Todos os posts de Cinevitor

4º Festival ECRÃ anuncia seleção e edição on-line

por: Cinevitor

sertaniaecra2020Vertin Moura em Sertânia, de Geraldo Sarno.

Entre os dias 20 e 30 de agosto acontecerá a quarta edição do Festival ECRÃ, que por conta da pandemia de Covid-19 será em formato on-line. O festival traz mais de cem obras entre filmes, instalações, performances, videoarte e realidade virtual com acesso gratuito. O evento também oferecerá mesas redondas, lives e sessões especiais.

A programação apresenta obras exibidas em grandes festivais, como Cannes, Berlim, Roterdã, Locarno e expostas em diversos museus pelo mundo. As obras estarão disponíveis 24h por dia durante os onze dias de evento através do site (clique aqui). Vale lembrar que alguns títulos estarão disponíveis somente no Brasil.

Entre os destaques da Experiência Cinema da quarta edição estão: a estreia mundial de Prazeres Circunstanciais, do diretor americano Lewis Klahr; Não Haverá Mais Noite, de Eléonore Weber, selecionado para o Cinéma du Réel; Gerações, de Lynne Siefert, exibido em Berlim; Meu Pretzel Mexicano, de Nuria Gimenez e Não Há Lado Sombrio, de Erik Negro, ambos selecionados para o último festival de Roterdã. E mais: Calidris, de Peter Azen, exibido no Festival de Munique; O Documento Giverny (Canal Único), de Já’Tovia Gary, premiado em Locarno e Ariadne, de Jacky Connolly, filme produzido em machinima e selecionado para o Festival de Milão.

Entre os curtas-metragens a seleção segue com Monstro Deus, de Agustina San Martín, que recebeu uma Menção Especial no Festival de Cannes; Daltônicos, de Ben Russel, que foi selecionado para Locarno; A Correnteza X, de Hiroya Sakurai, que ganhou o prêmio de melhor curta experimental no Festival de Veneza; entre outros.

Entre os destaques nacionais estão: É Rio e Rocha, Negro Leo de Paula Gaitán, exibido na última Mostra de Cinema de Tiradentes. Também de Tiradentes, estão: Sofá, de Bruno Safadi, Sertânia, de Geraldo Sarno, Cavalo, de Rafhael Barbosa e Werner Salles, e o curta-metragem Pattaki, de Everlane Moraes. O festival também traz estreias de filmes nacionais como os longas Passou, do pernambucano Felipe André Silva; A Densa Nuve, o seio, de Vinícius Romero; os curtas Replay, de Julio Napoli; Céu na Terra, de Raquel Monteiro; Duas Imagens de Guerra, de João Pedro Faro; além de No Olho do Outro, do cineasta e crítico de cinema Fábio Andrade.

A curadoria foi formada por: Daniel Diaz e Rian Rezende (instalações, poerformances, videoartes e VR/360°); Gabriel Papaélo (curtas-metragens); e Pedro Tavares (longas e médias-metragens).

Conheça os filmes selecionados para o 4º Festival ECRÃ:

LONGAS E MÉDIAS-METRAGENS

4LGUNXS PIBXS, de Raúl Perrone (Argentina)
中孚 61. A VERDADE INTERIOR (中孚 61. LA VERDAD INTERIOR), de Sofia Brito (Argentina)
A CASA DE PLÁSTICO (THE PLASTIC HOUSE), de Allison Chhorn (Austrália)
A DENSA NUVE, O SEIO, de Vinicius Romero (Brasil)
A FORMA DO QUE ESTÁ POR VIR (A SHAPE OF THINGS TO COME), de J.P Sniadecki e Lisa Marie Malloy (EUA)
ARIADNE, de Jacky Connolly (EUA)
CALIDRIS, de Peter Azen (Brasil/EUA)
CAVALO, de Rafhael Barbosa e Werner Salles (Brasil)
CIDADEFANTASMA (鬼鎮), de Jon Cates (EUA)
É ROCHA E RIO, NEGRO LEO, de Paula Gaitán (Brasil)
ESTÁTICO APÓS O VERÃO (STATIC AFTER SUMMER), de Eli Hayes (EUA)
ESTRATOS FANTASMAS (GHOST STRATA), de Ben Rivers (Reino Unido)
GERAÇÕES (GENERATIONS), de Lynne Siefert (EUA)
MEU PRETZEL MEXICANO (MY MEXICAN PRETZEL), de Nuria Giménez (Espanha)
NÃO HÁ LADO SOMBRIO (ATO 1: 2007-2019) (NON C’È NESSUNA DARK SIDE (ATTO UNO 2007-2019)), de Erik Negro (Itália)
NÃO HAVERÁ MAIS NOITE (THERE WILL BE NO MORE NIGHT), de Eléonore Weber (França)
O DOCUMENTO GIVERNY (CANAL ÚNICO) (THE GIVERNY DOCUMENT (SINGLE CHANNEL)), de Ja’tovia M. Gary (EUA)
PASSOU, de Felipe André Silva (Brasil)
PRAZERES CIRCUNSTÂNCIAIS (CIRCUMSTANTIAL PLEASURES), de Lewis Klahr (EUA)
PRESSÃO ATMOSFÉRICA (ATMOSPHERIC PRESSURE), de Peter Treherne (Reino Unido)
REVOLUÇÃO LAVANDERIA (信念のメリーゴーランド), de Mark Chua e Lam Li Shuen (Singapura)
SERTÂNIA, de Geraldo Sarno (Brasil)
SOFÁ, de Bruno Safadi (Brasil)
SONO DE OUTONO (AUTUMNAL SLEEPS), de Michael Higgins (Irlanda)
TELEMUNDO, de James Benning (EUA)
VIAGEM FANTASMA (PHANTOM RIDE), de Stephen Broomer (Canadá)

