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O Charlatão

por: Cinevitor

charlataoposter1Charlatan

Direção: Agnieszka Holland

Elenco: Ivan Trojan, Juraj Loj, Joachim Paul Assböck, Jan Vlasák, Jan Budar, Marek Epstein, Josef Trojan, Jaroslava Pokorná, Martin Mysicka, Jana Kvantiková, Jana Olhová, Claudia Vaseková, Miroslav Hanus, Tomás Jerábek, Václav Kopta, Jirí Cerný, Martin Sitta, Daniela Vorácková, Frantisek Trojan, Melika Yildiz, Kamil Svejda, Matej Frantisek Preisler.

Ano: 2020

Sinopse: Inspirado na história do herborista Jan Mikolášek, que dedicou a vida aos cuidados de pessoas doentes, apesar dos imensos obstáculos que enfrentou nas esferas pública e privada. Nascido na virada do século 20, Mikolášek ganha fama e fortuna usando métodos de tratamento pouco ortodoxos para curar uma ampla gama de doenças. Renomado na Checoslováquia antes da Segunda Guerra Mundial, o curandeiro aumenta a reputação e a riqueza durante a ocupação nazista e sob o regime comunista. Todos esses regimes, um após o outro, se beneficiam das habilidades de Mikolášek e dão proteção a ele em troca. Mas quão altos devem ser os custos para manter esse status quando as coisas mudarem?

Crítica: Escolhido para representar a República Checa na categoria de melhor filme internacional do Oscar, O Charlatão é baseado na vida de Jan Mikolášek, que ficou conhecido como o oráculo da urina. A trama destaca o dom do curandeiro, que virou popular por ajudar muitas pessoas ao descobrir seus problemas de saúde, e ajudá-los na prevenção, ao analisar a urina apenas ao bater o olho num frasco transparente com o líquido. Focado na vida adulta do protagonista, o filme utiliza-se de flashbacks para explicar o passado e mostrar acontecimentos que respingam na atualidade. É inegável a presença de clichês na narrativa e na maneira clássica de retratar uma biografia nas telonas, porém, a cineasta Agnieszka Holland vai além disso ao explorar com coesão uma certa tensão apresentada no roteiro escrito por Marek Epstein. O desempenho do elenco, encabeçado pelos talentosos Ivan Trojan e Juraj Loj, também contribui para o eloquente desenrolar dos acontecimentos e pelo ritmo satisfatório; assim como o eficaz trabalho de direção de arte, figurino e fotografia. A história fica ainda mais interessante quando O Charlatão parte para a vida pessoal de seus personagens e escancara segredos inadmissíveis para aquela época, como a orientação sexual de seus protagonistas. Em tempos onde a homossexualidade era considerada crime, a única opção era resguardar os sentimentos mais profundos. Mas, ainda assim, é possível conhecer um outro lado do carrancudo curandeiro e até entender certas reações caricatas, que servem mais como um escudo de sua personalidade. Exibido no Festival de Berlim deste ano, o filme não se prende apenas em contar mais uma história de alguém conhecido e ganha pontos ao contextualizar o espectador tanto no passado como no presente de maneira ágil e sem cair no melodrama. Como biografia, O Charlatão cumpre bem o seu papel ao revelar camadas instigantes dos nomes retratados. (Vitor Búrigo)

*Filme visto na 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

Lua Vermelha

por: Cinevitor

luavermelhaposter1Lúa vermella

Direção: Lois Patiño

Elenco: Ana Marra, Carmen Martínez, Pilar Rodlos, Rubio de Camelle.

Ano: 2020

Sinopse: O tempo parece ter parado em uma vila na costa da Galícia, na Espanha. Os habitantes aparentam uma espécie de paralisia, mas ainda conseguimos ouvir suas vozes: eles falam sobre fantasmas, sobre monstros, sobre a lua vermelha. Três mulheres descem das montanhas e chegam ao povoado em busca de Rubio, um marinheiro que desapareceu no mar. A história desse possível resgate se mistura a figuras fantásticas.

*Filme visto na 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Os Nomes das Flores

por: Cinevitor

nomesdasfloresposter1Los nombres de las flores

Direção: Bahman Tavoosi

Elenco: Bárbara Cameo de Flores, José Luis Garibaldi Durán, Abraham Flores Heredia, Sergio Wilson Tapia Echalar, Jorge Marcelo Hidalgo Aillón, Isaac Barrientos Carillo, Esteban Choque Escarate, Alfredo Eduardo Martinez Rada, Fermina Torrez de Morales, Cristian Romy Bueno Ayaviri, Jonathan Katriel Hidalgo Serrano, Luisa Rosado, María Luque de Poma, María Susana Condori Kantuta, Gumercinda Mamani, Juana Castro Viuda de Alejo, Felipa Alejo Castro, Angelino Flores Huanca, Victor Huruña Ajata, Juana Mamani Gonza, Carmen Patricia Aranibar Alvarez, Susy Cameo de Flores, Iby Cristina Pacheco, Delia Fabian Mamani, Andre Cidrim Goés, Ruxandra Calin Jordan, Chihiro Yamamura, Kenichi Kuwabara, Kohei Watanabe, José Ibata, Hiroyuki Akimoto, Ivonne Carrasco, Shogun Shimose, Huascar Orlando Alvarez Castro, Carlos Suxo Pari, Limber Acero Torrez, Ronald Mauricio Tejada, Diego Fernando Rosas Estrada, Axel Luis Ibañex Mejia.

Ano: 2019

Sinopse: A Bolívia celebra o aniversário dos 50 anos da morte de Ernesto Che Guevara. Julia, uma professora do interior, é convidada a contar sua história: ela abrigou membros da guerrilha e serviu-lhes uma sopa de amendoim, enquanto Che recitava um poema sobre flores, poucas horas antes de morrer. O convite, porém, é retirado depois que outras mulheres aparecem reivindicando como sendo delas, e não de Julia, a história da sopa e das flores.

