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Morre, aos 96 anos, o cineasta italiano Franco Zeffirelli

por: Cinevitor

zeffirellimorreZeffirelli: carreira de sucesso nas telonas, na TV e na ópera.

Morreu, na manhã deste sábado, 15/06, aos 96 anos, o cineasta italiano Franco Zeffirelli. Segundo informações divulgadas pela imprensa internacional, o diretor morreu na sua casa, em Roma, depois de uma longa doença que piorou nos últimos meses.

Nascido em Florença, na Itália, Gianfranco Corsi Zeffirelli inicialmente estudou arquitetura, mas depois de ver Henrique V, de Laurence Olivier, em 1944, se inspirou para começar uma carreira no teatro. Em 1945, começou a trabalhar como cenógrafo no Teatro della Pergola, em Florença, e concentrou-se nessa área entre os anos de 1950 e 1960.

Em 1948, foi assistente de direção de Luchino Visconti, com quem teve um relacionamento, no drama A Terra Treme. Depois disso, trabalhou com outros diretores, até realizar seu primeiro longa-metragem: a comédia Weekend de Amor, em 1958, com Marisa Allasio e Nino Manfredi. Logo, em 1967, ganhou destaque com A Megera Domada, adaptação de William Shakespeare e protagonizada por Elizabeth Taylor e Richard Burton. O longa recebeu duas indicações ao Oscar: melhor direção de arte e melhor figurino. Também foi indicado ao Globo de Ouro, BAFTA e premiado pela National Board of Review.

O grande reconhecimento veio em 1968 com outra adaptação de Shakespeare: Romeu e Julieta. O longa, protagonizado por Leonard Whiting e Olivia Hussey, até então desconhecidos, recebeu duas estatuetas douradas no Oscar: melhor fotografia, para Pasqualino De Santis, e melhor figurino, para Danilo Donati. Também foi indicado nas categorias de melhor direção e melhor filme. Foi premiado no Globo de Ouro, BAFTA, indicado ao Directors Guild of America e consagrado pela National Board of Review.

zeffirellimorre3Bastidores de Romeu e Julieta: o diretor com os protagonistas.

Com La traviata, lançado em 1982, Zeffirelli recebeu sua primeira indicação ao Oscar, na categoria de melhor direção de arte; o filme também foi indicado pelo figurino. Protagonizado por Teresa Stratas e Plácido Domingo, foi indicado ao Globo de Ouro e premiado no BAFTA e pela National Board of Review.

Como diretor realizou outras obras, entre elas: Irmão Sol, Irmã Lua (1972), indicado ao Oscar de melhor direção de arte e premiado no Festival de San Sebastián; O Campeão (1979) , premiado no Globo de Ouro e indicado ao Oscar de melhor trilha sonora; Amor sem Fim (1981), com Brooke Shields, que foi indicado em diversas premiações, como Oscar, Globo de Ouro e Grammy, pela música Endless Love, de Lionel Richie; Otello (1986), exibido no Festival de Cannes, premiado como melhor filme estrangeiro pela National Board of Review, indicado ao Oscar de melhor figurino e ao Globo de Ouro de filme estrangeiro; Il giovane Toscanini (1988), cinebiografia do maestro italiano Arturo Toscanini, com C. Thomas Howell e Elizabeth Taylor.

Dirigiu também: Hamlet (1990), com Mel Gibson e Glenn Close, indicado ao Oscar em duas categorias: melhor direção de arte e figurino; Sonho Proibido (1993), com Angela Bettis e exibido no Festival de Cinema de Gramado; Jane Eyre – Encontro com o Amor (1996), com William Hurt, Charlotte Gainsbourg, Anna Paquin e Geraldine Chaplin; Chá com Mussolini (1999), que rendeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante para Maggie Smith no BAFTA, além de ser indicado na categoria de melhor figurino e protagonizado por Cher, Judi Dench, Joan Plowright e Lily Tomlin; Callas Forever (2002), drama biográfico, indicado ao Prêmio Goya e protagonizado por Fanny Ardant, sobre os últimos dias da cantora de ópera Maria Callas, por quem Zeffirelli era apaixonado; o curta-metragem Omaggio a Roma (2009), com Monica Bellucci e Andrea Bocelli; além de diversos trabalhos para a TV.

zeffirellimorre2Judi Dench e Zeffirelli nos bastidores de Chá com Mussolini.