CURTAS-METRAGENS

A CORRENTEZA X (THE STREAM X), de Hiroya Sakurai (Japão)
A MORTE BRANCA DO FEITICEIRO NEGRO, de Rodrigo Ribeiro (Brasil)
A QUARTA ERA (FOURTH ERA), de Aaron Berry (EUA)
A TERRA TEVE PROBLEMAS DE CARREGAR…, de Leonardo Pirondi (Brasil/EUA)
A VIDA DENTRO DE UM MELÃO, de Helena Frade (Brasil)
AQUELES QUE NÃO SE LEMBRAM DO PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETÍ-LO (THOSE WHO DO NOT REMEMBER THE PAST ARE CONDEMNED TO REPEAT IT), de Edwin Lo (Hong Kong)
ASSISTINDO A DOR DOS OUTROS (WATHCING THE PAIN OF OTHERS), de Chloé Galibert-laîné (França)
AS BELEZAS DE GARDEN CITY (GARDEN CITY BEAUTIFUL), de Ben Balcom (EUA)
BOOKANIMA: ANDY WARHOL, de Shon Kim (Coreia do Sul)
CÉU NA TERRA, de Raquel Monteiro (Brasil)
CRESCIMENTO PESSOAL (PERSONAL GROWTH), de Vicky Langan e Maximilian Le Cain (Irlanda)
DALTÔNICOS (COLOR-BLIND), de Ben Russell (Reino Unido)
DO OBSERVATÓRIO EU VI, de Thaís Inácio (Brasil)
DUAS IMAGENS DE GUERRA, de João Pedro Faro (Brasil)
E UM GATO DE PORCELANA… (Y UN GATO DE PORCELANA…), de Juana Robles (Irlanda)
ESPECTROS DA TERRA, de Daniel & Clara (Reino Unido)
FRATURA EXPOSTA, Pt. I “A SONÂMBULA”, de Natália Reis (Brasil)
FREEZE FRAME, de Soetkin Verstegen (Bélgica)
HOMENAGEM AO VENTO (HOMAGE TO AIRWAY), de Sophia Ioannou Gjerding (Dinamarca)
UMA HISTÓRIA DA ÁFRICA (A STORY FROM AFRICA), de Billy Woodberry (EUA/Portugal)
LYZ PARAYZO – ARTISTA DO FIM DO MUNDO, de Fernando Santana (Brasil)
MONSTRO DEUS (MONSTRUO DÍOS), de Agustina San Martín (Argentina)
ONDE EU NÂO TE ENCONTRE (WHERE I DON’T MEET YOU), de Charlotte Clermont (Canadá)
PAPAI SE FOI (DAD IS GONE), de Pere Ginard (Espanha)
PATTAKI, de Everlane de Moraes (Brasil)
PELANO!, de Calebe Lopes e Christiana Mariani (Brasil)
PERDIDA EM SEUS CABELOS (SEGUNDA-FEIRA) (LOST IN HER HAIR (MONDAY)), de Pegah Pasalar (Irã)
POTÊNCIA BRUTA (RAW POWER), de Pierre-luc Vaillancourt (França)
REPLAY, de Julio Napoli (Brasil)
RIO SUBMERSO, de Ivan Ignacio, Lucas Bártolo, Beatriz Leonardo e Luís Fellipe (Brasil)
SDtoHDuprezMaxV2_009.mp4, de Anna Spence (EUA)
SE VOCÊ PUDESSE VOLTAR, EU PODERIA VÊ-LA (IF YOU COULD GO BACK, I WOULD SEE HER), de Joshua R. Troxler (EUA)
TEMPORAL, de Maíra Campos e Michel Ramos (Brasil)
TERRA VELHA, de Andrew Lima (Canadá)
TRANSPARENTE, O MUNDO É (TRANSPARENT, THE WORLD IS), de Yuri Muraoka (Japão)
TU QUE FLUTUAS E PASSAS POR MIM, de André Sarmento (Portugal)

CURTAS E MÉDIAS-METRAGENS | REALIDADE VIRTUAL

ADEUS PARAÍSO (GOODBYE PARADISE), de Scott Schimmel (EUA)
AK, de Giorgio Barchetti (Itália)
A PROMESSA DE IRACEMA, de Larissa Ribeiro (Brasil)

*Clique aqui e confira a programação completa.

Foto: Miguel Vassy.

Sequência de Deus é Brasileiro, de Cacá Diegues, é confirmada por Antonio Fagundes

por: Cinevitor

deusbrasileirocontinuacaoAntonio Fagundes e Wagner Moura em cena: sucesso nas telonas.

Lançada em janeiro de 2003, a comédia Deus é Brasileiro, de Cacá Diegues, fez sucesso nas bilheterias com mais de 1,6 milhão de espectadores. Baseado no conto O Santo que não Acreditava em Deus, de João Ubaldo Ribeiro, o roteiro foi escrito por Diegues, ao lado de João Emanuel Carneiro e Renata Almeida Magalhães.

A produção, filmada em Tocantins, Alagoas, Rio de Janeiro e Pernambuco, também se destacou pela trilha sonora formada por músicos nordestinos, como: Djavan, Lenine, Cordel do Fogo Encantado, Chico Science & Nação Zumbi, DJ Dolores e Banda Ôxe. Na época, o longa rendeu a Wagner Moura o Troféu APCA de melhor ator e também de Revelação no Prêmio Guarani; foi exibido nos festivais de Tóquio e Cartagena; e indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

No filme, cansado dos erros cometidos pela humanidade, Deus, interpretado por Antonio Fagundes, resolve tirar umas férias nas estrelas, a fim de descansar de seus aborrecimentos com o ser humano. Mas, para isso, ele precisa encontrar um santo que se ocupe de seus deveres enquanto ele estiver ausente. Resolve procurá-lo no Brasil, país tão religioso que, no entanto, nunca teve um santo reconhecido oficialmente.

O guia de Deus pelo Brasil será Taoca, papel de Wagner Moura, esperto borracheiro e pescador que enxerga, nesse encontro inesperado, a oportunidade de resolver seus problemas materiais. Mais tarde, se junta aos dois a solitária Madá, vivida por Paloma Duarte, uma jovem tomada por uma grande paixão. Do litoral de Alagoas ao interior do Tocantins, passando por Pernambuco, Taoca, Madá e Deus vivem diferentes aventuras enquanto procuram por Quinca das Mulas, interpretado por Bruce Gomlevsky, o candidato de Deus a santo. Stepan Nercessian, Castrinho, Hugo Carvana, Chico Assis, Thiago Farias, Susana Werner, Toni Garrido, Ivana Iza e Vitor Diegues Meuren completam o elenco.

deusbrasileiro2Wagner Moura, Paloma Duarte e Antonio Fagundes em cena.

Recentemente, em uma das lives realizadas pelo Canal Brasil no Instagram durante a quarentena, Antonio Fagundes conversou com a repórter Maria Clara Senra sobre uma série de filmes que carrega no currículo e confirmou a sequência de Deus é Brasileiro, um de seus maiores sucessos nas telonas. “Cacá me ligou dia desses dizendo que nós vamos fazer ‘Deus Ainda É Brasileiro’. Eu falei para o Cacá: ‘e você quer que eu faça?’. Ele falou: ‘claro, você é Deus’ e eu falei: ‘não sei, de repente Deus podia fazer uma plástica, ser mais moço, sei lá, não sei o que você tem na cabeça’. Ele me chamou e eu fiquei muito, muito, muito feliz”, contou.

Deus Ainda é Brasileiro já está com o roteiro pronto e em fase avançada de pré-produção: “Se Deus quiser vai dar certo e eu quero, então vai dar certo”, brincou. Fagundes contou ainda sobre o período da Boca do Lixo e da Pornochanchada: “Eu fui à Boca do Lixo, um bairro que tinha em São Paulo onde ficavam todos os cineastas que não tinham dinheiro e que queriam fazer filme de qualquer jeito. Era um lugar efervescente porque as pessoas queriam muito fazer cinema. E eu fiz um monte de filmes na Boca do Lixo, na década de 1970”, explica. “Quando na época as pessoas me perguntavam ‘como você se sente fazendo pornochanchada?’ eu dizia ‘vocês ainda vão me entrevistar sobre esse movimento daqui 20, 30 anos'”.

A live com Antonio Fagundes está disponível, na íntegra, no IGTV do Canal Brasil.

Fotos: Divulgação.

Fluxo, de André Pellenz, é rodado durante a pandemia; produção segue protocolos de segurança

por: Cinevitor

fluxofilmepandemiaBruna Guerin e Gabriel Godoy em cena: diretor acompanha por videochamada.

Diretor de grandes sucessos de bilheteria, como Minha Mãe é uma Peça – O Filme e D.P.A. – Detetives do Prédio Azul, o cineasta carioca André Pellenz começou a rodar Fluxo, seu novo longa, remotamente em São Paulo, Rio e Fortaleza.

A produção segue os rígidos protocolos de distanciamento social, por conta da pandemia de Covid-19: não há contato físico entre diretor, equipe técnica e elenco, com exceção do casal de protagonistas, Bruna Guerin e Gabriel Godoy, os únicos que contracenam presencialmente.