*Filme visto na 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Conheça os vencedores do Los Angeles Brazilian Film Festival 2020

por: Cinevitor

fernandamontenegroLABRFF2020Fernanda Montenegro: premiada por Piedade, de Cláudio Assis.

Foram anunciados neste domingo, 25/10, os vencedores da 13ª edição do LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival, que este ano aconteceu de forma on-line, por conta da pandemia de Covid-19, na plataforma Filmocracy. Também foram divulgados os vencedores do 2º Los Angeles International Music Video Festival, competição de videoclipes lançada ano passado.

O longa pernambucano King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante, foi consagrado com o prêmio de melhor filme de ficção desta edição; o protagonista Andrade Júnior, que faleceu em maio do ano passado, recebeu a honraria de melhor ator in memorian. Além disso, o filme também foi premiado na categoria de melhor direção.

Os pernambucanos Piedade, de Cláudio Assis, e Acqua Movie, de Lírio Ferreira, também se destacaram na cerimônia com cinco prêmios cada um. Matheus Nachtergaele, Bruno Gagliasso, Fernanda Montenegro, Alessandra Negrini, Cauã Reymond, Augusto Madeira e Mariana Ruggiero foram consagrados por suas atuações.

Porém, além da premiação, a noite também foi marcada pela difícil missão de anunciar ao público o fim do festival que, desde 2008, foi responsável por conectar os mercados americano e brasileiro, e por gerar negócios entre os dois países. O anúncio foi feito durante a cerimônia de premiação, realizada na plataforma Filmocracy: “Foi a decisão mais difícil da minha vida. O LABRFF é um filho pra mim e eu dediquei os últimos treze anos a ele. Mas só quem realiza um evento do porte do LABRFF sabe da luta que é, e nunca vivemos de maneira tão intensa a falta de valorização, de incentivo, e de prestígio à cultura. É uma discussão ampla, mas o resumo é que não dá para seguir assim”, lamentou Meire Fernandes, fundadora do Los Angeles Brazilian Film Festival.

Em treze edições já realizadas, o LABRFF teve apoio de um edital público em apenas uma delas. Na edição deste ano, uma campanha de financiamento coletivo foi realizada, mas apenas 1% da meta foi arrecadado. O festival, que já exibiu mais de 800 títulos e premiou mais de 300 profissionais do cinema, não tem recursos para seguir com o trabalho que vem sendo realizado. “O custo médio para a realização de uma edição do LABRFF é de um milhão e duzentos mil reais. E se pensarmos na estrutura que o festival merece, e nos custos dos 25 profissionais envolvidos, teríamos que ter pelo menos 400 mil dólares, o que corresponderia a cerca de dois milhões de reais atualmente. Os aluguéis de teatro e cinema são caros, e em dólar. Temos uma equipe com profissionais de designer, comunicação, marketing, e também os nossos produtores. São profissionais que precisam receber pelo trabalho prestado. Nós não conseguimos recursos para isso. Mesmo na versão online, a realização do festival custou muito, e outras despesas surgiram, como a plataforma que abrigou o catálogo de filmes e toda estrutura para realização das palestras, workshops e shows musicais que transmitimos online. Arrecadar pouco mais de 2 mil reais na nossa campanha de financiamento coletivo também foi uma frustração imensa, e eu não posso esconder isso”, afirma Manoel Neto, diretor do LABRFF.

Em seu discurso na cerimônia de encerramento, a fundadora do LABRFF afirmou que a decisão vinha sendo pensada há anos: “Para chegarmos neste momento, a diretoria do festival vem discutindo muito o assunto nos últimos anos. Nós contamos nos dedos os apoiadores do festival, e quero registrar a nossa gratidão a cada um deles, mas o suporte recebido não é suficiente. Ano após ano, temos colocado dinheiro dos nossos bolsos por acreditar nos resultados positivos do LABRFF. Mas qual o sentido de continuarmos dessa forma? Eu faço essa indagação a mim mesma todos os dias”, contou Meire Fernandes.

Por mais de uma década, a capital mundial do cinema abriu as portas para os talentos brasileiros mostrarem o que vinha sendo feito de melhor na sétima arte no nosso país. Essa vitrine de oportunidades para os profissionais do Brasil se repetiu desde 2008, quando foi fundado o Los Angeles Brazilian Film Festival. Idealizado pela produtora de cinema Meire Fernandes, e pelo jornalista Nazareno Paulo, o evento já nasceu forte, com apoio de astros brasileiros e americanos que compreenderam as portas que estavam sendo abertas a partir das conexões que um festival de cinema poderia gerar.

Conheça os vencedores do Los Angeles Brazilian Film Festival 2020:

Melhor Filme: King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante
Melhor Direção: Camilo Cavalcante, por King Kong en Asunción
Melhor Ator (empate): Matheus Nachtergaele, por Piedade e Bruno Gagliasso, por Loop
Melhor Atriz (empate): Fernanda Montenegro, por Piedade e Alessandra Negrini, por Acqua Movie
Melhor Ator Coadjuvante (empate): Cauã Reymond, por Piedade e Augusto Madeira, por Acqua Movie
Melhor Atriz Coadjuvante: Mariana Ruggiero, por Piedade
Melhor Roteiro: Acqua Movie, escrito por Lírio Ferreira, Marcelo Gomes e Paulo Caldas
Melhor Fotografia: Acqua Movie, por Gustavo Hadba
Melhor Edição: Acqua Movie, por Vania Debs
Melhor Trilha Sonora: Piedade, por Jorge dü Peixe

Melhor Documentário | Brasileiro: O Caso do Homem Errado, de Camila de Moraes
Melhor Documentário | Internacional: Passages, de Lúcia Nagib e Samuel Paiva
Melhor Animação: Napo, de Gustavo Ribeiro
Melhor curta-metragem | Brasileiro: Esmalte Vermelho Sangue, de Gabriela Altaf

Melhor Ator in memorian: Andrade Júnior, por King Kong en Asunción
Life Achievement: Ivan Cardoso, por Ivan, O Terrível, de Mario Abbade
Menção Honrosa: Gracindo Junior, por A Queda
Menção Honrosa: Mangueira em 2 tempos, de Ana Maria Magalhães
Menção Honrosa: Quitéria, de Tiago A. Neves

