Benzinho, de Gustavo Pizzi, será o representante brasileiro na disputa pelo Prêmio Goya 2019

por: Cinevitor

benzinhogoya2019Elenco do filme em cena: premiado em Gramado recentemente.

Em cartaz em seis países simultaneamente, Benzinho, dirigido por Gustavo Pizzi, foi escolhido para representar o Brasil nos prêmios Goya, importante premiação realizada pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha, que acontece desde 1987.

O longa conta a história de Irene, vivida por Karine Teles, que mora com o marido Klaus, papel de Otávio Müller, e seus quatro filhos nos arredores do Rio de Janeiro. Entre os empreendimentos sem sucesso do parceiro e os problemas da irmã, interpretada por Adriana Esteves, Irene se desdobra para ajudar a todos e dar atenção aos filhos. Mas é quando seu primogênito Fernando, vivido por Konstantinos Sarris, ator grego em sua estreia nos cinemas, é convidado para jogar handebol na Alemanha, que ela terá que lidar com o maior de seus problemas, a despedida antes do previsto.

Benzinho disputará uma vaga entre os quatro finalistas na categoria de melhor filme ibero-americano na 33ª edição do Prêmio Goya, conhecido como o Oscar espanhol, que acontecerá no dia 2 de fevereiro, na cidade de Sevilha. A escolha foi feita nesta quarta-feira, 12/09, na sede da ANCINE, no centro do Rio de Janeiro, por uma comissão de seleção composta de profissionais indicados por diversas entidades do setor audiovisual.

Participaram da comissão: Josiane Osório de Carvalho, por indicação do Fórum dos Festivais; Marcelo Pimentel Müller, por indicação da Associação Brasileira de Críticos de Cinema, ABRACCINE; João Daniel Sequeira Tikhomiroff, por indicação do Programa Brasil de Cinema; Adriana de Lucena Navais Dutra, por indicação da Academia Brasileira de Cinema; e Gustavo Ferreira Rolla, por indicação da ANCINE.

“Após debate sobre os filmes inscritos, a Comissão de Seleção propôs Benzinho como representante brasileiro a ser indicado ao Prêmio Goya de melhor filme ibero-americano, por ser uma obra cinematográfica com consistente marca autoral, força criativa ao apresentar um universo genuinamente brasileiro e capacidade de se comunicar com plateias de todo o mundo”, diz a ata.

Benzinho teve sua estreia mundial na competição do Festival de Sundance e participou da mostra Voices no Festival de Roterdã. Venceu o prêmio de melhor filme pelo júri e pela crítica do Festival de Málaga e pelo júri do Festival de Cinema Luso-brasileiro de Santa Maria da Feira. Também participou dos festivais de Gotemburgo, São Francisco, Washington DC, Berkshire, Provincetown, Edimburgo, Festival Internacional do Cinema Latino de Los Angeles, Festival de Karlovy Vary, na República Checa, e no Rooftop Films Summer Series.

Neste ano, na 46ª edição do Festival de Cinema de Gramado, saiu premiado com quatro kikitos: melhor atriz para Karine Teles, melhor atriz coadjuvante para Adriana Esteves e melhor filme segundo o Júri Popular e o Júri da Crítica. Vendido para mais de 20 países, Benzinho está sendo exibido simultaneamente no Brasil, México, Polônia, Republica Tcheca, Espanha e Holanda.

O longa de Gustavo Pizzi foi escolhido entre outras 20 produções habilitadas e analisadas. Os demais filmes inscritos foram: A Filosofia na Alcova, de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez; A Moça do Calendário, de Helena Ignez; A Tecnologia Social, de Patricia Innocenti; Antes que Eu Me Esqueça, de Tiago Arakilian; Dedo na Ferida, de Silvio Tendler; Ferrugem, de Aly Muritiba; Henfil, de Angela Zoé; Meu Corpo é Político, de Alice Riff; O Desmonte do Monte, de Sinai Sganzerla; O Grande Circo Místico, de Carlos Diegues; Querida Mamãe, de Jeremias Moreira; Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini; As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra; Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi; Não Devore Meu Coração, de Felipe Bragança; Paraíso Perdido, de Monique Gardenberg; Praça Paris, de Lucia Murat; Silêncio no Estúdio, de Emília Silveira; Unicórnio, de Eduardo Nunes; e Yonlu, de Hique Montanari.

Foto: Bianca Aun.

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