O roteiro original de André Pellenz tem diversas camadas, mas o ponto de partida para o drama, que tem uma distopia como pano de fundo, é a história de um casal em crise. Carla, advogada que tem o trabalho como prioridade, e o terapeuta motivacional Rodrigo vivem uma situação delicada. Para ela, a relação acabou e Rodrigo deve sair de casa o mais rápido possível. Mas essa separação física vai ter que esperar porque no mesmo dia uma quarentena é decretada para conter a insólita pandemia que chegou ao Brasil. Rodrigo não pode se mudar e, agora, eles são obrigados a conviver por mais tempo sob o mesmo teto e lidar com as dificuldades do confinamento e de uma ameaça ainda maior do que o próprio vírus. O único contato externo é através de mensagens e chamadas de vídeo com familiares, amigos, colegas de trabalho e clientes.

“Escrevi o roteiro no início da pandemia. É um drama visceral de relacionamento que em alguns momentos parece que vai apontar para a comédia mas se transforma numa distopia, com um desfecho que pode ser identificado com o momento atual”, define o diretor.

Bruna Guerin e Gabriel Godoy filmam de seu apartamento em São Paulo, enquanto André Pellenz dirige de sua casa no Rio de Janeiro e outros atores estão em diferentes cidades: “Não teremos o diretor no set. Nem os assistentes, nem o fotógrafo, que vão ver o que estamos fazendo e conversar conosco sempre por vídeo. Além disso, moramos na locação, que teremos que imaginar como não sendo nossa casa e sim a dos nossos personagens”, explica Bruna. Gabriel concorda: “É um método totalmente novo, jamais testado no cinema. Estamos confiantes, o roteiro é engenhoso e vibrante, mas com certeza será uma interpretação diferente do que seria da maneira normal. Nem melhor, nem pior, apenas diferente”.

O elenco também conta com nomes como Silvero Pereira, num papel-chave para a distopia final (e que vai filmar de Fortaleza), Guida Vianna (que está no Rio), Ronaldo Reis, Alana Ferri, Monika Salvino e Adriana Bellonga; todos filmados em suas casas através de seus próprios dispositivos, como laptops e smartphones. “Minhas cenas são todas por videochamada, o que envolve não só desafios técnicos, como também os das relações que não se estabelecem fisicamente, mas pelo olhar que procura os olhos do outro na tela do computador ou celular. É uma maneira diferente de encontro, que reproduz o que estamos vivendo agora, mas, como interpretação, será uma descoberta”, diz a jovem atriz Alana Ferri, em sua estreia na telona, interpretando uma amiga de Carla, com quem tem um contato mais íntimo mesmo com as limitações do isolamento.

“Fluxo não é ‘o filme da pandemia’. Não estamos retratando a Covid-19, mas o isolamento social é o ponto de partida para discutirmos a crise de um casal que acaba refletindo uma situação maior e mais grave”, diz Cosimo Valerio, sócio de Angelo Salvetti na produtora MediaBridge. “Estamos fazendo um filme para as salas de cinema e para festivais, renovando nossa aposta na tela grande, na sala escura, no cinema como arte. O cinema não só vai sobreviver como sairá disso tudo com mais força”, completa. “O cinema nos faz refletir sobre o que passamos. No meu caso, fico feliz de estar filmando dois meses depois de ser diagnosticado com a Covid-19, que é muito grave e precisa ser encarada com seriedade”, conclui Angelo Salvetti.

Foto: Divulgação.

CINEVITOR #372: Entrevistas com Nicolas Prattes, João Côrtes e Diego Freitas | Bastidores do curta FLUSH

por: Cinevitor

curtaflushcinevitorProtagonistas em cena: encontro inusitado.

Protagonizado por João Côrtes e Nicolas Prattes, o curta-metragem Flush, que está em processo de finalização, aborda a temática LGBTQIA+ em uma história que discute identidade de gênero, liberdade do corpo e da mente.

Dirigido por Diego Freitas, do longa O Segredo de Davi e dos premiados curtas Sal e A Volta para Casa, o filme se passa durante uma madrugada em um banheiro de um colégio, onde dois jovens ficam presos em uma situação inusitada. Duas pessoas completamente diferentes, de raízes distintas e que terão que conviver juntos e se entender durante uma noite. O curta, que foi filmado em português e inglês, discute assuntos comportamentais da sociedade e aspectos psicológicos.

Na história, Nicolas Prattes é Tom, um jovem estudante de Direito e filho de pais conservadores, que se encontra em um momento de reflexão sobre a vida e suas escolhas. João Côrtes, que também assina o roteiro, interpreta Sarah, que se identifica como não-binária. Esse encontro não programado estabelecerá diálogos importantes em relação à identidade de gênero, trazendo à tona questões sobre diversidade e preconceito.

Filmado durante dois dias em São Paulo, em junho do ano passado, o curta deve estrear no circuito de festivais a partir de agosto. O CINEVITOR visitou o set e conversou com os atores e com o diretor sobre as filmagens, personagens e a importância dos temas discutidos no filme.

Aperte o play e confira:

Foto: Gabriel Côrtes.

Amazônia Doc 2020 anuncia filmes selecionados e edição on-line

por: Cinevitor

amazoniadocsoldadoswolneyCena do documentário cearense Soldados da Borracha, de Wolney Oliveira.

O Amazônia Doc – Festival Pan-Amazônico de Cinema faz um recorte único no Brasil com foco na produção audiovisual de cinema documentário e de ficção dos nove países que compõem a Amazônia. Importante espaço de formação, difusão e de reflexão do cinema produzido nesta rica região, o festival já acumulou um acervo de mais de 800 filmes nas suas cinco últimas edições.

O evento, que acontece na cidade de Belém, capital do Pará, busca aprofundar as questões sociopolíticas e de fomento relativas ao audiovisual com perfil de integração dos países da Pan-Amazônia, através da exibição, debates e palestras sobre as produções cinematográficas, entre documentários, animações e obras de ficção que retratam a realidade amazônica e/ou expressam seus desejos, suas vicissitudes, seus sonhos.

Neste ano, o festival tomou a ousada decisão de ampliar seus horizonte. A partir desta sexta edição, o Amazônia Doc se torna 3 em 1 e passa a abrigar dois novos festivais: o 1º Festival Curta Escolas contará com a Mostra Competitiva Primeiro Olhar, reunindo curtas documentais inscritos por jovens das Escolas Públicas do Estado; já o 1º Festival As Amazonas do Cinema vai reunir documentários de mulheres diretoras da Amazônia.

O Amazônia Doc 3 em 1 estava marcado para maio, mas foi adiado por conta da pandemia de Covid-19. Agora, acontecerá de forma on-line entre os dias 12 e 23 de setembro. Além das mostras competitivas, todas as atividades paralelas, que contam com oficinas, bate-papos e masterclass, serão transmitidas gratuitamente por uma plataforma especial.

A Mostra Pan-Amazônica é uma Mostra Internacional, que apresenta um painel da produção de cinema documental do Brasil e seus vizinhos amazônicos. A curadoria assistiu mais de 300 filmes, de nove países. Este ano, competem 16 curtas vindos de sete estados brasileiros e do Distrito Federal, além de filmes da Colômbia e do Peru, países da Amazônia Legal. São ainda mais 17 filmes entre longas e médias-metragens vindos de mais estados brasileiros, além da Colômbia, Peru e Guiana Francesa, que também estão na competição.

A realização do 1º Festival As Amazonas do Cinema reafirma discussões já realizada na edição de 2019, com temáticas voltadas à presença da mulher no cinema documentário. Em sua primeira mostra competitiva, serão exibidos 21 filmes, entre curtas e longas, que irão concorrer ao troféu Eneida de Moraes, uma homenagem à personalidade da escritora, que fundou o Museu da Imagem e do Som, em 1971. O troféu traz criação assinada pela designer Bárbara Müller. E haverá ainda o Prêmio Selo Ela, de distribuição.