BWIE Brazilian Women in Entertainment (empate): Rosa das Aroeiras, de Monica Mac Dowell e Windows to the World – AM to PM, de Bia Oliveira
Mostra 60 segundos (empate): Stonely Language, de Reza Saveys e Forest League, de Sergio Kalili
International Shorts (empate): Piece of Me, de Bruna Cabral e Broken Hills, de Edmilson Filho

LAMV | Los Angeles Latin Music Video Festival

Melhor Videoclipe | Voto Popular: Vivência, de Ramonzin e BK (Direção: Isabelle Lopes)
Melhor Performance Artística | Voto Popular: Desce pro Play (Pa Pa Pa), de Mc Zaac, Anitta e Tyga (Direção: Thiago Eva)

BRAZIL COMPETITION

Melhor Videoclipe: Pedrinho, de Tulipa Ruiz (Direção: Fabio Lamounier, Pedro França e Rodrigo Ladeira)
Melhor Direção: Fabio Lamounier, Pedro França e Rodrigo Ladeira, por Pedrinho, de Tulipa Ruiz
Melhor Fotografia: Casmurro, de Alex Albino
Melhor Edição: Amigo da Onça & Beija Flor, da banda Amigos da Onça
Melhor Narrativa: A Cada Passo, da banda Trema
Melhor Direção de Arte: My Girl, de Vintage Culture
Melhor Voz: Alan Rocha
Melhor Animação: Canção de Partida, de GA Setubal (Direção: Deco Farkas)
Melhor Instrumental: Alumiou, de Alan Rocha
Melhor Canção: Alumiou, de Alan Rocha

INTERNATIONAL COMPETITION

Melhor Videoclipe: I Have No Home, de Odyn V Kanoe (Direção: Volodymyr Vlasenko)
Melhor Direção: Sito Ruiz e Esteve Pulg, por Teleapàtic, de Minova
Melhor Fotografia: I Have No Home, de Odyn V Kanoe
Melhor Edição: Akudama, de Alpha Wolf
Melhor Narrativa: In Front, de Las Abejas
Melhor Direção de Arte: De Ontem, de Liniker e os Caramelows
Melhor Voz: Amanda Magalhães
Melhor Instrumental: Akudama, de Alpha Wolf
Melhor Canção: O Amor te Dá, de Amanda Magalhães

*Clique aqui e acompanhe também a cobertura do CINEVITOR pelas redes sociais.

Foto: Suzanna Tierie.

Sibéria

por: Cinevitor

siberiaposter1Siberia

Direção: Abel Ferrara

Elenco: Willem Dafoe, Dounia Sichov, Simon McBurney, Cristina Chiriac, Daniel Giménez Cacho, Fabio Pagano, Anna Ferrara, Phil Neilson, Laurent Arnatsiaq, Valentina Rozumenko, Trish Osmond, Stella Pecollo, Marc Pistono, Cornelia Nguyen Luu, Ilham Midjiyawa, Maria Knofe, Hannah Gross, Francesco Laterza, Flavio Arcangeli, Giulio Tromboni, Christian De Angelis, Roni Pandolfo, Chiara Bersani, Luca Colombo, Arianna Pozzoli, Alessandra Cristiani.

Ano: 2020

Sinopse: Clint, um homem atormentado pelo passado, decide se isolar em uma casa nas montanhas. Nesse ambiente frio e hostil, ele vive sozinho e, em alguns raros momentos, interage com viajantes e nativos que não falam seu idioma e que visitam sua cafeteria. O isolamento, porém, não é o bastante para que Clint encontre paz. Certa noite, confrontando seus problemas, ele acaba embarcando em uma viagem interna por meio de sonhos, memórias e delírios.

*Filme visto na 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

14ª CineBH: filmes selecionados, atividades paralelas e projetos do 11º Brasil CineMundi

por: Cinevitor

gracepassocinebh2020Cena do curta República, de Grace Passô.

Por conta da pandemia de Covid-19, a 14ª edição da CineBH – Mostra de Cinema de Belo Horizonte e o 11º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting acontecem em ambiente virtual entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro, nas redes sociais da Universo Produção e no site (clique aqui) gratuitamente.

Serão cinco dias de atividades, com 54 filmes nacionais e internacionais em pré-estreias e mostras temáticas (14 longas, 4 médias e 35 curtas), de 12 estados brasileiros e 12 países. Além disso, a programação apresenta mais 15 debates, painéis e rodas de conversa, 4 masterclasses internacionais, 3 laboratórios de roteiro, 1 oficina, 1 estudo de caso, encontros de coprodução e diversas outras atividades que convidam o público a pensar o mercado audiovisual a partir do que está sendo feito e do que ainda será visto nas telas. Mesmo com as dificuldades impostas pelo distanciamento social, a CineBH se reafirma como um espaço de perspectivas e possibilidades do cinema do presente e do futuro.

“Vivemos numa sociedade cheia de estímulos visuais e o audiovisual assumiu papel central no cotidiano das pessoas. Realizar este empreendimento internacional ousado e inovador neste cenário de transições e transformações representa compromisso, responsabilidades e ações compartilhadas em que a vontade, a persistência e a determinação são ingredientes que ampliam as possibilidades de seguir acreditando na potência da nossa cultura”, destaca a diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra CineBH e do Brasil CineMundi, Raquel Hallak.

Para este ano, a CineBH adotou a temática Arte viva: Redes em expansão, que dialoga diretamente com o impacto da pandemia na produção artística brasileira. Proposta pela equipe curatorial do evento, formada pelos críticos e pesquisadores Pedro Butcher, Francis Vogner dos Reis e Marcelo Miranda, a temática busca pensar a rede de relações construída entre as artes presenciais (teatro, performance, shows) e a linguagem audiovisual, adotada por criadores e espectadores num período em que os espaços de convivência, como cinemas, casas de espetáculos e teatros, foram fechados. Para colaborar na construção dessas relações, a CineBH incorporou a pesquisadora de artes cênicas Daniele Ávila Small ao time de curadores da Mostra Temática.

