Festival Internacional de Cinema de Roterdã 2020: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor

desterroroterda2020Carla Kinzo em Desterro, de Maria Clara Escobar.

O Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, International Film Festival Rotterdam) é considerado um dos maiores do mundo e destaca obras cinematográficos dirigidas por novos cineastas. Além das seções oficiais em sua programação, também apresenta retrospectivas e programas temáticos.

Neste ano, em sua 49ª edição, que acontecerá entre os dias 22 de janeiro e 2 de fevereiro, o cinema brasileiro estará representado com diversas produções. Na competição oficial, conhecida como Tiger Competition, aparece com: Desterro, de Maria Clara Escobar. O filme acompanha Laura, interpretada por Carla Kinzo, e o que se passa dentro dela, as coisas não se encaixam. O mesmo desencaixe que está entre os corpos de Laura e Israel. É uma atmosfera que acompanha esses corpos em desencontro. O júri da Tiger Competition será formado por: Hany Abu-Assad, cineasta israelense; Kogonada, diretor sul-coreano; Sacha Polak, cineasta holandesa; e Hafiz Rancajale, diretor indonésio.

Na seção Big Screen Competition, o Brasil se destaca com dois filmes: Um Animal Amarelo, de Felipe Bragança; e Mosquito, dirigido pelo português João Nuno Pinto, uma coprodução com a brasileira Delicatessen Filmes, e que será o filme de abertura. O longa acompanha Zacarias, um jovem português sedento por viver grandes aventuras heroicas durante a Primeira Guerra Mundial. Enviado para Moçambique, onde o conflito se desenrola longe dos olhares do mundo, o jovem soldado é deixado para trás pelo seu pelotão, partindo numa longa caminhada selva adentro, em busca dos seus camaradas, da guerra e dos seus sonhos de glória.

Na Ammodo Tiger Short Competition, os curtas brasileiros Apiyemiyekî?, de Ana Vaz, e A chuva acalanta a dor, de Leonardo Mouramateus, estão na disputa. Além disso, Mouramateus, cineasta cearense, ganhará uma retrospectiva de seus curtas na mostra Deep Focus.

morotoroterdaMariana Nunes em A Morte Habita à Noite, de Eduardo Morotó.

Na Mostra Voices Short, o Brasil se destaca com: Vitória, de Ricardo Alves Jr; Como ficamos da mesma altura, de Laís Santos Araújo; La Espera, de Danilo do Carmo e Jakob Krese; e Inabitáveis (The Uninhabitable Ones), de Anderson Bardot. Enquanto isso, na mostra Perspectives, mais obras brasileiras: O Colírio do Corman (Corman’s Eyedrops Got Me Too Crazy), de Ivan Cardoso; Aos Pedaços (In Pieces), de Ruy Guerra; e Água e Sal (Water and Salt), de Luisa Mello.

A programação conta com outras diversas produções brasileiras, como: A Morte Habita à Noite (Death Inhabits at Night), do pernambucano Eduardo Morotó, na Bright Future Main Programme; o curta Swinguerra, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, na Bright Future Short; e Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e A Febre, de Maya Da-Rin, que serão exibidos fora de competição.

Além disso, a 49ª edição do festival apresentará a mostra Ordinary Heroes com destaque para o cinema de Hong Kong e uma exibição especial de Crash: Estranhos Prazeres, de David Cronenberg, com trilha sonora da Orquestra Filarmônica de Roterdã. O filme de encerramento deste ano será Um Lindo Dia na Vizinhança, de Marielle Heller, com Tom Hanks, Matthew Rhys e Chris Cooper.

Conheça os filmes selecionados para o Festival Internacional de Cinema de Roterdã 2020:

TIGER COMPETITION

El año del descubrimiento, de Luis López Carrasco (Espanha/Suíça)
Beasts Clawing at Straws, de Kim Yonghoon (Coreia do Sul)
The Cloud in Her Room, de Zheng Lu Xinyuan (França/China)
Desterro, de Maria Clara Escobar (Brasil/Portugal/Argentina)
Drama Girl, de Vincent Boy Kars (Holanda)
La fortaleza, de Jorge Thielen Armand (Venezuela/França/Holanda/Colômbia)
Kala azar, de Janis Rafa (Holanda/Grécia)
Nasir, de Arun Karthick (Índia/Holanda)
Piedra sola, de Alejandro Telemaco Tarraf (Argentina/México/Qatar/Reino Unido)
Si yo fuera el invierno mismo, de Jazmín López (Argentina)

BIG SCREEN COMPETITION

El cazador, de Marco Berger (Argentina)
Eden, de Ágnes Kocsis (Hungria/Romênia)
Énorme, de Sophie Letourneur (França)
The Evening Hour, de Braden King (EUA)
Fanny Lye Deliver’d, de Thomas Clay (Reino Unido/Alemanha)
Mosquito, de João Nuno Pinto (Portugal/França/Brasil)
A Perfectly Normal Family, de Malou Reymann (Dinamarca)
Synapses, de Chang Tso-chi (Taiwan)
Um Animal Amarelo (A Yellow Animal), de Felipe Bragança (Brasil/Portugal/Moçambique)

BRIGHT FUTURE | COMPETITION

Babai, de Artem Aisagaliev (Rússia/EUA)
Chaco, de Diego Mondaca (Bolívia/Argentina)
Los fantasmas, de Sebastián Lojo (Guatemala/Argentina)
Fellwechselzeit, de Sabrina Mertens (Alemanha)
For the Time Being, de Salka Tiziana (Alemanha/Espanha/Suíça)
I Blame Society, de Gillian Wallace Horvat (EUA)
Moving On, de Yoon Dan-bi (Coreia do Sul)
My Mexican Bretzel, de Nuria Giménez Lorang (Espanha)
Ofrenda, de Juan María Mónaco Cagni (Argentina)
Panquiaco, de Ana Elena Tejera (Panamá)
A Rifle and a Bag, de Isabella Rinaldi, Cristina Hanes e Arya Rothe (Índia)
Sebastian springt über Geländer, de Ceylan-Alejandro Ataman-Checa (Alemanha)
The Trouble with Nature, de Illum Jacobi (Dinamarca/França)
Truth or Consequences, de Hannah Jayanti (EUA)
Wisdom Tooth, de Liang Ming (China)

Fotos: Divulgação/Embaúba Filmes.

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