Outro destaque de sua carreira foi a minissérie Jesus de Nazaré, com Robert Powell, Anne Bancroft, Ernest Borgnine e Christopher Plummer, exibida pela ITV, no Reino Unido, durante a Páscoa e que atraiu uma audiência de mais de 20 milhões de espectadores.

Em 1970, a pedido do Papa Paulo VI, Zeffirelli encenou Missa solemnis em homenagem aos 200 anos do nascimento de Beethoven. Ele também se destacou no teatro e na ópera, onde suas produções formaram o núcleo do repertório de casas como Met e Teatro alla Scala. Dirigiu performances com os maiores cantores da época, como Joan Sutherland, Tito Gobbi e Maria Callas. Entre tantos sucessos, destaca-se Tosca, que se estendeu por 40 anos no repertório da Royal Opera House de Londres.

Além do cinema, Zeffirelli também atuou na política e foi senador por dois mandatos como membro do partido Forza Italia, de Silvio Berlusconi. Mais tarde, serviu como conselheiro do Ministério da Cultura. Em 2004, tornou-se o primeiro cidadão italiano a receber o título de Cavaleiro Comandante da Ordem do Império Britânico. Em 2018, o cineasta foi acusado de abuso sexual pelo ator Johnathon Schaech, com quem trabalhou em Sonho Proibido. A família do diretor, que já estava doente na época, negou a acusação.

Em 1996, revelou sua homossexualidade e, dez anos depois, escreveu um livro contando sua história. Seu último trabalho como diretor foi em 2017, com o curta-metragem de animação Zeffirelli’s Inferno.

Fotos: Divulgação.

Pedro Almodóvar será homenageado com o Leão de Ouro honorário no Festival de Veneza 2019

por: Cinevitor

almodovarhonorariovenezaPremiado em Veneza, o diretor espanhol agora será homenageado pela carreira.

A diretoria da Biennale di Venezia, presidida por Paolo Baratta, anunciou nesta sexta-feira, 14/06, que o cineasta espanhol Pedro Almodóvar receberá o Leão de Ouro honorário na 76ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro. A homenagem foi proposta por Alberto Barbera, diretor do festival.

Em comunicado oficial, Pedro Almodóvar declarou: “Estou muito empolgado e honrado com o presente deste Leão de Ouro. Eu tenho boas lembranças do Festival de Cinema de Veneza. Minha estreia internacional aconteceu em 1983, com Maus Hábitos. Foi a primeira vez que um dos meus filmes viajou para fora da Espanha, foi o meu batismo internacional e uma experiência maravilhosa. Meu retorno foi com Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, em 1988. Este Leão de Ouro vai se tornar meu animal de estimação, junto com os dois gatos que eu vivo. Obrigado do fundo do meu coração por me dar este prêmio”.

Sobre a homenagem, Alberto Barbera falou: “Almodóvar não é apenas o maior e mais influente diretor espanhol desde Buñuel, ele é um cineasta que nos ofereceu os retratos mais multifacetados, controversos e provocativos da Espanha pós-franquista. Os tópicos de transgressão, desejo e identidade são o terreno de escolha para seus filmes, que ele imprime com humor corrosivo e adorna com um esplendor visual que confere radiância incomum ao campo estético e à arte pop a que ele se refere explicitamente. A sensação de medo do amor, a mágoa do abandono, as contradições do desejo e as lacerações da depressão convergem em filmes que abrangem o melodrama e sua paródia, alcançando picos de autenticidade emocional que removem qualquer potencial excesso formal. Sem esquecer que Almodóvar se destaca, acima de tudo, em pintar retratos femininos incrivelmente originais, graças a uma empatia excepcional que lhe permite representar o seu poder, riqueza emocional e fraquezas inevitáveis com uma autenticidade rara e comovente”.

A carreira de Pedro Almodóvar é marcada por filmes consagrados e prêmios em diversos festivais e premiações importantes. Em Veneza, Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos foi premiado como melhor roteiro. Em 1999, disputou a Palma de Ouro, em Cannes, e levou o prêmio de melhor direção com Tudo Sobre Minha Mãe, que lhe rendeu o primeiro Oscar, em 2000, na categoria de melhor filme estrangeiro. Em 2003, foi indicado pela Academia ao Oscar de melhor direção pelo drama Fale Com Ela e perdeu para Roman Polanski, de O Pianista, mas levou a estatueta dourada de melhor roteiro original.