Escolhido como destaque de 2020, o Pandêmica Coletivo Temporário de Criação, agremiação de artistas de várias regiões do Brasil formada em março com objetivo de promover exibições teatrais on-line durante a pandemia, reúne em seus trabalhos a essência do que será discutido ao longo da CineBH em filmes, performances audiovisuais e debates. “É inegável que um campo de investigação de linguagem se abriu no encontro entre o teatro, o audiovisual e o meio virtual, e o Pandêmica é um dos pioneiros na abertura dessa trilha”, exalta Daniele Ávila. De integrantes do Pandêmica, serão apresentados ao vivo 12 Pessoas com Raiva, de Juracy de Oliveira, na abertura do evento (29/10); e Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro, de Maurício Lima, no dia 31.

Ainda na Mostra Temática, todos são projetos desenvolvidos ou apresentados desde o começo da pandemia, respondendo, pelo audiovisual, como se dão outras possibilidades de representar a presença. Vários dos artistas presentes nesta mostra participarão de debates e encontros durante a CineBH em transmissões ao vivo com mediação dos curadores.

Na Mostra Contemporânea, a CineBH conta com 10 longas e 5 curtas-metragens brasileiros e estrangeiros. Do Brasil, vários dos títulos lidam com a história de violências que fundaram o país. Os curtas nacionais completam a programação nacional com trabalhos provocativos de várias situações vivenciadas ou sentidas ao longo de 2020.

A mostra Diálogos Históricos, que tem objetivo de apresentar obras importantes na história do cinema de forma contextualizada e aprofundada e segue a estrutura de introdução de um crítico e/ou pesquisador, exibição do filme e comentário posterior, esse ano conta com parceria do Instituto Goethe. Os títulos a serem exibidos em 2020 apresentam três momentos distintos e significativos da produção alemã, de longa e rica tradição de obras e artistas dispostos à experimentação.

A Sessão Welket Bungué vai apresentar ao público brasileiro os curtas-metragens desse artista singular, dos mais diferentes estilos e formatos e exemplos de uma obra audiovisual em que realização e performance se tornam aspectos indissociáveis. Bungué atuou recentemente na nova adaptação cinematográfica do romance Berlin Alexanderplatz, que disputou o Urso de Ouro no Festival de Berlim deste ano. Bungué nasceu em Guiné-Bissau e já morou em Portugal, no Brasil (onde fez uma pós-graduação em performance na Uni-Rio, entre 2012 e 2013) e na Alemanha, com passagens por Cabo Verde e outros países. A seleção na CineBH tenta dar conta de sua capacidade múltipla e dialoga com a proposta deste ano de lançar alguma luz para trabalhos que buscam nas ferramentas da linguagem audiovisual uma potencialização da performance e do “ao vivo”.

Já a mostra A Cidade em Movimento é composta por trabalhos realizados em bairros e comunidades de Belo Horizonte e região metropolitana, com curadoria de Paula Kimo. Ao longo de 16 trabalhos espalhados por quatro sessões, diversas questões serão discutidas tanto nas exibições quanto na presença de convidados para as Rodas de Conversa. Clique aqui e conheça os selecionados, que foram anunciados anteriormente.

Por fim, na programação de filmes da CineBH, estudantes e educadores têm programação garantida com a realização das sessões Cine-Escola e Cine-Debates planejados para atender a alunos a partir de 5 anos de idades. Os filmes ficam disponíveis de 29 de outubro a 6 de novembro no site possibilitando que os professores tenham mais tempo para trabalhar os títulos com os alunos.

Para formar novas audiências e inserir famílias e crianças na programação, a CineBH conta com a Mostrinha, apostando em futuros espectadores de cinema brasileiro; serão exibidos dois filmes de longa-metragem.

Em sua 11ª edição, o Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting segue como o grande encontro brasileiro de coprodução, reunindo dezenas de participantes para discutirem projetos futuros de cinema no país. Por razão da pandemia, algumas alterações foram feitas pelo programa para que os encontros virtuais fossem aproveitados ao máximo pelos 23 projetos participantes. Uma das novidades desta edição é que os projetos de filmes brasileiros de longa-metragem serão avaliados em três categorias: desenvolvimento, produção e finalização.

A nova categorização foi necessária diante da atual circunstância mundial, unindo gêneros, formatos e estilos divididos em estágios distintos. A categoria de finalização, em especial, foi criada pensando justamente nas dificuldades dos filmes em conseguirem espaços de exibição desde quando festivais e salas fecharam mundo afora, ainda em março. O Brasil CineMundi terá este ano a participação de 30 convidados de 14 países; são produtores, distribuidores, curadores, agentes de venda, representantes de fundos de investimento audiovisual e representantes de festivais que estarão em contato direto com realizadores brasileiros e seus projetos de futuros filmes.

Com a parceria de diversas iniciativas de fundos de produção, o CineMundi conta com prêmio aos projetos mais bem cotados pelos júris de avaliação. Há bolsas de desenvolvimento, participação em eventos internacionais de coprodução e incentivos à criação.

Com o propósito de fornecer ferramentas conceituais e práticas para capacitação de profissionais, troca de experiências entre diferentes agentes do setor audiovisual, ao mesmo tempo, que propõe gerar intercâmbio, promover encontros, diálogos, discussões e estabelecer redes de contato e conexões globais com foco no mercado audiovisual, o Programa de Formação Audiovisual integra a programação da 14ª Mostra CineBH e do 11º Brasil CineMundi. Nesta edição, o programa reúne 40 profissionais brasileiros e estrangeiros de destaque na cena audiovisual no centro de oito debates, quatro masterclasses internacionais, um painel, um estudo de caso, três laboratórios de roteiro e uma oficina.

