Ciranda de Filmes anuncia sétima edição com programação on-line e gratuita

por: Cinevitor
Luiz Carlos Vasconcelos em Filho de Boi, de Haroldo Borges e Ernesto Molinero.

A sétima edição da Ciranda de Filmes acontecerá entre os dias 26 de novembro e 10 de dezembro com programação on-line e gratuita. A mostra referência em infância, juventude, arte e educação terá exibição de filmes, uma oficina e cinco rodas de conversa.

Em 2021, a Ciranda é realizada em parceria com o Itaú Cultural, que acolhe desde setembro a Ocupação Paulo Freire, em homenagem ao centenário do educador e patrono da educação brasileira.

Neste ano, além das produções criadas por profissionais do audiovisual, a grande novidade é a estreia da 1ª Mostra Escola Cirandeira, que convida professores e educadores, de diferentes lugares do Brasil a exibirem vídeos que revelem seus olhares e práticas sobre infância, juventude, ensino e aprendizagem; e que relações e trocas são estabelecidas com os alunos em diversos contextos: escolas das redes pública e particular de ensino, escolas de arte, espaços culturais e centros de cultura popular, coletivos, bibliotecas, projetos sociais, entre outros espaços de aprendizagem.

Já a seleção de filmes desta edição assumiu uma versão compacta e, tendo como premissa a valorização e disseminação da filmografia brasileira, buscou compor um repertório que amplie a nossa percepção e visão sobre as diversas conexões com os possíveis e incontáveis legados freireanos.

Três documentários traçam um panorama da educação brasileira hoje, retratando e refletindo sobre os desafios e as ações de sucesso: Pro Dia Nascer Feliz e Atravessa a Vida, de João Jardim, e o mais recente lançamento de Alexandre Carvalho: A Quem Interessa a Ignorância?. Dirigido por Jorge Bodanzky, Utopia e Distopia visita um projeto de educação universitária em Brasília, nos anos 1960, sonhado por Paulo Freire e seus companheiros, Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro, também educadores visionários. No filme, vemos uma universidade aberta, que revolucionou não apenas na arquitetura estimulante para o convívio social, mas também na proposta pedagógica.

Do inédito nos cinemas Filho de Boi, de Haroldo Borges e Ernesto Molinero, passando pela poesia imagética em forma de animação O Menino que Engoliu o Sol, de Patricia Alves Dias, os documentários Entremarés, de Anna Andrade, Chão, de Camila Freitas, Meu Nome é Daniel, de Daniel Gonçalves, até o tocante e histórico Central do Brasil, de Walter Salles, entre outros, os filmes apresentados nesta edição buscam a conexão das experiências e pensamentos de Paulo Freire com as questões urgentes do nosso tempo.

Completam a seleção de títulos as produções: 5 Vezes Chico – O Velho e Sua Gente; A Sússia; Augusto Boal e o Teatro do Oprimido; Eu Preciso Destas Palavras Escritas; Fonemas da Liberdade; Infância Falada; Mutum; Você Não Sabia de Mim; e Yaõkwa: Imagem e Memória.

Além dos filmes, a Ciranda tem uma programação paralela com cinco Rodas de Conversa e uma oficina para crianças e adolescentes, que conta com a participação de profissionais da educação e da cultura que vão debater e refletir junto ao público as temáticas apresentadas na mostra, em diálogo com a produção cinematográfica e os pensamentos do homenageado desta edição, Paulo Freire.

Os filmes serão exibidos gratuitamente, um por dia, na plataforma Itaú Cultura Play. Para chegar até eles, basta acessar o site da Ciranda, onde toda a programação estará reunida. As vivências e conversas serão transmitidas no canal do YouTube da Ciranda.

Idealizada por Fernanda Heinz Figueiredo e Patrícia Durães, a Ciranda de Filmes nasceu em 2014 como a primeira mostra brasileira de cinema focada em arte, educação, infância e juventude. Na essência de sua formação está o encontro e o diálogo entre esses temas e todos os agentes que trabalham em prol das crianças e dos jovens. A sétima edição acontecerá on-line por conta dos protocolos de segurança da Covid-19.

Para mais informações sobre a programação e atividades paralelas, clique aqui.

Foto: Divulgação.

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