Sua filmografia é marcada por filmes aclamados pela crítica e pelo público, como: Volver, A Pele que Habito, Julieta, A Lei do Desejo, Má Educação, entre tantos outros. Seu mais recente trabalho, Dor e Glória, foi exibido na Competição Oficial do Festival de Cannes deste ano e rendeu a Antonio Banderas o prêmio de melhor ator.

Foto: Getty Images Europe.

Com Ewan McGregor, Doutor Sono, baseado na obra Stephen King, ganha trailer

por: Cinevitor

doutorsonotrailer1Ewan McGregor em cena: depois do Hotel Overlook.

Doutor Sono continua a história de Danny Torrance, 40 anos após sua assustadora estadia no Hotel Overlook, em O Iluminado, aclamado filme de Stanley Kubrick, lançado em 1980. Ewan McGregor, Rebecca Ferguson e a novata Kyliegh Curran estrelam o thriller sobrenatural, dirigido por Mike Flanagan, de Ouija: Origem do Mal e O Espelho, que escreveu o roteiro baseado no romance de Stephen King.

Ainda extremamente marcado pelo trauma que sofreu quando criança no Hotel Overlook, Danny Torrance lutou para encontrar o mínimo de paz. Essa paz é destruída quando ele encontra Abra, uma adolescente corajosa com um dom extrassensorial, conhecido como Brilho. Ao reconhecer instintivamente que Dan compartilha seu poder, Abra o procura, desesperada para que ele a ajude contra a impiedosa Rose Cartola e seus seguidores do grupo Verdadeiro Nó, que se alimentam do Brilho de inocentes visando a imortalidade.

Ao formarem uma improvável aliança, Dan e Abra se envolvem em uma brutal batalha de vida ou morte com Rose. A inocência de Abra e a maneira destemida que ela abraça seu Brilho fazem com que Dan use seus próprios poderes como nunca, enquanto enfrenta seus medos e desperta os fantasmas do passado.

O elenco conta também com Jacob Tremblay, Carl Lumbly, Zahn McClarnon, Emily Alyn Lind, Bruce Greenwood, Chelsea Talmadge, Nicholas Pryor, Jocelin Donahue, Alex Essoe e Cliff Curtis.

Confira o primeiro trailer de Doutor Sono, que estreia no dia 7 de novembro:

Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures.

Maria do Caritó, com Lilia Cabral, Gustavo Vaz e Kelzy Ecard, ganha trailer

por: Cinevitor

mariacaritotrailerLilia Cabral e Kelzy Ecard em cena.

Lilia Cabral é Maria do Caritó, uma solteirona em busca do amor verdadeiro, no longa dirigido por João Paulo Jabur, de Salve Jorge, que teve seu trailer divulgado nesta quinta-feira, 13/06, em comemoração ao dia de Santo Antônio, o famoso santo casamenteiro.

O longa é baseado em uma peça homônima, “escrita especialmente para o retorno da atriz Lilia Cabral ao teatro”, como conta o escritor Newton Moreno. A comédia dramática ficou cinco anos em cartaz antes de ganhar as telas dos cinemas e foi um verdadeiro sucesso de público. Indicada a seis categorias no Prêmio Shell, em 2010, a peça Maria do Caritó contou ainda com a vitória de Lilia na categoria de melhor atriz no Prêmio Contigo!, em 2011.

Muito popular no nordeste do país, a expressão “ficar no caritó” é utilizada para se referir a alguém que nunca casou e está encalhado. Esta é a história de Maria, uma mulher solteirona, que sonha em encontrar o verdadeiro amor. Prometida a um santo que ninguém nunca ouviu falar, ela foi guardada pelo pai para ser entregue virgem a São Djalminha. Parecia que nem um milagre poderia ajudá-la, mas o amor vem de onde menos se espera e, quando uma trupe de circo chega à cidade, Maria descobre que o mundo pode ser muito mais colorido e divertido do que ela imaginava.

O elenco conta ainda com Kelzy Ecard, Leopoldo Pacheco, Gustavo Vaz, Sylvio Zilber, Juliana Carneiro da Cunha, Fernando Sampaio, Alice Assef, Larissa Bracher, Priscila Steinman e Fernando Neves.

Confira o trailer de Maria do Caritó, que tem estreia prevista para o dia 24 de outubro:

Foto: Selmy Yassuda.