A 14ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte, o evento de cinema da capital mineira, integra o Cinema sem Fronteiras 2020, programa internacional de audiovisual idealizado e realizado pela Universo Produção, que promove a conexão entre o cinema brasileiro e o mercado internacional. Apresenta-se como instrumento de formação, reflexão, exibição e difusão do audiovisual em diálogo com outros países, fomento o empreendedorismo, dissemina a informação, produz e difunde conhecimento, cria oportunidades de rede de contatos e negócios, reúne a cadeia produtiva do audiovisual em uma programação abrangente e gratuita.

Conheça os filmes selecionados para a 14ª CineBH e os projetos do 11º Brasil CineMundi:

MOSTRA TEMÁTICA

12 Pessoas com Raiva, de Juracy de Oliveira (performance)
Canção das Filhas das Águas, de Laís Machado (BA)
Coisas Úteis e Agradáveis, de Germano Melo e Ricardo Alves Jr. (MG)
Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro, de Fabiano de Freitas e Maurício Lima (performance)
Navalha na Carne Negra, de José Fernando Peixoto de Azevedo (SP)
República, de Grace Passô (SP)

CONTEMPORÂNEA BRASIL

5 Estrelas, de Fernando Sanches (SP)
Corpo Monumento, de Alexandre Salomão (PE)
Do Pó ao Pó, de Beatriz Saldanha (SP)
Entre Nós, Um Segredo, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté (Brasil/México/Burquina Fasso)
Eu Sou a Destruição, de Eduardo Camargo (PR)
Extratos, de Sinai Sganzerla (SP)
Luz nos Trópicos, de Paula Gaitán (RJ)
O Cemitério das Almas Perdidas, de Rodrigo Aragão (ES)
Rodson ou (Onde o Sol Não Tem Dó), de Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra (CE)
Rua Guaicurus, de João Borges (MG)
Terminal Praia Grande, de Mavi Simão (MA)

CONTEMPORÂNEA INTERNACIONAL

Isabella, de Matías Piñeiro (Argentina)
Meus Queridos Espiões, de Vladimir Léon (Rússia/França)
Nós, Os Bárbaros, de Juan Alvarez-Durán (Bolívia)
Ouvertures, de Louis Henderson e Olivier Marboeuf (Reino Unido/França/Haiti)

DIÁLOGOS HISTÓRICOS

Kuhle Wampe ou: Quem é o Dono do Mundo?, de Slatan Dudow (Alemanha)
Os não reconciliados ou só a violência ajuda onde a violência reina, de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet (Alemanha)
Viver na RFA, de Harun Farocki (Alemanha)

SESSÃO BRASIL CINEMUNDI

Meu Nome é Bagdá, de Caru Alves de Souza (SP) (filme de encerramento)

WELKET BUNGUÉ

Buôn, de Miguel Munhá (Portugal/Guiné-Bissau)
Corre Quem Pode, Dança Quem Aguenta, de Welket Bungué (Brasil)
É Bom Te Conhecer (N’Sumande Tchalih Hudi), de Welket Bungué (Brasil/Guiné-Bissau)
Eu Não Sou Pilatus, de Welket Bungué (Portugal)
Intervenção Jah, de Daniel Santos (Brasil/Guiné-Bissau)
Mensagem, de Welket Bungué (Brasil)

MOSTRINHA

Dentro da Caixinha, de Guilherme Reis (MG)
Para’Í, de Vinicius Toro (SP)

CINE-ESCOLA

Antes que Vire Pó, de Danilo Custódio (PR)
Dilúvio, de Gustavo Spolidoro (RS)
Meu Nome é Daniel, de Daniel Gonçalves (RJ)
Renascida das Águas, de Júlio Quinan (GO)
Tem Um Monstro na Loja, de Jaqueline Dulce Moreira (RJ)
Torcida Única, de Catarina Forbes (SP)
Trincheira, de Paulo Silver (AL)

BRASIL CINEMUNDI

PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO:

Acalanto, de Marcelo Lordello e Letícia Simões; produção: Emilie Lescaux (PE)
A Cor da Margem, de Mariana Luiza; produção: Joelma Oliveira Gonzaga (RJ)
A Voz de Deus, de Miguel Antunes Ramos; produção: Alice Riff (SP)
Cartas para o passado, de Mannu Costa; produção: Rayssa Costa (PE)
Hotel Califórnia, de Daniel Nolasco; produção: Cecília Brito (GO)
Mãe do Ouro, de Madiano Marcheti; produção: Beatriz Martins (MT)
Não Estamos Sonhando, de Ulisses Arthur; produção: Thamires Vieira (AL/BA)
O Vale dos Homossexuais, de Fábio Leal; produção: Dora Amorim e Júlia Machado (PE)
Paralaxe, de Ricardo Murad e Cao Guimarães; produção: Mariana Andrade (MG)
Retomada, de Hidalgo Romero e Alice Villela; produção: Julio Matos (SP)

PROJETOS EM PRODUÇÃO:

A Mensageira, de Cláudio Marques; produção: Marília Hughes (BA)
Ausente, de Ana Carolina Soares; produção: Denise Flores (MG)
Casa no Campo, de Davi Pretto; produção: Paola Wink (RS)
Corpo Presente, de Leonardo Barcelos; produção: André Hallak e Joana Braga (MG)
É Tudo Parente, de Mariana Fagundes; produção: André Hallak (MG)
Peixe, de Rafael Saar; produção: Eduardo Cantarino (RJ)
Toda Noite Estarei Lá, de Tati Franklin; produção: Thiago Moulin (ES)

PROJETOS FINALIZADOS:

A Flecha e a Farda, de Miguel Antunes Ramos; produção: Angelo Ravazi e Paulo Serpa (SP)
A Matéria Noturna, de Bernard Lessa; produção: Bernard Lessa, Eduardo Cantarino e Vitor Graize (ES/RJ)
Anastácias, de Thati Almeida; produção: Sebastião Braga (SP)
Casa Vazia, de Giovani Borba; produção: Tatiana Sager (RS)
Lavra, de Lucas Bambozzi; produção: André Hallak (MG)
Os ossos da saudade, de Marcos Pimentel; produção: Luana Melgaço (MG)

Foto: Divulgação.