O 1º Curta Escolas, festival que também se integra ao Projeto Amazônia Doc, que tem como objetivo estimular a expressão artística dos alunos do Ensino Médio das Escolas Públicas Estaduais do Pará através da linguagem cinematográfica, realiza a Mostra Primeiro Olhar, que também será exibida para todos os municípios, por meio da TV Cultura do Pará. A mostra exibirá filmes curtas documentários de até quinze minutos, produzidos por jovens/alunos/realizadores.

A abertura do evento contará com o web encontro A Floresta do Cinema e o cinema da Floresta no Século XX e XXI, que traz como convidados os cineastas Luiz Arnaldo Campos, Eduardo Morettin, Gustavo Soranz, Silvio Tendler, Edna Castro, Camila Loboguerrero e Januário Guedes. A mediação será do cineasta Victor Lopes, da produtora executiva e diretora geral do Amazônia Doc, Zienhe Castro, e do pesquisador Felipe Pamplona.

O Festival Amazônia Doc também se tornou embaixador da Campanha Povos da Floresta contra a Covid-19. Durante todo o festival será intensificada a divulgação desta ação que visa arrecadar fundos para a aquisição de itens indispensáveis para a proteção dos Povos da Floresta, como kits contendo álcool em gel e máscaras, assim como ajudar na aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e de produtos alimentícios. O apoio do público vai beneficiar 3.638 famílias residentes nas Resexs Alto Juruá, Riozinho da Liberdade, Alto Tarauacá e Chico Mendes, e em 15 Terras Indígenas no Acre.

Além do voto popular, as mostras contam também com um júri especializado. Na Amazônia Doc, o time que escolherá os melhores longas será formado por: Flavia Guerra, Victor Lopes, Ismaelino Pinto, John Fletcher e Susanna Lira; já os curtas serão avaliados por Rodrigo Antônio, Bruno Assis, Fernanda Kopanakis e Bibiana de Sá. O júri da mostra As Amazonas do Cinema contará com: Célia Maracajá, Júlia Katherine e Sabrina Fidalgo para os longas; e Larissa Bezerra, Kênia Freitas e Anna Karina para os curtas. O time de jurados da mostra Primeiro Olhar (Curta Escolas) será formado por: Lilia Melo, Angela Gomes, Wellignta Cruz e Joyce Cursino.

A curadoria da mostra Amazônia Doc foi formada por: Marco Moreira, Felipe Pamplona, Carol Abreu, Manoel Leite, Yasmim Pires, Zienhe Castro e Bia Senna. Da mostra As Amazonas do Cinema, a curadoria contou com Carol Abreu, Lorena Montenegro, Flávia Abtibol e Zienhe Castro. Já os curadores da mostra Curta Escolas foram: Felipe Cortez, Kleidiane Souza, Natasha Angel e Vanessa Vasconcelos.

Conheça os filmes selecionados para o 6º Amazônia Doc:

LONGA/MÉDIA-METRAGEM

A Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha, de Pablo Lopez Guelli (SP)
Amazônia Sociedade Anônima, de Estêvão Ciavatta (RJ)
Amoka, de Maria Jose Bermudez Jurado (Colômbia)
As we are, de Jose Carlos Garcia e Carlos Granda (Peru)
Eu, um outro: Uma experiência na Justiça do Trabalho, de Maiara Líbano (RJ)
Homo botanicus, de Guillermo Quintero (Colômbia)
Identidade, de José Carlos García e Carlos Granda (Peru)
Jaburu, de Chico Carneiro (PA)
Maria Luiza, de Marcelo Díaz (DF)
Mestre Cupijó e Seu Ritmo, de Jorane Castro (PA)
Servidão, de Renato Barbieri (DF)
Soldados da Borracha, de Wolney Oliveira (CE)
Transamazonia, de Renata Taylor, Bea Morbach e Débora McDowell (PA)
Xadalu e o Jaguaretê, de Tiago Bortolini de Castro (RS)

CURTA-METRAGEM

À beira do planeta mainha soprou a gente, de Bruna Barros e Bruna Castro (BA)
A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (SC)
A Praga do Cinema Brasileiro, de Zefel Coff e William Alves (DF)
A Viagem de Ícaro, de Kaco Olimpio e Larissa Fernandes (GO)
Ari y Yo, de Adriana Faria (PA)
Bicha-Bomba, de Renan de Cillo (PR)
Copacabana Madureira, de Leonardo Martinelli (RJ)
Fantasia de Índio, de Manuela Andrade (PE)
Ferroada, de Adriana Barbosa e Bruno Mello Castanho (SP)
Filhas de Lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza (DF)
Hmong de Javouhey, de François Gruson (Guiana Francesa)
Homens Invisíveis, de Luis Carlos de Alencar (RJ)
Imagens de um sonho, de Leandro Olimpio (SP)
Jaçanã, de Clarissa Virmond, Laryssa Machada e Yasmin Alves (SP)
Mãe Chuva, de Alberto Flores Vilca (Peru)
Nasa Yuwe, língua mãe, de Yaid Bolaños e Mateo Leguizamón (Colômbia)
O Mestre da Farinha, de Leandro Miranda e Luiza Fecarotta (MG)
Preciso dizer que te amo, de Ariel Nobre (SP)
Quentura, de Mari Corrêa (SP)
Ruído Branco, de Gabriel Fonseca (SP)

1º FESTIVAL AS AMAZONAS DO CINEMA

LONGA-METRAGEM
A Mulher da Luz Própria, de Sinai Sganzerla (SP)
Currais, de Sabina Colares e David Aguiar (CE)
Fakir, de Helena Ignez (SP)
Portuñol, de Thais Fernandes (RS)
Rosa Vênus, de Marcela Morê (RJ)
Saudade Mundão, de Julia Hannud e Catharina Scarpellini (SP)
Um conto de duas cidades de empresas, de Priscilla Brasil (PA) (título provisório)

CURTA-METRAGEM
Adelante: a luta das refugiadas venezuelanas no Brasil, de Luiza Trindade (RJ)
Às vezes desapareço, de Manuela Santana
Até o fim do mundo (Nakua pewerewerekae jawabelia), de Margarita Rodrigues Weweli-Lukana e Juma Gitirana Tapuya Marruá (Colômbia)
Câmera, tá OK?, de Nathalia Oliveira
Dança Sem Nome, de María Contreras (Colômbia)
Doce Veneno, de Waleska Santiago (CE)
Extratos, de Sinai Sganzerla (SP)
Matança Popular Brasileira (MPB), de Edileuza Penha de Souza
Mulheres Xavantes Coletoras de Sementes (Pi’õ rómnha ma’ubumrõi’wa), de Danielle Bertolini (MT)
Nova Iorque, mais uma cidade, de Joana Brandão e André Lopes (SP)
Opará – Morada dos nossos ancestrais, de Graciela Guarani (PE)
Recomendado, de Roberta Barboza de Oliveira Machado (RS)
Sabrina, de Jéssica Barreto (SP)
Tesouro Escondido do Equador, de Dan Davies e Farid Barsoum (Equador)

Foto: Divulgação.

Com Renato Góes, Macabro, dirigido por Marcos Prado, ganha trailer

por: Cinevitor

macabrofilmetrailer O longa aborda temas como racismo, violência policial e feminicídio.

Premiado como melhor filme no Brooklyn Film Festival, o longa Macabro, dirigido por Marcos Prado, de Estamira, vai estrear no Cine Belas Artes Drive-in, em São Paulo, e no Lovecine Drive-in, no Rio de Janeiro, a partir do dia 28 de julho.

Macabro é inspirado na história real de Ibrahim e Henrique de Oliveira, os Irmãos Necrófilos, que nos anos 1990 foram acusados de brutais assassinatos de oito mulheres, um homem e uma criança na Serra dos Órgãos, em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. O filme teve estreia nacional durante a 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, foi exibido no Festival do Rio e sua estreia internacional aconteceu no Austin Film Festival, no qual foi premiado como melhor filme na categoria Dark Matters; além de ter vencido o prêmio de melhor filme pelo júri popular no Brooklyn Film Festival, em junho.

Os crimes narrados no filme foram amplamente noticiados na mídia, quando assassinatos em série cometidos por dois jovens irmãos negros, seguidos de estupro, estavam acontecendo na região serrana, envoltos em lendas e histórias sobrenaturais, contadas pelos próprios moradores de uma comunidade de imigrantes suíços, extremamente religiosa e conservadora.

A captura dos Irmãos Necrófilos foi uma das missões mais longas e difíceis da história do BOPE. O filme adota esse ponto de vista, ao acompanhar o sargento Teo, vivido por Renato Góes, um jovem policial que nasceu na região e passa por uma crise profissional e ética, quando é resignado para voltar à sua cidade natal na busca pelos suspeitos escondidos na Mata Atlântica.

A ideia de fazer Macabro surgiu em 2009 quando o diretor teve acesso a detalhes sobre o caso. Nessa época, Prado foi procurado pelo advogado de Henrique, um dos irmãos que se encontrava preso, alegando que ele havia sido condenado injustamente, que não haviam provas contra e que ele não havia participado dos crimes com o irmão Ibrahim. “O que mais me chamou atenção nessa história, além das barbaridades dos crimes em série cometidos pelos irmãos necrófilos e as lendas criadas pelos locais, é que talvez Henrique tenha sido condenado injustamente a 49 anos de prisão. Eram muitas perguntas sem respostas e uma porção de camadas a serem exploradas”, comentou Prado, que também dirigiu Paraísos Artificiais, Curumim e produziu os filmes Tropa de Elite 1 e 2.

O roteiro, escrito por Lucas Paraizo e Rita Gloria Curvo, é fruto de uma extensa pesquisa por parte dos roteiristas e do próprio diretor, em fóruns, processos, autos de julgamentos, entrevistas com moradores da região e com o próprio acusado, Henrique de Oliveira. O longa foi rodado numa região próxima onde os crimes aconteceram e que até hoje está na memória e no imaginário de quem vive naquela localidade. Mas, também fala sobre o racismo cotidiano de dois garotos, que viveram em um ambiente de constante violência doméstica, cresceram violentados, autossuficientes e que tiveram que aprender a viver na floresta, para fugir da bruta realidade a qual eram expostos dentro da própria família e da comunidade onde nasceram.

Com fotografia de Azul Serra, o elenco conta também com Amanda Grimaldi, Guilherme Ferraz, Diego Francisco, Eduardo Tomaz, Juliana Schalch, Flavio Bauraqui, Paulo Reis, João Pydd, Claudia Assunção, Osvaldo Mil, Thelmo Fernandes e Laila Garin.

Assista ao trailer de Macabro:

Foto: Divulgação/Pandora Filmes.

Cannes Classics 2020: documentário brasileiro com Glauber Rocha é selecionado

por: Cinevitor

glaubercannesclassicsO cineasta baiano Glauber Rocha é destaque no documentário Antena da Raça.

Desde o início dos anos 2000, o Festival de Cannes criou a mostra Cannes Classics, uma seleção que permite exibir o trabalho de valorização do cinema patrimonial realizado por produtoras, proprietários de direitos, cinematecas e arquivos nacionais de todo o mundo. Atualmente, faz parte da Seleção Oficial do evento e apresenta obras-primas e raridades do cinema em cópias restauradas.

Neste ano, em sua 17ª edição, a mostra será realizada de forma diferente, já que o Festival de Cannes, marcado para maio, não aconteceu presencialmente por conta da pandemia de Covid-19. Sendo assim, o Cannes Classics 2020 será realizado pelo Festival Lumière, em Lyon, entre os dias 10 e 18 de outubro; e pelo Rencontres Cinématographiques de Cannes, entre os dias 23 e 26 de novembro.

Além do Programa 2020, com Amor à Flor da Pele, de Wong Kar-Wai, e A Rua da Esperança, de Joan Micklin Silver, a programação também apresentará uma homenagem à The Film Foundation, organização sem fins lucrativos, fundada pelo cineasta Martin Scorsese e outros diretores, dedicada à preservação e exibição de filmes restaurados e clássicos.

Na seção Documentários 2020, com produções inéditas, vale destacar a presença do brasileiro Antena da Raça, de Paloma Rocha e Luís Abramo. O longa relembra o programa televisivo Abertura, exibido na TV Tupi, entre 1979 e 1980, e apresentado pelo cineasta Glauber Rocha. Na época em que o país enfrentava um processo de redemocratização, Glauber levantava temas polêmicos e políticos. O documentário, inspirado no programa, apresenta um diálogo entre o Brasil de ontem com o Brasil de hoje. Paloma Rocha, filha do cineasta, ao lado de Luís Abramo, utiliza da linguagem abordada pelo pai para provocar uma reflexão sobre sociedade, democracia e meios de comunicação. O longa traz depoimentos de personagens de rua e também de pessoas que conviveram com o cineasta.

Conheça os filmes selecionados para o Cannes Classics 2020:

PROGRAMA 2020

Amor à Flor da Pele (Fa yeung nin wah), de Wong Kar-Wai (Hong Kong/China, 2000)
Friendship’s Death, de Peter Wollen (Reino Unido, 1987)
La permission (The Story of a Three-Day Pass), de Melvin Van Peebles (França, 1968)
Iyulskiy dozhd (July Rain/Pluie de juillet), de Marlen Khutsiev (União Soviética, 1967)
Quand les femmes ont pris la colère, de Soazig Chappedelaine e René Vautier (França, 1978)
Preparem seus Lenços (Préparez vos mouchoirs), de Bertrand Blier (França/Bélgica, 1978)
A Rua da Esperança (Hester Street), de Joan Micklin Silver (EUA, 1975)
Quem Está Cantando Aí? (Ko to tamo peva), de Slobodan Sijan (Iugoslávia, 1980)
Prae dum, de Ratana Pestonji e Ratanavadi Ratanabhand (Tailândia, 1961)
Zhu Fu, de Hu Sang (China, 1956)
Feldobott kö, de Sándor Sára (Hungria, 1969)
Neige, de Juliet Berto e Jean-Henri Roger (França/Bélgica, 1981)
Bambaru Avith, de Darmasena Pathiraja (Sri Lanka, 1977)
Bayan ko: Kapit sa patalim, de Lino Brocka (Filipinas/França, 1984)
La poupée, de Jacques Baratier (França/Itália, 1962)
O Sanatório da Clepsidra (Sanatorium pod klepsydra), de Wojciech J. Has (Polônia, 1973)
L’Amérique insolite, de François Reichenbach (França, 1960)
Deveti krug, de France Stiglic (Iugoslávia/Croácia, 1960)
Muhammad Ali the Greatest, de William Klein (França, 1974)

MARTIN SCORSESE’S THE FILM FOUNDATION | 30 ANOS

Accattone: Desajuste Social, de Pier Paolo Pasolini (Itália, 1961)
Shatranje bad (The Game Chess of the Wind), de Mohammad Reza Aslani (Irã, 1976)

FEDERICO 100!

