Foram anunciados nesta quinta-feira, 25/05, os vencedores da Quinzena dos Realizadores, Quinzaine des Cinéastes, mostra paralela ao Festival de Cannes, organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF) desde 1969 e que destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular, com diretores talentosos e originais.
Neste ano, o francês Un Prince, de Pierre Creton, se destacou e recebeu o prêmio entregue pela SACD, Sociedade de Autores e Compositores Dramáticos. Dirigido por Elena Martín, o espanhol Creatura foi eleito o melhor filme europeu.
Além disso, o cineasta maliano Souleymane Cissé, de A Luz, Waati e O Ka, foi o grande homenageado com o Carrosse d’Or na cerimônia de abertura. Diretor, produtor, roteirista e exibidor, tornou-se, em 50 anos de carreira, o símbolo da liberdade criativa, tanto poética quanto política. O encerramento da 55ª edição contou com a exibição de In Our Day, de Hong Sang-soo, e também com uma roda de conversas com Quentin Tarantino.
Conheça os vencedores da Quinzena dos Realizadores 2023:
PRÊMIO SACD (Society of Dramatic Authors and Composers) Un Prince, de Pierre Creton (França)
LABEL CINEMA EUROPA | MELHOR FILME EUROPEU Creatura, de Elena Martín (Espanha)
A organização da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 11 e 19 de agosto, acaba de anunciar o primeiro nome dentre os homenageados deste ano: a atriz brasileira Alice Braga, que receberá o troféu Kikito de Cristal. Com sólida carreira no cinema nacional e internacional, Braga já participou de mais de trinta produções, atuando ao lado de nomes como Anthony Hopkins, Margot Robbie e Matt Damon.
O laço de Alice Braga com o mundo das artes vem de berço. Filha de pai jornalista e mãe atriz, acompanhava a rotina de gravações de sua mãe, Ana, e tia, Sonia, ao lado da irmã, a produtora Rita Moraes. Teve sua estreia nas telas ainda adolescente, em 1998, no curta-metragem Trampolim, de Fiapo Barth.
Em 2002, atuou no longa Cidade de Deus, que lhe rendeu indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Sua estreia em filmes estrangeiros aconteceu em 2006, ao lado de Brendan Fraser, Mos Def e Catalina Sandino Moreno, em 12 Horas até o Amanhecer. Atuou em filmes como Entre Idas e Vindas, Os Amigos, Ensaio Sobre a Cegueira, O Cheiro do Ralo, Muitos Homens Num Só, Cabeça a Prêmio, A Via Láctea, Eu Sou a Lenda, A Cabana, Elysium, O Ritual, Os Novos Mutantes, O Esquadrão Suicida, entre outros.
Entre 2016 e 2021, protagonizou a série Queen of the South, baseada no romance La Reina Del Sur, exibida originalmente pelo canal USA Network. Em 2020, deu voz à personagem Jerry na animação Soul, da Pixar. Em 2022, protagonizou, ao lado de Gabriel Leone, o consagrado longa Eduardo e Mônica, inspirado na canção composta por Renato Russo, e dirigido por René Sampaio. Por sua atuação, recebeu o Prêmio APCA de melhor atriz; em 2006 recebeu o mesmo prêmio por Cidade Baixa, de Sergio Machado.
Ao longo da carreira, coleciona vitórias em alguns dos mais prestigiados festivais e premiações de cinema do Brasil e do mundo, incluindo Verona Love Screens Film Festival, Festival do Rio, Miami International Film Festival, Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro, Festival de Cinema de Punta del Este e Cine PE. Além disso, Alice Braga faz parte do elenco de Hypnotic, novo filme de Robert Rodriguez, recentemente exibido no Festival de Cannes.
A homenagem será entregue durante a programação do Festival de Gramado e Alice participará do rito de confecção do troféu, esculpido em cristal, que será entregue ao homenageado da próxima edição. A solenidade, única no mundo, coloca os agraciados em contato com a composição da honraria.
Zafreen Zairizal em Tiger Stripes, de Amanda Nell Eu
Foram anunciados nesta quarta-feira, 24/05, os vencedores da Semana da Crítica, mostra paralela ao Festival de Cannes, que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar cineastas inovadores do mundo todo.
Neste ano, em sua 62ª edição, a Semaine de la Critique teve a cineasta francesa Audrey Diwan como presidente do júri; o diretor de fotografia português Rui Poças, o ator alemão Franz Rogowski, a jornalista indiana Meenakshi Shedde e a programadora americana Kim Yutani, do Festival de Sundance, completavam o time de jurados.
O terror Tiger Stripes, dirigido pela cineasta malaia Amanda Nell Eu, venceu o prêmio principal da competição. O longa conta a história de Zaffan, que aos 12 anos de idade luta contra a puberdade ao desvendar um terrível segredo sobre seu físico.Suas tentativas fracassadas de esconder o inevitável levam seus amigos a descobrir quem ela realmente é, e eles a atacam.Como Zaffan é ainda mais provocada por sua própria comunidade, ela logo descobre que abraçar seu verdadeiro eu é a única resposta para sua liberdade.
O cinema brasileiro marcou presença na competição com o longa-metragem Levante, dirigido pela cineasta Lillah Halla, que passou pela Semana da Crítica em 2020 com o curta Menarca; mas, infelizmente, não foi premiado. O filme conta com Ayomi Domenica Dias, Loro Bardot, Grace Passô, Gláucia Vandeveld, Rômulo Braga, Suzy Lopes, Rejane Faria, Lara Negalara, Vinicius Meloni, Ernani Sanchez, Onna, entre outros, no elenco.
Conheça os vencedores da Semana da Crítica 2023:
GRANDE PRÊMIO Tiger Stripes, de Amanda Nell Eu (Malásia/Taiwan/Singapura/França/Alemanha/Holanda/Indonésia/Qatar)
PRÊMIO DO JÚRI Il pleut dans la maison, de Paloma Sermon-Daï (Bélgica/França)
PRÊMIO LOUIS ROEDERER FOUNDATION | REVELAÇÃO Jovan Ginić, por Lost Country
MELHOR CURTA-METRAGEM Boléro, de Nans Laborde-Jourdàa (França)
PRÊMIO GAN FOUNDATION DE DISTRIBUIÇÃO Inshallah a boy (ان شاء الله ولد), de Amjad Al Rasheed (Jordânia/França/Arábia Saudita/Qatar) (Pyramide Films)
PRÊMIO SACD (Society of Dramatic Authors and Composer) Le Ravissement, escrito por Iris Kaltenbäck (França)
PRÊMIO CANAL+ | CURTA-METRAGEM Boléro, de Nans Laborde-Jourdàa (França)
Paulo Phillipe e Sophia Williams no curta paraibano Pedra Polida, de Danny Barbosa
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais divulgou recentemente os indicados ao primeiro turno do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023, que acontecerá no dia 23 de agosto no Rio de Janeiro e homenageará o cineasta Vladimir Carvalho. Os títulos serão avaliados pelos membros da Academia, que depois escolherão os finalistas da 22ª edição em mais de 30 categorias.
No ano passado, o longa Marighella, de Wagner Moura, foi o grande vencedor com oito troféus, entre eles, o de melhor longa-metragem de ficção. Os curtas premiados em 2022 foram: Ato, de Bárbara Paz; Yaõkwa, Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli; e Mitos Indígenas em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues.
Neste ano, a Academia repete a parceria com o site Porta Curtas e os indicados ao Troféu Grande Otelo nas categorias de curta-metragem neste primeiro turno estão disponíveis gratuitamente para o público (clique aqui). A seleção apresenta alguns dos filmes mais instigantes da última temporada, compondo um panorama diversificado da rica produção de curtas do ano que passou; são 59 filmes brasileiros entre ficção, documentário e animação.
Vale destacar que os filmes Big Bang, de Carlos Segundo, e Curupira e a Máquina do Destino, de Janaína Wagner, também foram selecionados mas não estão disponíveis para exibição por questões contratuais.
Conheça os curtas selecionados para o primeiro turno de 2023 e disponíveis no Porta Curtas:
FICÇÃO
A Última Valsa, de André Srur (GO) Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB) Ainda Restarão Robôs Nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro (SP) Andrômeda, de Lucas Gesser (DF) Bicho Azul, de Rafael Spínola (RJ) Blackout, de Rodrigo Grota (PR) Corpo Celeste, de Renata Paschoal e André Sobral (SP) Da Janela Vejo o Mundo, de Ana Catarina Lugarini (PR) Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO) Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (RJ) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (Brasil) Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL) Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro (RJ) Meio Ano-Luz, de Leonardo Mouramateus (Brasil, CE/Portugal) Pedra Polida, de Danny Barbosa (PB) Quanto Mais?, de Lucas de Jesus Ferreira (BA) Sobre Amizade e Bicicletas, de Júlia Vidal (PR) Último Domingo, de Renan Brandão e Joana Claude (RJ)
DOCUMENTÁRIO
A Ordem Reina, de Fernanda Pessoa (SP) A Última Praga de Mojica, de Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira (SP) Através da Cidade Invisível, de Paulo Grangeiro (SP) Cantos de um Livro Sagrado, de Cesar Gananian e Cassiana Der Haroutiounian (SP) Carta para Glauber, de Gregory Baltz (RJ) Chaguinhas, de Diego Hajjar e Fernando Martins (SP) Contragolpe, de Victor Uchôa (BA) Curió, de Priscila Smiths e P.H. Diaz (CE) Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ) Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza (RS) Medo na Minha Pele, de Braion Souza (SP) Meus Santos Saúdam Teus Santos, de Rodrigo Antonio (PA) Mutirão: O Filme, de Lincoln Péricles (LKT) (SP) Muxima, de Juca Badaró (BA) Nossos Passos Seguirão os Seus…, de Uilton Oliveira (RJ) Peixes Não Se Afogam, de Anna Azevedo (RJ) Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SC/RJ/SP) Tekoha, de Carlos Adriano (SP) Território Pequi, de Takumã Kuikuro (MT) Transviar, de Maíra Tristão (ES/Alemanha) Trópico de Capricórnio, de Juliana Antunes (SP) Xar: Sueño de Obsidiana, de Fernando Pereira dos Santos e Edgar Calel (SP)
ANIMAÇÃO
A Árvore de Alfajor, de Marcela Soares (SC) A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (GO) Anantara, de Douglas Alves Ferreira (SP) Cadê Heleny?, de Esther Vital (MG) Coelhitos e Gambazitas, de Thomas Larson (SP) Em Busca da Terra: Música Prometida, de Gabriel Bitar (SP) Emaranhamento & Dissolução, de Rafael Clemente (SP) Essas Coisas que Queimam Devagar, de Affonso M. Cordeiro (SP) Ewé de Òsányìn: O Segredo das Folhas, de Pâmela Peregrino (BA) Last Sip, de Gabriel Bitar (SP) Meu Nome é Maalum, de Luísa Copetti (RJ) My God, It’s Full Of Stars (The Universe in Verse, Part 2), de Daniel Bruson (SP) Nonna, de Maria Augusta Vilalba Nunes (SC) O Autor, de Luiz Máximo (MG) O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (MG) O Senhor do Trem, de Aída Queiroz e Cesar Coelho (RJ) Selfie, de Alex Sernambi (RS) Tá Foda, de Aline Golart, Denis Souza, Fernanda Maciel, Icaro Castello, Ligia Torres e Victoria Sugar (RS) Tamo Junto, de Pedro Conti (SP)
Cena do documentário Nação Lakota Contra os EUA: filme de abertura
Depois de divulgar os títulos em competição, a 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, que acontecerá entre os dias 1º e 14 de junho, em São Paulo, anunciou novas obras em sua programação: a seleção completa traz 101 filmes, entre premiados em grandes festivais, pré-estreias mundiais e inéditos no Brasil.
Na sessão de abertura, exclusiva para convidados, será exibido Nação Lakota Contra os EUA, de Jesse Short Bull e Laura Tomaselli, que narra a jornada dos indígenas Lakota para recuperar Black Hills, terra sagrada que foi tomada à força pelo governo norte-americano apesar da existência de tratados que garantiam a eles a posse desta terra. A obra, que passou pelos festivais de Tribeca, Cleveland e Denver, utiliza rico material de arquivo e entrevistas íntimas com ativistas veteranos e jovens líderes.
Na mostra Panorama Internacional Contemporâneo serão exibidos 27 filmes, de 26 países. A seleção traz títulos que abordam sobretudo questões ligadas ao racismo, mas que também não deixam de falar do legado do colonialismo e suas muitas consequências socioambientais presentes até os dias de hoje. Destacam-se: Recursos, de Hubert Caron-Guay e Serge-Olivier Rondeau, elogiado no IDFA; O Último Refúgio, de Ousmane Samassekou, premiado no festival dinamarquês CPH:DOX; e Xaraasi Xanne (Vozes Cruzadas), de Bouba Touré e Raphaël Grisey, consagrado no Cinéma du Réel, na Suíça.
A Mostra Histórica é dedicada este ano ao tema Fraturas (pós-)coloniais e as Lutas do Plantationoceno e traz 17 títulos icônicos realizados entre 1966 e 1984, que discutem a herança do colonialismo em diferentes partes do planeta. Cunhado nos anos 2010 pelas teóricas norte-americanas Donna Haraway e Anna Tsing, o termo Plantationoceno, que está no título da mostra, se contrapõe ao difundido Antropoceno ao reconhecer os fundamentos coloniais e escravagistas da globalização e do sistema socioeconômico hegemônico hoje. Vale destacar a presença de A Batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo, que a mostra exibe em versão restaurada em 4K pela Cinemateca de Bolonha e Instituto Luce Cinecittà; o filme, que foi proibido pela censura da ditadura militar brasileira, ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza e foi indicado ao Oscar, em 1969, nas categorias de melhor filme estrangeiro, direção e roteiro.
Além disso, a programação também é dedicada às estreias mundiais em salas de cinema de três títulos brasileiros que abordam o embate entre indígenas e garimpeiros, queimadas em quatro biomas do país e deslocamento de toda uma população.
Completam a seleção: estreias mundiais; uma sessão especial e um programa infantil; um trabalho em realidade virtual; uma série de atividades paralelas que incluem uma masterclass com o pensador martiniquês Malcolm Ferdinand, que também explora em sua obra o conceito de Plantationoceno; e uma oficina de cinema ambiental com Jorge Bodankzy; além de um ciclo de debates.
A Mostra Ecofalante de Cinema, considerada um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais, acontecerá no Espaço Itaú de Cinema Augusta, Centro Cultural São Paulo, Cine Olido e Biblioteca Roberto Santos. Completam o circuito de exibição unidades do Centro Educacional Unificado (CEU), Casas de Cultura, Fábricas de Cultura e Centros Culturais.
Conheça os filmes selecionados para a 12ª Mostra Ecofalante de Cinema:
PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO
A Apropriação (The Grab), de Gabriela Cowperthwaite (EUA) A Felicidade Vale 4 Milhões (Happiness is £4 Million), de Weixi Chen e Kai Wei (China/EUA) A Máquina do Petróleo (The Oil Machine), de Emma Davie (Reino Unido) Águas do Pastaza (Waters of Pastaza), de Inês T. Alves (Portugal) Amianto: Crônica de um Crime (The Asbestos Grave: Chronicle of a Disaster Foretold), de Marie-Anne Mengeot e Nina Toussaint (Bélgica) Amor e Luta em Tempos de Capitalismo (A Guide to Love and Fighting Capitalism), de Basile Carré-Agostini (França) Aralkum, de Daniel Asadi Faezi e Mila Zhluktenko (Alemanha/Uzbequistão) Davi e Golias: O Caso de Dewayne Johnson contra Monsanto (Into the Weeds: Dewayne “Lee” Johnson vs. Monsanto Company), de Jennifer Baichwal (Canadá) Deep Rising: A Última Fronteira, de Matthieu Rytz (EUA) Delikado, de Karl Malakunas (EUA/Reino Unido/Filipinas/China/Austrália) Duas Vezes Colonizada (Twice Colonized), de Lin Alluna (Groenlândia/Dinamarca/Canadá) Filhos do Katrina (Katrina Babies), de Edward Buckles Jr. (EUA) Forrageadores (Al Yad al Khadra), de Jumana Manna (Palestina) Free Money, de Lauren DeFilippo e Sam Soko (EUA/Quênia) Girl Gang, de Susanne Regina Meures (Suíça/Alemanha) Good Life, de Marta Dauliute e Viktorija Šiaulyte (Suécia/Lituânia/Finlândia) Lixo Fora do Lugar (Matter Out of Place), de Nikolaus Geyrhalter (Áustria) Nação Lakota Contra os EUA (Lakota Nation V United States), de Jesse Short Bull e Laura Tomaselli (EUA) Nada Dura para Sempre (Nothing Lasts Forever), de Jason Kohn (EUA) Para Além de Estradas (Not Just Roads), de Nitin Bathl e Klearjos Eduardo Papanicolaou (Índia/Suíça/Alemanha) O Cuidado em Tempos Impiedosos (Armotonta Menoa – Hoivatyön Lauluja), de Susanna Helke (Finlândia) O Retorno da Inflação (The Return of Inflation), de Matthias Heeder (Alemanha) O Sonho Americano e Outros Contos de Fadas (The American Dream and Other Fairy Tales), de Abigail Disney e Kathleen Hughes (EUA) O Último Refúgio (Le Dernier Refuge), de Ousmane Samassekou (Mali/França/África do Sul) Recursos (Resources), de Hubert Caron-Guay e Serge-Olivier Rondeau (Canadá) Uma História de Ossos (A Story of Bones), de Joseph Curran e Dominic Aubrey de Vere (Reino Unido) Xaraasi Xanne (Vozes Cruzadas) (Xaraasi Xanne – Les Voix Croisées), de Bouba Touré e Raphaël Grisey (França/Alemanha/Mali)
BRASILEIROS INÉDITOS
Cinzas da Floresta, de André D’Elia Escute, A Terra Foi Rasgada, de Cassandra Mello e Fred Rahal Mauro Parceiros da Floresta, de Fred Rahal Mauro
MOSTRA HISTÓRICA: FRATURAS (PÓS-)COLONIAIS E AS LUTAS DO PLANTATIONOCENO
A Batalha de Argel (La Battaglia di Algeri), de Gillo Pontecorvo (1966) (Argélia/Itália) A Zerda e os Cantos do Esquecimento (La Zerda et les Chants de l’Oublie), de Assia Djebbar (1982) (Argélia) Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho (1982) (Brasil) Community Control, de Newsreel Collective (1969) (EUA) El Coraje del Pueblo, de Jorge Sanjinés (1971) (Bolívia) El Pueblo se Levanta, de Newsreel Collective (1971) (EUA) Emitaï, de Ousmane Sembene (1971) (Senegal) Estas São as Armas, de Murilo Salles (1978) (Moçambique) Etnocídio (Etnocidio: Notas sobre El Mezquital), de Paul Leduc (1977) (México) Eu, Sua Mãe (Man Sa Yay), de Safi Faye (1980) (Senegal/Alemanha) Festival Pan-africano de Argel (Festival Panafricain d’Alger), de William Klein (1969) (França/Alemanha/Argélia) I Heard It through the Grapevine, de Dick Fontaine (1981) (EUA) Na Selva Há Muito por Fazer (En la Selva Hay Mucho por Hacer), de Walter Tournier (1974) (Uruguai) Nossa Voz de Terra, Memória e Futuro (Nuestra Voz de Tierra, Memoria y Futuro), de Marta Rodríguez e Jorge Silva (1982) (Colômbia) O Tigre e a Gazela, de Aloysio Raulino (1977) (Brasil) Quilombo, de Vladimir Carvalho (1975) (Brasil) Terra dos Índios, de Zelito Viana (1979) (Brasil)
SESSÃO ESPECIAL Mulheres na Conservação, de Paulina Chamorro e João Marcos Rosa (Brasil)
REALIDADE VIRTUAL Amazônia Viva, de Estêvão Ciavatta (Brasil)
INFANTIL A Viagem do Príncipe (Le Voyage du Prince), de Jean-François Laguionie (França)
*Clique aqui e confira a seleção da Competição Latino-Americana e Concurso Curta Ecofalante.
Milton Gonçalves em A Rainha Diaba: cópia restaurada em 4K
Com sete programas cuidadosamente selecionados, a Cinelimite apresentará, entre os dias 19 e 28 de maio, na Cinemateca Brasileira, a Mostra Cinelimite, que traz mais de quarenta títulos brasileiros recém-digitalizados e prontos para serem redescobertos pelo público.
A mostra abarca uma ampla variedade de tópicos e temas, como documentários sobre a classe operária, obras raras do cinema queer brasileiro, animações e filmes caseiros. Cada exibição contará com apresentações especiais de cineastas e pesquisadores de cinema; a programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.
A Cinelimite é uma organização sem fins lucrativos, criada em 2020 com o objetivo de promover o cinema clássico brasileiro e oferecer serviços de digitalização para filmes e cineastas brasileiros historicamente negligenciados. Em 2022, a Cinelimite lançou a IDFB, Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros, um projeto que fornece acesso a serviços de digitalização de filmes no Brasil para filmes órfãos, filmes feitos por membros das comunidades LGBTQ+ e PPI, filmes feitos por mulheres, filmes caseiros e filmes não comerciais.
De setembro de 2022 a fevereiro de 2023, a IDFB embarcou em uma missão para digitalizar obras do patrimônio cinematográfico brasileiro de regiões com acesso limitado a esse serviço. Usando um scanner portátil de 2K para filmes de 8 mm e Super 8, o projeto, denominado Digitalização Viajante, cobriu seis estados brasileiros do Norte e do Sudeste, em colaboração com a ABPA, Associação Brasileira de Preservação Audiovisual. A iniciativa foi um sucesso surpreendente, resultando na digitalização de mais de 350 filmes brasileiros em apenas três meses.
Cena do filme Sulanca, de Katia Mesel
A programação da Mostra Cinelimite contará com exibições de: Sulanca, de Katia Mesel; A Entrevista, de Helena Solberg; O Ciclo do Caranguejo, de Elisa Cabral; Duas Vezes Mulher, de Eunice Gutman; Vila da Barca, de Renato Tapajós; Robin Hollywood, de Amin Stepple; Era Vermelho Seu Batom, de Henrique Magalhães; Perequeté, de Bertrand Lira; Amazônia, de Maria Tereza Paes Leme Freitas; Baltazar da Lomba, dirigido pelo Grupo Nós Também; Closes, de Pedro Nunes; entre outros.
No programa Mestras do Cinema Documental Brasileiro, a Cinelimite se une à revista digital feminista Verberenas para apresentar obras de quatro documentaristas excepcionais: Helena Solberg, Eunice Gutman, Katia Mesel e Elisa Cabral; a sessão Redescobertas no Cinema Documental Brasileiro apresenta três filmes raros nas filmografias de importantes profissionais do documentário e do cinema brasileiro como um todo; a Retrospectiva Amin Stepple destaca o trabalho do jornalista, crítico, roteirista e diretor que marcou profundamente o cinema experimental no Nordeste do Brasil.
A seleção traz também: o programa A Onda de Filmes Queer em Super-8 da Paraíba, que destaca produções de um cinema superoitista, realizado entre 1979 e 1984, que introduziu a discussão LGBTIA+ e foi batizada de Cinema Guei; o programa Novas Descobertas em Animação do Projeto Digitalização Viajante; Filmes Domésticos e Filmes Amadores do Projeto Digitalização Viajante, que apresenta 90 minutos de diferentes filmes domésticos de seis diferentes cidades brasileiras; e a exibição especial do longa A Rainha Diaba, de Antonio Carlos Fontoura, em cópia 4K.
Cícero Lucas em Marte Um, de Gabriel Martins: dois prêmios
Foram anunciados neste sábado, 13/05, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, em cerimônia apresentada pela atriz Larissa Nunes, os vencedores do Prêmio ABC 2023, realizado pela Associação Brasileira de Cinematografia.
Nesta 23ª edição, os filme Marte Um, de Gabriel Martins, e Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, de Juliana Vicente, se destacaram com dois prêmios cada; a série Manhãs de Setembro também foi premiada em duas categorias.
Durante a cerimônia, que também foi transmitida pelo YouTube, foi realizada uma homenagem aos profissionais do cinema e audiovisual que nos deixaram no último ano, além do anúncio das sócias e sócios que recebem o direito de assinar os seus trabalhos com a sigla ABC. Considerado um dos principais fotógrafos e diretores da cinematografia brasileira, Walter Carvalho, sócio fundador e ex-presidente da ABC, foi o grande homenageado deste ano.
A Associação Brasileira de Cinematografia, hoje presidida por Mustapha Barat, foi fundada em 2 de janeiro de 2000 e reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria.
Conheça os vencedores do Prêmio ABC 2023:
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Marte Um, por Leonardo Feliciano
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Segredos do Putumayo, por André Lorenz Michiles e Fabio Bardella
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Carvão, por Marinês Mencio
MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Noites Alienígenas, por André Sampaio
MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, por Washington Deoli
MELHOR EQUIPE DE SOM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Marte Um, por Marcos Lopes e Tiago Bello
MELHOR EQUIPE DE SOM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, por Andressa Clain Neves, Hyran de Mula, Ruben Valdes, Marilia Mencucini e Daniel Turini
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM O Afinador de Silêncios, por Paul Bessa
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | SÉRIE DE TV Manhãs de Setembro (episódio 3), por Lito Mendes da Rocha
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | SÉRIE DE TV Turma da Mônica – A Série (episódio 1), por Mariana Falvo
MELHOR EQUIPE DE SOM | SÉRIE DE TV Manhãs de Setembro (2ª temporada, episódio 1), por Evandro Lima, Gabi Cunha, Miriam Biderman e Ricardo Reis
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | VIDEOCLIPE AMEIANOITE, de Pabllo Vittar e Gloria Groove; por Adolpho Veloso
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME ESTUDANTIL Afluências, por Iasmin Soares (Universidade Federal da Paraíba)
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME PUBLICITÁRIO Natura Essencial, por Alex Akira Vecchi
Os atores Douglas Silva e Fernanda Paes Leme farão o primeiro papel como dubladores em Transformers: O Despertar das Feras, da Paramount Pictures, que chega aos cinemas brasileiros no dia 8 de junho. Eles darão voz aos personagens Mirage e Arcee, novos Autobots que serão apresentados neste sétimo filme da franquia.
Douglas conta que cada momento do processo é um desafio: “Apesar de emprestar minha voz para o personagem, eu tenho que colocar algumas nuances diferentes de como eu falo e isso para mim foi o mais desafiador”, explicou. Já Fernanda comenta que dublar era um desejo antigo: “Eu tinha muita vontade e, como a minha voz é muito marcante, eu queria que essa primeira experiência fosse em algo grandioso. Acho que a Arcee tem muito a ver comigo e depois dessa experiência fiquei com vontade de dublar mais coisas ainda”.
Douglas Silva dubla o personagem Mirage
Os dois atores se juntam a um time de peso: além da direção de dublagem assinada por Wendel Bezerra, Guilherme Briggs é a voz oficial de Optimus Prime na versão brasileira. No idioma original, a produção também conta com um elenco estrelado de dubladores, incluindo Michelle Yeoh, Pete Davidson, Peter Dinklage e Michaela Jae Rodriguez.
Em Transformers: O Despertar das Feras, o público vai acompanhar uma aventura com os Autobots nos anos 1990 e conhecerão uma nova geração de Transformers: os Maximals, que serão aliados na batalha contra os Decepticons para salvar a Terra. O longa é baseado na temporada Beast Wars da animação e apresentará o vilão Unicron, um Decepticon capaz de destruir planetas inteiros.
O filme é dirigido por Steven Caple Jr., de Creed II, e produzido por Lorenzo di Bonaventura, de Megatubarão e Bumblebee; o elenco ainda conta com Ron Perlman, Cristo Fernández, Anthony Ramos, Peter Cullen, John DiMaggio, Dominique Fishback, entre outros.
O consagrado diretor de fotografia já ganhou mais de 70 prêmios
Considerado um dos principais fotógrafos e diretores da cinematografia brasileira, Walter Carvalho, membro da Academy of Motion Picture Arts and Sciences, será homenageado pela Associação Brasileira de Cinematografia na cerimônia do Prêmio ABC, que acontecerá no dia 13/05.
Walter Carvalho já recebeu mais de 70 prêmios nacionais e internacionais ao longo da carreira, entre eles, o Golden Frog no Camerimage por Central do Brasil. Como diretor, além de Um filme de Cinema, realizou: Brincante, Raul – O Início, o Fim e o Meio, Budapeste, Moacir Arte Bruta e Lunário Perpétuo. Também codirigiu Cazuza – O Tempo Não Pára, com Sandra Werneck, e Janela da Alma, com João Jardim.
Na televisão, assinou a fotografia de diversas produções da Rede Globo, como: Renascer, O Rei do Gado, O Canto da Sereia, Amores Roubados e, a mais recente, Travessia. Além disso, assinou a fotografia e a direção de O Rebu, Justiça, Os Dias Eram Assim, Onde Nascem os Fortes e Amor de Mãe. Também publicou os livros Contrastes Simultâneos, Fotografia de um Filme e Walter Carvalho, fotógrafo.
O Prêmio ABC, que divulgou recentemente os indicados deste ano (clique aqui), encerra a Semana ABC, evento organizado pela Associação Brasileira de Cinematografia na Cinemateca Brasileira. Neste ano, 14 categorias serão anunciadas na cerimônia, que será apresentada pela atriz Larissa Nunes.
A ABC, Associação Brasileira de Cinematografia, fundada em 2 de janeiro de 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria. Hoje são mais de 450 associados e uma série de atividades realizadas. Através de um fórum, exclusivo para associados, da Sessão ABC, Prêmio ABC, Semana ABC e do Informe ABC e boletim eletrônico enviado a cerca de dois mil assinantes, procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.
Cena do longa Exu e o Universo, de Thiago Zanato: selecionado
A 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, que acontecerá entre os dias 1º e 14 de junho, em São Paulo, anunciou os filmes selecionados para seus dois programas competitivos: a Competição Latino-Americana e o Concurso Curta Ecofalante.
Totalmente gratuito, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais contará com a exibição de mais de 100 títulos, de 30 países, além de debates com convidados especiais e diversas outras atrações; a programação completa será anunciada em breve.
Presente na Mostra Ecofalante desde 2014, a Competição Latino-Americana premia os melhores filmes de temática socioambiental da América Latina. Dos mais de 500 inscritos para esta edição, foram selecionados 33 títulos, entre longas e curtas-metragens, produzidos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru.
Já o Concurso Curta Ecofalante, que selecionou 18 títulos, é uma competição voltada para curtas-metragens produzidos por estudantes. Para participar, os filmes inscritos devem abordar temáticas relacionadas, a pelo menos, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, propostos pela ONU na agenda 2030; são 17 objetivos que abrangem temas como erradicação da pobreza, saúde de qualidade, combate às mudanças climáticas e igualdade de gênero.
Conheça os filmes em competição selecionados para a 12ª Mostra Ecofalante de Cinema:
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | LONGAS
A Ferrugem, de Juan Sebastian Mesa (Colômbia) A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil) A Praia dos Enchaquirados, de Ivan Mora Manzano (Equador) Amazônia, A Nova Minamata?, de Jorge Bodanzky (Brasil) Aqui en la Frontera, de Marcela Ulhoa e Daniel Tancredi (Brasil) Deuses do México, de Helmut Dosantos (México/EUA) Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (Brasil) Exu e o Universo, de Thiago Zanato (Brasil) Mamá, de Xun Sero (México) No Vazio do Ar, de Priscilla Brasil (Brasil) Odisseia Amazônica, de Terje Toomistu, Alvaro Sarmiento e Diego Sarmiento (Peru) Perlimps, de Alê Abreu (Brasil) Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis (Brasil)
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | CURTAS
A Febre da Mata, de Takumã Kuikuro (Brasil) Aribada, de Simon(e) Jaikiriuma Paetau e Natalia Escobar (Colômbia/Alemanha) Chão de Fábrica, de Nina Kopko (Brasil) Entre a Colônia e as Estrelas, de Lorran Dias (Brasil) Estrelas do Deserto, de Katherina Harder Sacre (Chile) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (Brasil) Fantasmagoria, de Juan Francisco González (Brasil) Fogo no Mar, de Sebastián Zanzottera (Argentina) Infantaria, de Laís Santos Araújo (Brasil) Levante pela Terra, de Cuhexê Krahô (Marcelo Costa) (Brasil) Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari (Brasil) Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, de Felipe Larozza e Iuri Salles (Brasil) Quem de Direito, de Ana Galizia (Brasil) Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (Brasil) Tekoha, de Carlos Adriano (Brasil) Terremoto, de Gabriel Martins (Brasil) Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami (Brasil) Um Tempo para Mim, de Paola Mallmann (Brasil) Xar: Sueño de Obsidiana, de Fernando Pereira dos Santos e Edgar Calel (Brasil) Xixiá: Mestre dos Cânticos Fulni-ô, de Hugo Fulni-ô (Brasil)
CONCURSO CURTA ECOFALANTE
A Nossa Festa Já Vai Começar, de Cadu Marques (MA) As Lavadeiras do Rio Acaraú Transformam a Embarcação em Nave de Condução, de Kulumym-Açu (CE) Concha de Água Doce, de Lau Azevedo e João Pires (RS) Da Ponte pra Cá, de Isabela da Silva Alves (SP) (D)elas: Mulheres Pretas e o Direito de Ocupar, de Bruna Lazari Antonio (SP) Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ) Fique na Luz, de David Alves (SP) Medo na Minha Pele, de Braion Souza (SP) O Fundo do Ar é Cinza, de Carolina Magalhães (RJ) Olho D’água, de João Batista e Ivan Russo (RN) Paola, de Ziel Karapotó (PE) Pescadoras em Rede: As Mulheres da Gamboa de Baixo, de Lucas Ribeiro e Luísa Caria (BA) Piratinin, de Leonardo Härter (RS) Puba, de Bruno Bressam, Esther Arruda, Issac Branco e Leão Neto (CE) Reticências, de Mia Marzy (PR) Sou Point 44, Amor, Um Arco-Íris Multicor, de Márcio Paixão (RJ) T de Tubarão, de Pólen Acácio (BA) Xicas de Ianlá, de Juliane S. C. (Brasil)
Michele Matalon e Djin Sganzerla no longa O Mel é Mais Doce que o Sangue
Foram anunciados nesta quarta-feira, 10/05, em uma coletiva de imprensa, os filmes selecionados para a 12ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias 14 e 22 de junho. A programação conta com mais de 80 títulos das mais diversas linguagens, formatos e temáticas, mantendo sua principal característica de instigar a curiosidade do espectador e propor novas abordagens cinematográficas.
Em formato híbrido, o evento terá suas sessões presenciais no Cine Passeio e no Cineplex Novo Batel, em Curitiba, e sessões on-line no Itaú Cultural Play. Neste ano, a abertura do festival acontecerá em um espaço tradicional de Curitiba, a Ópera de Arame, com o longa Casa Izabel, do realizador paranaense Gil Baroni, que foi o grande vencedor do Cine PE do ano passado. Com a participação de importantes referências da cena artística local, o filme volta aos anos 1970 e fabula um aparente refúgio da realidade brasileira onde homens da alta sociedade se encontram para encarnar mulheres em fantasias de luxo e exuberância. Com o nome de Casa Grande Izabel, o espaço esconde muito mais do que os caprichos e devaneios secretos de seus hóspedes.
O encerramento do 12º Olhar de Cinema aposta no horror feminista com Agressor, de Jennifer Reeder, que foi exibido na mostra Panorama do Festival de Berlim. O longa conta a história da adolescente Jonny, que ganha habilidades sobrenaturais através de uma transformação mística ao mesmo tempo em que meninas desaparecem em sua nova escola.
Em 2023, o Olhar de Cinema apresenta um novo formato em sua programação com as novas mostras Competitiva Internacional e Competitiva Brasileira, que contará com premiações para melhor filme, direção, roteiro e atuação, entre outras categorias, além do Prêmio do Público para as duas competitivas. O festival, porém, mantém as mostras Novos Olhares, dedicada a filmes que se destacam pela radicalidade em suas propostas estéticas; Pequenos Olhares, dedicada às crianças; e Mirada Paranaense, dedicada a apresentar ao público um panorama da produção audiovisual do Paraná. A mostra Exibições Especiais passa a ser o novo espaço para filmes brasileiros não inéditos, que se destacaram recentemente, somados a filmes internacionais importantes do último ano.
A Mostra Foco também chega diferente nesta 12ª edição, apresentada em parceria com o RIDM, Rencontres Internationales du Documentaire de Montréal, a filmografia de um território: o cinema documental contemporâneo produzido em Quebec, província canadense de colonização francesa. Outra novidade deste ano é a parceria com o Itaú Cultural Play, plataforma em que será exibida a programação on-line do festival; espectadores de todo o Brasil poderão assistir à maior parte dos curtas brasileiros selecionados entre os dias 20 de junho e 4 de julho.
Mostras queridas e esperadas pelo público do Olhar de Cinema também agitam a programação deste ano, como a Olhares Clássicos. Já a mostra Olhar Retrospectivo se volta para um dos cineastas que melhor explorou a modificação dos corpos na tela, na interação entre maquínico e orgânico: David Cronenberg. Nascido em Toronto, em 1943, o realizador canadense dirigiu 47 trabalhos ao longo de quase seis décadas. Frente ao desafio de propor um recorte dessa filmografia tão prolífica quanto provocadora, a mostra privilegiou os primeiros 25 anos da sua trajetória, exibindo sete de seus filmes mais representativos. Suas obras flertam com gêneros reconhecíveis, particularmente a ficção científica e o cinema de terror, mas vão além dos códigos convencionais.
Desde 2012, o festival já exibiu cerca de 900 produções e levou mais de 150 mil pessoas às salas de cinema e mais de 30 mil pessoas para as sessões on-line, valorizando o cinema independente mundial.
Conheça os filmes selecionados para o Olhar de Cinema 2023:
FILME DE ABERTURA Casa Izabel, de Gil Baroni (Brasil)
FILME DE ENCERRAMENTO Agressor (Perpetrator), de Jennifer Reeder (EUA)
COMPETITIVA BRASILEIRA | LONGAS Neirud, de Fernanda Faya O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon O Policial e a Pastora, de Alice Riff Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin Zé, de Rafael Conde
COMPETITIVA BRASILEIRA | CURTAS Apocalypses Repentinos, de Pedro Henrique As Inesquecíveis, de Rafaelly (La Conga Rosa) Cemitério Verde, de Maurício Chades Kanau’Kyba, de Gustavo Caboco O Mar Também é Seu, de Michelle Coelho Ramal, de Higor Gomes Thuë Pihi Kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Virtual Genesis, de Arthur B. Senra
COMPETITIVA INTERNACIONAL | LONGAS A Migração Silenciosa (Stille Liv), de Malene Choi (Dinamarca) ANHELL69, de Theo Montoya (Colômbia/Romênia/França/Alemanha) Lembranças de Todas as Noites (Subete no Yoru wo Omoidasu), de Yui Kiyohara (Japão) Disco Boy, de Giacomo Abbruzzese (França) No Cemitério do Cinema (Au Cimetière de la Pellicule), de Thierno Souleymane Diallo (França/Senegal/Guiné/Arábia Saudita) Lugar Seguro (Sigurno Mjestro), de Juraj Lerotić (Croácia)
COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTAS A Mecânica dos Fluídos (La Mécanique des Fluides), de Gala Hernández López (França/Espanha) A Moça (The Lady), de Fardin Ansari (Irã) Fuga de Visão (瞥漏), de Zuqiang Peng (China) Humano Não-Humano (Human Not Human), de Natan Castay (Bélgica) Maria Schneider, 1983, de Elisabeth Subrin (França/EUA) Paralelo 45º (45TH Parallel), de Lawrence Abu Hamdan (Reino Unido) Pele de Mãe (Mother’s Skin), de Leah Johnston (Canadá) Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal) Uma Espécie de Testamento (Un Genre de Testament), de Vuillemin Stephen (França)
NOVOS OLHARES A Portas Fechadas, de João Pedro Bim (Brasil) A Vida e as Estranhas e Surpreendentes Aventuras de Robinson Crusoé, que Viveu Vinte e Oito Anos Sozinho em uma Ilha e Disse que Era Dele (Het Leven en de Vreemde Verrassende Avonturen van Robinson Crusoe Die Acht en Twintig Jaar Helemaal Alleen op een Bewoond Eiland Leefde en Zei Dat Het Van Hem Was), de Benjamin Deboosere (Bélgica) Desvío de Noche, de Paul Chotel e Ariane Falardeau St-Amour (Canadá) Mudos Testemunhos (Mudos Testigos), de Jerónimo Atehortúa e Luis Ospina (Colômbia/França) Notas do Eremoceno (Poznámky Z Eremocénu), de Viera Čákanyová (Eslováquia/República Checa) O Mel é Mais Doce que o Sangue, de André Guerreiro Lopes (Brasil)
MIRADA PARANAENSE | LONGAS Fale Comigo Verão: O Diário de um Cineasta Amador, de Evandro Scorsin Solange, de Nathália Tereza e Tomás Osten
MIRADA PARANAENSE | CURTAS A Trilha Sonora de um Bairro, de Carlos Alberto Moura e Danilo Custódio Blackout, de Rodrigo Grota Menininha, de Débora Zanatta Midríase, de Eduardo Monteiro Pés que Sangram, de Roberta Takamatsu Pixo na Cidade Modelo, de Willian Germano Sereia, de Estevan de la Fuente Só por Hoje, de Stilo Eustachio, Dionwiul e Jessica Candal
FOCO QUÉBEC: PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS Bestiário (Bestiaire), de Denis Côté Kassinu, de Uapukun Mestokosho McKenzie Katatjatuuk Kangirsumi (Cantos Guturais em Kangirsuk), de Eva Kaukai e Manon Chamberland L.A. Tea Time, de Sophie Bédard Marcotte Manitushiss (Vírus), de Réal Junior Leblanc Milikᵘ tshishutshelimunuau (Conceda-me sua Confiança), de Isabelle Kanapé Novembro (Novembre), de Iphigénie Marcoux-Fortier e Karine van Ameringen O Innu do Futuro (L’Innu du Futur), de Stéphane Nepton Perdi Minha Mãe (J’ai Placé Ma Mère), de Denys Desjardins Xalko, de Hind Benchekroun e Sami Mermer
OLHARES CLÁSSICOS A Paixão da Lembrança (The Passion of Remembrance), de Maureen Blackwood e Isaac Julien (1986) (Reino Unido) A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura (1974) (Brasil) Cría Cuervos, de Carlos Saura (1976) (Espanha) En Rachâchant, de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet (1982) (França) Jeanne Dielman (Jeanne Dielman, 23, quai du Commerce, 1080 Bruxelles), de Chantal Akerman (1975) (Bélgica) No Calor da Noite (In The Heat of the Night), de Norman Jewison (1967) (EUA) Salomé, de Charles Bryant e Alla Nazimova (1923) (EUA)
OLHAR RETROSPECTIVO | DAVID CRONENBERG A Mosca (The Fly) (1986) (EUA/Canadá) Calafrios (Shivers) (1975) (Canadá) Crash: Estranhos Prazeres (1996) (Canadá/Reino Unido) eXistenZ (1999) (Canadá/Reino Unido/França) Gêmeos: Mórbida Semelhança (Dead Ringers) (1988) (EUA/Canadá) Ralo Acima (From the drain) (1967) (Canadá) Videodrome: A Síndrome do Vídeo (1983) (Canadá)
EXIBIÇÕES ESPECIAIS A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil) Anotações para um Filme (Notas Para Una Película), de Ignacio Agüero (Chile) Caixa Preta, de Bernardo Oliveira e Saskia (Brasil) Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (Brasil) Lá nas Matas Tem, de Pedro Aspahan e César Guimarães (Brasil) O Acidente, de Bruno Carboni (Brasil) O Muro das Mortes (Le Mur Des Morts), de Eugène Green (França)
PEQUENOS OLHARES | LONGA-METRAGEM Fabulosos João e Maria, de Arnaldo Galvão (Brasil)
PEQUENOS OLHARES | CURTAS-METRAGENS A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (Brasil) A Pedra Mágica (La piedra mágica), de Paula Herrera Vivas (Argentina) Coelhitos e Gambazitas, de Thomas Larson (Brasil) De Miau a Pior, de Rodrigo Toporov (Brasil) Diafragma, de Robson Cavalcante (Brasil) Jussara, de Camila Ribeiro (Brasil) Shackle, de Ainslie Henderson (Escócia) Teo, o menino azul, de Hygor Amorim (Brasil)
O Indie Festival foi criado em 2001, em Belo Horizonte com a missão de levar o cinema independente internacional ao maior público possível no Brasil. O festival visa fornecer uma alternativa cultural à experiência do cinema comercial, apoiar cineastas independentes e promover a arte do cinema.
Com curadoria de Daniella Azzi e Francesca Azzi, em sua 21ª edição, que acontecerá entre os dias 25 e 31 de maio, em Belo Horizonte, no Centro Cultural Unimed-BH Minas, a programação gratuita contará com títulos de João Canijo, Bas Devos, Angela Schanelec, André Téchine, Abbas Fahdel, Ira Sachs, Jerzy Skolimowski, Laura Citarella e muito mais.
A programação deste ano apresenta 21 longas, de 13 países, e está dividida em três programas. A Mostra Mundial traz dez filmes contemporâneos que fazem sua estreia no Brasil, entre eles: o português Mal Viver, de João Canijo, vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Berlim deste ano; Music, da diretora alemã Angela Schanelec, eleito o melhor roteiro da Berlinale; Here, do belga Bas Devos, que levou o prêmio de melhor filme da mostra Encounters, em Berlim; entre outros.
A mostra Première traz cinco filmes em pré-estreia que em breve estarão no circuito brasileiro. Destaque para a estreia nacional de Passages, do diretor americano Ira Sachs com roteiro do brasileiro Mauricio Zacharias; e o polonês EO, de Jerzy Skolimowski, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes e indicado ao Oscar de melhor filme internacional.
A Sessão Clássica, que destaca títulos restaurados e cults, apresenta filmes de Robert Bresson, Pedro Costa, Jean-Luc Godard, Jim Jarmusch, Alain Resnais e Roberto Rossellini. O Indie traz também dois filmes com recursos de acessibilidade com Libras, audiodescrição e legenda descritiva: Acossado, de Godard, que será exibido em duas versões, com acessibilidade e sem acessibilidade; e o filme argentino O Futuro Perfeito, de Nele Wohlatz.
Conheça os filmes selecionados para o Indie Festival 2023:
MOSTRA MUNDIAL
Almas Gêmeas (Les Âmes Soeurs), de André Téchiné (França) Contos da Casa Roxa (Tales of The Purple House), de Abbas Fahdel (Líbano) Here, de Bas Devos (Bélgica) Jornada ao Oeste (Journey To The West), de Kong Dashan (China) Mal Viver, de João Canijo (Portugal) Music, de Angela Schanalec (Alemanha/França/Sérvia) O Cordão da Vida (The Cord Of Life), de Qiao Sixue (China) Trenque Lauquen – parte 1, de Laura Citarella (Argentina) Trenque Lauquen – parte 2, de Laura Citarella (Argentina) Viver Mal, de João Canijo (Portugal)
PREMIÈRE
A História da Minha Mulher (A feleségem története), de Ildikó Enyedi (Alemanha/França/Hungria/Itália) Crônica de uma Relação Passageira (Chronique d’une liaison passagère), de Emmanuel Mouret (França) EO, de Jerzy Skolimowski (Polônia/Itália) Passages, de Ira Sachs (França) Uma Vida Sem Ele (À propos de Joan), de Laurent Larivière (França/Alemanha/Irlanda)
SESSÃO CLÁSSICA
A Grande Testemunha (Au Hazard Balthazar), de Robert Bresson (1966) (França/Suécia) Acossado (À bout de souffle), de Jean-Luc Godard (1960) (França) Estranhos no Paraíso (Stranger Than Paradise), de Jim Jarmusch (1984) (EUA) Hiroshima, Meu Amor (Hiroshima mon amour), de Alain Resnais (1959) (França/Japão) O Sangue, de Pedro Costa (1989) (Portugal) Stromboli, de Roberto Rossellini (1950) (Itália)