Coronation

por: Cinevitor

coronationposter1Direção: Ai Weiwei

Elenco: Chen Bing, Da Xie, Guo Ke, Huang Kankan, Li Wen, Peng Liming, Rachel, Shu Dizhan, Tong Hao, Tsering Woeser, Wang Kunpeng, Yu Wei, Zhang Sanfeng, Zhang Wenwu.

Ano: 2020

Sinopse: Em 31 de dezembro de 2019, o primeiro caso do novo coronavírus foi confirmado em Wuhan. As autoridades chinesas negaram repetidamente que a transmissão de pessoa para pessoa era possível, ocultaram o número de pacientes diagnosticados e puniram a equipe médica por divulgar informações sobre a epidemia. Em 23 de janeiro de 2020, a cidade foi colocada sob lockdown e, logo, a Covid-19 tornou-se uma pandemia global. Coronation examina o controle político do Estado chinês do primeiro ao último dia do lockdown em Wuhan. O filme registra a resposta militarizada e brutalmente eficiente do governo para controlar o vírus, os amplos hospitais de campanha que foram erguidos em questão de dias, os 40 mil médicos e enfermeiros que foram trazidos de ônibus de toda a China, além dos moradores locais, que foram trancados em casa. Ai Weiwei dirigiu, produziu e completou a pós-produção do longa remotamente da Europa. As filmagens foram feitas por cidadãos comuns que moram em Wuhan.

*Filme visto na 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Pari

por: Cinevitor

pariposter1Direção: Siamak Etemadi

Elenco: Melika Foroutan, Shahbaz Noshir, Sofia Kokkali, Argyris Pandazaras, Lena Kitsopoulou, Lefteris Tsatsis, Bijan Daneshmand, Dimitris Xanthopoulos, Aspasia Kokosi, Vassilis Koukalani, Kimonas Kouris, Romanna Lobach, Marianthi Pantelopoulou, Efthalia Papacosta, Konstatinos Siradakis, Nikos Flessas, Nafsika Tarazi, Aliki Alexandraki, Nikos Aktvpis, Romanos Argyropoulos, Mary Samari, Thanassis Tompoulis, Hooman Lotfinejad, Hamid Sharokhi, Duncan Skinner, Paria Nejad, Shirin Maahian, Solon Charitonidis, Andreas Massios, Xanthos Papaigannou, Aris Rammos, Giannis Voulgaris, Panos Papaioannou, Vassilis Tzepelis, Argyris Pandazaras, Giorgos Souksis, Niki Papamichael, May Sevastopoulou, Chrissostomos Nomikou, Melita Scabeau, Christos Argyrelis, Giorgos Valais, Pierre Levy, Fidel Talamboukas, Lefteris Tsatsis, Markos Papadokonstantanis, Hossain Amibi, Stephania Sanko.

Ano: 2020

Sinopse: Babak é um estudante iraniano que mora na Grécia. Quando seus pais vão visitá-lo, ele não aparece para recebê-los no aeroporto. Pari e o marido, um homem mais velho, ambos muçulmanos devotos, fazem sua primeira viagem para o exterior e não estão preparados para procurar pelo filho em um ambiente desconhecido e intimidador. Todas as tentativas dos dois para encontrar uma pista que pudesse guiá-los ao paradeiro do garoto não os leva a lugar algum e eles logo chegam a um beco sem saída. Mas Pari não desiste de procurar por Babak, mesmo quando retornar ao Irã parece ser a única opção. Seguindo os passos do filho rebelde nos cantos mais sombrios da cidade, ela usa sua força interior para realizar mais do que a busca de uma mãe pelo filho desaparecido.

Crítica: Exibido no Festival de Berlim e dirigido pelo cineasta iraniano Siamak Etemadi, Pari conta a história de um casal muçulmano que viaja para a Grécia para visitar o filho que mora por lá. Porém, logo na chegada, o encontro marcado no aeroporto não acontece. A partir daqui, começam a busca para encontrá-lo. A saga em um país desconhecido é retratada por meio de uma narrativa bem construída em cima da tensão. Além da dificuldade em se comunicar, há uma angústia sobre o paradeiro do filho. Ao desenrolar da história, o casal tenta juntar as peças do quebra-cabeça com a ajuda de pistas que possam decifrar o enigma do tal sumiço do ente querido. Não demora muito para que o filme se volte à sua protagonista, interpretada pela talentosa Melika Foroutan. No papel da personagem-título, ela acaba virando o centro das atenções dessa história. Ainda que a trama se desenvolva na busca pelo filho, é em Pari que passamos a compreender mais a relação desses familiares e o suposto motivo do sumiço. A construção da personagem é muito bem elaborada, tanto pela atuação quanto pelo seu lugar na narrativa, e as camadas desenvolvidas para criar tal personalidade são reveladas aos poucos e, ao longo do filme, fica ainda mais interessante observar a maneira como ela vai se transformando em uma outra mulher, diferente daquela vista no começo. Ou talvez esteja apenas se despindo de algo que já estava em si. Há os costumes culturais de seu país de origem e também as demandas religiosas que andam ao seu lado, mas, ainda assim, Pari não hesita em se desprender do passado para alcançar seu objetivo; ela se realoca e se encaixa com uma certa facilidade à novas situações culturais e locais. É possível que tal desprendimento esteja ligado a algo repressor que ficou para trás e, agora, mesmo em uma situação difícil, consegue se desapegar do medo como se tivesse sentindo a liberdade pela primeira vez. Com a situação caótica da Grécia como pano de fundo, Pari não é apenas um filme sobre a busca esperançosa de uma mãe pelo filho. É também sobre uma mulher que se reencontra, mesmo na angústia e em circunstâncias de dor, e que busca forças para seguir em frente no seu propósito, repensar sobre tudo que passou e, quem sabe, começar uma nova vida a partir daquilo que encontrar pela frente. Seja seu filho, um novo destino ou se reconectar com sua própria essência. (Vitor Búrigo)

*Filme visto na 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo, é o grande vencedor do Inffinito Film Festival 2020

por: Cinevitor

olhosernestoinffinito2020Jorge Bolani e Julio Andrade em Aos Olhos de Ernesto.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 23/10, os vencedores da 24ª edição do Inffinito Film Festival, o maior e mais importante festival de cinema brasileiro realizado no exterior. A noite de premiação aconteceu de forma remota e foi transmitida ao vivo pela plataforma de streaming do evento.

