XIX Panorama Internacional Coisa de Cinema: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Bruno Jefferson e Ronnaldy Gomes no longa Saudade Fez Morada Aqui Dentro

Com quase 140 filmes de diversos gêneros e estilos nas mostras competitivas e paralelas, o XIX Panorama Internacional Coisa de Cinema acontecerá entre os dias 14 e 20 de março em Salvador. Sediado no Cine Glauber Rocha e com sessões também na Sala Walter da Silveira, o mais antigo festival cinematográfico da Bahia tem uma curadoria sintonizada com o melhor da produção mais recente do Brasil e de outros países do mundo.

Os 73 filmes selecionados para as competitivas Nacional, Baiana e Internacional serão exibidos em sessões com longas e curtas capazes de dialogar por sua temática, estética e outras características. Nas mostras Nacional e Baiana, a tradição é reunir diretores e representantes dos filmes para um debate com o público.

A atriz e roteirista Bruna Linzmeyer, a cineasta e diretora de fotografia Heloisa Passos e o realizador audiovisual e pesquisador cabo-verdiano Tambla Almeida formam o júri da Competitiva Nacional. Na Competição Baiana, os filmes premiados serão escolhidos pelo curador Samuel Marotta, pela produtora Keity Souza e pela crítica Cecília Barroso.

Nove longas baianos estão em competição, dois deles na Competitiva Nacional, formada ainda por duas coproduções com países europeus e representantes do cinema produzido em Pernambuco, Ceará, São Paulo e no Distrito Federal. Na Competitiva Baiana, a soma de sete longas e 24 curtas demonstra um período produtivo no pós pandemia. Seis longas e 12 curtas produzidos em 17 países estão na Competitiva Internacional, oferecendo ao público baiano a oportunidade de ver filmes de cinematografias pouco exibidas no Brasil, como da Costa Rica, Gana e Camarões. O júri é composto pela atriz e diretora Márcia Limma, a pesquisadora Morgana Gama e o roteirista Feliphe Alencar.

Em sua 19ª edição, o Panorama homenageia Glauber Rocha e Castro Alves, artistas baianos nascidos em 14 de março, o cineasta em 1939, o poeta em 1847; e com papel fundamental na cultura brasileira: “Ambos eram românticos, eloquentes e trágicos. Castro e Glauber eram carismáticos e magnéticos, os dois gritavam as grandes causas e falavam com o coração. Quiseram os deuses e os homens que a Praça Castro Alves ficasse de frente para o Cine Glauber Rocha. A estátua e a rosácea. A palavra e a imagem. Dois artistas singulares, que romperam o tempo-espaço”, comenta Cláudio Marques, idealizador e coordenador do Panorama.

Permanentemente homenageado nomeando o cinema sede do Panorama, Glauber Rocha será foco de uma mostra, a ser iniciada na programação de abertura do XIX Panorama. Produzido em 1962, Barravento será exibido no dia 14 de março, em sessão com a presença da sua filha Paloma Rocha.

Esta edição apresenta ainda uma mostra de animação, uma programação de filmes para crianças e o Panorama Brasil, com 16 longas e 12 curtas da mais recente safra do cinema produzido no país. A música também está presente no festival, com atrações diárias no terraço do Cine Glauber Rocha, com destaque para Karina Buhr.

O incentivo à reflexão sobre a arte cinematográfica vai além dos debates ao final das sessões, incluindo atividades formativas como a Oficina de Escrita Crítica, de Rafael Carvalho, com inscrições gratuitas já abertas. Há ainda os PanLabs de montagem e de roteiro; o primeiro será ministrado presencialmente por Cristina Amaral e o segundo acontece on-line, com o trio Iana Cossoy Paro, Aleksei Abib e Ceci Alves.

A curadoria dos longas foi formada por: Cláudio Marques (competitivas Baiana e Nacional), Marília Hughes Guerreiro (competitivas Baianas, Nacional e Internacional) e Adolfo Gomes (competitiva Internacional). A curadoria de curtas contou com: Marília Hughes Guerreiro (competitivas Baianas, Nacional e Internacional), Gênesis Nascimento (competitivas Baiana e Nacional), João Paulo Barreto (competitivas Baiana e Nacional), Rafael Carvalho (competitivas Baiana e Nacional), Ceci Alves (competitivas Baiana e Nacional) e Rafael Saraiva (competitiva Internacional).