Dor e Glória

por: Cinevitor

doregloriaposter1Dolor y gloria

Direção: Pedro Almodóvar

Elenco: Antonio Banderas, Asier Etxeandia, Leonardo Sbaraglia, Penélope Cruz, Nora Navas, Julieta Serrano, Cecilia Roth, Raúl Arévalo, Rosalía, Agustín Almodóvar, César Vicente, Susi Sánchez, Eva Martín, Pedro Casablanc, Alba García, Julián López, Asier Flores, Fernando Iglesias, Esther García, Xavi Sáez, Luis Calero, Paqui Horcajo, Aline Casagrande, Sara Sierra, Neus Alborch, Marisol Muriel, Alba Gómez, Chimezie Eke, Topacio Fresh.

Ano: 2019

Sinopse: Ao mesmo tempo em que enfrenta seu próprio declínio físico, o cineasta Salvador Mallo se vê envolto em memórias de sua infância, juventude e vida adulta. Na recuperação de seu passado, ele encontra a urgente necessidade de narrá-lo e, nessa necessidade, encontra também sua salvação.

Crítica do CINEVITOR: Em breve.

Nota do CINEVITOR:

nota-4,5-estrelas

Eu Não Sou uma Bruxa

por: Cinevitor

eunaosoubruxaposterI Am Not a Witch

Direção: Rungano Nyoni

Elenco: Maggie Mulubwa, Nellie Munamonga, Nancy Murilo, Mirriam Nata, John Ng’Ambi, Becky Ngoma, Henry B.J. Phiri, Benfors ‘Wee Do, Boyd Banda, Kalundu Banda, Boniventure, Brisky, Patricia Carreira, Patricia Chaambwa, Mureene Chaba, Janet Chaile, Felix Chibole, Chichi, Martha Chig’Ambo, Masanbo Chikunga, Loveness Chilndo, Joyce Chilombo, Mr. Chimuya, Dimass Chipako, Nelly Chipembele, Kalenga Chipili, Leo Chisanga, Josephine Chishimba, Aliness Chisi, Mary Chulufya, Frankie Cox, Obvious Cube, Astrida Daka, Webster Daka, Jody Drayer, Alice Dreyer, Justina Fuvalanga, Gabriel Gauchet, Fadi Hus, Gloria Huwiler, Moses Jere, Masiye Jose, Mariam Chansa Kabunada, Chama Kaifa, Innocent Kalakula, Mary Kalembe, Chileshe Kalimamukwento, Alfred Kanomba, Sombo Kapole, Grace Kunda, Mary Lungu, Dina Lupiya, Mwengele Lwipa, James Manaseh, Sherard Mayanda, Travers Merrill, Ritah Mubanga, Junior Musale, Margaret Z. Mwale, Victor Phiri, Selita Zulu.

Ano: 2017

Sinopse: Depois de um incidente banal em sua vila, Shula, uma menina de 8 anos é acusada de bruxaria. Após um rápido julgamento, a garota se torna culpada e é levada em custódia pelo Estado, sendo exilada para um campo de bruxas no meio do deserto, onde terá que aprender as regras da sua nova vida como bruxa.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Conheça os vencedores do 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

por: Cinevitor

vencedorasolhardecinema19Premiadas: Cris Lyra, Camila Freitas, Maíra Bühler e Letícia Simões.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 12/06, os vencedores do 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que neste ano apresentou mais de 130 filmes na programação em um conjunto de apostas, e também descobertas, de produções recém-chegadas ao mundo, ainda inéditas no Brasil, além dos clássicos, retrospectivas e exibições especiais.

O júri da Competição, composto pelos curadores Alberto Ramos e Flávia Cândida e a cineasta portuguesa Rita Azevedo Gomes, elegeu o brasileiro Diz a Ela que Me Viu Chorar, de Maíra Bühler, como o melhor filme desta edição.

O Prêmio da Crítica Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, foi entregue para o documentário brasileiro Casa, de Letícia Simões, como o melhor filme da Competição de longas. O júri foi formado por Ivonete Pinto, Marcelo Müller e Barbara Demerov.