Apresentada por Flávia Guimarães e Eloisa Lopez, a cerimônia contou também com uma homenagem ao ator e diretor Daniel Filho e terminou com uma festa virtual que teve a participação dos atores Lucio Mauro Filho e Natália Lage como DJs.

O longa-metragem Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo, foi eleito pelo júri como o melhor filme de ficção desta edição e levou o Troféu Lente de Cristal; também ganhou os prêmios de melhor direção e melhor roteiro. Dira Paes, de Pureza, e Roney Villela, de A Morte que Habita À Noite, foram premiados por suas atuações.

O júri do Inffinito Film Festival 2020 foi composto por: Carol Marra, Joelzito Araújo, Maria Sanchez e Tizuka Yamasaki (longa-metragem de ficção); e Fabricio Boliveira, Graci Guarani e Malu de Martino (longa-metragem documentário).

Conheça os vencedores do Inffinito Film Festival 2020:

Melhor Filme | Ficção: Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo
Melhor Filme | Documentário: De Olhos Abertos, de Charlotte Dafol
Melhor Direção: Ana Luiza Azevedo, por Aos Olhos de Ernesto
Melhor Ator: Roney Villela, por A Morte que Habita à Noite
Melhor Atriz: Dira Paes, por Pureza
Melhor Direção de Fotografia: Felipe Reinheimer, por Pureza
Melhor Roteiro: Aos Olhos de Ernesto, escrito por Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado
Prêmio Especial do Júri: Fernanda Montenegro, por Piedade
Prêmio Especial do Júri | Documentário: Diz a Ela que me Viu Chorar, de Maíra Bühler
Melhor Filme de Ficção | Público: Três Verões, de Sandra Kogut
Melhor Documentário | Público: Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil, de Carol Benjamim

Foto: Divulgação/Elo Company.

A Caminho da Lua

por: Cinevitor

acaminhodaluaposterOver the Moon

Direção: Glen Keane, John Kahrs

Elenco: Cathy Ang, John Cho, Ruthie Ann Miles, Sandra Oh, Phillipa Soo, Edie Ichioka, Glen Keane, Brycen Hall, Greg Watanabe, Elizabeth Pan, James Taku Leung, Josiah D. Lee, Lucy Lin, David Chen, Robert G. Chiu, Margaret Cho, Kimiko Glenn, Artt Butler, Irene Tsu, Clem Cheung, Brittany Ishibashi, Janice Kawaye, Trisha Vo, Ken Jeong, Conrad Ricamora, Isabella Abiera, Jeremy Bowker, Ewan Chung, Meilee Condron, John Kahrs, Albert Kong, Esther Chae.

Ano: 2020

Sinopse: Estimulada pelas histórias da mãe, Fei Fei decide construir uma nave espacial para ir até a Lua e comprovar a existência de uma lendária deusa.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

Conheça os filmes selecionados para o Cinefest Gato Preto 2020

por: Cinevitor

gatopreto2020atordoadoatentoCena do curta Atordoado, Eu Permaneço Atento sobre o jornalista Dermi Azevedo.

O Cinefest Gato Preto é um festival de curtas-metragens realizado na cidade de Lorena, região do Vale do Paraíba, em São Paulo, que se caracteriza por valorizar todas as áreas do processo da produção cinematográfica, criando sessões temáticas de acordo com os filmes recebidos pela curadoria.

Nesta XVI edição, o evento acontecerá em formato on-line, por conta da pandemia de Covid-19, entre os dias 3 e 7 de novembro. Pela primeira vez, o festival abre espaço para uma sessão de videoclipes com a intenção de fomentar a produção audiovisual na região.

Ao longo do festival serão exibidos 61 filmes e 26 videoclipes. Ao todo, o Gato Preto 2020 reunirá obras cinematográficas de 17 estados. O objetivo dos organizadores está na descentralização do cinema, a fim de ir além do eixo São Paulo e Rio e também no fomento da produção de cinema do Vale Paraibano.

Haverá ainda sessões especiais levantadas pela curadoria, que apresentarão produções de animações para adultos, sessão infantil e adolescente, produções LGBTQIA+ e de cinema preto, que farão parte da disputa de troféus na mostra competitiva. A programação terá também oficinas, debates e encontros entre os cineastas e realizadores com o público.

Três oficinas gratuitas estão programadas para acontecer durante o festival: Cinema da Escuta, com Victor Fisch; As relações entre o cinema na formação do ator, com Raissa Gregori; e com um viés antirracista sobre a dramaturgia brasileira, Viviane Pistache apresentará um recorte e reflexões sobre a realidade das produções.

Com direção de Polyana Zappa, o Cinefest Gato Preto 2020 contou com a curadoria de Rodrigo Tons, Fábio Rodrigo e Carolina Serra.

Conheça os curtas e videoclipes selecionados para o XVI Cinefest Gato Preto:

SESSÃO ROTEIRO

Laura Denver, de João Iglesias e Antonia Cattan (RJ)
O Grande Amor de um Lobo, de Kennel Rogis e Adrianderson Barbosa (RN)
Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (PE)
Rebento, de Vinicius Eliziário (BA)

SESSÃO ATUAÇÃO

5 Estrelas, de Fernando Sanches (SP)
Chica, de Andrea Guanais (BA)
Ditadura Roxa, de Matheus Moura (MG)
Receita de Caranguejo, de Issis Valenzuela (SP)

SESSÃO MONTAGEM

Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Lucas H. Rossi dos Santos e Henrique Amud (SP)
Inabitáveis, de Anderson Bardot (ES)
Luís Humberto: O Olhar Possível, de Mariana Costa e Rafael Lobo (DF)
Onde Nascem os Deuses, de Henrique DPK (SP)

SESSÃO INFANTIL

A Manta, de Igor Pitta Simões e Luis da Matta Almeida (SC)
Antes que vire pó, de Danilo Custódio (PR)
Fome, de Felipe Fré (SP)
Trincheira, de Paulo Silver (AL)
Véu de Amani, de Renata Diniz (DF)

SESSÃO PRODUÇÃO

A Barca, de Nilton Resende (AL)
Diriti De Bdé Burê, de Silvana Beline (GO)
Sábado Não é Dia de Ir Embora, de Luísa Giesteira (RJ)

SESSÃO ADOLESCENTE

Eu Me Chamo Darwin, de Well Darwin (SP)
Eu te Protejo, de Allê Maia (RJ)
Pátria, de Lívia Costa e Sunny Maia (PB)
Rua Augusta, 1029, de Mirrah Ianez da Silva (SP)

SESSÃO DIREÇÃO

A Profundidade da Areia, de Hugo Reis (ES)
Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva (PE)
Crua, de Diego Lima (PB)
Práticas do Absurdo, de Alexander S. Buck (ES)

SESSÃO ANIMAÇÃO ADULTO

31 de Março, de Emerson Rodrigues (GO)
A Casa e o Medo, de Eduardo Aliberti, Henrique Truffi e Valentina Salvestrini (SP)
Apneia, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR)
Chiara, de Caroline Grigato (RJ)
Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
Ta Foda, de Aline Goulart, Denis Gabriel, Fernanda Maciel, Icaro Castello, Lígia Torres e Victoria Alvez (RS)
The Drawers Man, de Duda Rodrigues (PE)

SESSÃO DIREÇÃO DE ARTE

Baixas Lendas da Classe Média Alta: Janaína Sem Cabeça, de Bruna Schelb Corrêa (MG)
Mansão do Amor, de Renata Pinheiro (PE)
Nervo, de Pedro Jorge e Sabrina Maróstica (SP)
Prefiro não ser identificada, de Juliana Muniz (RJ)
Ratoeira, de Carlos Adelino (SC)

TRANSGRESSORA

Aqueles Dois, de Émerson Maranhão (CE)
Downpression, de Assaggi Piá e Rodrigo Mends (BA)
I Have To Say I Love You, de Ariel Nobre (SP)
Modelo Morto, Modelo Vivo, de Iuri Bermudes e Leona Jhovs (SP)

SESSÃO DESENHO DE SOM

Cidade São Mateus, de Gabriel César (SP)
Hoje sou Felicidade, de João Luís e Tiago Aguiar (PE)
Joderismo, de Marcus Curvelo (DF/BA/SP)

COSMOVISÃO PRETA

A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE)
CoroAção, de Juciara Áwô e Luana Arah (RJ)
Homens Invisíveis, de Luís Carlos de Alencar (RJ)
Minha História é Outra, de Mariana Campos (SP)
Neguinho, de Marçal Vianna (RJ)

SESSÃO FOTOGRAFIA

Nadir, de Fábio Rogério (SE)
O Filho do Homem, de Fillipe Rodrigues (PA)
Quero ir para Los Angeles, de Juliana Balhego (RS)
Quitéria, de Tiago A. Neves (PB)

MOSTRA DO VALE

Antes que eu esqueça, de Isabela Correia (Jacareí, São José dos Campos e São Francisco Xavier)
Brazilian indigenous etnomedia, de Icaro Cooke Vieira (São Sebastião e São José dos Campos)
Em nome de Teresa, de Marcella Arnulf (São José dos Campos)
Três tiros para o Paraíso, de Marianne Farias (Lorena)
Weaving Freedom, de Luiza Matravolgyi Damião (Tremembé)

VIDEOCLIPES

Até o Sol Raiar, de Alex Correia (São José dos Campos/SP)
BAE, de Sunday James (MA)
Batidão, de Jessica Lauane (MA)
Caboclo Véio, de Ricardo Camargo (SP)
Corações Roubados, de Guilherme Jardim e Samuel Fávero (MG)
Corpos Vermelhos, de Letícia Antunes e Thierry Lucas (SP)
Errante, de Gabriel Motta (RS)
Erupção, de João Folharini (SP)
Fonte da Tristeza, de Samira Daher (RJ)
Gigantesca, de Leticia Pires (RJ)
Inside My Head, de Vitor Keese (SP)
Jessi – Kilat$, de Laura Crepaldi (SP)
Killa, de Jessica Lauane (MA)
Minha Carne, de Preta Ferreira, Sonia Ara Mirim e Taesila Araújo (SP)
Monção, de Blendda Corrêa (RJ)
Nega que Saudade, de Bruno Cabral Viana (Lorena/SP)
Nois ta de olho, de Elder Soares (São José dos Campos/SP)
O Clã, de Raymundo Calumby (CE)
O Ir e Vir das Coisas, de Diego Freitas (SP)
Overdrive, de Gui Midões e Jean Furquim (Jacareí/SP)
Peter Banana, de Diego Scarparo (ES)
Pôr do Sol, de Jr Franch (SP)
Prevejo, de Sunday James (MA)
Relíquia, de Ricardo Camargo (SP)
She’s falling, de Ricardo Camargo (SP)
Vazio, de Maurício Coutinho (DF)

Foto: Divulgação.

Borat: Fita de Cinema Seguinte

por: Cinevitor

borat2posterBorat Subsequent Moviefilm

Direção: Jason Woliner

Elenco: Sacha Baron Cohen, Maria Bakalova, Tom Hanks, Dani Popescu, Manuel Vieru, Miroslav Tolj, Alin Popa, Ion Gheorghe, Nicolae Gheorghe, Marcela Codrea, Luca Nelu, Tamara Georgievna Abrosimova, Chase Fein, Jeanise Jones, Macy Chanel, Nicoleta Ciobanu, Rudy Giuliani, Jair Bolsonaro, Mike Pence, Noah Segura, Donald Trump, Barack Obama.

Ano: 2020

Sinopse: Entrega de Prodigioso Suborno a Regime Americano para Beneficiar Outrora Gloriosa Nação do Cazaquistão.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas