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Cinema pernambucano: Canal Brasil exibe programação especial em setembro

por: Cinevitor
Hermila Guedes e Irandhir Santos em A Luneta do Tempo, de Alceu Valença.

Pernambuco é considerado um dos maiores polos da produção cinematográfica do Brasil e para preparar o terreno para a série de ficção Chão de Estrelas, que se passa no Recife e estreia no dia 10 de setembro, o Canal Brasil preparou uma mostra especial com grandes nomes do cinema pernambucano.

Chão de Estrelas foi criada por Hilton Lacerda a partir do filme Tatuagem, lançado em 2013, que também estará na programação em uma sessão especial na sexta-feira, 10/09, às 23h25, logo após a estreia da série. A mostra Cinema Pernambucano em Ação acontecerá de terça a quinta, entre os dias 07 e 30 de setembro, sempre à 0h30, com a exibição de um filme produzido ou com talentos do estado.

Conheça os filmes e datas de exibição:

BAILE PERFUMADO, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas (1997)
Horário: madrugada de terça (07/09) para quarta (08/09), à 0h30
Sinopse: O longa desvenda os trabalhos do único dono de imagens autorizadas do cangaceiro Lampião (Luiz Carlos Vasconcelos), o fotógrafo e documentarista Benjamin Abrahão (Duda Mamberti). Homem de confiança de Padre Cícero (Jofre Soares), Benjamin vivia junto ao bando e registrava as ações do grupo, no intuito de produzir um filme sobre a vida do cangaceiro e seus comparsas. O material filmado é de 1936 e no filme, 60 anos depois, essas imagens possibilitam a revisitação do sertão nordestino.

AQUARIUS, de Kleber Mendonça Filho (2016)
Horário: madrugada de quarta (08/09) para quinta (09/09), à 0h30
Sinopse: Clara (Sonia Braga) tem 65 anos, é jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela mora em um apartamento localizado na Av. Boa Viagem, no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por uma construtora conseguiram adquirir quase todos os apartamentos do prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem claro que não pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e ameaça para que mude de ideia.

DIVINO AMOR, de Gabriel Mascaro (2019)
Horário: madrugada de quinta (09/09) para sexta (10/09), à 0h30
Sinopse: O Brasil vive uma nova era em 2027. O carnaval foi substituído por festas gospel. A tecnologia avançou para possibilitar um estado hi-tech, mas os fins dados ao progresso são temerosos. Agora, scanners são capazes de dizer o estado civil de uma pessoa, existem exames expressos de DNA e igrejas em estilo drive-thru. A burocracia neopentecostal e suas incoerências estão representadas na figura de Joana (Dira Paes), uma funcionária pública que utiliza seu trabalho para convencer casais que desejam o divórcio a continuarem juntos. O casamento com Danilo (Julio Machado) é perfeito, exceto pela falta de um filho que, apesar de diversas tentativas, teima em não vir. A fé de ambos, no entanto, sofre um golpe duro quando o casamento entra em crise e as novas liturgias são questionadas.

TATUAGEM, de Hilton Lacerda (2013) (Sessão Especial)
Horário: sexta, dia 10/09, às 23h20
Sinopse: Recife, 1978. Clécio Wanderley (Irandhir Santos) é o líder da trupe teatral Chão de Estrelas, que realiza shows repletos de deboche e com cenas de nudez. A principal estrela da equipe é Paulete (Rodrigo Garcia), com quem Clécio mantém um relacionamento. Um dia, Paulete recebe a visita de seu cunhado, o jovem Fininha (Jesuita Barbosa), que é militar. Encantado com o universo criado pelo Chão de Estrelas, ele logo é seduzido por Clécio. Não demora muito para que eles engatem um tórrido relacionamento, que o coloca em uma situação dúbia: ao mesmo tempo em que convive cada vez mais com os integrantes da trupe, ele precisa lidar com a repressão existente no meio militar em plena ditadura.

ERA UMA VEZ EU, VERÔNICA, de Marcelo Gomes (2012) (inédito no Canal Brasil)
Horário: madrugada de terça (14/09) para quarta (15/09), à 0h30
Sinopse: Recém-formada em medicina, Verônica (Hermila Guedes) atravessa um momento crucial em sua vida e questiona sua escolha profissional, seus laços afetivos e sua capacidade de lidar com a vida nova.

AMOR, PLÁSTICO E BARULHO, de Renata Pinheiro (2015)
Horário: madrugada de quarta (15/09) para quinta (16/09), à 0h30
Sinopse: Seguindo os passos de Jaqueline (Maeve Jinkings), sua companheira de banda e musa inspiradora, Shelly (Nash Laila) sonha virar uma grande cantora de música brega. Ela entra para o show business em busca de fama e fortuna mas, inserida em um mundo onde tudo é descartável, incluindo o amor e as relações humanas, ela vai encontrar grandes dificuldades para atingir a fama.

AZOUGUE NAZARÉ, de Tiago Melo (2018)
Horário: madrugada de quinta (16/09) para sexta (17/09), à 0h30
Sinopse: Em uma cidade do interior, em meio aos canaviais, um grupo de pessoas vive suas vidas, suas tensões, seus desafios, seus sonhos e também rituais fantásticos à espera da chegada dos dias de festa. 

A LUNETA DO TEMPO, de Alceu Valença (2014)
Horário: madrugada de terça (21/09) para quarta (22/09), à 0h30
Sinopse: Lampião (Irandhir Santos), sempre acompanhado por sua amada Maria Bonita (Hermila Guedes), lidera um bando pelo sertão de Pernambuco, enfrentando a polícia local. Antero Tenente (Servílio de Holanda), representante do governo, foi abandonado preso de cabeça pra baixo pelo bando de Lampião e, agora, quer vingança. Esta disputa permanece com o passar dos anos, quando o filho de Antero torna-se adulto e não aceita qualquer provocação à imagem do pai ou a simples menção a algo que lembre Lampião e seus cangaceiros.

A HISTÓRIA DA ETERNIDADE, de Camilo Cavalcante (2014)
Horário: madrugada de quarta (22/09) para quinta (23/09), à 0h30
Sinopse: No sertão, várias pessoas de diferentes idades compartilham sobrenome e muitos sentimentos. Cada um à sua maneira, eles amam e desejam ardentemente. Alfonsina (Débora Ingrid) tem 15 anos e sonha conhecer o mar. Querência (Marcélia Cartaxo) está na faixa dos 40. Das Dores (Zezita Matos) já no fim da vida, recebe o neto após um passado turbulento.

AMARELO MANGA, de Cláudio Assis (2003)
Horário: madrugada de quinta (23/09) para sexta (24/09), à 0h30
Sinopse: Recife serve de cenário para uma sucessão de curtas histórias: um açougueiro que, apesar de louvar sua mulher evangélica, mantém uma amante; a fascinação de um necrófilo pela dona de um bar; e um homossexual que sonha em conquistar o açougueiro. 

FIM DE FESTA, de Hilton Lacerda (2020)
Horário: madrugada de terça (28/09) para quarta (29/09), à 0h30
Sinopse: Breno (Gustavo Patriota) e Penha (Amanda Beça) conhecem Ângelo (Leandro Villa) e Indira (Safira Moreira) no carnaval; os últimos dois são baianos e viajaram para aproveitar a tradicional festança em Recife. A alegria dos cinco dias de comemoração, no entanto, traz uma má notícia justamente no fim; o pai de Breno (Irandhir Santos), de mesmo nome, é um policial civil responsável por apurar o brutal assassinato de uma turista francesa morta a pauladas nas ruas da capital pernambucana. Além de lidar com os amigos do filho na própria casa, o inspetor se depara com vestígios afetivos enquanto investiga o crime.

BOI NEON, de Gabriel Mascaro (2016)
Horário: madrugada de quarta (29/09) para quinta (30/09), à 0h30
Sinopse: Iremar (Juliano Cazarré) é um vaqueiro de curral que viaja pelo Nordeste, ao lado de Galega (Maeve Jinkings) e a pequena Geise (Samya De Lavor). Por onde passa, Iremar recolhe revistas, panos e restos de manequins, já que seu grande sonho é largar tudo para iniciar uma carreira como estilista no Polo de Confecções do Agreste.

CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS, de Marcelo Gomes (2005)
Horário: madrugada de quinta (30/09) para sexta (01/10), à 0h30
Sinopse: O ano é 1942, o mundo vive a Segunda Guerra Mundial. Um alemão de nome Johann (Peter Ketnath) dirige um caminhão carregado de frascos de Aspirina e filmes com propagandas do produto. Nessa viagem, Johann conhece um país, ao mesmo tempo que escapa das notícias da guerra. Ranulpho (João Miguel), morador de uma pequena vila, faz o percurso inverso, ou seja, está indo buscar uma vida melhor no promissor e industrializado sudeste do país e, para isso, deixa sua pequena cidade natal rumo ao Rio de Janeiro. Acontece o encontro ocasional desses dois personagens. Interesses em comum e a promessa de cada um chegar ao seu destino fazem com que partam nessa aventura juntos.

Foto: Divulgação.

Cinderela

por: Cinevitor

Cinderella

Direção: Kay Cannon

Elenco: Camila Cabello, Nicholas Galitzine, Idina Menzel, Pierce Brosnan, Minnie Driver, Tallulah Greive, Billy Porter, Maddie Baillio, Charlotte Spencer, James Corden, James Acaster, Romesh Ranganathan, Rob Beckett, Doc Brown (Ben Bailey Smith), Luke Latchman, Fra Fee, Jenet Le Lacheur, Mary Higgins, Beverley Knight, Natasha Patel, Nikkita Chadha, Vinani Mwazanzale, Lisa Spencer, Nakai Warikandwa, Keith Harrison Dworkin, Paddy Glynn, Anne Smith, Linda John-Pierre, Alex Bourne, Arazou Baker, Peta Cornish, Nandi Bushell, Manny Tsakanika, Channelle George, Antony Barlow, George Gjiggy Francis, Jean-Pascal Heynemand, Arun Kapur, Tom Neill, Richard Price, Jason Redshaw, John Alan Roberts, Danny Salomon.

Ano: 2021

Sinopse: Cinderela é uma jovem ambiciosa cujos sonhos são maiores do que o seu mundo permite, mas com a ajuda de seu Fabuloso Fado Madrinho ela é capaz de perseverar e realizá-los.

Crítica: Com a proposta de apresentar uma nova e ousada abordagem musical do já conhecido conto de fadas, Cinderela, escrito e dirigido por Kay Cannon, produtora da franquia A Escolha Perfeita, traz a cantora e compositora cubana Camila Cabello no papel principal. Conhecida primeiramente pelo grupo Fifth Harmony e hoje em carreira solo, a artista, que acumula prêmios e bilhões de streams nas plataformas digitais, faz sua estreia nas telonas (leia-se Amazon Prime Video) como a gata borralheira. Seu talento musical, claro, é inegável; porém, sua atuação carece de carisma e de uma entrega mais robusta. Aliás, grande parte do elenco desta nova versão do clássico se apresenta caricato ou deslocado. Idina Menzel, sucesso na Broadway e que ganhou ainda mais destaque ao interpretar a canção Let it Go, da premiada animação Frozen, interpreta com exagero a madrasta; Nicholas Galitzine, o príncipe descolado, parece não ter entrado no personagem; e o onipresente James Corden, que também assina como um dos produtores, faz (mais uma vez) uma participação sem grande relevância. Entre todos, quem se destaca é Billy Porter, premiado pela série Pose, e que traz um Fabuloso Fado Madrinho deslumbrante e divertido; ponto alto do filme. Ainda que carregue um ritmo lento, o longa cresce por conta de alguns momentos musicais com canções já conhecidas do grande público, como por exemplo: Material Girl, da Madonna, You Gotta Be, de Des’ree, e Seven Nation Army, da dupla The White Stripes; mas nem assim consegue segurar a trama com empolgação. Vale destacar também a participação do rapper Doc Brown, que casa bem com a tal nova proposta de abordagem do clássico. Cinderela desliza na tentativa de passar uma mensagem mais empoderada; não pelo tema, algo extremamente necessário e relevante a ser cada vez mais debatido. Mas, pela falta de profundidade em tal discurso, que, neste caso, soa como algo mais forçado do que genuíno. Entende-se a necessidade (e a vontade) de dar um novo rumo para a história, já bem conhecida e retratada diversas vezes em outras produções, porém, se o objetivo é abordar temas como machismo, desigualdade e equidade de gênero, que o faça com mais veemência e qualidade, ainda que seja necessário introduzir uma linguagem mais coloquial para o público, já que a obra tem capacidade e apelo para um grande alcance de espectadores. Talvez ficaria mais interessante se esse roteiro fosse adaptado para os dias de hoje com elementos mais atuais, porém, com resquícios de um passado ainda mais injusto comandado por uma sociedade patriarcal. Na tentativa de se modernizar com peças relevantes da cultura pop (músicas e elenco, principalmente), Cinderela se mostra previsível até nas novidades apresentadas, sem empolgação e carisma. Faltou brilho e magia. (Vitor Búrigo)

Nota do CINEVITOR:

Morre, aos 82 anos, o ator Sergio Mamberti

por: Cinevitor
O ator na Mostra de São Paulo, em 2019.

Morreu na madrugada desta sexta-feira, 03/09, aos 82 anos, o ator, diretor, produtor, autor e artista plástico Sergio Mamberti. Segundo informações divulgadas por familiares, ele estava intubado com uma infecção nos pulmões e morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos. 

Nascido em 1939, em Santos, Sergio Duarte Mambert começou sua carreira em 1962 quando estreou profissionalmente em Antígone América, peça escrita por Carlos Henrique Escobar e dirigida por Antônio Abujamra. Formado em artes cênicas na EAD, Escola de Arte Dramática, fez parte do Grupo Decisão, e atuou em diversas obras. Nos palcos, recebeu o Prêmio Molière e o Prêmio Governador do Estado de São Paulo por sua atuação em O Balcão, de Jean Genet.

Na década de 1970, ao lado de seu irmão, o também ator Claudio Mamberti, revitalizou o Teatro Varanda, no qual apresentou diversas peças. Ao longo da carreira, participou de trabalhos marcantes nos palcos, como: Reveillon, montagem paulistana de Paulo José, no qual recebeu diversos prêmios, entre eles, o Troféu APCA; Hamlet, no papel de Rei Cláudio; Tartufo, de Molière, como Argan; O Amigo da Onça, dirigido por Paulo Betti; Pérola, autobiografia de Mauro Rasi, no qual recebeu os prêmios Mambembe e Sharp de melhor ator; entre muitos outros.

Ainda nos palcos, assinou como diretor em Luar em Preto e Branco, com texto de Lauro César Muniz, com Raul Cortez e Miriam Mehler no elenco; O Capataz de Salema, texto de Joaquim Cardozo, com Ítala Nandi e Chico Diaz, entre outros.

Na TV, sua estreia aconteceu no começo da década de 1960 na novela Ana, exibida na Record. Além de se destacar como o mordomo Eugênio, em Vale Tudo, de Gilberto Braga, na Rede Globo, que lhe rendeu o Troféu APCA de melhor ator coadjuvante, Sergio Mamberti marcou uma geração ao interpretar o personagem Dr. Victor na telessérie Castelo Rá-Tim-Bum, exibida nos anos 1990 na TV Cultura.

Personagem marcante: Dr. Victor em Castelo Rá-Tim-Bum.

Ainda nas telinhas, participou de outros sucessos, como: As Pupilas do Senhor Reitor, Brilhante, A História de Ana Raio e Zé Trovão, Pantanal, Anjo Mau, A Muralha, O Clone, Sabor da Paixão, Da Cor do Pecado, Desejo Proibido, O Astro, A Vida da Gente, Flor do Caribe, Sol Nascente, entre outros; além da série 3%, na Netflix.

Mamberti também se destacou no cinema e atuou em diversos filmes, entre eles: O Bandido da Luz Vermelha, Toda Nudez Será Castigada, À Flor da Pele, Rio Babilônia, Sonho Sem Fim, A Dama do Cine Shanghai, Perfume de Gardênia, O Homem do Pau-Brasil, Doces Poderes, Castelo Rá-Tim-Bum: O Filme, Brava Gente Brasileira, Xuxa Abracadabra, O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili e o ainda inédito O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte.

Além das artes, Sergio também teve uma carreira política de destaque. Participou da coordenação nacional do Comitê de Cultura do PT, Partido dos Trabalhadores. Durante o governo Lula, assumiu alguns cargos, entre eles, Secretário de Música e Artes Cênicas e Presidente da FUNARTE, Fundação Nacional de Artes.

Em 2008, recebeu o prêmio mais alto de nível cultural do país, a OMC, Ordem do Mérito Cultural. Dez anos depois, foi consagrado com o Grande Prêmio da Crítica APCA, além de ser homenageado pela ALESP, Assembleia Legislativa de São Paulo, no dia do ator.

Fotos: Mario Miranda/Agência Foto e Divulgação.

King Kong en Asunción

por: Cinevitor

Direção: Camilo Cavalcante

Elenco: Andrade Júnior, Ana Ivanova, Juan Carlos Aduviri, Fernando Teixeira, Georgina Genes, Ede Colina, Lucrecia Carrillo, Laura Marín, Maycon Douglas.

Ano: 2020

Sinopse: Um velho matador de aluguel está escondido no interior da Bolívia, na região desértica do Salar de Uyuni. Acabou de cometer o seu último assassinato. Após meses isolado, ele viaja para o interior do Paraguai onde recebe uma boa recompensa e segue para Asunción com o objetivo de encontrar a sua única filha, a qual nunca conheceu. Esta viagem por dentro de si mesmo, seguido apenas por sua fiel companheira, a morte, acaba despertando instintos primários no velho matador, que explode em fúria e desespero pelas ruas da capital paraguaia em busca de afeto, como o King Kong aturdido em New York.

*Filme visto no 48º Festival de Cinema de Gramado.

Nota do CINEVITOR:

10º Olhar de Cinema: cineasta palestino Kamal Aljafari ganha destaque na Mostra Foco

por: Cinevitor
Sete filmes do cineasta integram a mostra.

Depois de anunciar o filme de abertura, a décima edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias 6 e 14 de outubro, em formato on-line, acaba de anunciar o nome que ganhará destaque na mostra Foco: Kamal Aljafari.

A Foco destaca o trabalho de um/a novo/a autor/a, ainda não conhecido/a ou ao menos pouco visto/a no circuito de festivais brasileiros. Uma chance privilegiada para explorar uma obra ainda em formação e maturação, mas já dentro de um conjunto de filmes que contém a força necessária para lançar um nome a posição de autor/a do cinema contemporâneo.

Nesta edição, a mostra Foco apresentará o trabalho do cineasta palestino Kamal Aljafari, cujo último longa-metragem, Um Verão Incomum (An Unusual Summer), fará sua estreia sul-americana na programação do Olhar de Cinema depois de circular pelos mais importantes festivais do mundo, entre eles, Roterdã.

Em meio aos fragmentos de memórias e imagens de um povo confrontado com o signo do apagamento, o cinema de Aljafari apresenta capítulos de uma história inacabada que é, a um só tempo, pessoal e comunitária. Nascido na cidade de Ramla, em 1972, e há anos sediado na Alemanha, o realizador e artista palestino é detentor de uma filmografia poética marcada pela inquietude, colocando em cena diferentes modos de resistência frente às tentativas sistemáticas de destruição dos sujeitos, lugares e campo simbólico que atestam uma existência palestina.

Em quase duas décadas de carreira, o diretor empreende uma investigação minuciosa sobre as formas e políticas das imagens em seus jogos de poder, sobre aquilo que é visto e o que foi tornado invisível, entre ruínas materiais e memoriais que são interpeladas a partir da mesa de montagem. Seu conjunto de obras, composto pelos quatro longas-metragens que integram a mostra Foco e três curtas, tem uma filiação principal ao universo do documentário, ainda que mobilize uma gama de procedimentos e formatos diversos no diálogo com as artes visuais, o ensaio e o experimental.

A Foco contará também com uma Conversa Aberta com Kamal Aljafari, mediada por Carla Italiano e Carol Almeida. Já os três curtas que completam a mostra, estarão disponíveis no canal do YouTube do Olhar de Cinema durante o festival.

Conheça os filmes de Kamal Aljafari que serão exibidos no 10º Olhar de Cinema:

LONGAS-METRAGENS

O Telhado (Al Sateh) (2006)
Porto da Memória (Minaa Al Zakira) (2009)
Recordação (Istiaada) (2015)
Um Verão Incomum (Un Unusual Summer) (2021)

CURTAS-METRAGENS

Balconies (2007)
Long Way From Amphioxus (2019)
Visit Iraq (2003)

Foto: Divulgação.

BrLab 2021: conheça os projetos selecionados para a categoria BrLab CoPro

por: Cinevitor
Projeto Gente de Bem, de Cíntia Domit Bittar: selecionado.

Atualmente, o BrLab é o único evento de mercado audiovisual no Brasil que recebe projetos de toda América Latina e Península Ibérica e que agrega diferentes workshops e encontros internacionais em sua programação.

Depois de anunciar os selecionados para o laboratório de desenvolvimento de projetos de longa-metragem de ficção, chamado BrLab Features, foram revelados os projetos do BrLab CoPro, nova categoria do BrLab, que visa atender uma crescente demanda de projetos que se encontram em etapa avançada de desenvolvimento e com financiamento parcial, buscando coprodução.

A 1ª edição do BrLab CoPro acontecerá durante o BrLab, entre os dias 18 e 22 de outubro, com programação on-line por conta da pandemia de Covid-19. As atividades são dedicadas à promoção de encontros entre projetos de longa-metragem latino-americanos e profissionais do mercado internacional, potenciais coprodutores, canais, distribuidores, festivais e fundos de diversos locais do mundo.

Rafael Sampaio, diretor do BrLab, falou sobre a nova categoria: “Ao longo dos últimos anos, o BrLab já vinha promovendo encontros e rodadas de negócios para os projetos selecionados que cresceram em quantidade e interesse nas últimas edição. Ao mesmo tempo, com a interrupção de programas federais de financiamento no Brasil, e em outros países da América Latina, vimos crescer a quantidade de filmes financiados parcialmente, que não conseguem encontrar no seu país um caminho para completar todo o orçamento necessário para a produção, que geralmente reúne diferentes fontes e formas de financiamento. A criação do BrLab CoPro quer atender uma parte dessa produção represada através da promoção de encontros estratégicos de coprodução, e também com distribuidores, agentes de vendas, festivais, mercados e laboratórios que possam fortalecer os projetos e acelerar a sua realização”

Os projetos brasileiros de ficção participantes do BrLab CoPro concorrem ainda ao Prêmio Paradiso de mil dólares, que deve ser utilizado no desenvolvimento, financiamento e internacionalização do projeto. O estímulo é oferecido pelo Projeto Paradiso, iniciativa filantrópica de apoio aos talentos do audiovisual nacional.

Além de reuniões individuais entre os projetos selecionados e profissionais cuidadosamente selecionados, o BrLab CoPro realizará também atividades abertas ao público, transmitidas ao vivo e promovidas em parceria com Show me the Fund, projeto realizado por Brazilian Content, Cinema do Brasil e Projeto Paradiso, que aproxima profissionais do audiovisual de fundos internacionais. O BrLab CoPro conta ainda com o apoio da Embaixada da França no Brasil e do Governo Britânico no Brasil para organização de algumas atividades específicas de aproximação com produtores e profissionais dos respectivos países.

Conheça os projetos selecionados para o 1º BrLab CoPro:

1989 (Argentina)
Direção: Karina Minujin
Roteiro: Diego Lerman, Karina Minujin e Paula Markovitch
Produção: Nicolás Avruj e Campo Cine

Animales (Chile)
Direção: Andrés Waissbluth
Roteiro: Alicia Scherson
Produção: Felipe Azúa, Retaguardia Filmes e Avispa Cine

A Procura de Martina (Brasil, RJ)
Direção: Márcia Faria
Roteiro: Gabriela Amaral Almeida
Produção: Rodrigo Letier, Ipanema Filmes e Kromaki

Gente de Bem (Brasil, SC)
Direção e roteiro: Cíntia Domit Bittar
Produção: Ana Paula Mendes e Novelo Filmes

Irmãos Caraíba (Brasil, SP/PE)
Direção e roteiro: Eduardo Morotó
Produção: Leonardo Mecchi, Alexandre Soares Taquary, Enquadramento Produção e Taquary Filmes

O Deserto de Akin (Brasil, ES)
Direção e roteiro: Bernard Miranda Lessa
Produção: Ursula Dart Brottel, Bernard Miranda Lessa, Ladart Filmes e Rede Filmes

Olhe para Mim (Brasil, AL)
Direção e roteiro: Rafhael Barbosa
Produção: Felipe Guimarães e La Ursa Cinematográfica

Pssica (Brasil, SP)
Direção: Quico Meirelles
Roteiro: Bráulio Mantovani e Fernando Garrido
Produção: Fernando Meirelles e Andrea Barata Ribeiro, O2 Filmes

Salomé (Brasil, PE)
Direção e roteiro: André Antônio
Produção: Dora Amorim, Júlia Machado, Thaís Vidal e Ponte Produtora

Silêncio (Brasil, SP/RJ/BA)
Direção e roteiro: Henrique Dantas
Produção: Eliane Ferreira, Muiraquitã Filmes e Hamaca Produções

Solina (Brasil, GO)
Direção: Larissa Fernandes
Roteiro: Larissa Fernandes e Cauê Brandão
Produção: Lidiana Reis, Milena Ribeiro e Panaceia Filmes

Uma História de Vingança (Brasil, SP)
Direção e roteiro: Luan Filippo Oldenbrock
Produção: Sara Silveira, Dezenove Som e Imagens

Yellow Cake (Brasil, PE)
Direção e roteiro: Tiago Melo
Produção: Leonardo Sette, Carol Ferreira e Lucinda Produtora

Foto: Divulgação/Novelo Filmes.

O Dia da Posse, de Allan Ribeiro, será o filme de abertura do 10º Olhar de Cinema

por: Cinevitor
Filme de abertura: estreia mundial no festival.

A décima edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias 6 e 14 de outubro, em formato on-line, acaba de anunciar o filme de abertura deste ano: O Dia da Posse, dirigido pelo cineasta carioca Allan Ribeiro.

Na trama, Brendo quer ser presidente do Brasil. Enquanto esse dia não chega, ele estuda direito, faz vídeos para as redes, sonha com novas conquistas e se imagina em um reality show, durante a pandemia. O filme fará sua estreia mundial no festival que destaca o cinema brasileiro contemporâneo

A trajetória de Allan, cineasta de carreira consolidada, se encontra com a do festival em seus dez anos de história; em 2015, o diretor esteve no Olhar com o documentário Mais do que Eu Possa me Reconhecer (clique aqui e relembre nossa matéria especial sobre o filme na quarta edição do evento): “O Dia da Posse é um filme que, embora atravessado pela pandemia, não se resume a ela: reimagina um Brasil outro”, comenta Antônio Jr, diretor do festival. 

O Olhar de Cinema busca destacar e celebrar o cinema independente produzido no mundo. São propostas estéticas inventivas, envolventes e com comprometimento temático, que abrange desde a abordagem de inquietações contemporâneas acerca do microuniverso cotidiano de relacionamentos, até interpretações e posicionamentos sobre política e economia mundial.

Ao todo, a programação terá sete mostras: Competitiva, Novos Olhares, Outros Olhares, Olhares Brasil, Exibições Especiais, Mostra Foco e Mirada Paranaense.

Foto: Divulgação.

Marieta Severo será homenageada no 25º Inffinito Film Festival

por: Cinevitor
Homenageada: em cena no filme Noites de Alface, de Zeca Ferreira.

A 25ª edição do Inffinito Film Festival, o maior e mais importante festival de cinema brasileiro realizado no exterior, acontecerá entre os dias 4 e 18 de setembro e terá Marieta Severo como homenageada com uma mostra especial dedicada à sua obra.

Seis filmes emblemáticos estrelados pela atriz serão exibidos no Brasil e em todo o território americano, de Porto Rico ao Alasca, entre eles, seu mais recente longa, recém-lançado nos cinemas brasileiros, em junho deste ano, Noites de Alface, de Zeca Ferreira. Vale lembrar que para assistir gratuitamente aos longas-metragens, será necessário fazer um cadastro simples na plataforma de streaming.

Marieta Severo foi a primeira convidada da primeira edição do Inffinito Film Festival, em 1997, e apresentou em Miami o então recém-lançado Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, de Carla Camurati, filme que marca a retomada do cinema brasileiro pós governo Collor. Agora, 25 anos depois, as diretoras da Inffinito, Adriana L. Dutra, Cláudia Dutra e Viviane Spinelli homenageiam a atriz, que tem em sua filmografia 34 longas-metragens: “A Marieta representa a força do cinema brasileiro. A força da retomada, simbolizada pelo filme Carlota Joaquina, e também a força feminina, com papeis tão marcantes e potentes. Pra gente, é uma honra levar a obra da Marieta para todos os Estados Unidos e também para o público brasileiro, numa mostra on-line gratuita”, disse Adriana L. Dutra.

Marieta Severo participará também de uma live, no dia 14 de setembro, às 20h, no Instagram oficial da Inffinito (clique aqui), e conversará com Adriana L. Dutra sobre a cultura no Brasil, sua vida, carreira e trajetória no cinema brasileiro nesses últimos 25 anos.

Conheça os filmes da Mostra Homenagem Marieta Severo, que ficarão disponíveis por 24 horas a partir das datas indicadas:

Vendo ou Alugo, de Betse de Paula (2013)
Data e horário de exibição: 5 de setembro, às 23h

Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, de Carla Camurati (1995)
Data e horário de exibição: 9 de setembro, às 23h

A Dona da História, de Daniel Filho (2004)
Data e horário de exibição: 10 de setembro, às 23h

Cazuza – O Tempo Não Pára, de Sandra Werneck e Walter Carvalho (2004)
Data e horário de exibição: 11 de setembro, às 23h

Noites de Alface, de Zeca Ferreira (2021)
Data e horário de exibição: 16 de setembro, às 23h

Com Licença, Eu Vou à Luta, de Lui Farias (1986)
Data e horário de exibição: 17 de setembro, às 23h

O Inffinito Film Festival terá uma extensa programação, em formato híbrido, com exibições de filmes e shows presenciais ao ar livre em Nova York e Miami e sessões de cinema on-line através do site oficial.

*Clique aqui e confira a lista completa com os selecionados para o Inffinito Film Festival 2021.

Foto: Divulgação/Afinal Filmes.

6º Festival Internacional de Cinema LGBTI+ exibirá curtas e longas na plataforma Sesc Digital

por: Cinevitor
Rory O’Neill no longa A Rainha da Irlanda, de Conor Horgan.

A sexta edição do Festival Internacional de Cinema LGBTI+ acontecerá entre os dias 2 e 8 de setembro na plataforma Sesc Digital (clique aqui) com exibição gratuita de 20 filmes, de 16 países, cuidadosamente selecionados para dar visibilidade e promover a pauta LGBTQIA+ através do cinema.

O público brasileiro poderá assistir onze longas e 9 curtas-metragens, de diversas nacionalidades e idiomas, todos com legendas em português. A luta pelos direitos das pessoas LGBTQIA+, a descoberta da própria identidade, a homofobia e transfobia, o amor entre idosos e a luta contra os convencionalismos sociais e culturais são alguns dos temas trazidos pela seleção de filmes deste ano.

A programação conta com títulos premiados, entre eles: Pequena Garota, de Sébastien Lifshitz, exibido no Festival de Berlim e eleito o melhor documentário francês pelo Sindicato de Críticos de Cinema da França; Uma Família Perfeitamente Normal, de Malou Reymann, premiado no Festival de Roterdã; Cocoon, de Leonie Kippendorf, indicado ao Teddy Award em Berlim; entre outros. Vale lembrar que alguns títulos possuem limite de visualização.

Além das exibições em streaming, no dia 8 de setembro, às 19h, o festival realizará um encontro on-line e ao vivo com representantes dos curtas brasileiros Os Últimos Românticos do Mundo, Inabitáveis e Marie, no canal do Festival Curta Brasília (clique aqui).

Por mais um ano, missões diplomáticas em Brasília se unem para produzir o festival e, por meio dele, embaixadas e instituições participantes reafirmam o seu compromisso com a igualdade e a dignidade de todos os seres humanos, independentemente da sua orientação sexual e identidade de gênero. O evento é realizado pela Delegação da União Europeia e do Sesc São Paulo.

Desde junho de 2020, o CineSesc realiza a série Cinema #EmCasaComSesc, na plataforma Sesc Digital. A iniciativa de oferecer gratuitamente filmes em streaming reforça os aspectos que ancoram a ação institucional do Sesc São Paulo, garantindo o acesso a conteúdos da cultura a variados públicos. Com maior presença no ambiente on-line, o Sesc amplia sua ação de difusão cultural, de maneira acessível e permanente. O público ganha assim mais um espaço para contemplar, descobrir e redescobrir o cinema, a partir de grandes obras selecionadas, disponibilizadas online e gratuitamente. A curadoria do Cinema #EmCasaComSesc conta com a experiência do CineSesc, que segue fechado por conta da pandemia de Covid-19.

Confira a programação completa com os filmes selecionados do 6º Festival Internacional de Cinema LGBTI+:

2 a 4 de setembro (disponíveis por 48 horas)

Algo no Armário (Something in the Closet), de Nosa Eke (Reino Unido)
Beyto, de Gitta Gsell (Suíça)
Dia de Salão (Ladies Day), de Abena Taylor-Smith (Reino Unido)
Meu Nome é Violeta (Me llamo Violeta), de David Fernández e Marc Parramon (Espanha)
Um Outro Sonho (Another Dream), de Tamara Shogaolu (Holanda)

5 de setembro, às 20h (disponível por 24 horas)

Erik & Erika, de Reinhold Bilgeri (Áustria)

5 a 7 de setembro (disponíveis por 48 horas)

A Casa dos Homens (House of Boys), de Jean-Claude Schlim (Reino Unido)
A Rainha da Irlanda (The Queen of Ireland), de Conor Horgan (Irlanda)
Amores Livres (Amours Libres), de Emily Worms (Bélgica)
Cocoon (Kokon), de Leonie Kippendorf (Alemanha)
Meu Pai Marianne (Min pappa Marianne), de Mârten Klingberg (Suécia)
No Meu Caminho (On My Way), de Sonam Larcin (Bélgica)
Pequena Garota (Petite fille), de Sébastien Lifshitz (França)

6 a 8 de setembro (disponíveis por 48 horas)

Moroni para Presidente (Moroni for President), de Saila Huusko e Jasper Rischen (EUA)
Queer: Crianças da Favela, de Peter Serge Butko (República Checa)
Uma Família Perfeitamente Normal (En helt almindelig familie), de Malou Reymann (Dinamarca)
Zen Sobre o Gelo Sutil (Zen sul ghiaccio sottile), de Margherita Ferri (Itália)

MOSTRA PROVOCAÇÕES (2 a 8 de setembro)
*Corpos, memórias e afetos; em parceria com o Festival Curta Brasília

Inabitáveis, de Anderson Bardot (ES)
Marie, de Leo Tabosa (PE)
Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (PE)

*O 6º Festival Internacional de Cinema LGBTI+ é coordenado pelas Embaixadas da Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido e Suécia e produzido pelas embaixadas da Alemanha, Austrália, Áustria, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Irlanda, Itália, Países Baixos e Suíça, assim como pelo British Council e pelo Wallonie – Bruxelles International no Brasil, em correalização da Delegação da União Europeia no Brasil e do Sesc São Paulo. Conta também com o apoio do Festival Curta Brasília e da UNAIDS.

Foto: Divulgação.

W. J. Solha será homenageado no 16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

por: Cinevitor
O homenageado em cena de O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho.

O escritor, contista, roteirista, cordelista, produtor, dramaturgo, diretor, ator e artista plástico W. J. Solha será homenageado na 16ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá entre os dias 9 e 15 de dezembro, em formato híbrido na rede Cinépolis, no Manaíra Shopping, em João Pessoa, e pela plataforma Aruanda Play.

Solha receberá o Troféu Aruanda pelo conjunto da obra e pela passagem de seus 80 anos em 2021. Sobre a decisão do festival pela homenagem, ele se pronunciou através de um texto enviado à produção do evento em que afirmou em tom bem-humorado: “Bom, é a primeira vez que faço oitenta anos e está cedo, ainda, pra dizer alguma coisa a respeito. Mas ao saber, através de Lúcio Vilar, dessa homenagem do Fest Aruanda, pela data, começo a pensar que tudo valeu a pena e, mais ainda, ir em frente. Caramba, como foi bom ver minha antiga cria literária A Canga virar o grande curta de Marcus Vilar e ser o velho camponês desesperado pela miséria, de seu filme!”.

Sobre o fato de ter sido dirigido por Kleber Mendonça Filho, reiterou a importância do filme, premiado e coroado pela crítica, além de outras experiências que precederam o longa-metragem pernambucano: “Que grande experiência ter participado, como rico empresário pernambucano, do elenco de O Som ao Redor, do Kleber Mendonça Filho! Como foi gostoso ter sido o dono do casarão do pai de Ariano Suassuna, no Antoninha, de Laércio Filho. Como valeu a pena ter produzido, com José Bezerra Filho e o povo de Pombal, o primeiro longa paraibano de ficção, O Salário da Morte, do Linduarte Noronha, em que fiz o papel de matador de aluguel, quando, na vida real, acabara de escapar de um!”, relatou.

Uma decisão difícil, segundo ele, ocorreu em 2010, de não mais “dar uma de ator”, da mesma forma que fora difícil, em 1988, deixar de fazer teatro e, em 2004, de pintar: “Mas, em retribuição a tudo e muito mais que devo à Paraíba, entrego-lhe, agora, como resultado dessa minha dedicação exclusiva aos livros, pela editora Arribaçã, de Cajazeiras, e esperando que esteja à altura da terra do Augusto dos Anjos, meu novo tratado poético-filosófico, 1/6 de Laranjas Mecânicas, Bananas de Dinamite. E que venham outros oitenta!”, exultou o homenageado

Solha tem vários romances, alguns premiados nacionalmente, como Israel Rêmora, A Batalha de Oliveiros e Relato de Prócula, além de vários poemas longos, dos quais o último, Vida Aberta, foi finalista do Jabuti, como teve sua História Universal da Angústia finalista em 2006, com prêmio da União Brasileira de Escritores, do Rio, do mesmo ano.

Além disso, o homenageado tem muitos quadros, entre os quais A Ceia, do Sindicato dos Bancários da Paraíba, e o painel Homenagem a Shakespeare, no auditório da reitoria da UFPB. Fez várias peças teatrais, entre as quais Papa-Rabo, baseada em Fogo Morto, de Zé Lins, grande sucesso de Fernando Teixeira. E mais: várias parcerias marcantes na área da música, dentre as quais Cantata pra Alagamar, de José Alberto Kaplan; a ópera armorial Dulcinéia e Trancoso, de Eli-Eri Moura; e Oratório Via-Sacra, de Ilza Nogueira.

Como ator teatral, foi Pilatos por três anos no Auto de Deus, de Everaldo Pontes e, na tela grande, obteve o prêmio de melhor ator coadjuvante pelos trabalhos nos longas Era Uma Vez Eu, Verônica, de Marcelo Gomes, no Festival de Brasília, e em O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, no Festival de Porto Alegre.

É lembrado também pelo curta A Canga, de Marcus Vilar, e a produção, com José Bezerra Filho e o povo de Pombal, do primeiro longa paraibano de ficção em 35 mm, O Salário da Morte, dirigido por Linduarte Noronha, em 1969. Em breve será lançado seu tratado poético-filosófico 1/6 de Laranjas Mecânicas, Bananas de Dinamite.

Vale lembrar que as inscrições para a 16ª edição do Fest Aruanda seguem abertas até 20 de setembro. Clique aqui e saiba mais.

Foto: Reprodução/YouTube.

Shorts México 2021: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta O Barco e o Rio, de Bernardo Ale Abinader.

A 16ª edição do Shorts México – Festival Internacional de Cortometrajes de México acontecerá entre os dias 1 e 8 de setembro. Neste ano, filmes do mundo todo foram inscritos e a programação contará também com atividades paralelas, como concurso de roteiro e pitching.

Realizado na Cidade do México, desde 2006, e fundado por Jorge Magaña, o evento é certificado pela AMACC, Academia Mexicana de Artes e Ciências Cinematográficas; a direção de programação é assinada pelo produtor Isaac Basulto. O júri será formado por mais de 40 membros e alguns nomes já estão confirmados, como: a atriz Danae Reynaud, o ator Armando Espitia e o cineasta Rodrigo Ruiz Patterson.

Além de promover o cinema mexicano, com mostras temáticas e homenagens, o festival também apresenta produções de vários países. Nesta edição, filmes brasileiros, entre eles, dois amazonenses, se destacam em diversas categorias.

Conheça os curtas-metragens brasileiros selecionados para o 16º Shorts México:

A Terra em que Pisar, de Fáuston da Silva (DF)
Inabitável, de Enock Carvalho e Matheus Farias (PE)
Manaus Hot City, de Rafael Ramos (AM)
O Barco e o Rio, de Bernardo Ale Abinader (AM)
Prata, de Lucas Melo (RJ)
Same/Different/Both/Neither, de Adriana Barbosa e Fernanda Pessoa (SP/EUA)
Vagalumes, de Léo Bittencourt (RJ)

Foto: Divulgação.

Conheça os vencedores do 4º FestCine Pedra Azul

por: Cinevitor
Premiado: cena do curta Não me Esqueças, Me Ame para Sempre.

Foram anunciados neste domingo, 29/08, em uma cerimônia virtual, os vencedores da quarta edição do Fest Cine Pedra Azul – Festival Internacional de Cinema, que aconteceu, novamente, em formato on-line por conta da pandemia de Covid-19.

Neste ano, entre os longas-metragens, o pernambucano A Morte Habita à Noite, de Eduardo Morotó, foi o grande vencedor com seis prêmios, entre eles, o de melhor filme e direção. Já entre os curtas, Não me Esqueças, Me Ame para Sempre, de Guilherme Andrade, foi consagrado em cinco categorias.

Com direção de Marcoz Gomez e produção executiva de Lucia Caus, o festival exibiu 37 filmes, entre longas e curtas-metragens, de diversos gêneros, além de webséries, que disputaram o Troféu Rota do Lagarto. O filme mais assistido desta edição foi o longa O Olhar de Edite, de Daniel Fagundes, com 814 espectadores.

O homenageado deste ano foi Paulo Betti, um dos atores mais talentosos do Brasil e que transita com versatilidade entre o teatro, o cinema e a televisão. Ao longo da carreira, participou de dezenas de filmes, novelas e espetáculos, além de vários trabalhos como diretor, tanto no cinema quanto no teatro.

Conheça os vencedores do 4º Fest Cine Pedra Azul:

MELHOR LONGA-METRAGEM
A Morte Habita à Noite, de Eduardo Morotó (PE)

MELHOR DIREÇÃO | LONGA-METRAGEM
Eduardo Morotó, por A Morte Habita à Noite, e Luan Cardoso, por Ménage

MELHOR ROTEIRO | LONGA-METRAGEM
A Morte Habita à Noite, escrito por Eduardo Morotó

MELHOR ATOR | LONGA-METRAGEM
Roney Villela, por A Morte Habita à Noite

MELHOR ATRIZ | LONGA-METRAGEM
Mariana Nunes, por A Morte Habita à Noite

MELHOR FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM
A Morte Habita à Noite, por Marcelo Martins Santiago, e Ménage, por Luan Cardoso e Vinicius Duran

MELHOR CURTA-METRAGEM
Não me Esqueças, Me Ame para Sempre, de Guilherme Andrade (SP)

MELHOR DIREÇÃO | CURTA-METRAGEM
Guilherme Andrade, por Não me Esqueças, Me Ame para Sempre

MELHOR ROTEIRO | CURTA-METRAGEM
Não me Esqueças, Me Ame para Sempre, escrito por Guilherme Andrade

MELHOR ATOR | CURTA-METRAGEM
Erom Cordeiro, por Besta-Fera

MELHOR ATRIZ | CURTA-METRAGEM
Zezita Matos, Tuna Dwek e Fernanda Viacava, por Não me Esqueças, Me Ame para Sempre

MELHOR FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM
Não me Esqueças, Me Ame para Sempre, por André Tashiro

MELHOR DOCUMENTÁRIO
É Capixaba, de Gustavo Marcolino (ES)

MELHOR LONGA-METRAGEM INTERNACIONAL
Items of Interest, de Scott Hellon (EUA)

MELHOR CURTA-METRAGEM INTERNACIONAL
Being Brave, de Joffre Faria Silva (Canadá)

MELHOR WEBSÉRIE
58 Segundos, de JJ Erenberg, Juliana Del Rosso (aka Jota Del Rosso), Bia Erenberg, Paula Weiss, Fernando Farias e Flavio Langoni (SP) e Valerianas, de Renan Amaral (RJ)

Foto: Kenzo Sanematsu.