A Estrada da Vida (La strada), de Federico Fellini (Itália, 1954)
Mulheres e Luzes (Luci del varietà), de Federico Fellini e Alberto Lattuada (Itália, 1950)
Fellini degli Spiriti (Fellini of the Spirits), de Anselma dell’Olio (Itália/Bélgica, 2020)

60 ANOS

Acossado (À bout de souffle), de Jean-Luc Godard (França, 1960)
A Aventura (L’avventura), de Michelangelo Antonioni (Itália/França, 1960)

DOCUMENTÁRIOS 2020

Wim Wenders, Desperado, de Eric Friedler e Andreas Frege (Alemanha)
Alida Valli: In Her Own Words (Alida), de Mimmo Verdesca (Itália)
Charlie Chaplin, le génie de la liberté (Charlie Chaplin, The Genius of Liberty), de François Aymé e Yves Jeuland (França)
Be Water, de Bao Nguyen (EUA)
BELUSHI, de R.J. Cutler (EUA)
Antena da Raça, de Paloma Rocha e Luís Abramo (Brasil)

Foto: Divulgação/Revista TV.

Atrás da Sombra

por: Cinevitor

atrasdasombraposterDireção: Thiago Camargo

Elenco: Bukassa Kabengele, Elisa Lucinda, Allan Jacinto Santana, Bruna Brito, Stepan Nercessian, Érico Brás, Zécarlos Machado, Eliana Santos, Nayara Tavares, Chico Santana, Vinícius Queiroz, Jeferson da Fonseca, Andre Deca, Daya Laryssa.

Ano: 2020

Sinopse: Jorge, um investigador particular, busca informações sobre a morte de um jovem em uma pequena cidade no interior do Goiás, cheia de moradores misteriosos. Ele é atormentado por pesadelos com uma mulher que nunca conheceu. O encontro com ela, em uma mata mal assombrada, revela que não é por acaso que Jorge esteja nessa misteriosa investigação, que irá mudá-lo para sempre.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

48º Festival de Cinema de Gramado será on-line e com exibição no Canal Brasil

por: Cinevitor

gramado2020onlineSessão de abertura do festival no ano passado: equipe de Bacurau no Palácio dos Festivais.

Depois de anunciar a mudança de data de agosto para setembro, o 48º Festival de Cinema de Gramado se reinventa. O evento programa para este ano uma edição on-line e com exibição no Canal Brasil. A decisão, mesmo exigindo adaptações e novas regras, parte do entendimento de que é necessário manter a realização, mas de forma segura, diante do cenário de pandemia de Covid-19, e como importante janela para o setor audiovisual, já bastante impactado.

“Até aqui, foram 47 edições apoiando a produção nacional, mesmo nos momentos mais difíceis, desde a valorização dos curtas, escola e porta de entrada para grandes cineastas. Mais do que nunca, é hora de honrarmos a nossa tradição e mantermos a cooperação e parceria com realizadores. Além disso, o modelo é totalmente inovador, inédito no país. É mais um desafio para Gramado, no ano em que temos novos curadores (Pedro Bial e Soledad Villamil, que passam a compor a curadoria ao lado de Marcos Santuario), equipe reduzida e patrocinadores afastados, no momento. Nosso compromisso é inovar e evoluir”, avalia Diego Scariot, gerente de projetos da Gramadotur, autarquia municipal responsável pela realização do evento.

Vale salientar que o Festival de Cinema de Gramado e a cidade de Gramado sempre mantiveram uma relação estreita com o audiovisual brasileiro. “É um compromisso assumido pelo festival ao longo de sua história, entendemos que realizar essa edição com tantos e novos desafios é uma responsabilidade que devemos levar adiante, ainda mais considerando o difícil momento vivido pelo segmento já antes da pandemia e que só se agravou no atual cenário”, complementa Diego.

Para viabilizar o novo formato, a organização buscou a parceria do Canal Brasil, como exibidor das Mostras Competitivas: longas-metragens brasileiros e estrangeiros e curtas nacionais. Além da exibição inédita, o Canal mantém sua cobertura jornalística e a transmissão ao vivo da cerimônia de premiação. Os conteúdos, incluindo o Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema – Mostra Gaúcha de Curtas, ficarão ainda disponíveis por 24 horas também no Canal Brasil Play, transmitido via streaming.

pacarretevencegramadoEquipe de Pacarrete na noite de premiação na última edição: oito kikitos.

“O Canal Brasil sempre esteve com o Festival de Gramado, não só fazendo a cobertura jornalística e oferecendo o Prêmio Canal Brasil, como transmitindo ao vivo para todo o país a cerimônia de premiação. Ficamos muito felizes quando o festival nos procurou propondo este formato e será uma honra poder levar para o público a programação da 48ª edição. Vamos escrever juntos mais esse capítulo da nossa parceria. Vida longa ao Festival de Gramado”, disse Carlos Wanderley, gerente de produção do Canal Brasil. A cerimônia de premiação deve acontecer no palco do Palácio do Festivais, em formato que atenda todos os protocolos de segurança à disposição em setembro.

“Entendemos que na mesma medida do nosso desafio, essa é também uma grande oportunidade de expandirmos o alcance do festival. Estamos muito felizes em levar produções incríveis e inéditas para todo o Brasil. É uma maneira de democratizar o evento. Sabemos que vamos retomar nosso formato presencial, com público na cidade, mas por agora, levar uma programação tão valiosa para um número sem limite de pessoas têm nos empolgado muito. Vamos realizar e mais uma vez fazer história na trajetória do evento que já enfrentou com sucesso tantas outras crises”, comenta a diretora de eventos da Gramadotur, Iara Sartori.

A relação do Canal Brasil com o Festival de Gramado começou antes mesmo do canal ir ao ar pela primeira vez, há 22 anos. Foi em Gramado que, em 1998, aconteceu o primeiro Prêmio Aquisição Canal Brasil de Curtas-Metragens, que em 2013 passou a se chamar Prêmio Canal Brasil de Curtas. Os dez filmes premiados foram exibidos na primeira seleção da faixa Curta na Tela. Desde então, o canal esteve presente em todas as edições do festival, seja com o prêmio, seja como coprodutor de filmes, já que é o principal coprodutor de cinema brasileiro da América Latina, com 333 longas-metragens coproduzidos em uma década, e ainda através da cobertura jornalística e da transmissão ao vivo em rede nacional da cerimônia de encerramento do festival.

Vale destacar que as inscrições para a mostra competitiva de longa-metragem gaúcho iniciam nesta sexta-feira, 17/07, e seguem até o dia 29. Com intuito de valorizar a produção do Rio Grande do Sul, o Festival de Cinema de Gramado promove desde 2018 a mostra exclusiva para títulos regionais. Os interessados devem acessar o site. Clique aqui.

Fotos: Cleiton Thiele e Edison Vara/Agência Pressphoto.

Mostra CineBH e Brasil CineMundi ganham nova data e formato on-line

por: Cinevitor

mostracinebhonlineA Vida Invisível: filme de abertura da edição passada no Cine Theatro Brasil Vallourec.

A 14ª edição da CineBH – Mostra de Cinema de Belo Horizonte, o evento de cinema da capital mineira, e o 11º Brasil CineMundi – Internacional Coproduction Meeting, evento de mercado do cinema brasileiro, terão suas edições em 2020 em formato on-line e com nova data agendada: 29 de outubro a 2 de novembro, adaptando sua programação para o ambiente digital em função da pandemia de Covid-19.

Os eventos chegam para o público em formato virtual, com suas atividades sendo realizadas e difundidas por meio das redes sociais, plataformas on-line, de streaming e videoconferências. A coordenadora geral e diretora da Universo Produção, Raquel Hallak, ressalta: “Estamos trabalhando para que os eventos e as mostras de cinema da Universo realizadas em edições anuais sejam mantidas e adaptadas para a nova realidade que o momento exige. Agora é a vez da Mostra CineBH e do Brasil CineMundi serem programados para o ambiente digital mantendo as especificidades próprias de cada empreendimento e garantindo o encontro do público com a produção audiovisual, ampliando as possibilidades de formação, intercâmbio e alcance”.

O mesmo propósito de realização dos eventos presenciais será levado para o ambiente digital. A programação permanece estruturada na promoção da conexão entre o cinema brasileiro e o mercado internacional, por meio de exibições de filmes nacionais e internacionais, da realização do programa de formação com a oferta de oficinas, workshops e seminário e do fomento de diálogos e de negócios com a cadeia produtiva do audiovisual.

“Na internet, teremos a oportunidade de expandir nossa atuação, ampliar o alcance e o engajamento do público, proporcionar mais visibilidade e projeção para os eventos, para Minas, para o Brasil e para o cinema brasileiro. Quem ainda não conhece a CineBH e o Brasil CineMundi poderá participar, sem sair de casa, da programação abrangente, diversificada e gratuita que estamos preparando para 2020”, destaca Raquel Hallak.

A CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte apresenta-se como instrumento de formação, reflexão, exibição e difusão do audiovisual em diálogo com outros países. A programação prevê exibições de filmes nacionais e internacionais, pré-estreias e mostras retrospectivas, realiza programa de formação com a oferta de oficina, workshops laboratórios, debates e painéis, promove o fomento ao empreendedorismo, dissemina a informação, produz e difunde conhecimento, cria oportunidades de rede contatos e negócios, reúne a cadeia produtiva do audiovisual numa programação abrangente e gratuita.

O Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting integra a 14ª Mostra CineBH e chega em sua 11ª edição com o propósito de apresentar ao mercado projetos de filmes brasileiros em longa-metragem, facilitando as conexões entre as produções e o mercado internacional por meio de parcerias produtivas e da troca de informações e ações. O evento promove a ampliação da rede de contatos e negócios entre profissionais brasileiros e representantes da indústria nacional e estrangeira, além de atividades de capacitação, cooperação, intercâmbio, meetings e premiação, com foco nas tendências do cinema contemporâneo e na produção independente de perspectiva autoral e inovadora.

Como o formato dos eventos será digital, todas as informações serão anunciadas nas redes sociais com conteúdos exclusivos.

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

Conheça os filmes selecionados para o 31º Curta Kinoforum

por: Cinevitor

ojardimfantasticokinoforumO Jardim Fantástico, de Fábio Baldo e Tico Dias: estreia brasileira no festival.

Nesta quarta-feira, 15/07, foram anunciados os selecionados para a 31ª edição do Curta Kinoforum, que acontecerá entre os dias 20 e 30 de agosto de forma gratuita e on-line, por conta da pandemia de Covid-19.

O Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo é um dos maiores e mais tradicionais eventos dedicados ao formato de curta-metragem no mundo. Realizado desde 1990, já se tornou um marco na agenda cultural da cidade por sua programação ampla e diversificada, que é exibida gratuitamente em diversas salas de cinema e centros culturais.

O festival, que este ano recebeu mais de três mil produções inscritas, é dirigido pela produtora cultural Zita Carvalhosa e é organizado pela Associação Cultural Kinoforum, entidade sem fins lucrativos que realiza atividades e projetos e apoia o desenvolvimento da linguagem e da produção cinematográfica com destaque para a promoção do audiovisual brasileiro.

Em uma carta aberta, Zita falou sobre a edição deste ano e o novo formato: “Como alguém poderia imaginar nosso momento atual? São tantas crises e tropeços que não sabemos nem por onde começar a agir. É preocupante e ao mesmo tempo desafiador ver a história se mover tão rapidamente. Com mais de 3 mil realizadores nos confiando seus curtas, porém, ficou claro que o festival tinha que acontecer e que deveríamos manter suas datas”.

E continuou: “Vamos estruturar um festival para essa nova realidade. As salas de cinema e as festas estão, por agora, fora de quadro, mas enquanto houver janela de exibição e espaço para discussão, estaremos aqui. Vamos aproveitar o novo formato para expandir fronteiras e também exibir nossa programação para todo o Brasil. Nesse primeiro Curta Kinoforum Online, queremos mais uma vez celebrar distintas vozes e diferentes visões. Queremos expor toda a liberdade que o formato curta-metragem nos dá, e colocar em foco tudo que nossos realizadores brasileiros, junto com os colegas internacionais estão revelando. Não estamos em momento de celebração. É verdade. Por isso, queremos também levantar o questionamento de nosso mundo atual e buscar um entendimento através do cinema”.

“Nossa equipe, os realizadores que participaram de um ou mais dos trinta anos de existência do festival e o público fiel que nos acompanha nessa jornada formam as vozes do nosso cinema, em busca do #cinemadeagora. Não há respostas definitivas para nossas angústias atuais, mas a procura por nossas inspirações pode trazer de volta memórias boas e ideias. Que a arte nos ajude a manter a saúde e a sanidade em tempos tão desafiadores”, finalizou.

A cada ano, o festival seleciona produções de vários países, procurando representar a diversidade e a variedade da produção de curta metragem no mundo, e ampliar o diálogo do audiovisual internacional com a produção latino-americana. Sua programação tem como eixo central os programas de filmes internacionais, latino-americanos e brasileiros e, a cada ano, também é criada uma série de programas especiais, a partir dos próprios filmes inscritos e de sugestões de curadores que visitam os principais festivais do Brasil e do mundo.

Conheça os filmes brasileiros selecionados:

MOSTRA BRASIL

A VAPOR, de Sávio Fernandes (CE)
AGAHÜ: O SAL DO XINGU, de Takumã Kuikuro (SC)
ALFAZEMA, de Sabrina Fidalgo (RJ)
AOS CUIDADOS DELA, de Marcos Yoshi (SP)
ÀPROVA, de Natasha Rodrigues (SP/UNICAMP)
BARBIE & BOB, de Raissa Gregori (DF)
CALMARIA, de Leonardo Cata Preta (MG)
CÃO MAIOR, de Filipe Alves (DF/UnB)
CINEMA CONTEMPORÂNEO, de Felipe André Silva (PE)
EGUM, de Yuri Costa (RJ/UFRJ)
ESTAMOS TODOS NA SARJETA, MAS ALGUNS DE NÓS OLHAM AS ESTRELAS, de Sergio Silva e João Marcos de Almeida (SP)
ILHAS DE CALOR, de Ulisses Arthur Macedo (AL)
IN MEMORIAM – O ROTEIRO DO GRAVADOR, de Sylvio Lanna (RJ)
LORA, de Mari Moraga (SP/Portugal)
LUGAR ALGUM, de Gabriel Amaral (BA)
MANAUS HOT CITY, de Rafael Ramos (AM)
MENINOS RIMAM, de Lucas Nunes (SP/UFSCar)
NOITE FRIA, de Priscila Nascimento (PE/UFPE)
O TAMBOR ME CHAMOU, de Marcio Cruz (SP)
O VERBO SE FEZ CARNE, de Ziel Karapotó (RJ/UFPE)
PÁTRIA, de Sunny Yasmin Maia Oliveira e Lívia Pereira da Costa (CE/Vila das Artes)
SÁBADO NÃO É DIA DE IR EMBORA, de Luísa Giesteira (RJ/AIC)
TANDEM, de Vivian Altman (SP)
TUÃ INGUGU [OLHOS D’ÁGUA], de Daniela Thomas (RJ/Itália/Suíça)
VAI MELHORAR, de Pedro Fiuza (RN)
VERONICA, de Talita Caselato (SP)
VITÓRIA, de Ricardo Alves (MG)
VIVA ALFREDINHO!, de Roberto Berliner (RJ)

MOSTRA COMPETITIVA

A MORTE BRANCA DO FEITICEIRO NEGRO, de Rodrigo Ribeiro (SC/UNISUL)
CARNE, de Camila Kater (SP/Espanha)
CONSTRUÇÃO, de Leonardo Santos Rosa (RS/UFPel)
CONTOS DA FAMÍLIA PU, de Pedro Nishi (SP/China)
ENTRE NÓS E O MUNDO, de Fábio Rodrigo (SP)
EXTRATOS, de Sinai Sganzerla (SP)
INABITÁVEIS, de Anderson Bardot (ES/UFES)
INABITÁVEL, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)
O JARDIM FANTÁSTICO, de Fábio Baldo e Tico Dias (SP)
O NOSSO AMOR VAI EMBORA, de Mariana Lacerda e Claudia Priscilla (PE)
PERIFERICU, de Nay Mendl, Vita Pereira, Rosa Caldeira e Stheffany Fernanda (SP)
RECEITA DE CARANGUEJO, de Issis Valenzuela (SP)

MOSTRA LIMITE

A MAIOR MASSA DE GRANITO DO MUNDO, de Luis Labaki (SP)
O COLÍRIO DO CORMAN ME DEIXOU DOIDO DEMAIS, de Ivan Cardoso (RJ)

PROGRAMAS ESPECIAIS

ALTCELL, de Matheus Galvão e Erick Fischer Guimarães (RJ)
ANDORINHA, de Clara Braem (RJ)
ANTONIETA, de Flávia Person (SC)
AS FERRAMENTAS, de Carolina Sardinha e Felipe Marques (RJ)
BRILHA, de Isadora Polatscheck (MG)
COGUMELO, de Matheus Américo (RJ)
DERIVADAS, de María Campaña Ramia (RJ)
DESERTO ESTRANGEIRO, de Davi Pretto (RS/Alemanha)
LAZARUS, de Anderson Virino, Guilherme Vinicius e Victor de Souza (SP)
LINHA, de Francisco Lira (SP)
MORTOS DE FOME, de Gabriela Diniz, Arthur Novaes e Pedro Nunes (SP)
PALOMA, de Alex Reis (SP)
ROSA, de Matheus Leite Pereira (MG)
SHUNKAN, de Ricardo Albuquerque (SP)
TESOURINHO, de Bruna Nery (RS)
UM CONTO DO NADA: CIRCO, de DanSP e Heitor Lyra (SP)

OFICINAS DE REALIZAÇÃO AUDIOVISUAL

63 DIAS, de Jennifer Barros, Lucas Lunguinho e Hugo Vieira (SP)
AGORA, de Coletivo Narrativas de Classe (SP)
CÂMERA DE CASAL, de Juan Cassiano e Patrick Andrade (SP)
CAMINHOS ESQUECIDOS, de Fernanda de Campos, Ingrid Novak, Wesley Gabriel e Wesley Silva (SP)
CINE AMÉRICA, de Mariana Paschoal (SP/Colômbia/Peru) (Cine Favela)
CORRENTES, de Charles dos Santos (SP) (Instituto Criar)
ENTRE CANTOS E CACOS, de Teo Sabadin (SP)
EU SOU E SEREI O QUE EU QUISER SER, de Alice Carolina, Ederson Murata, Gabriel Hilga, Leocardio Oliveira, Leticia Alves, Paulo Brandão e Vinicius Gomes (SP)
LAMPEJO, de David Llinin e Pedro Henrique Cordeiro (SP)
LÍRIO VERMELHO, de Larissa Andrade (SP)
MÃTÃNÃG, A ENCANTADA, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
NÃO PARTIMOS, de Fabiana Barbosa, Henrikecido Bento, Rodrigo Plasma e Valoli Vieira (SP)
NUANCE, de Flávia Duarte (SP)
PÚBLICO OU PRIVADO, de Carolina Paris, Fernanda Souza e Rafis Martins (SP)
T.O.C., de Cinthia Murata, Edson Murata, Elizeu Rodrigues e Karoline Dutra (SP)

MOSTRA INFANTOJUVENIL

DIFÍCIL É NÃO BRINCAR, de Papoula Bicalho (MG)
FERMENTO, de Carlos Eduardo Ceccon (SC)
OCUPA, de Juliana Pfeifer (SP)
PORTUGAL PEQUENO, de Victor Quintanilha Moura Dias (RJ)
TECENDO A MANHÃ, de Alice Andreoli Hirata (SP)
TRINCHEIRA, de Paulo Silver (AL)

Clique aqui e confira a lista completa com os filmes internacionais e latino-americanos selecionados.

Foto: Allis Bezerra.

Não Toque em Meu Companheiro

por: Cinevitor

naotoquemeucompanheiroposterDireção: Maria Augusta Ramos

Elenco: Marilena Chaui, Luiz Gonzaga Belluzzo, Julieta Abraão, André Suely Germanosi, Carlos Alberto Borehi Silva, Celia Cristina Vendramini, Claudemir Borgos, Claudio de Paula Santos, Cristina Mara Goulart, Diógenes Cesar Giovaninetti Coelho, Fatima Regina Carreri, Jacks Aparecido Dias, Jair Pedro Ferreira, Luciano Bitencourt, Natal Pires Cardoso, Neize Ribeiro, Ricardo Likio Ogaki, Romir William Doroso, Vilson Aparecido Acosta, Ana Maria Lemos Maciel, Andréa Feliciano da Silva Miceli de Carvalho, Carlos Alberto Oliveira Lima, Cely de Campos Mantovani, David Nunez Martinez, Leticye Achur Antonio, Luiz Roberto Ferreira Lima, Márcio José Milani, Mitiko Yonamine Takemoto, Paulo Roberto Kikuph, Pedro Alves da Silva, Regina Célia Machado, Roberto Pereira de Carvalho, Sérgio Hiroshi Takemoto, Ane Caroline Dias da Cruz, Beatriz Garcias Alves, Bernardo de Souza Barroso, Carlos Alberto da Silva, Cláudio de Freitas, Clotário Cardoso, Edson Ladeia Colen, Henrique de Gusmão Filho, Laércio dos Reis Ramalho, Lêda Maria Brandi Narolelli, Luis Alberto Barbosa França, Maria Caroline Maratta Cardoso, Mariana Vaz Monteiro Moraes, Paulo Wilson Silva Abrantes, Sarah Ponzo Lugon, Sueli Aparecida de Sá, Thales Carvalhais Oliveira, Valner Henrique Andreata Teixeira, Yuri Thiago Campos de Miranda.

Ano: 2020

Sinopse: O documentário reconstrói uma luta histórica e de solidariedade do sindicalismo brasileiro, quando os trabalhadores da Caixa Econômica Federal se mobilizaram pela reintegração de 110 colegas demitidos injustamente após uma greve da categoria, pagando seus salários durante um ano até sua readmissão. Ao reencontrar esses trabalhadores hoje, o filme traça um paralelo entre o período Collor, com suas medidas severas de redução do Estado, e o atual governo, que inaugura um novo ciclo neoliberal no país. O filme propõe uma reflexão sobre as relações atuais no mundo do trabalho.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas