Conheça os vencedores do 26º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários

por: Cinevitor
Nelson Chamisa no documentário Presidente, de Camilla Nielsson: premiado.

Foram anunciados neste domingo, 18/04, em uma cerimônia virtual, os vencedores do 26º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, principal evento dedicado à cultura do documentário na América Latina, fundado e dirigido por Amir Labaki.

Em mais uma edição virtual, por conta da pandemia de Covid-19, a programação exibiu um total de 70 longas e curtas-metragens em competição e hors-concours, de forma gratuita, em plataformas de streaming disponíveis em todo o território brasileiro. Até 8 de maio, é possível ainda acompanhar a programação especial desta edição na plataforma Spcine Play.

Os vencedores dos prêmios de melhor longa-metragem internacional e melhor longa-metragem brasileiro terão novas exibições no dia 20 de abril, às 19h e às 21h, respectivamente, na plataforma Looke. A entrega dos troféus e certificados para os premiados brasileiros acontecerá em cerimônia seguida da projeção dos vencedores em local e data a ser divulgado, no segundo semestre.

O júri das competições brasileiras foi formado pela cineasta e artista visual Sandra Kogut; pelo professor da Escola de Comunicações e Artes da USP”, Eduardo Morettin; e pelo produtor, diretor e presidente da Associação Paulista de Cineastas, APACI, Daniel Solá Santiago. Dirigido por Armando Antenore e Ricardo Calil, Os Arrependidos foi eleito o vencedor da Competição Brasileira de longas ou médias e recebe como prêmio R$ 20.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. O filme reconta a história pouco lembrada de ex-militantes presos que, muito jovens, largaram tudo para arriscar a vida por uma causa, foram presos e torturados, e viraram arma de propaganda da ditadura militar. O melhor curta-metragem brasileiro, eleito pelo mesmo júri, foi Yaõkwa: Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli, que recebe como prêmio R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade.

Para as competições internacionais, o júri foi formado pela premiada realizadora e diretora criativa da Just Vision, Julia Bacha; pelo head da plataforma Cannes Docs, Pierre-Alexis Chevit; e pelo cineasta, curador de cinema e documentarista iraniano, radicado em Londres, Ehsan Khoshbakht. O grande vencedor da Competição Internacional de longas ou médias foi Presidente, dirigido por Camilla Nielsson. O filme fala sobre a missão do jovem e carismático líder Nelson Chamisa, no Zimbábue, para enfrentar nas eleições a velha guarda de Emmerson Mnangagwa e as maneiras como seus respectivos partidos interpretaram os princípios democráticos no discurso e na prática. O longa recebe R$ 12.000 e o Troféu É Tudo Verdade. A Montanha Lembra?, de Delfina Carlota Vazquez, foi eleito o melhor curta-metragem internacional e recebe R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade.

Na cerimônia também foram anunciados alguns prêmios paralelos, como o Prêmio Aquisição Canal Brasil para um curta-metragem no valor de quinze mil reais; Prêmio Mistika, no valor de R$ 8.000,00 em serviços de pós-produção digital, anunciado junto ao prêmio oficial de melhor curta-metragem brasileiro; e o Prêmio EDT, da Associação de Profissionais de Edição Audiovisual, para a melhor montagem de um curta e um longa.

Reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA como um festival classificatório para o Oscar, o É Tudo Verdade qualifica automaticamente as produções vencedoras nas competições brasileira e internacional de longas e médias e também de curtas-metragens para inscrição direta visando a disputa das estatuetas douradas.

Conheça os vencedores do É Tudo Verdade 2021:

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Os Arrependidos, de Armando Antenore e Ricardo Calil (SP)

MENÇÃO HONROSA
Máquina do Desejo – Os 60 Anos do Teatro Oficina, de Lucas Weglinski e Joaquim Castro (SP)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Yãokwa, Imagem e Memória, de Vincent Carelli e Rita Carelli (MT/PE)

MENÇÃO HONROSA
Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Presidente (President), de Camilla Nielsson (EUA/Dinamarca/Norugea/Zimbábue)

MENÇÃO HONROSA
Vicenta, de Darío Doria (Argentina)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
A Montanha Lembra? (Puede Una Montaña Recordar), de Delfina Carlota Vazquez (Argentina/México)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Yãokwa, Imagem e Memória, de Vincent Carelli e Rita Carelli (MT/PE)

PRÊMIO EDT (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual)
Melhor Montagem | Longa: Máquina do Desejo – Os 60 Anos do Teatro Oficina
Melhor Montagem | Curta: Ser Feliz no Vão

Foto: Divulgação.

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