreia em janeiro de 2020.

Lançado no começo de 2014 no Brasil, Frozen: Uma Aventura Congelante bateu recordes de bilheteria e foi premiado com duas estatuetas douradas no Oscar: melhor animação e melhor canção original para Let It Go. O longa se tornou uma das maiores bilheterias da história do cinema e segue como a animação de maior bilheteria de todos os tempos.

O sucesso gerou uma franquia com livros, jogos, quadrinhos, um show na Broadway, um curta-metragem chamado Olaf: Em Uma Nova Aventura Congelante de Frozen e agora uma sequência do longa, que chega aos cinemas brasileiros no dia 2 de janeiro de 2020.

Em Frozen 2, os carismáticos personagens Elsa, Anna, Olaf e Kristoff se afastam do reino de Arendelle e partem para a floresta com a missão de desvendar um antigo mistério. Dirigida por Chris Buck e Jennifer Lee, a sequência conta com as vozes de Kristen Bell, Idina Menzel, Josh Gad, Jonathan Groff, Evan Rachel Wood e Sterling K. Brown.

Confira o novo trailer de Frozen 2, que revela um vislumbre da dramática jornada que Elsa e Anna seguem rumo ao desconhecido:

Foto: Divulgação/Disney.

Helena Ignez apresenta A Mulher da Luz Própria, de Sinai Sganzerla, e fala sobre Júlio Bressane no 8º Olhar de Cinema

por: Cinevitor

helenaignezolhar2019Helena Ignez: um dos maiores nomes do cinema brasileiro.

Considerada um ícone do Cinema Marginal, Helena Ignez, que começou sua carreira como atriz no final da década de 1950, marcou presença na oitava edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba ao lado da filha Sinai Sganzerla, diretora do documentário A Mulher da Luz Própria, filme que faz parte da mostra Exibições Especiais.

O longa é um retrato documental de uma figura vibrante de resistência, Helena Ignez, renomada artista teatral e cineasta que, há mais de meio século, é também celebrada como uma das maiores atrizes do cinema mundial. Na primeira exibição, que aconteceu na quarta-feira, 06/06, no Cine Passeio, Sinai afirmou: “O meu interesse maior era contar uma história que não tinha sido contada. É um filme sobre a atriz, roteirista, diretora e produtora Helena Ignez. Apesar de ser filha dela, não é sobre a nossa relação. Ele traz a trajetória dessa mulher e sua importância para o cinema, para as artes e fala de uma mulher guerreira, que vai se transformando através de várias vidas e histórias e que vai em busca da própria luz”.

Helena Ignez é uma das principais personalidades femininas do cinema brasileiro. Inaugurou um novo estilo de interpretação e hoje dirige filmes independentes. Seu trabalho mais recente como diretora, A Moça do Calendário, foi lançado no ano passado, e conta com a filha Djin Sganzerla no elenco. Além disso, em 2013, fez parte do júri da Competição Internacional da terceira edição do Olhar de Cinema.

No dia seguinte à primeira exibição, Helena e Sinai participaram de um debate com o público no Shopping Novo Batel. “Quando a Sinai me falou dessa ideia, eu não interferi em nada. Ela me falou do projeto, disse que não era um filme sobre a mãe dela e me assegurou que era um filme sobre uma mulher, como todas as outras, que teve sua vida muito ligada ao cinema, ao teatro e a todo esse movimento da cultura feminista, desde o começo. Pois, ser feminista nos anos 1960 era dar o corpo à tiros”, disse Helena.

helenasinaiolhar2019Sinai Sganzerla e Helena Ignez no debate.

Questionada sobre o título de musa, falou: “Eu comecei muito cedo e fui denominada como musa do Cinema Novo. Isso era quase trágico pra mim. Por exemplo, no filme O Padre e a Moça [de Joaquim Pedro de Andrade, lançado em 1966] eu fiquei três meses numa locação, cercada por homens e era a única mulher da equipe. Existia essa força masculina e machista muito grande e o filme foi muito doloroso pra mim. Depois disso, tive uma necessidade orgânica de mudança, de afirmação, de criar uma nova vida pra mim. As musas são trágicas. Elas são simplesmente inspiração, não possuem vida própria. E não tem nada menos eu do que ser isso. Ao contrário, eu tenho uma personalidade viril, masculina e estou muito longe desse feminino tradicional da mãe. Esse lugar do macho, do homem, tem que ser desmanchado. Ser mulher é se reinventar o tempo todo”.

Na conversa, Sinai falou sobre as dificuldades em trabalhar com o audiovisual: “Já é difícil fazer cinema. Sendo mulher é ainda mais. Posso dizer que é bem complexo, bastante machista, não muito diferente de outras posições. Também como diretora é complexo, todo o processo. Tem que ter muita força de vontade, paciência e perseverança. Seu conhecimento é testado a todo momento. Foi por isso que me interessei em fazer esse filme para falar um pouco sobre a dificuldade de ser mulher em vários aspectos”.

Sobre a atual situação política do Brasil, Helena comentou: “Esse momento em que a gente vive, esse caos e essa ignorância que governa o país é pior do que a ditadura, que era mais óbvia. Hoje, somos tranquilamente mortos sem ninguém saber. É um momento horroroso em que vivemos”. Questionada sobre suas inspirações, revelou: Angela Davis talvez tenha sido minha primeira inspiração. As lésbicas, as trans, as pretas, as fora do normal: são essas mulheres que mais inspiram”.

helenaignezbressaneHelena Ignez em cena de A Família do Barulho, de Júlio Bressane.

Além do documentário A Mulher da Luz Própria, Helena Ignez também apresentou a primeira sessão de Memórias de um Estrangulador de Loiras, de Júlio Bressane, exibido na mostra Olhar Retrospectivo na sexta-feira, 07/06.

Ao lado de Aaron Cutler, um dos curadores do Olhar de Cinema, relembrou o filme: Júlio Bressane é o maior cineasta brasileiro vivo, com quem tive o maior prazer de fazer sete filmes, participando com ele da Bel-Air Filmes [produtora], que, de certa maneira, criamos juntos. Memórias de um Estrangulador de Loiras é exatamente o próximo filme após esse trabalho da Bel-Air, que saímos do Brasil com os filmes embaixo do braço, literalmente, saindo dessa ditadura militar, em 1970. Enquanto Júlio filmava o Estrangulador em Londres, eu viajei com o Rogério Sganzerla, companheiro dele e meu companheiro de 35 anos, para Marrocos, fugindo um pouco da civilização, dando um adeus à cultura e entrando no Deserto do Saara. Mas, de alguma maneira, o Júlio me trouxe para o filme, com imagens de A Família do Barulho [lançado em 1970]. Sentíamos muita saudade do Brasil e aquele frio de Londres nos atormentava bastante. Desejo uma boa sessão, que vocês aproveitem bem esse filme melancólico de Júlio Bressane, esse grande criador e meu amigo pessoal até hoje”.

*Para assistir ao vídeo de Helena Ignez falando de Memórias de Um Estrangulador de Loiras, clique aqui, e acompanhe os destaques no Instagram do CINEVITOR.

*O CINEVITOR está em Curitiba a convite do evento e você acompanha a cobertura do festival por aqui e pelas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram e YouTube.

Fotos: Giorgia Prates e Isabella Lanave.

Tel Aviv em Chamas

por: Cinevitor

telavivchamasposter2Tel Aviv on Fire

Direção: Sameh Zoabi

Elenco: Kais Nashif, Lubna Azabal, Yaniv Biton, Maisa Abd Elhadi, Nadim Sawalha, Salim Dau, Yousef ‘Joe’ Sweid, Amer Hlehel, Laëtitia Eïdo, Ashraf Farah, Ula Tabari, Yazan Doubal, Shifi Aloni, Negweny El Assal, Alma Hemmo, Yaffa Levi, Sameh ‘Saz’ Zakout.

Ano: 2018

Sinopse: Israel, Palestina. Dias atuais. Salam, um charmoso palestino de 30 anos, mora em Jerusalém e trabalha como estagiário numa popular novela da Palestina chamada Tel Aviv em Chamas, que é produzida em Ramala, e fala sobre uma espiã que se envolve com um general israelense durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Todos os dias Salam tem que passar pelo posto de controle israelense para chegar aos estúdios de televisão. Lá, ele conhece o comandante do posto de controle, Assi, cuja esposa é muito fã do programa. Para impressioná-la, Assi acaba se envolvendo com o roteiro do programa. Salam logo percebe que as ideias de Assi podem garantir a ele uma promoção como roteirista. A carreira de Salam decola, até que Assi e os investidores da novela discordam de como a trama deve terminar. Espremido entre um oficial do exército e os apoiadores árabes, Salam só pode sair dessa com um golpe de mestre.

Crítica do CINEVITOR: O conflito entre israelenses e palestinos, que já dura mais de setenta anos, é visto com frequência em noticiários. Muitos filmes também já foram realizados para retratar as consequências dessa tensão violenta que permeia tais territórios. Tel Aviv em Chamas, do cineasta israelense Sameh Zoabi, que assina o roteiro ao lado de Dan Kleinman, apresenta esses confrontos internos como pano de fundo, porém, com um alívio cômico. Na trama, acompanhamos os dilemas do protagonista Salam Abbass, interpretado por Kais Nashif, que venceu o prêmio de melhor ator da mostra Orizzonti no Festival de Veneza, ao ser promovido do cargo de assistente de produção em uma novela palestina para roteirista. Sem experiência com a escrita, ele encontra uma solução inusitada para seu bloqueio criativo: as ideias de um general israelense, fã do programa, que vira seu colaborador. De maneira respeitosa, o filme garante muitas risadas ao longo da projeção ao evidenciar essa relação improvável entre os dois personagens, que se conheceram no posto de controle da fronteira. Sameh Zoabi entrega uma história divertida na qual a ficção dentro da ficção contextualiza o espectador em relação ao passado histórico daquela região junto com o presente. O programa, com ar de novela mexicana e que também se chama Tel Aviv em Chamas, se passa durante a Guerra dos Seis Dias, que aconteceu em 1967. Aqui, vemos personagens caricatos em um melodrama que coloca as rebeliões daquele ano como pano de fundo. Com tom despretensioso e irônico, o filme utiliza-se da metalinguagem para traçar uma linha de acontecimentos históricos que marcaram a história daqueles povos. Sem exagero e com bom humor, Tel Aviv em Chamas é uma comédia dramática que aborda um assunto sério, mas que opta por destacar o cotidiano de seus personagens com seus dilemas, angústias, problemas familiares, amorosos e profissionais de forma leve, divertida e universal, fazendo com que qualquer espectador possa se identificar com alguma situação. Um filme como esse, que serve de respiro em tempos tão sombrios, não faz mal a ninguém. (Vitor Búrigo)

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Entrevista: Letícia Simões fala sobre Casa, filme exibido no 8º Olhar de Cinema

por: Cinevitor

leticiasimoescasaolharCineasta: Letícia Simões apresentou seu novo filme no 8º Olhar de Cinema.

A cineasta baiana Letícia Simões passou pelo Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba pela primeira vez no ano passado com O Chalé é Uma Ilha Batida de Vento e Chuva. O longa recebeuPrêmio Looke de Distribuição e também foi escolhido como o melhor longa-metragem brasileiro da mostra Outros Olhares.

Nesta oitava edição, Letícia volta ao evento com o documentário Casa, só que na mostra Competitiva. A trama acompanha o retorno de uma filha ausente (a diretora) à cidade onde nasceu por medo de uma crise de sua mãe bipolar, que serve de gatilho para uma reaproximação familiar. O filme elabora com sensibilidade uma árvore genealógica fílmica pautada pela relação entre elas (e também com a avó) e se permite cruzar histórias, formas de escrita de si – cartas, testemunhos, entrevistas – e arquivos imagéticos, entendendo a complexidade da incidência do tempo sobre as memória, os corpos e as relações pessoais, que são também dotadas de tensões. Além disso, Casa convoca relatos sobre uma cidade e uma geração de modo a extrapolar o caráter pretensamente íntimo de uma narrativa pessoal.

Letícia Simões é poeta, documentarista e roteirista brasileira. Também dirigiu os documentários Bruta Aventura em Versos e Tudo vai ficar da cor que você quiser, que, juntos com O Chalé é Uma Ilha Batida de Vento e Chuva formam uma trilogia sobre poetas brasileiros. É mestre em Filme-ensaio pela EICTV, em Cuba, e em Estudos Contemporâneos da Arte pela UFF, no Rio de Janeiro. Seus poemas foram traduzidos para o inglês, espanhol e alemão.

A diretora marcou presença nesta edição do Olhar de Cinema e falou com o CINEVITOR sobre o processo de criação de Casa, filmagens, a relação com as personagens do filme, entre outros assuntos.

Aperte o play e confira:

Foto: Isabella Lanave.

Chão, documentário sobre o MST, de Camila Freitas, é exibido no 8º Olhar de Cinema

por: Cinevitor

chaoolhardecinemaEquipe reunida antes da exibição do filme em Curitiba.

Depois de ser exibido na mostra Forum do Festival de Berlim deste ano, o documentário Chão, de Camila Freitas, fez sua estreia brasileira na mostra Competitiva do 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba neste domingo, 09/06.

Registrado por quatro anos, o documentário acompanha o cotidiano de um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em Goiás. Com a iminente criminalização do movimento e suas lideranças, o longa mostra a luta do MST por um pedaço de chão com momentos que retratam a agricultura familiar entre as paisagens monocromáticas do agronegócio.

O Movimento Sem Terra está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país. No total, são cerca de 350 mil famílias que conquistaram a terra por meio da luta e da organização dos trabalhadores rurais. Mesmo depois de assentadas, estas famílias permanecem organizadas no MST, pois a conquista da terra é apenas o primeiro passo para a realização da Reforma Agrária. As famílias também se organizam por setores para encaminharem tarefas específicas, que são organizados desde o nível local até nacionalmente, de acordo com a necessidade e a demanda de cada assentamento, acampamento ou estado.

Em uma sessão emocionante, que contou com a presença da diretora, equipe e integrantes do MST, o público aplaudiu e ovacionou o filme enquanto subiam os créditos finais, entre gritos de “MST, essa luta é pra valer!”, “Luta, construir a Reforma Agrária Popular” e “Pátria livre, venceremos!”.

Em seu discurso, a diretora falou: “É muita emoção. Estou acompanhada por pessoas que foram muito importantes nesta caminhada: parceiros, amigos, companheiros, personagens, pessoas da equipe. Nesse momento em que estamos vivendo, é muito importante poder ocupar esses espaços. Por isso, agradeço muito ao festival pelo convite e pela atenção. Pra mim, é um momento de celebração desse movimento que é um dos mais importantes do mundo”.

Além das exibições no Olhar de Cinema, Chão terá uma sessão especial no Vigília Lula Livre, acampamento de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fica em frente ao prédio da Polícia Federal do Paraná, onde Lula está preso.

Aperte o play e confira os melhores momentos da apresentação do filme e trechos do debate que aconteceu ao final da sessão:

Foto: Isabella Lanave.

Família da Madrugada

por: Cinevitor

familiamadrugadaposter1Midnight Family

Direção: Luke Lorentzen

Ano: 2019

Sinopse: Nos bairros mais ricos da Cidade do México, a família Ochoa administra uma ambulância particular, ao longo da noite, concorrendo com outros socorristas com fins lucrativos para pacientes emergenciais. À medida que os Ochoas tentam ganhar a vida nessa indústria, esforçam-se para impedir que suas terríveis finanças comprometam as pessoas sob seus cuidados.

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

Étangs Noirs

por: Cinevitor

etangsnoirsposter1Direção: Timeau De Keyser, Pieter Dumoulin.

Elenco: Cédric Luvuezo, Rudy Mira, Makvala Pirtskhalava-Sakhelashvili.

Ano: 2018

Sinopse: Jimi, um jovem rapaz que mora no bairro Cité Modèle, em Bruxelas, recebe um pacote por engano em seu apartamento. Mal sabe ele que a tarefa de entregar a encomenda à sua correta destinatária o levará a uma odisseia pelos subterrâneos da vida numa periferia da capital belga. Quando Jimi não consegue localizá-la, encontrá-la torna-se em obsessão. Assim, enfrentará encontros humanos e realidades sociais complexas que às vezes parecem colocá-lo mais perto e, outras vezes, mais longe dos seus objetivos.

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Naomi Campbel

por: Cinevitor

naomicampbelposter1Direção: Camila José Donoso

Elenco: Paula Dinamarca, Ingrid Mancilla, Josefina Ramírez, Camilo Carmona.

Ano: 2013

Sinopse: Yermén é uma taróloga colombiana, residente em Santiago, que busca o financiamento para realizar a tão sonhada cirurgia de redesignação sexual. Mesclando procedimentos documentais, com encenações construídas junto à personagem e imagens em vídeo de baixa resolução, o filme apresenta uma vida atravessada por uma contagiante energia de reinvenção de si.

*Clique aqui e assista ao programa especial com entrevista com a diretora no Olhar de Cinema.

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-2,5-estrelas

Entre Duas Águas

por: Cinevitor

entreduasaguasposter1Entre dos aguas

Direção: Isaki Lacuesta

Elenco: Israel Gómez Romero, Francisco José Gómez Romero, Óscar Rodríguez.

Ano: 2018

Sinopse: O filme mistura documentário e ficção ao acompanhar Isra e Cheíto, jovens que retornam da prisão e do serviço naval, respectivamente, para morar com familiares e procurar trabalho em seu empobrecido local de nascimento na ilha Baía de Cádis, na Espanha. O reencontro dos irmãos ciganos, separados por tanto tempo, faz com que esses homens tatuados abram seus corações um ao outro. Sequência do filme A Lenda do Tempo (La leyenda del tiempo), de 2006.

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

8º Olhar de Cinema: curadores falam sobre a seleção de filmes, mostras e eventos

por: Cinevitor

curadoresolharcinema2019Equipe de programação: conversa com o público sobre a curadoria.

A 8ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba começou nesta quarta-feira, 05/06, com a exibição do filme de abertura, o documentário Banquete Coutinho, de Josafá Veloso, que propõe um olhar para a obra de Eduardo Coutinho como um grande todo.

Antes da exibição, Antonio Junior, diretor geral e artístico do festival, falou sobre a edição deste ano: “Nesse cenário completamente adverso, fizemos o contrário de tudo e resolvemos realizar a nossa maior edição”. Além disso, comentou sobre as outras novidades da edição, como o 1º Encontros de Cinema de Curitiba, atividade de mercado voltada para as pessoas que já são profissionais da área. Neste ano, a programação conta com 131 filmes que trazem o cinema do passado, presente e que buscam apontar caminhos futuros.

No dia seguinte, no hall do shopping Novo Batel, a equipe de programação do 8º Olhar de Cinema realizou uma conversa aberta com público, na qual os curadores falaram sobre a seleção deste ano, filmes e eventos. Marcaram presença: Carol Almeida, Aaron Cutler, Carla Italiano, Antonio Junior, Camila Macedo, Kariny Martins, Marisa Merlo e Eduardo Valente.

Sobre os curtas-metragens selecionados, Carol Almeida falou: “Uma questão que permeou a curadoria das mostras de curtas foi analisar o papel da ficção e do documentário nesse momento em que vivemos uma suspensão do real”. Camila Macedo falou sobre a homenagem à cineasta americana falecida recentemente, Barbara Hammer, dentro de um programa de seis curtas-metragens coletivamente chamados de Diálogos Barbara Hammer: “Quisemos trazer diretoras que atualizam, expandem e dialogam com o trabalho dela. Barbara foi uma das primeiras diretoras declaradamente lésbica. Além de abordar essa questão, experimenta muito com a linguagem em seus filmes”.

Sobre a mostra Olhar Retrospectivo Raúl Ruiz e Diálogos no Exílio, Eduardo Valente comentou: “Fizemos um recorte de filmes do Raúl Ruiz e diretores brasileiros que foram realizados em exílio. Mesmo que algumas dessas obras não estejam em estado perfeito de exibição, é muito necessário fazer esse resgate e exibi-las nesse momento histórico”.

Uma das novidades deste ano é a mostra Olhares Brasil, que faz um apanhado da recente produção do país, com filmes muito diversos na linguagem, mas extremamente relevantes. “É uma mostra para reforçar a importância do cinema brasileiro e celebrar esse cinema que está tão vasto, tão diverso, tão potente”, disse Antonio Junior. “Foi muito difícil escolher estes filmes. Ficamos muito tempo conversando sobre essas obras tão interessantes”, completou Carla Italiano.

Para falar mais sobre o processo de seleção dos filmes, conversamos com o curador Eduardo Valente, que revelou detalhes deste trabalho. Aperte o play e confira:

Foto: Giorgia Prates.

Uma Corrente Selvagem

por: Cinevitor

correnteselvagemposter1Una Corriente Salvaje

Direção: Nuria Ibañez Castañeda

Ano: 2018

Sinopse: Chilo e Omar parecem ser os únicos dois homens na face da terra. Eles moram em uma praia solitária e constantemente pescam para sobreviver. Sua amizade, permeada por sensualidade, se transforma em uma história de amor.

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas