
A 11ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá em formato híbrido entre os dias 1º e 9 de junho, anunciou novos títulos na programação, além do homenageado na mostra Foco, parte do festival que destaca cineastas que merecem ser descobertos pelo público brasileiro.
As sessões de abertura e encerramento privilegiam obras contemporâneas nacionais. O filme de abertura será Vai e Vem, dirigido por Chica Barbosa e Fernanda Pessoa, no qual duas amigas, uma no Brasil e outra nos Estados Unidos, trocam cartas fílmicas durante o primeiro ano de pandemia.
Dirigido por Telmo Carvalho, Todo Mundo Já Foi pra Marte será o longa de encerramento da 11ª edição do Olhar de Cinema, propondo não só uma viagem, em formato de animação, por sensações e experiências pessoais com a pandemia, mas imaginando e sonhando outras possibilidades de mundo em um fluxo de cores, formas e desejos.
O nome deste ano da mostra Foco é o diretor boliviano Kiro Russo. Um dos expoentes do cinema contemporâneo boliviano, o cineasta nasceu em La Paz, em 1984, e produziu e dirigiu até aqui dois longas e quatro curtas-metragens, exibidos em diversos festivais internacionais. Neste conjunto enxuto de filmes, mas já bastante consistente, Russo tem apresentado um estilo atento à observação dos movimentos urbanos e rurais na Bolívia, mesclando a cosmologia indígena ao acelerado ritmo da urbanização no país.
Seu trabalho caminha nas fronteiras entre o documentário e a ficção com impressionante precisão, domínio e rigor formal, marcado por parcerias criativas com as comunidades e os sujeitos registrados. Focada nessa trajetória que a programação do Olhar de Cinema dedica os três programas da Mostra Foco deste ano, destacando os curtas-metragens Enterprisse (2011), Juku (2012), A besta (La bestia) (2015) e Nova vida (Nueva vida) (2015), dirigidos por Russo, junto com Despedida, realizado por Pablo Paniagua, diretor de fotografia de todos os filmes do diretor.
Completam a programação os dois longas do diretor: o aclamado Velho Caveira (Viejo calavera), de 2016, premiado no Festival de Locarno, IndieLisboa e Cartagena; e O Grande Movimento (El gran movimiento), que foi o representante da Bolívia no Oscar 2022 e ganhou o Prêmio Especial do Júri na mostra Orizzonti do Festival de Veneza, em 2021, que terá sua estreia no Brasil nesta 11ª edição do Olhar de Cinema.
*Clique aqui e conheça os selecionados da mostra Exibições Especiais, aqui para conhecer os primeiros longas selecionados e aqui para conhecer os primeiros curtas.
Foto: Divulgação.