Como Nossos Pais, de Laís Bodanzky, é selecionado para o Festival de Berlim 2017

por: Cinevitor

nossospaisberlimMaria Ribeiro em cena: história retrata a mulher contemporânea brasileira.

A 67ª edição do Festival de Berlim acaba de anunciar mais dois filmes brasileiros em sua programação: Como Nossos Pais, de Laís Bodanzky, que terá sua estreia mundial na edição deste ano, que acontecerá entre os dias 9 e 19 de fevereiro; e também o curta-metragem em animação Vênus – Filó a Fadinha Lésbica, de Sávio Leite. Com esses, o cinema brasileiro soma 12 produções na Berlinale.

Estrelado por Maria Ribeiro, Paulo Vilhena, Sophia Valverde, Annalara Prates, Clarisse Abujamra e Jorge Mautner, Como Nossos Pais integra a programação da mostra Panorama Special. O anúncio, feito nesta quarta-feira, 25/01, destaca a  atuação dos personagens com suas “paixões individuais e delírios existenciais encenados com uma naturalidade sublime”.

“A estreia mundial é sempre muito importante para um filme, porque define o rumo que ele pode tomar. Ter a oportunidade de exibir Como Nossos Pais em um festival da linha A como o de Berlim é realmente uma grande conquista”, afirma Laís. Esse é o quarto longa-metragem da diretora, que festeja também o momento vivido pelo cinema brasileiro no festival alemão “Como Nossos Pais é mais um filme nacional anunciado em Berlim, um recorde num evento desse porte. Fico muito feliz de fazer parte desse momento”, finaliza.

“Ter o filme da Laís na seleção oficial do Festival de Berlim nos traz duas grandes alegrias. A primeira é perceber o quanto o cinema dela está em sintonia com os temas e as discussões que serão abordados neste ano na Berlinale e a segunda é a possibilidade de construir uma linda carreira para o Como Nossos Pais no mercado internacional. Realizar a estreia mundial em Berlim e ainda contar com a Wild Bunch como nossa representante internacional de vendas nos coloca numa excelente posição para o ano de 2017”, disse o produtor Fabiano Gullane.

O longa conta a história de Rosa, interpretada por Maria Ribeiro, uma mulher dividida entre o cuidado com as filhas, os afazeres domésticos, a convivência com o marido e a relação conflituosa com a mãe. Em meio a tantos afazeres, ela começa a questionar a sua rotina.

O curta de Sávio Leite é inspirado em um poema de Hilda Hilst e conta com a narração de Helena Ignez. Segundo o comunicado oficial do festival, “o curta-metragem de animação Vênus – Filó a Fadinha Lésbica encerra a forte presença do Brasil na edição deste ano da mostra Panorama”.

Vale lembrar que o cinema brasileiro também estará representado na mostra Panorama com Vazante, de Daniela Thomas; No Intenso Agora, de João Moreira Salles; e Pendular, de Julia Murat; na Competição Oficial com Joaquim, de Marcelo Gomes; na mostra Forum, com Rifle, de Davi Pretto; na mostra Generation, com Mulher do Pai, de Cristiane Oliveira; As Duas Irenes, de Fabio Meira; Não Devore Meu Coração, de Felipe Bragança; e com o curta Em Busca da Terra Sem Males, de Anna Azevedo; e na seção Berlinale Shorts, com o curta Estás Vendo Coisas, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca.

Conheça os novos filmes selecionados para a mostra Panorama:

1945, de Ferenc Török (Hungria)
Berlin Syndrome, de Cate Shortland (Austrália)
Bing Lang Xue (The Taste of Betel Nut), de Hu Jia (Hong Kong/China)
Call Me by Your Name, de Luca Guadagnino (Itália/França)
Ciao Ciao, de Song Chuan (França/China)
Como Nossos Pais (Just Like Our Parents), de Laís Bodanzky (Brasil)
Discreet, de Travis Mathews (EUA)
Fluidø, de Shu Lea Cheang (Alemanha)
Fra balkongen (From the Balcony), de Ole Giaever (Noruega)
Ghost in the Mountains, de Yang Heng (China)
God’s Own Country, de Francis Lee (Reino Unido)
Headbang Lullaby, de Hicham Lasri (Marrocos/França/Qatar/Líbano)
Hostages, de Rezo Gigineishvili (Rússia/Geórgia/Polônia)
Insyriated, de Philippe Van Leeuw (Bélgica/França/Líbano)
Karera ga Honki de Amu toki wa (Close-Knit), de Naoko Ogigami (Japão)
Kaygı (Inflame), de Ceylan Özgün Özçelik (Turquia)
Kongens Nei (The King’s Choice), de Erik Poppe (Noruega/Suécia/Dinamarca/Irlanda)
The Misandrists, de Bruce LaBruce (Alemanha)
One Thousand Ropes, de Tusi Tamasese (Nova Zelândia)
Pieles (Skins), de Eduardo Casanova (Espanha)
Rekvijem za gospodju J. (Requiem for Mrs. J.), de Bojan Vuletić (Sérvia/Bulgária/República da Macedônia/Rússia/França)
Tiger Girl, de Jakob Lass (Alemanha)
Vaya, de Akin Omotoso (África do Sul)
When the Day Had no Name, de Teona Mitevska (República da Macedônia/Bélgica/Eslovênia)

SUPPORTING FILM:
Vênus – Filó a fadinha Lésbica (Venus – Filly the Lesbian Little Fairy), de Sávio Leite (Brasil)

Foto: Priscila Prade.

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