Conheça os filmes selecionados para o 19º Panorama Internacional Coisa de Cinema:

COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS

A Batalha da Rua Maria Antônia, de Vera Egito (SP)
A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora (Portugal/Brasil)
Ecos do Silêncio, de André Luiz Oliveira (DF)
Eros, de Rachel Daisy Ellis (PE)
Estranho Caminho, de Guto Parente (CE)
Not Dead, de Isaac Donato (BA)
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (BA)
Sem Coração, de Nara Normande e Tião (Brasil/França/Itália)

COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS

A Bata do Milho, de Eduardo Liron e Renata Mattar (SP/BA)
A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida (DF)
As Miçangas, de Emanuel Lavor e Rafaela Camelo (DF)
Cama Vazia, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP)
Cassino, de Gianluca Cozza (RS)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro (RJ)
Helena de Guaratiba, de Karen Black (RJ)
Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA)
Lyb, de Felipe Poroger (SP)
O Cavalo de Pedro, de Daniel Nolasco (RJ)
Ode, de Diego Lisboa (BA)
Onde a Floresta Acaba, de Otavio Cury (SP)
Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim (AL)
Remendo, de Roger Ghil (ES)

COMPETITIVA BAIANA | LONGAS

A Matriarca, de Lula Oliveira
Café, Pépi e Limão, de Adler Kibe Paz e Pedro Léo
Cosmovisões, de Marcilia Cavalcante
Diário da Primavera, de Fabíola Aquino e Juliano de Paula Santos
Dois Sertões, de Caio Resende e Fabiana Leite
No Rastro do Pé de Bode, de Marcelo Rabelo
Sysyphus, de George Neri

COMPETITIVA BAIANA | CURTAS

56 Dias, de Lara Carvalho
A Faísca, de Gabriela Monteiro
Além da Cancela, de Margarete Jesus
Benção, de Mamirawá e Tainã Pacheco
Caluim, de Marcos Alexandre
Camaleoa, de Eduardo Tosta
Cobaias Habitam Meu Sonho, de Ramon Coutinho
Curacanga, de Mateus Di Mambro
Desamarras, de Ianca Oliveira
É d’Oxum: A Força que Mora N’água, de Dayane Sena
Felipa, de Ana Clara Pereira
Kiriri 11/11, de Kian Shaikhzadeh
Lamento às Águas, de Vilma Carla Martins
Movimentos Migratórios, de Rogério Cathalá
Mulher Vestida de Sol, de Patrícia Moreira
O Homem que Virou Castanha, de Natan Fox
O Tempo das Coisas, de Lara Beck
O Tratado do Vão Combate ou A Pequena História de uma Bixinha Qualquer, de Márcio Januário e Henrique Drebes
Por que Não Ensinaram Bixas Pretas a Amar?, de Juan Rodrigues
Sagrado Compor, de Henrique Dantas e Marcelo Abreu
Solange Não Veio Hoje, de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter
Sucata Esperança, de Rogério Luiz Oliveira e Filipe Gama
TAMBA: Sinfonia do Invisível, de Genilson Nery
Todos os Olhos, de Wayner Tristão

PANORAMA BRASIL | LONGAS

A Última Vanguarda, de Peu Lima (BA)
A Vida é da Cor que Pintamos, de Candida-Luz Liberato e Jorge Alfredo Guimarães (BA)
Assexybilidade, de Daniel Gonçalves (RJ)
Comigo Num Se Pode, de Tássia Araújo (PI)
Corpos Invisíveis, de Quézia Lopes (RJ)
Crônicas de uma Jovem Família Preta!, de Davidson D. Candanda (RJ)
Ijó Dudu, Memórias da Dança Negra na Bahia, de José Carlos Arandiba Zebrinha (BA)
Neirud, de Fernanda Faya (SP)
O Dia que te Conheci, de André Novais Oliveira (MG)
O Primeiro Beijo, de Urânia Munzanzu (BA)
Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
Peixe Abissal, de Rafael Saar (RJ)
Reggae Resistência, de Cecilia Amado e Pablo Oliveira (BA)
Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo (DF)
Salut, mes ami.e.s!, de Liliane Mutti (BA)
Sede de Rio, de Marcelo Abreu Góis (BA)

PANORAMA BRASIL | CURTAS

As Lavadeiras do Rio Acaraú Transformam a Embarcação em Nave de Condução, de Kulumym-Açu (CE)
Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (PE)
Coisas Desmoronam, de Jon Lewis (BA)
Do Tanto de Telha no Mundo, de Bruno Brasileiro (CE)
Ela Mora Logo Ali, de Rafael Rogante e Fabiano Barros (RO)
Elle, Marielle Franco, de Liliane Mutti e Daniela Ramalho (Brasil/França)
Lilith, de Nayane Nayse (PE)
Me Enxergo Quando Te Vejo, de Guillermo Alves e Michelle Brito (SP)
Memórias do Subúrbio: O que é o Acervo da Laje, de Cecilia Veras, Diana Miranda, Tainã Pacheco e Yan Azevedo (BA)
O Último Rock, de Diego de Jesus (ES)
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP)
Toda Menina Baiana, de Cecília Amado (BA)

PANORAMA DE ANIMAÇÃO

Canos (Pipes), de Jessica Meier, Kilian Feusi e Sujanth Ravichandran (Suíça)
Coelhitos e Gambazitas, de Thomas Larson (Brasil)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (Brasil)
Ernesto, de Fernanda Roque (Brasil)
Escala (Scale), de Joseph Pierce (França/Reino Unido/Bélgica)
Meu Querido Filho (My Dear Son), de Lilian Fu (Reino Unido/Hong Kong)
Pelo (Fur), de Zhen Li (EUA)
Well Wishes My Love, Your Love, de Gabriel Gabriel Garble (Suécia/Malásia)

COMPETITIVA INTERNACIONAL | LONGAS

A Audiência (L’Audience), de Émilie B. Guérette e Peggy Nkunga Ndona (Canadá)
Acromático (Achrome), de Maria Ignatenko (Rússia/Alemanha/Israel)
Astracã 79 (Astrakan 79), de Catarina Mourão (Portugal)
Júlia Não se Case (Julia no te cases), de Pablo Levy (Argentina)
Mátria (Matria), de Álvaro Gago (Espanha)
O Espectro do Boko Haram (Le Spectre de Boko Haram), de Cyrielle Raingou (Camarões/França)

COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTAS

48 Horas (48 Hours), de Azadeh Moussavi (Irã)
A Árvore Frutífera (The Fruit Tree), de Isabelle Tollenaere (Bélgica)
A Passagem (The Passing), de Ivete Lucas e Patrick Bresnan (EUA)
Aqueronte, de Manuel Muñoz Rivas (Espanha)
Criando Praias Luminosas (Hacer Orillas Luminosas), de Maira Ayala (Paraguai/Argentina)
De Volta (Back), de Yazan Rabee (Holanda)
Dildotectônica (Dildotectónica), de Tomás Paula Marques (Portugal)
Nada Disso (Nada de Todo Esto), de Patricio Martínez e Francisco Cantón (Argentina/Espanha/EUA)
Os Nadadores (Los Nadadores), de Charlie López (Costa Rica)
Swan no Centro (Swan dans le Centre), de Iris Chassaigne (França)
Tria, de Giulia Grandinetti (Itália)
Yaa, de Amartei Armar (Gana/França)

FILMES DE ABERTURA
Barravento, de Glauber Rocha (1962) (Brasil)
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (Brasil)

FILME DE ENCERRAMENTO
A Alegria é a Prova dos Nove, de Helena Ignez (Brasil)

*Clique aqui e confira a seleção completa e a programação

Foto: Divulgação/Cajuína Audiovisual.

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