Conheça os vencedores do Olhar de Cinema 2019:

COMPETITIVA | LONGA-METRAGEM

Prêmio Olhar de Melhor Filme: Diz a Ela que Me Viu Chorar, de Maíra Bühler (Brasil)
Prêmio Especial do Júri: Chão, de Camila Freitas (Brasil)
Prêmio de Contribuição Artística: Seguir Filmando (Still Recording), de Ghiath Ayoub e Saeed Al Batal (França)
Prêmio do Público: Chão, de Camila Freitas

COMPETITIVA | CURTA-METRAGEM

Prêmio Olhar de Melhor Filme: Aziza, de Kaadan Soudade (Líbano/Síria)
Menção Especial: Sete Anos em Maio, de Affonso Uchôa (Brasil)

FILME BRASILEIRO | Competitiva, Novos Olhares e Outros Olhares

Melhor longa-metragem brasileiro: Espero Tua (Re)volta, de Eliza Capai
Melhor curta-metragem brasileiro: Quebramar, de Cris Lyra

NOVOS OLHARES

Melhor Filme: Não Pense que Eu Vou Gritar (Just Don’t Think I’ll Scream), de Frank Beauvais (França)

OUTROS OLHARES

Melhor Filme: No Salão Jolie (Chez Jolie Coiffure), de Rosine Mbakam (Bélgica)
Menção Honrosa: Indianara, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa (Brasil)

OUTROS PRÊMIOS

Prêmio da Crítica | ABRACCINE: Casa, de Letícia Simões (Brasil)
Prêmio AVEC-PR | Melhor curta-metragem da Mirada Paranaense: Mirror Mirror On The Wall, de Igor Urban
Menção Especial | Mirada Paranaense: Essa Terra Não Vai Terminar, de Matias Dala Stella

*O CINEVITOR está em Curitiba a convite do evento e você acompanha a cobertura do festival por aqui e pelas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram e YouTube.

Foto: Giorgia Prates.

Fora de Série

por: Cinevitor

foradeserieposterBooksmart

Direção: Olivia Wilde

Elenco: Beanie Feldstein, Kaitlyn Dever, Jessica Williams, Jason Sudeikis, Lisa Kudrow, Will Forte, Victoria Ruesga, Mason Gooding, Skyler Gisondo, Diana Silvers, Molly Gordon, Billie Lourd, Eduardo Franco, Nico Hiraga, Austin Crute, Noah Galvin, Michael Patrick O’Brien, Ben Harris, Kyle Samples, Deb Hiett, Bluesy Burke, Christopher Avila, Stephanie Styles, John Hartman, Adam Simon Krist, Gideon Lang, Ellen Doyle, Kevin Huang, Maya Rudolph.

Ano: 2019

Sinopse: Melhores amigas e alunas fora de série, Amy e Molly sempre focaram em tirar as melhores notas e se destacar dos demais alunos. O que nenhuma delas esperava era que seus colegas que só queriam curtir, fossem aprovados nas mesmas universidades que elas. Ao perceber que poderiam ter se divertido entre uma prova e outra, decidem correr atrás do prejuízo e recuperar os anos perdidos de diversão em uma única noite. A tarefa dessa vez é um pouco diferente: aproveitar ao máximo os últimos momentos do ensino médio e provar que podem ser as melhores em tudo, até mesmo quando o assunto é festa.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

Camila José Donoso fala sobre retrospectiva na mostra Foco do 8º Olhar de Cinema

por: Cinevitor

camiladonosocuritibaolharTrabalhos que influenciaram a carreira da homenageada também integraram a seleção.

A obra da cineasta chilena Camila José Donoso ganhou destaque na 8ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. A primeira retrospectiva da diretora no Brasil, com uma seleção de curtas e todos os seus longas-metragens, fez parte da mostra Foco, que busca realizadores ainda não muito conhecidos pelo público brasileiro, desvendando suas obras e estabelecendo conversas com produções semelhantes ou influentes.

A filmografia de Camila desafia os limites entre a ficção e o documentário, reconhecendo as possibilidades no limiar de cada um dos gêneros: encena histórias reais e naturaliza ficções. A potência de suas obras ultrapassa linguagem e estilo e é ainda mais marcante na temática, com mulheres que estão sempre buscando novas verdades, que desafiam suas realidades, seus espaços e definições externas contaminadas. É um cinema que retrata a transformação e transforma para além da tela.

Em entrevista exclusiva para o CINEVITOR, a diretora falou sobre sua participação no Olhar de Cinema, sobre o cineasta chileno Raúl Ruiz e os longas Nona. Se mi mojan, yo los quemo, que conta com o ator brasileiro Eduardo Moscovis no elenco, Casa Roshell e Naomi Campbel.

Aperte o play e confira:

Foto: Isabella Lanave.

Breve História do Planeta Verde

por: Cinevitor

breveplanetaverdeposter1Breve historia del planeta verde

Direção: Santiago Loza

Elenco: Romina Escobar, Paula Grinszpan, Luis Soda, Elvira Onetto, Anabella Bacigalupo, Léo Kildare Louback, Pablo Cura.

Ano: 2019

Sinopse: Tania, uma mulher trans, viaja para o interior da Argentina na companhia de dois amigos para atender aos últimos pedidos de sua avó, recentemente falecida. Como herança, ela, Pedro e Daniela, três deslocados, recebem a missão de retornar um alienígena para seu planeta. O trajeto será marcado por experiências e contatos não apenas humanos. Uma prova de amizade, para que eles consigam completar essa missão antes que seja tarde demais para o alien ou talvez para Tania.

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

Indianara Siqueira, protagonista de documentário exibido no 8º Olhar de Cinema, fala sobre política, preconceito e causa LGBT

por: Cinevitor

indianaracuritibaRevolucionária: Indianara luta por causas importantes e necessárias.

Depois de ser exibido na mostra da ACID, Association du cinéma indépendant pour sa diffusion, evento paralelo ao Festival de Cannes, que promove a distribuição de filmes independentes e incentiva debates entre autores e público, o documentário Indianara, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, fez sua estreia na oitava edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba na mostra Outros Olhares.

O longa apresenta a história da ativista transexual Indianara Alves Siqueira, que luta com seu bando pela sobrevivência das pessoas trans no Brasil. Frente aos ataques do seu próprio partido político e ao avanço totalitário no país, ela junta suas forças e parte para um último ato de resistência.

Um filme realizado muito perto ao cotidiano da sua personagem-título, para quem vida pessoal, profissional e política se misturam radicalmente. Através dos dilemas muito práticos que Indianara enfrenta, se revelam as estranhas de um processo social e político brasileiro muito pouco afeito a introduzir nas suas esferas de poder grupos como o das pessoas trans.

Sobre os diretores: Aude Chevalier-Beaumel nasceu na França em 1982 e é formada na Escola de Belas Artes. Mora no Brasil há 15 anos, onde realiza documentários. Seus últimos filmes, Rio Ano Zero e Sexo, Pregações e Política circularam em festivais internacionais. Marcelo Barbosa nasceu em 1970 em Guaratinguetá e estudou Comunicação na Universidade de Brasília. É fotografo e diretor de filmes experimentais. Indianara é seu primeiro longa-metragem.

Nas duas sessões em que foi exibido, o documentário emocionou o público presente. Antes da exibição, Indianara subiu ao palco ao lado do marido e dos diretores: “É um filme político, que fala de resistência, mas fala também de momentos do Brasil que são históricos. O filme é um aprendizado constante”, disse.

Aperte o play e confira nossa entrevista exclusiva com a protagonista Indianara Siqueira:

Foto: Isabella Lanave.

Comissão Especial de Seleção para o Oscar 2020 é anunciada pela Academia Brasileira de Cinema

por: Cinevitor

annamuylaertcomissaoscarAnna Muylaert, diretora de Que Horas Ela Volta?, é um dos nomes confirmados na comissão.

A Academia Brasileira de Cinema anunciou nesta terça-feira, 11/06, os nomes da comissão responsável por escolher o longa brasileiro que disputará uma vaga para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro na 92ª edição da premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, marcada para o dia 9 de fevereiro de 2020.

Entre os nove integrantes da Comissão Especial de Seleção, estão: a cineasta Anna Muylaert, que representou o Brasil com Que Horas Ela Volta?; David Schurmann, diretor de Pequeno Segredo, representante do Brasil no Oscar 2017; o diretor de fotografia Walter Carvalho; o cineasta Zelito Viana; as produtoras Sara Silveira e Vania Catani; o roteirista Mikael de Albuquerque, de A Glória e a Graça; o crítico e fundador do festival É Tudo Verdade, Amir Labaki; e a diretora do Festival do Rio, Ilda Santiago.

Além dos membros titulares, compõem a comissão de suplentes: o distribuidor e produtor Marcio Fraccaroli e a documentarista e produtora Adriana Dutra. “A comissão representa a pluralidade da produção audiovisual brasileira”, disse Jorge Peregrino, presidente da Academia Brasileira de Cinema.

Na última edição, o Brasil estava na disputa com O Grande Circo Místico, dirigido por Cacá Diegues, mas não conseguiu uma vaga na premiação. Vale lembrar que a última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme estrangeiro foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os nove semifinalistas.

Foto: Igor Pires/PressPhoto.