Cena do curta alagoano O Canto, de Isa Magalhães e Izabella Vitório
A terceira edição do Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul, o FALA São Chico, acontecerá entre os dias 19 e 22 de junho e registrou recorde em número de inscritos com 467 filmes; 20% a mais que no ano anterior.
Neste ano, a programação exibirá 16 curtas-metragens documentais. Entre os selecionados pelo evento realizado pela Associação Cultural Panvision, destaque para a forte presença da temática socioecológica nas obras, além da participação de um país inédito no festival.
Na lista, filmes da Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, Peru e Porto Rico, país que terá, pela primeira vez, um filme exibido no FALA; oito estados brasileiros contam com pelo menos um representante. E, de Santa Catarina, três obras foram selecionadas.
A curadoria do 3º FALA São Chico, que destaca documentários, foi composta por Marilha Naccari, Marina Simioli e Spike Luu. De acordo com o grupo, a seleção foi desafiadora dada a qualidade dos filmes recebidos: “Estamos sempre em busca de entender o diálogo entre público e filmes inscritos. Temos desafios regionais, além da interlocução com documentários para o público infantojuvenil. Como parte dessa construção conjunta, neste ano teremos oficialmente um espaço de diálogo e perguntas ao final das sessões noturnas”, explica Marilha Naccari, diretora de programação da Panvision.
No FALA 2024, a temática socioecológica ganha força com filmes que retratam sobre desmatamento, reciclagem, reutilização, entre outras abordagens. A seleção também traz outros temas políticos-sociais, com diversas visões, de várias localidades; expressões artísticas e culturais, da música à culinária; e representações de personagens e seus ofícios. A presença de mulheres na direção das obras também é destaque: 10 dos 16 filmes selecionados contam com diretoras.
“Recebemos um número incrível de obras muito boas, de bastante qualidade. O trabalho da curadoria é sempre um desafio muito gostoso, onde buscamos alinhar os objetivos e especificidades do festival, da localidade, do público e do contexto atual, ao mesmo tempo que também buscamos experimentar e proporcionar novas realizações e temáticas para os espectadores. O público que for presenciar o festival com certeza vai se divertir, se emocionar, refletir e vai sair completamente diferente de como chegou para assistir a sessão”, destaca o diretor e roteirista audiovisual Spike Luu.
Dos diretores selecionados, sete fazem sua estreia. Cinco filmes terão sua primeira exibição no 3º FALA São Chico. Ainda, três serão exibidos pela primeira vez no Brasil e oito estreiam em terras catarinenses. Os filmes que serão exibidos na mostra Infantojuvenil e o longa de encerramento serão anunciados em breve.
Conheça os filmes selecionados para o FALA São Chico 2024:
MOSTRA CURTAS
A Trilha Sonora de um Bairro, de Betinho Celane e Danilo Custódio (Brasil, PR) Camilo e Lucia: Dois Corações de um Lugar, de Daniel Lobo (Brasil, RJ/Peru) Depois da Margem, de Rodrigo Guimarães (Brasil, MG) Linha Final, de Valentina Peroni (Brasil, RS) Marta: Consertadora de Guarda Chuva, de Dannyel Leite (Brasil, SP) Néctar do Tempo, de Pedro Rodrigues (Brasil, BA) O Canto, de Isa Magalhães e Izabella Vitório (Brasil, AL) O Fundo do Ar é Cinza, de Carol Magalhães (Brasil, RJ)
MOSTRA CURTAS | FILMES CATARINENSES
Falando em Cifras, de Maria Clara Dinali (Joinville) Grupo Escola Felipe Schmidt: Um Lugar de Memórias de São Francisco do Sul, de Alcides Goularti Filho (São Francisco do Sul) Quando Cresce a Bela Polenta, de Joana Victorino Deschamps (Brusque/Nova Trento)
MOSTRA CURTAS | FILMES LATINO-AMERICANOS
A Menos que Bailemos, de Fernanda Pineda Palencia e Hanz Rippe Gabriel (Colômbia) Dos Años Sin Miguel, de Stefania Gozzer Arias, Enrico Guerreschi, Rafael Regalado e Vitor Colares (Brasil, MG/Cuba) Ensayo para la Memoria, de Denise Chirich (Argentina) Mientras Todo Iba Pasando, de Sandra Rodríguez e Arón Núnez Curto (Peru) Réplicas, de Natasha Julyanne (Porto Rico)
David Santos no longa cearense Quando Eu Me Encontrar
Foram anunciados nesta quinta-feira, 16/05, os filmes selecionados para as mostras competitivas da 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória, o maior evento de cinema e audiovisual do Espírito Santo, que acontecerá entre os dias 20 e 25 de julho no Sesc Glória.
Neste ano, entre 1.217 produções inscritas, 78 filmes foram selecionados: 73 curtas e cinco longas-metragens, que apresentam um recorte da produção audiovisual brasileira contemporânea. As obras escolhidas pela comissão de seleção serão exibidas nas 12 mostras competitivas que compõem a programação do evento. Além das exibições, o Festival de Cinema de Vitória 2024, que tem entrada gratuita, contará com lançamentos de filmes, debates, formações e homenagens que transformarão a cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro.
Para Lucia Caus, diretora do 31º Festival de Cinema de Vitória, os filmes selecionados apresentam um recorte apurado da produção audiovisual brasileira recente: “Recebemos produções de todo o Brasil que apresentam um olhar plural sobre a cultura brasileira. Os realizadores, de várias regiões, mostram a grandeza do cinema feito no país. Todo potencial visto pela nossa curadoria permite que o público assista gratuitamente a longas, curtas, videoclipes, com diferentes formatos que encantam pessoas de diversas idades. Tornar viva a memória do cinema brasileiro é parte da nossa missão enquanto organização do evento”.
As produções concorrem ao Troféu Vitória em 35 categorias. A escolha dos vencedores é feita pelo Júri Técnico do festival, composto por especialistas e profissionais ligados ao audiovisual brasileiro, além do Troféu Vitória de melhor filme pelo Júri Popular em todas as mostras competitivas.
Conheça os filmes selecionados para o 31º Festival de Cinema de Vitória:
28ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS
Axé meu Amor, de Thiago Costa (PB) Como Chorar sem Derreter, de Giulia Butler (RJ) Deusa Menina, de Juane Vaillant (ES) Dias de Pouco Pão e Zero Sonho, de Saskia Sá (ES) Eu Fui Assistente de Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro (RJ) Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ) Quebrante, de Janaina Wagner (SP/PA) Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP) Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL) Saudades em Cor, de Arthur Felipe Fiel (ES) Se Eu Tô Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro (RJ) Travessia, de Karol Felício (ES) Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF) Viventes, de Fabrício Basílio (RJ) Vollúpya, de Jocimar Dias Jr. e Éri Sarmet (RJ) Zagêro, de Victor di Marco e Márcio Picoli (RS)
14ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS
Café, Pepi e Limão, de Adler Kibe Paz e Pedro Léo (BA) Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel (DF) Presença, de Erly Vieira Jr (ES) Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena (CE) Sekhdese, de Graciela Guarani e Alice Gouveia (PE)
24º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA
Fios, de Ranny Vidal (RJ) Juzé, de Raquel Garcia (CE) Menino Monstro, de Guilherme Alvernaz (SP) Osmose, de Camilla Martinez (SP) Para que Eu Não Esqueça, de Marcos Oliveira (RS) Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (MG) Sacis, de Bruno Brennec (MG)
14ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES
Ficção Suburbana, de Rossandra Leone (RJ) Onde está Mymye Mastroiagnne?, de biarrritzzz (PE) Pirenopolynda, de Izzo Vitório, Breno Victor e Tita Maravilha (GO/DF/CE) Quando Você Vem me Visitar, de Henrique Arruda (PE)
13ª MOSTRA FOCO CAPIXABA
Fala, Vô!, de Felipe Risallah (ES) Mulheres Maratimbas, de Thais Helena Leite (ES) O Caboclo do Sapê, de Ricardo Sá (ES) O T-Rex e a Pedra Lascada, de Luã Ériclis (ES)
13ª MOSTRA CORSÁRIA
A Última Valsa, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP) Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG) Guarda vieja 3458 timbre 3/6, de Karen Akerman e Miguel Seabra Jr (RJ) Prólogo, de Natália Dornelas (ES) Yãmî Yah-Pá: Fim da Noite, de Vladimir Seixas (RJ)
11ª MOSTRA OUTROS OLHARES
A Mulher Invisível, de R.B. Lima (PB) Alienígena, de Ricardo Peres e Wagner Lima Mendes (CE) Canto das Areias, de Maíra Tristão (ES) Celebrazione, de Luiz Carlos Lacerda (RJ) Macaléia, de Rejane Zilles (RJ) Nó em Ponta de Estrela, de Helena Santos (ES/RJ) Tiranossauro, de Fausto Prieto e Ingrid Gaigher (SP)
9ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE
Baobab, de Bea Gerolin (PR) Escavação, de Alex Reis (RJ) Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA) O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa (MG) Pedagogias da Navalha: Se a Palavra é um Feitiço, Minha Língua é uma Encruzilhada, de Colle Christine, Alma Flora e Tiana Santos (RJ)
9ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA
A Velhice ilumina o Vento, de Juliana Segóvia (MT) Aquela Mulher, de Cristina Lago e Marina Erlanger (RJ) Maré Braba, de Pâmela Peregrino (BA/CE) Uma Mulher Comum, de Debora Diniz (SP/Argentina)
7ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL
A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida (DF) Antes que o Porto Venha, de Isabela Narde (ES) Bauxita, de Thamara Pereira (MG) Elizabeth, de Alceu Luís Castilho, Luís Indriunas e Vanessa Nicolav (PB)
6ª MOSTRA DO OUTRO LADO | CINEMA FANTÁSTICO
Arapuca, de Joel Caetano (SP) Curacanga, de Mateus Di Mambro (BA) Do Observatório me Viram, de Thaís Silva e Giovanna Giovanini (MG/RJ)
8ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES
Água Salgada, de Wyucler Rodrigues (Artista: Ada Koffi) (ES) Babilônia, de Ricardo Monteiro (Artista: Pedro Santos) (SP) Boca do Cais, de Luna Colazante (Artistas: Murica feat. Yung Vegan) (DF) Cobra Coral, de Julia K. Rojas (Artistas: Simon Aftalion feat. Orquidália e Nalu) (PR) Forte como Fogo, de Mariano Tavares e Rita Machado (Artista: Mariano Tavares) (RN) Longe do Medo, de Luiz Vilemen da Fonte (Artista: Felipe S.) (PE/SP) Louva Deusa, de Pedro Henrique França (Artista: Letrux) (RJ) Mais Aceso que o Diabo, de Juno (Artista: Apenas Juno) (RN) Mais uma Vez, de Pablo Violante (Artistas: Jovem Ch, Lipinho e Gabrá) (RJ) Meredith Monk/Mete Dance, de Mooluscos (Artistas: Yma & Jadsa) (SP) Moço, de Luana Luz Iamamoto (Artista: Luana Luz Iamamoto) (SP) Palavras Mágicas, de Carlon Hardt (Artistas: Renan Inquérito, Emicida e Adriana Partimpim) (PR) Quando Quiser, de Diego Moreira Barreto (Artista: Depratie) (SP) Tirar o Melhor do Pior, de Everton Radael (Artista: Auri) (ES)
A 77ª edição do Festival de Cannes começou com grades emoções no Palais des Festivals nesta terça-feira, 14/05, na França. A noite de abertura foi marcada pela entregue da Palma de Ouro honorária para a consagrada atriz norte-americana Meryl Streep.
No Grand Théâtre Lumière, foi ovacionada pelo público e recebida no palco pela atriz francesa Juliette Binoche, que se emocionou ao apresentar a homenagem: “Você mudou a maneira como olhamos para as mulheres”. O júri deste ano, presidido por Greta Gerwig, também marcou presença.
Em seu discurso, Streep, que foi premiada no Festival de Cannes em 1989 por sua atuação em Um Grito no Escuro, de Fred Schepisi, e única vez que passou pela Croisette, disse: “Este prêmio é único no mundo do cinema e estou muito, muito honrada em recebê-lo”. Além de agradecer seu agente Kevin Huvane, com quem trabalha profissionalmente há 33 anos, também destacou o trabalho de J. Roy Helland, seu cabeleireiro e maquiador: “Ele é responsável por quase todos os personagens que interpretei no último meio século”.
Ela lembrou que a última vez que esteve em Cannes, há 35 anos, estava prestes a completar 40 anos e era mãe de três filhos: “Achei que minha carreira havia acabado. E essa não era uma expectativa irreal para as atrizes daquela época. E a única razão pela qual estou aqui esta noite e porque isso continuou é por causa de artistas muito talentosos com quem trabalhei, incluindo a madame la presidente Greta Gerwig”; elas trabalharam juntas no longa Adoráveis Mulheres.
Meryl Streep começou sua carreira nos palcos de Nova York depois de finalizar os estudos de teatro. Entre pequenos trabalhos, logo se destacou em O Franco Atirador, de Michael Cimino, ao lado de Robert De Niro. O filme foi premiado com cinco estatuetas douradas no Oscar e rendeu sua primeira indicação no prêmio da Academia na categoria de melhor atriz coadjuvante.
Depois disso, apareceu em Manhattan, de Woody Allen, e A Vida Íntima de um Político, de Jerry Schatzberg. Em 1980 levou seu primeiro Oscar: melhor atriz coadjuvante por Kramer vs. Kramer, de Robert Benton. Com isso, ganhou rapidamente reconhecimento do público, da crítica e da indústria.
Juliette Binoche, Meryl Streep e Greta Gerwig no palco
Ao longo dos anos, foram muitos filmes, séries e prêmios: em 1983 levou o Oscar de melhor atriz por A Escolha de Sofia; e em 2012 por A Dama de Ferro. Entre 21 indicações no mais consagrado prêmio do cinema, venceu três. Seu currículo conta também com 29 indicações ao Globo de Ouro e oito vitórias, entre elas: A Mulher do Tenente Francês, O Diabo Veste Prada e Julie & Julia.
No Festival de Berlim, no qual também foi homenageada, foi premiada por sua atuação em As Horas, de Stephen Daldry, compartilhado com suas colegas de cena Nicole Kidman e Julianne Moore. Também foi consagrada no BAFTA, César, Critics Choice Awards, Prêmio David di Donatello, Emmy Awards, Satellite Awards, National Board of Review, SAG Awards, entre outros.
Foi indicada ao Grammy Awards diversas vezes, entre elas, pelo musical Mamma Mia!. Além de Berlim, também foi homenageada nos festivais de San Sebastián, Toronto, Telluride, entre outros.
Nas telonas, também se destacou em: Entre Dois Amores, de Sydney Pollack; Lembranças de Hollywood, de Mike Nichols; A Morte lhe Cai Bem, de Robert Zemeckis; The Post: A Guerra Secreta, de Steven Spielberg; Adaptação, de Spike Jonze; As Pontes de Madison, de Clint Eastwood; Música do Coração, de Wes Craven; A Última Noite, de Robert Altman; entre muitos outros.
Ao longo de sua carreira, Meryl Streep nunca se esquivou de denunciar publicamente a posição precária das mulheres na indústria cinematográfica. Consciente das questões que envolvem a representação das mulheres nos filmes de Hollywood, e ansiosa por encarnar todas as suas facetas em toda a sua complexidade e fragilidade, Meryl desempenha uma grande variedade de papéis e gêneros.
Sua trajetória conta também com alguns filmes biográficos, como Florence: Quem é Essa Mulher?, de Stephen Frears; sátiras políticas como Leões e Cordeiros, de Robert Redford e Não Olhe para Cima, de Adam McKay; e filmes familiares como Caminhos da Floresta, de Rob Marshall. Sua carreira na sétima arte segue com: Amor à Primeira Vista, A Casa dos Espíritos, As Filhas de Marvin, Sob o Domínio do Mal, Desventuras em Série, Álbum de Família, Ricki and the Flash: De Volta para Casa, As Sufragistas, Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo, entre outros. Na TV e streaming também ganhou destaque em produções como Only Murders in the Building, Big Little Lies e Angels in America.
Atriz ovacionada no Festival de Cannes
Em comunicado oficial, Iris Knobloch, presidente do festival, e Thierry Frémaux, diretor geral do Festival de Cannes, disseram: “Todos nós temos algo de Meryl Streep em nós! Porque ela atravessou quase 50 anos de cinema e incorporou inúmeras obras-primas. Meryl Streep faz parte da nossa imaginação coletiva, do nosso amor partilhado pelo cinema”.
Além da entrega da Palma de Ouro Honorária, a noite de abertura contou também com a exibição do longa Le Deuxième Acte, de Quentin Dupieux, fora de competição, com Léa Seydoux, Louis Garrel, Vincent Lindon, Raphaël Quenard, Manuel Guillot e Françoise Gazio no elenco.
No dia seguinte à homenagem, Streep participou de uma conversa com convidados e falou sobre a noite anterior: “Tive uma onda de emoção. Todas aquelas lágrimas na plateia, foram muitas. Fiquei emocionada com todo esse amor aqui em Cannes porque lá em casa ninguém me respeita!”.
Sobre sua relação com o cinema francês, comentou: “Tenho um pouco de vergonha de dizer que não vejo filmes suficientes. Não há horas suficientes no dia e na maior parte do tempo estou ocupado com minha vida familiar. Além disso, estou tão velha que já trabalhei com todo mundo. E se eu não ver os filmes deles primeiro, isso realmente me torna um idiota! Mas adorei Camille Cottin em todos os episódios de Ten Percent, e fui dormir muito tarde ontem à noite por causa do filme de Dupieux que adorei!”.
Outro assunto abordado foi o protagonismo feminino nos filmes: “Hoje, as maiores estrelas do mundo são as mulheres. Foi muito diferente quando comecei. Naquela época, tudo sempre girava em torno de um superstar masculino. Os papéis femininos eram secundários. Os filmes são projeções dos sonhos de quem os realiza. Até os grandes produtores têm sonhos! Para as mulheres não era muito difícil imaginar-se com uma contraparte masculina, enquanto era extremamente desafiador para os homens sonhar com uma personagem feminina”. Meryl finalizou a conversa com um conselho para jovens atores e atrizes: “Não desista! Não desista! Não desista!”.
O 77º Festival de Cannes segue até 25 de maio com uma programação intensa com filmes em competição, exibições especiais, debates, mostras paralelas e outras atividades.
Fotos: Pascal Le Segretain, Andreas Rentz e Daniele Venturelli/Getty Images.
Foram anunciados neste domingo, 12/05, os vencedores da 35ª edição do GLAAD Media Awards, que reconhece e homenageia os meios de comunicação e artistas por suas representações justas, precisas e inclusivas da comunidade LGBTQIA+ e os problemas que afetam sua vidas.
A cerimônia de premiação aconteceu em Nova York e foi apresentada por Ross Mathews. Neste ano, a comédia Clube da Luta para Meninas venceu na categoria principal de melhor filme. Além disso, a atriz e cantora Jennifer Hudson foi homenageada com o Excellence in Media Award e recebeu tal honraria das mãos de Laverne Cox; o músico Orville Peck recebeu o Vito Russo Award, que foi entregue por Jennifer Lawrence.
Neste ano, o Brasil estava na disputa com o documentário Uýra – A Retomada da Floresta, de Juliana Curi. Vale lembrar que o GLAAD Media Awards realiza duas cerimônias: a primeira aconteceu no dia 14 de março, em Los Angeles, com o anúncio dos primeiros vencedores.
A GLAAD, Gay & Lesbian Alliance Against Defamation, é uma ONG americana que monitora publicações relacionadas ao público LGBTQIA+ na mídia. Foi fundada em novembro de 1985 por jornalistas e escritores em resposta à uma cobertura sensacionalista do New York Post sobre a epidemia da AIDS. Desde 1990 realiza uma premiação, conhecida como GLAAD Media Awards, que já se tornou a premiação anual LGBTQ mais visível do mundo, com mensagens poderosas de aceitação para o público global.
Conheça os vencedores do 35º GLAAD Media Awards nas categorias de cinema:
MELHOR FILME | GRANDE LANÇAMENTO Clube da Luta para Meninas, de Emma Seligman
MELHOR FILME | LANÇAMENTO LIMITADO Monica, de Andrea Pallaoro
MELHOR DOCUMENTÁRIO Beyond the Aggressives: 25 Years Later, de Daniel Peddle
MELHOR FILME PARA TV OU STREAMING Rustin, de George C. Wolfe
Foram anunciados neste domingo, 12/05, os vencedores da 15ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, já considerado um evento habitual no panorama cultural da cidade de Lisboa, que aconteceu no Cine Turim, no Auditório Liceu Camões, no Cine Incrível e no Fórum Lisboa.
Neste ano, o Prêmio Pessoa de melhor longa de ficção foi para o brasileiro Mais Pesado é o Céu, dirigido pelo cineasta cearense Petrus Cariry. Rodada no sertão nordestino, a trama acompanha o encontro de Antônio, vivido por Matheus Nachtergaele, e Teresa, interpretada por Ana Luiza Rios, que, por motivos diferentes, pegam a estrada em busca de reconstruir a vida. Diante de um Brasil devastado pela crise moral e política, os dois acolhem um bebê abandonado e formam uma família improvável sob o sol escaldante do interior do Ceará.
Para esta 15ª edição, o júri foi formado por: Cesar Meneghetti, Dulce Fernandes e Eric Santos nos longas de ficção; Jorge Pais, Ilana Oliveira e Paula Sousa nos documentários; e Alexei Waichenberg, João Carlos e Pedro Henriques nos curtas.
Nesta edição comemorativa dos seus 15 anos, o festival celebrou a língua portuguesa com uma programação repleta de estreias exclusivas para o público lisboeta, incluindo títulos ainda não disponíveis nas plataformas de streaming em Portugal. Além das mostras competitivas, a programação contou também com exibições paralelas, como a Mostra Cinema Brasileiro.
A abertura do evento exibiu Mamonas Assassinas: O Filme, de Edson Spinello; já o encerramento contou com Mussum, o Filmis, dirigido por Silvio Guindane. Para celebrar seus 15 anos de existência, o FESTin 2024 realizou uma retrospectiva das edições anteriores, apresentando alguns dos filmes que marcaram sua história.
Conheça os vencedores do FESTin 2024:
MELHOR FILME | FICÇÃO | PRÊMIO PESSOA Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry (Brasil)
MENÇÃO HONROSA | FICÇÃO A Festa de Léo, de Luciana Bezerra e Gustavo Melo (Brasil)
MELHOR FILME | VOTO DO PÚBLICO Na Mata dos Medos, de António Borges Correia (Portugal)
MELHOR DIREÇÃO Petrus Cariry, por Mais Pesado é o Céu
MELHOR ATOR Caco Ciocler, por As Polacas
MELHOR ATRIZ Cintia Rosa, por A Festa de Léo
MELHOR DOCUMENTÁRIO De Longe Toda Serra é Azul, de Neto Borges (Brasil)
MENÇÃO HONROSA | DOCUMENTÁRIO Rua Aurora: Refúgio de Todos os Mundos, de Camilo Cavalcante (Brasil)
MELHOR DOCUMENTÁRIO | VOTO DO PÚBLICO Lindo, de Margarida Gramaxo (Portugal)
MELHOR CURTA-METRAGEM Joia, de Jonathan Samukange (Angola)
MENÇÃO HONROSA | CURTA-METRAGEM Bodas de Ouro, de Liza Gomes (Brasil)
MELHOR CURTA-METRAGEM | VOTO DO PÚBLICO Joia, de Jonathan Samukange (Angola)
MELHOR FILME INFANTIL | VOTO DO PÚBLICO Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (Brasil)
MELHOR FILME | MOSTRA OS DIFERENTES SOTAQUES DA LUSOFONIA O Afinador de Silêncios, de Mário Patrocínio (Portugal)
Vera Holtz e Arlete Salles em Tia Virgínia, de Fabio Meira
A ABC, Associação Brasileira de Cinematografia, fundada em 2 de janeiro de 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria.
Hoje são mais de 440 associados e uma série de atividades realizadas. Através de um fórum, exclusivo para associados, da Sessão ABC, Prêmio ABC, Semana ABC, Informe ABC e boletim eletrônico enviado a cerca de dois mil assinantes, procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.
A ABC ainda atua na área do direito autoral, seguindo a tendência de reconhecimento dos direitos legais de coautoria nas obras audiovisuais nos moldes que já vêm ocorrendo em alguns países europeus. Aperfeiçoando-se no dia a dia da convivência entre os colegas, a Associação, hoje a maior do gênero no país, planeja um crescimento orgânico, com ênfase na qualidade dos seus quadros, para proporcionar uma melhor qualificação técnica, artística e ética para os profissionais da produção audiovisual brasileira.
O Prêmio ABC de Cinematografia, que encerra a programação da Semana ABC, teve sua primeira edição em 2001. Os vencedores deste ano serão anunciados no sábado, 18/05, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, em cerimônia apresentada pela atriz Karine Teles. Os trabalhos premiados nas 13 categorias são escolhidos por meio de votação dos sócios e sócias da ABC, o que transforma o Prêmio ABC em uma das principais premiações brasileiras, em que o reconhecimento vem dos próprios pares, neste caso, profissionais da cinematografia.
Conheça os finalistas ao Prêmio ABC 2024:
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Bem-vinda, Violeta!, por Gustavo Hadba Luz nos Trópicos, por Pedro Urano e Paula Gaitán Meu Nome é Gal, por Pedro Sotero O Espaço Infinito, por Pedro Maffei Rio do Desejo, por Adrian Teijido Tinnitus, por Rui Poças
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Chic Show, por Léo Bittencourt Nada Sobre Meu Pai, por Rafael Mazza Quando Falta o Ar, por Léo Bittencourt Quantos Dias Quantas Noites, por Vitor Amati Vento na Fronteira, por Alziro Barbosa Visions in The Dark, por Pedro Rocha
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Bem-vinda, Violeta!, por Mariela Rípodas O Sequestro do Voo 375, por Rafael Ronconi Pedágio, por Vicente Saldanha Tia Virgínia, por Ana Mara Abreu Tinnitus, por Carol Ozzi
MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Bem-vinda, Violeta!, por Sabrina Wilkins e Fernando Epstein Mussum, o Filmis, por André Simões O Homem Cordial, por Nina Galanternick O Rio do Desejo, por Ricardo Farias, Marcelo Junqueira e Felipe Duarte Ferpa Pedágio, por Ricardo Saraiva e Lautaro Colace
MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você, por João Wainer Memória Sufocada, por Gabriel Di Giacomo Rocha Quando Falta o Ar, por Paulo Celestino Mendes Campos Retratos Fantasmas, por Matheus Farias Um Tiro no Escuro, por Tasso Lapa Dourado
MELHOR SOM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Mato Seco em Chamas, por Francisco Craesmeyer, Daniel Turini, Fernando Henna e Henrique Chiurciu Mussum, o Filmis, por Evandro Lima, Rodrigo Noronha, Gustavo Loureiro, Acácia Lima e Tomás Alem Noites Alienígenas, por Pedro Sá Earp e Bernardo Gebara Nosso Sonho, por Pedro Saldanha, Ariel Henrique, Tomás Alem e Bernardo Uzeda O Sequestro do Voo 375, por Sérgio Scliar, Ricardo Reis e Miriam Biderman
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM Pássaro Memória, por Guilherme Tostes Píer, por Tiago Pinheiro Pra Te Ver de Novo, por Anderson Sérgio Sem Fantasia, por Fernando Duarte Vão das Almas, por David Alves Mattos e Cled Pereira Yãmî Yah-Pá, por Bento Marzo
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | SÉRIE DE TV Anderson Spider Silva (episódio 1), por Adrian Teijido Betinho: No Fio da Navalha (episódio 1), por Pedro Sotero Cangaço Novo (episódio 3), por Azul Serra Fim (episódio 7), por Fernando Young e Lula Cerri João Sem Deus: A Queda de Abadiânia (episódio 1), por Janice D’Avila
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | SÉRIE DE TV Além do Guarda-Roupa (episódio 1), por Claudia Calabi Amar é para os Fortes (episódio 4), por Joana Mureb Histórias (Im)Possíveis (episódio 1), por Juliana Lobo João Sem Deus: A Queda de Abadiânia (episódio 1), por Fernanda Carlucci Marcelo, Marmelo, Martelo (episódio 2), por Marghe Pennacchi e Rafael Blas Rio Connection (episódio 4), por Valéria Costa
MELHOR SOM | SÉRIE DE TV Amar é para os Fortes (episódio 1), por Frederico Massine, Armando Torres Jr., Caio Guerin, Bernardo Uzeda e Tomás Alem Anderson Spider Silva (episódio 1), por Jorge Rezende, Armando Torres Jr., Caio Guerin, Tomás Alem e Bernardo Uzeda Cangaço Novo (episódio 3), por George Saldanha, Anderson Ferreira, Alessadro Laroca, Guilherme Marinho e Eduardo Virmond Fim (episódio 1), por Jorge Saldanha, Gabriela Bervian, Pedro Saldanha, Alessandro Laroca, Guilherme Marinho e Eduardo Virmond Sintonia (episódio 8), por Leandro Lima, Guilherme Marinho, Alessandro Laroca e Eduardo Virmond
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | VIDEOCLIPE Fallen Leaf, de Vintage Culture feat. Fideles e Be No Rain; por Pepe Mendes Fé nas Maluca, de IZA e MC Carol; por Victor Alencar Layla & Nadja, de Unknown Mortal Orchestra; por Yuri Maranhão Quem Bate Esquece, de Ravi Lobo; por Rafael Mattar S.E.X.O., de Hodari; por Renato Hojda
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME PUBLICITÁRIO Allos, por Kairo Lenz Ashe: US Open, por Yuri Maranhão Gatorade: Clássicos (Derby), por Lucas Oliveira Não Existem Atalhos: Rio Games, por Pepe Mendes Ninho: Aprendendo Juntos, por Lícia Arosteguy
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME ESTUDANTIL Kila & Mauna, por Naya Oliveira e Sunny Maia (Vila das Artes) No Fim da Noite, por Charles dos Santos (USP) Noite de Cinzas, por Luzia Saraiva (Unisinos) Nosso Tipo Inesquecível, por Letícia Rocha (USP) Os Peixes Mais Lindos do Mundo, por Gabriel Saraiva e Gabriela Pazini (ESPM Rio)
A consagrada atriz francesa já foi premiada em Veneza
A 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro, acaba de anunciar que a atriz francesa Isabelle Huppert presidirá o Júri Internacional da Competição, que designará o Leão de Ouro e outros prêmios oficiais; a decisão foi tomada pela diretoria da Biennale di Venezia por recomendação de Alberto Barbera, diretor do festival.
Em comunicado oficial, Huppert disse: “Há uma longa e bela história entre o festival e eu. Tornar-se uma espectadora privilegiada é uma honra. Mais do que nunca, o cinema é uma promessa. A promessa de fugir, de perturbar, de surpreender, de olhar bem para o mundo, unidos nas diferenças dos nossos gostos e ideias”.
Alberto Barbera também comentou a escolha: “Isabelle Huppert é uma atriz imensa, exigente, curiosa e de grande generosidade. Musa de inúmeros grandes cineastas, nunca escapou ao convite de realizadores jovens ou não tão famosos que viram nela a intérprete ideal das suas histórias. A sua enorme vontade de se colocar constantemente em risco, sinal da sua inteligência incomum, aliada à sua capacidade de olhar o cinema para além das fronteiras geográficas e mentais, fazem dela uma Presidente do Júri ideal num festival aberto ao mundo inteiro como o Festival de Cinema de Veneza. Estamos muito gratos a ela por ter aceitado o cargo, cientes dos muitos compromissos no cinema e no teatro que enfrentará nos próximos meses”.
Considerada uma das maiores atrizes do cinema mundial, Isabelle Huppert desenvolveu interesse em atuar quando era adolescente e ingressou no Conservatoire de Versailles. Em 1978, ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por Violette, de Claude Chabrol. Trabalhou com Chabrol em outros sete filmes e ganhou duas vezes a Coppa Volpi de melhor atriz no Festival de Veneza com Um Assunto de Mulheres, em 1988, e Mulheres Diabólicas, em 1995, pelo qual também recebeu seu primeiro Prêmio César.
Em 2001, ganhou seu segundo prêmio de melhor atriz em Cannes por A Professora de Piano, de Michael Haneke. Em 2005, foi homenageado pelo Festival de Veneza com um Leão de Ouro Especial pela obra geral em Gabrielle, de Patrice Chéreau. Em 2017, recebeu sua primeira indicação ao Oscar por Elle, de Paul Verhoeven, pelo qual também ganhou o Globo de Ouro e o Spirit Awards. Em 2022, foi homenageada com o Urso de Ouro Honorário no Festival de Berlim.
Mayra Lucas no longa Greice, de Leonardo Mouramateus
Foram anunciados nesta terça-feira, 07/05, em uma coletiva de imprensa, os filmes selecionados para a 13ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias 12 e 20 de junho. A programação conta com títulos das mais diversas linguagens, formatos e temáticas, mantendo sua principal característica de instigar a curiosidade do espectador e propor novas abordagens cinematográficas.
O evento, que já havia divulgado algumas de suas mostras pelas redes sociais, agora anuncia os longas e curtas-metragens que disputam diversos prêmios pelo Júri Oficial. O público ainda tem parte essencial nas premiações, uma vez que definirá os vencedores por meio de votação popular.
A Mostra Competitiva Brasileira é composta por 16 produções inéditas, sendo oito curtas e oito longas-metragens. Já a Mostra Competitiva Internacional é composta por 14 produções de diferentes nacionalidades, como Suíça, Alemanha, Haiti, Palestina, Hungria, França, entre outros.
Em comunicado oficial, Antonio Gonçalves Junior, diretor do festival, disse: “O Olhar de Cinema de 2024 contará com estreias mundiais, reunindo produções vindas de diferentes países, além de filmes brasileiros que chegam às telonas pela primeira vez, e abordam diferentes temas, propondo um novo olhar direcionado à sétima arte”.
Neste ano, o filme de abertura, que será exibido na Ópera de Arame, será Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes, que fez parte da programação do Festival de Roterdã. No longa, dois irmãos católicos, Emilie e Emir, em 1949 partem de um Líbano na iminência da guerra em busca de uma nova vida em território estrangeiro, numa viagem rumo a um Brasil desconhecido. Quando Emilie se apaixona por Omar, um comerciante muçulmano residente em Manaus, o ciúme do irmão terá graves consequências. Neste épico íntimo, baseado em romance de Milton Hatoum, o encontro entre culturas distantes entrelaça questões coletivas de memória, tradição e pertencimento, num relato ao rés da pele que lança um olhar cuidadoso às histórias fundacionais de imigrantes no país.
Já o encerramento contará com Salão de Baile, de Juru e Vitã. No clima ballroom, este vibrante documentário apresenta a cultura das Houses fluminenses, que se apropriam de influências estrangeiras e de elementos reconhecidamente brasileiros para construir um universo que mistura dança, música, moda e performance a partir das experiências queer periféricas e racializadas. Um mosaico de vozes, corpos, movimentos, poses e presenças nos mostra que, entre o baile e as vidas íntimas de algumas de suas importantes figuras.
A Mostra Foco do Olhar de Cinema 2024 se dedica pela primeira vez a um conceito norteador, ao invés de apresentar filmes de realizadores ou regiões de origem em específico. Sob o título Cinema de Luta, a seleção traz quatro longas brasileiros recentes que, através de uma relação imediata e frontal com a atuação de pessoas envolvidas em movimentos sociais, fazem de suas práticas audiovisuais partes integrantes de uma luta para produzir mudanças efetivas no seu entorno. Esta é uma mostra que diz respeito, portanto, ao que é representado nos filmes, mas também à maneira como representam: por uma forma de ação direta, tanto da parte de quem está na frente mas também de quem está atrás das câmeras, num movimento que se complementa e às vezes se confunde.
Sobre a mostra Olhar Retrospectivo desta edição: em outubro de 2023, a família de Hou Hsiao-Hsien confirmou a notícia de que o cineasta estava se afastando da direção cinematográfica aos 76 anos de idade devido ao avanço de sua condição com o Alzheimer. Com isso, foi interrompida ainda em vida a trajetória de um dos mais influentes cineastas que o mundo viu nos últimos 40 anos. Nascido na China continental em 1947, mas mudando com sua família para Taiwan já no ano seguinte, Hou Hsiao-Hsien é uma das principais vozes daquele que se convencionou chamar o Novo Cinema Taiwanês, movimento que tomou o cenário internacional dos festivais de cinema a partir dos anos 80.
Dentre os cineastas oriundos daquele momento, ele foi o que teve a carreira mais longeva e reconhecida, tendo todos os seus filmes a partir do final daquela década sido exibidos em algum dos principais festivais do mundo, e reconhecidos por prêmios como o Leão de Ouro em Veneza, melhor direção em Cannes, entre outros. O Olhar de Cinema aproveita essa oportunidade de celebrar, ainda em vida, a trajetória artística finalizada de um dos grandes mestres do cinema contemporâneo, e exibirá oito de seus dezoito longas, passando por três fases distintas de sua carreira: o estabelecimento de sua visão de mundo e cinema nos anos 1980, a consolidação de seu estilo e o reconhecimento mundial nos anos 1990, e algumas de suas “obras de maturidade”, já no século XXI.
Conheça os filmes selecionados para o Olhar de Cinema 2024:
FILME DE ABERTURA Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes (Brasil)
FILME DE ENCERRAMENTO Salão de Baile, de Juru e Vitã (Brasil)
COMPETITIVA BRASILEIRA | LONGAS
A Mensageira, de Cláudio Marques Greice, de Leonardo Mouramateus O Rancho da Goiabada, ou Pois é Meu Camarada Fácil, Fácil Não é a Vida, de Guilherme Martins O Sol das Mariposas, de Fábio Allon Praia Formosa, de Julia De Simone Quem É Essa Mulher?, de Mariana Jaspe Tijolo por Tijolo, de Victoria Alvares e Quentin Delaroche Um Dia Antes de Todos os Outros, de Fernanda Bond e Valentina Homem
COMPETITIVA BRASILEIRA | CURTAS
Capturar o Fantasma, de Davi Mello Caravana da Coragem, de Pedro B. Garcia Cavaram uma Cova no Meu Coração, de Ulisses Arthur O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa Povo do Coração da Terra (Ava Yvy Pyte Ygua), de Coletivo Guahu’i Guyra Rinha, de Rita M. Pestana Se Eu Tô Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro Viventes, de Fabrício Basílio
COMPETITIVA INTERNACIONAL | LONGAS
As Noites Ainda Cheiram a Pólvora, de Inadelso Cossa (Moçambique/França/Alemanha/Portugal) Caminhos Cruzados (Crossing), de Levan Akin (Suécia/Dinamarca/França) Eu Não Sou Tudo Aquilo que Quero Ser (Ještě Nejsem, Kým Chci Být), de Klára Tasovská (República Tcheca/Eslováquia/Áustria) Ivo, de Eva Trobisch (Alemanha) Os Paraísos de Diane (Les Paradis de Diane), de Carmen Jaquier e Jan Gassmann (Suíça) Pepe, de Nelson Carlo De Los Santos Arias (República Dominicana/Namíbia/Alemanha/França)
COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTAS
Caindo (Falling), de Anna Gyimesi (Hungria/Bélgica/Portugal) Contrações (Contractions), de Lynne Sachs (EUA) Desde Então, Estou Voando (O Gün Bu Gündür, Uçuyorum), de Aylin Gökmen (Suíça) Mamántula, de Ion de Sosa (Espanha/Alemanha) Minha Pátria (Mawtini), de Tabarak Abbas (Suíça) Nossas Ilhas (Nos Îles), de Aliha Thalien (França/Martinica) Sonhos como Barcos de Papel (Des Rêves en Bateaux Papiers), de Samuel Suffren (Haiti) Uma Pedra Atirada (رجح†ىمرم†ىلع†), de Razan AlSalah (Palestina/Líbano/Canadá)
NOVOS OLHARES
Caixa de Areia (Bac A Sable), de Lucas Azémar (França) Entre Vênus e Marte, de Cris Ventura (Brasil) Geração Ciborgue (Cyborg Generation), de Miguel Morillo Vega (Espanha) Idade da Pedra, de Renan Rovida (Brasil) Jean Genet Agora (Jean Genet Ahora), de Miguel Zeballos (Argentina) Perdendo a Fé (Die Ängstliche Verkehrsteilnehmerin), de Martha Mechow (Áustria/Alemanha)
EXIBIÇÕES ESPECIAIS
A Transformação de Canuto, de Ariel Ortega e Ernesto de Carvalho (Brasil) Do Tempo que Eu Comia Pipoca, de Heloísa Passos e Catherine Agniez (2001) (Brasil) Lista de Desejos para Superagüi, de Pedro Giongo (Brasil) Mário, de Billy Woodberry (Portugal/França) Mário de Andrade, O Turista Aprendiz, de Murilo Salles (Brasil) O Patinador, a Vida, a Luta (The Roller, The Life, The Fight), de Elettra Bisogno e Hazem Alqaddi (Bélgica) Osório, de Heloísa Passos e Tina Hardy (2008) (Brasil) Viva Volta, de Heloísa Passos (2005) (Brasil)
MIRADA PARANAENSE | LONGA
A Cápsula, de Ribamar Nascimento
MIRADA PARANAENSE | CURTAS
Adam, de Ana Catarina Baobab, de Bea Gerolin Esse Navio Vai Afundar, de Luc da Silveira Jacu Herói, de Pedro Carregã Nada Ficou no Lugar, de Stefano Lopes Prontuário Nº415361, de Vino Carvalho Quarto Vazio, de Julia Vidal Terra Incógnita, de Waleska Antunes
OLHAR RETROSPECTIVO
A Assassina (Cike Nie Yin Niang), de Hou Hsiao-Hsien (2015) (Taiwan) Adeus, Ao Sul (Nan Guo Zai Jian, Nan Guo), de Hou Hsiao-Hsien (1996) (Taiwan) Café Lumière (Kôhî Jikô), de Hou Hsiao-Hsien (2003) (Japão) Cidade das Tristezas (Bei Qing Cheng Shi), de Hou Hsiao-Hsien (1989) (Taiwan) Millennium Mambo (Qian Xi Man Bo), de Hou Hsiao-Hsien (2001) (Taiwan) O Mestre das Marionetes (Xi Meng Ren Sheng), de Hou Hsiao-Hsien (1993) (Taiwan) Poeira ao Vento (Liàn Liàn Fengchén), de Hou Hsiao-Hsien (1986) (Taiwan) Tempo de Viver e Tempo de Morrer (Tóngnián Wangshì), de Hou Hsiao-Hsien (1985) (Taiwan)
OLHARES CLÁSSICOS
A Guerra do Pente, de Nivaldo Lopes (1986) (Brasil) As Mulheres Palestinas (Les Femmes Palestiniennes), de Jocelyne Saab (1974) (Líbano) Era Uma Vez Beirute (Kanya Ya Ma Kan, Beyrouth), de Jocelyne Saab (1994) (Líbano) O Comboio do Medo (Sorcerer), de William Friedkin (1977) (EUA) Sem Chão (Losing Ground), de Kathleen Collins (1982) (EUA) Sherlock Jr., de Buster Keaton (1924) (EUA) Um é Pouco, Dois é Bom, de Odilon Lopez (1970) (Brasil)
FOCO
Lagoa do Nado: A Festa de um Parque, de Arthur B. Senra (Brasil) Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel (Brasil) O Canto das Margaridas, de Mulheres no Audiovisual PE (Brasil) Ouvidor, de Matias Borgström (Brasil)
PEQUENOS OLHARES | LONGA
O Sonho de Clarice, de Fernando Gutierrez e Guto Bicalho (Brasil)
PEQUENOS OLHARES | CURTAS
Almadia, de Mariana Medina (Brasil) Ana e As Montanhas, de Julia Araújo e Carla Villa-Lobos (Brasil) Ária, de Arthur P. Motta (Brasil) Camille, de Denise Roldán (México) Casa na Árvore, de Guilherme Lepca (Brasil) Lagrimar, de Paula Vanina (Brasil) Os Defensores de Típota, de Caio Guerra (Brasil) Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (Brasil)
Cena do longa pernambucano No Caminho Encontrei o Vento, de Antonio Fargoni
A organização do Cine PE – Festival do Audiovisual anunciou, nesta quinta-feira, 02/05 a lista completa dos filmes que farão parte da programação de sua 28ª edição, que acontecerá entre os dias 6 e 11 de junho; serão exibidos 38 títulos.
Com o tema Ver, Ouvir, Sentir, o festival, que acontece no Recife, faz uma homenagem à conexão profunda e multifacetada entre a música e o cinema. Na noite de 6 de junho, abertura do evento, o palco do Teatro do Parque receberá um concerto sinfônico da Orquestra Bravo, trazendo releituras de músicas famosas da sétima arte sob a batuta do maestro Dierson Torres.
Neste ano, o Cine PE, que é uma das maiores vitrines do audiovisual brasileiro, recebeu um número recorde de inscrições: foram 982 produções submetidas, superando a edição de 2023, que recebeu 752 propostas, entre curtas e longas-metragens. Dos quase mil inscritos, 5 foram selecionados para a Mostra Competitiva de longas-metragens, 8 filmes integram a Mostra Competitiva de curtas-metragens pernambucanos e 15 produções compõem a Mostra Competitiva de curtas-metragens nacionais.
Fora da competição, a Mostra Hors-Concours exibe, na noite de abertura do Cine PE 2024, o filme Grande Sertão, de Guel Arraes. Adaptação do clássico Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o longa transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território das organizações criminosas de uma periferia urbana, cercada por muros gigantescos, em um tempo indeterminado. A história, narrada em tom épico, segue a trajetória de Riobaldo, interpretado por Caio Blat, professor que ingressou no bando por amor a Diadorim, papel de Luisa Arraes, uma das integrantes do grupo.
Também fora da competição, a Mostra Inquietações, programação paralela dentro do festival, ocupa o Cinema do Porto/Cinema da Fundação, no Bairro do Recife, nos dias 8 e 9 de junho. Ao longo dos dois dias serão exibidos 9 curtas-metragens; as sessões são gratuitas e começam às 14h.
Realizado por Sandra e Alfredo Bertini, o 28º Cine PE traz na curadoria dos filmes três profissionais ligados ao audiovisual: a crítica de cinema, jornalista, criadora e editora-chefe do site Nervos, Nayara Reynaud; o crítico e programador do circuito Cine Materna, Edu Fernandes; e, em sua primeira participação como curadora do Cine PE, a professora, consultora de roteiro e crítica de cinema Carissa Vieira, colunista do site Cinem(ação). De acordo com os curadores, dos 28 títulos selecionados para as mostras competitivas, 15 são inéditos no Brasil.
O Júri Oficial de cada categoria da competição será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, responsáveis por indicar os vencedores do Troféu Calunga. Além das categorias premiadas pelo Júri Oficial, cabe ao público selecionar os vencedores do Júri Popular. Ao final de cada noite de exibição, os espectadores poderão entrar no site oficial do festival para votar em seus favoritos. A plataforma servirá como um agregador de informações sobre o evento e contará com a ficha técnica de todos os filmes.
O Troféu Calunga é oferecido aos vencedores das mostras competitivas de curtas e longas-metragens. A Calunga é a boneca carregada pela sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros durante a apresentação do maracatu. Ela faz parte das cerimônias religiosas, onde recebe o nome de uma princesa e representa uma divindade, expressando um objeto de força e proteção. O Troféu Calunga é uma criação da artista plástica Juliana Notari. Os homenageados do Cine PE são contemplados com a Calunga de Ouro e os filmes vencedores com a Calunga de Prata.
Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas, no qual um júri composto por jornalistas e críticos de cinema escolhe o melhor filme de curta-metragem em competição. O vencedor recebe o Troféu Canal Brasil e um prêmio de R$ 15 mil, além de ser exibido na grade de programação.
Seguindo a tradição desses 28 anos de jornada, o Cine PE rende homenagem a grandes nomes do audiovisual, que serão divulgados em breve. No âmbito educacional, como de costume, o festival reunirá alunos de escolas públicas municipais e estaduais para duas sessões especiais dentro da programação do evento. A Mostra Infantil, fora da competição, acontecerá entre os dias 13 e 14 de maio, no cinema do Teatro do Parque.
O educador e economista Cristovam Buarque traz para o Recife seu livro Conversa com Edmar Bacha. Em 2022, Buarque e Bacha participaram do seminário Cenários Econômicos, Políticos e Sociais para 2023: O que Será do Brasil?, que integrou a programação do 26º Cine PE; um dos resultados desse encontro foi a decisão de escrever este livro. Nesta edição, os dois economistas se reencontram para debater sobre a obra e os desafios e oportunidades para o desenvolvimento do país.
Por mais um ano, a entrada em todas as sessões será gratuita. Em comum acordo com a Prefeitura do Recife, gestora do Cinema do Teatro do Parque, a realizadora Sandra Bertini optou mais uma vez pela gratuidade, para “demarcar o cinema como um espaço de todos e para todos”. Durante o festival, a bilheteria do cinema estará aberta diariamente, a partir das 17h, para retirada dos ingressos. A distribuição das entradas estará sujeita à lotação da sala.
Conheça os filmes selecionados para o Cine PE – Festival do Audiovisual 2024:
MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS
Cordel do Amor Sem Fim, de Daniel Alvim (SP) Geografia Afetiva, de Mari Moraga (SP) Invisível, de Carolina Vilela e Rodrigo Hinrichsen (RJ) Memórias de um Esclerosado, de Thaís Fernandes e Rafael Corrêa (RS) No Caminho Encontrei o Vento, de Antonio Fargoni (PE)
MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS NACIONAIS
A Chuva Não Me Viu Passar, de Leonardo Gatti (SC) Cacica: A Força da Mulher Xavante, de Jade Rainho e Carolina Rewaptu (MT) Dentro de Mim, de Dayane Teles (AL) Dependências, de Luisa Arraes (RJ) Flores de Macambira, de Crianças Adolescentes da Comunidade de Macambira (ES) Guaracy, de Eliete Della Violla e Daniel Bruson (SP) Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda, Luan Hilton, Chia Beloto, Marila Cantuária, Juliette Perrey, Marcelo Vaz, Yuri Shmakov, Raul Souza, Gio Guimarães, Gabriel de Moura e Rubens Caetano (PE) Jogo de Classe, de Quico Meirelles (SP) O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo (MG) Resistência, de Juraci Júnior (RO) Sempre o Mesmo, de João Folharini (SP) Sertão América, de Marcela Ilha Bordin (ES/RS/PI) Solange Não Veio Hoje, de Hilda Lopes e Klaus Hastenreiter (BA) Vermelho-oliva, de Nina Tedesco (RJ) Zagêro, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS
Chão, de Philippe Wollney Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Mastins Rêgo Descarrego, de Joana Claude Emocionado, de Pedro Melo Mãe, de Natália Tavares Moagem, de Odília Nunes Náufrago, de Vitória Vasconcellos Nova Aurora, de Victor Jiménez
MOSTRA PARALELA | INQUIETAÇÕES
Adam, de Ana Catarina (PR) Cida Tem Duas Sílabas, de Giovana Castellari (SP) Destino Brasília, de Kalyne Almeida, Leandro Cunha e Sandro Alves de França (PB) Dinho, de Leo Tabosa (PE) Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB) Estação Janga-Lua (O Segundo Mundo do Rádio), de Rui Mendonça (PE) Lagrimar, de Paula Vanina (RN) Seu Adauto, de Edvaldo Santos (PE) Utopia Muda, de Júlio Matos (SP)
MOSTRA INFANTIL DE CINEMA A Fada do Dente, de Caroline Origer Coração de Fogo, de Laurent Zeitoun e Theodore Ty
MOSTRA HORS-CONCOURS Grande Sertão, de Guel Arraes (SP)
Protagonizado por Matheus Nachtergaele e Selton Mello, com direção de Guel Arraes e Flavia Lacerda, o aguardado filme O Auto da Compadecida 2 acaba de ganhar seu primeiro teaser.
Na continuação de um dos maiores clássicos do cinema brasileiro, João Grilo (Matheus) e Chicó (Selton) se reencontram 20 anos depois do primeiro longa, na mítica cidade de Taperoá. Juntos, os personagens embarcam em novas aventuras, enquanto a trama é conduzida pela amizade entre os dois. Virginia Cavendish retorna como Rosinha e Enrique Diaz como Joaquim Brejeiro, e alguns dos novos personagens que movimentam a história são interpretados por Taís Araujo, Humberto Martins, Luis Miranda, Eduardo Sterblitch e Fabiula Nascimento.
O longa estreia nos cinemas brasileiros no dia 25 de dezembro. O roteiro original é de Guel Arraes e João Falcão, com colaboração de Adriana Falcão e de Jorge Furtado. Com aprovação da família de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida 2 tem produção da Conspiração, Guel Produções e H2O Films, que também assina a distribuição. A coprodução é da Claro, com patrocínios master do Instituto Cultural Vale e da Brahma, e patrocínios da Santa Helena, do Itaú Cultural e do TikTok.
O lançamento do teaser com as primeiras imagens do filme O Auto da Compadecida 2 é o pontapé inicial da gigantesca campanha planejada pela distribuidora H2O Films, que terá ações durante todos os meses até dezembro. O público poderá acompanhar João Grilo e Chicó em diferentes plataformas, inclusive em campanhas publicitárias dos seus patrocinadores, além de outras ativações ao longo do ano.
Para entrar no clima do novo filme, assista também (clique aqui) ao nosso programa especial gravado em Cabaceiras, na Paraíba, cidade que serviu de locação para O Auto da Compadecida, em 2000.
Lily Gladstone no tapete vermelho da edição passada
Presidido pela cineasta, roteirista e atriz americana Greta Gerwig, do sucesso mundial Barbie, o júri da 77ª edição do Festival de Cannes agora está completo. Foram anunciados nesta segunda-feira, 29/04, os nomes das personalidades da sétima arte que terão a missão de avaliar e premiar os longas-metragens em competição.
O time que escolherá o grande vencedor da Palma de Ouro, entre 22 filmes selecionados, conta com: Ebru Ceylan, atriz, diretora, roteirista e fotógrafa turca, que passou pelo festival em 1998 com o curta-metragem Kiyida, além de assinar os roteiros de Ervas Secas e A Árvore dos Frutos Selvagens; Lily Gladstone, de Assassinos da Lua das Flores, a primeira atriz de origem indígena a ser indicada ao Oscar; Eva Green, atriz francesa que se destacou em diversos filmes, entre eles, Os Sonhadores.
E mais: Nadine Labaki, atriz e cineasta libanesa, que venceu o Prêmio do Júri em Cannes com Cafarnaum; o cineasta espanhol Juan Antonio Bayona, dos sucessos A Sociedade da Neve e O Impossível; o ator italiano Pierfrancesco Favino, que já passou por Cannes com O Traidor e Nostalgia; o consagrado cineasta japonês Hirokazu Koreeda, vencedor da Palma de Ouro com Assunto de Família e premiado também por Pais e Filhos, Broker: Uma Nova Chance e Monster; e o ator e produtor francês Omar Sy, do sucesso Os Intocáveis e da série Lupin.
Além disso, anteriormente o Festival de Cannes também anunciou os integrantes do júri da mostra Un Certain Regard, que será presidido pelo ator e cineasta canadense Xavier Dolan e contará com: Maïmouna Doucouré, cineasta e roteirista francesa; Asmae El Moudir, diretora marroquina; Vicky Krieps, atriz luxemburguesa; e Todd McCarthy, crítico de cinema e cineasta americano.
Em uma premiação paralela, a Queer Palm escolhe o melhor filme LGBTQ+ do Festival de Cannes. Neste ano, o júri será presidido pelo cineasta belga Lukas Dhont e contará com: Juliana Rojas, cineasta brasileira; Sophie Letourneur, diretora francesa; Paloma Hugo Bardin, drag performer francesa; e o jornalista Jad Salfiti.
Vale lembrar que entre os longas-metragens selecionados em competição, o cinema brasileiro está na disputa pela Palma de Ouro com Motel Destino, do cineasta cearense Karim Aïnouz. O Festival de Cannes 2024 acontecerá entre os dias 14 e 25 de maio.
Cena do curta-metragem potiguar Yby Katu: selecionado
Depois de divulgar os títulos em competição, a 47ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, o mais longevo festival de cinema do Norte e Nordeste e um dos mais relevantes do Brasil, anunciou os 116 filmes que compõem as tradicionais mostras paralelas do evento, realizadas desde a primeira edição do festival, em 1977.
Sempre com o objetivo de apresentar um panorama da produção audiovisual brasileira e estimular discussões sobre temas importantes para a sociedade, o festival traz pela primeira vez no catálogo as mostras Para Não Esquecer, composta por filmes que fazem referência aos 60 anos do golpe militar de 1964; e Medo de Quê?, formada por obras dos gêneros drama, suspense e terror.
A programação segue com as mostras: Guarnicezinho, voltada ao público infantil com sessões destinadas às escolas de São Luís; Mostra Jovem, destinada ao público juvenil e composta por filmes que retratam a realidade e o universo desse coletivo com sessões destinadas a alunos da rede estadual de ensino; Cinema Não Tem Idade, na qual todos os públicos são contemplados; Cenário BR, que traz um panorama diverso, em forma e conteúdo, da produção audiovisual brasileira; Cenário MA, que apresenta um panorama da produção audiovisual maranhense que abrange diversos gêneros, formatos e narrativas; (Re)existência, com filmes documentais sobre resistir para continuar existindo e histórias da persistência de indígenas, de mulheres, de agentes do Estado, de ONGs e de comunidades inteiras desalojadas e desapropriadas. São filmes que retratam os desafios que o Brasil, de ontem e hoje, nos impõe. Falam de uma existência que incomoda e que é, por si só, uma manifestação de resistência.
E mais: a mostra Afroperspectivas, que reúne diferentes narrativas que convergem para um ponto em comum: a afirmação positiva da negritude. São filmes que trazem pontos de vista, estratégias, sistemas e modos de pensar e viver, afrocentrados. Histórias que falam de ancestralidade, do reconhecimento integral da cidadania da pessoa negra, da afirmação identitária e da luta antirracista. A programação segue com as mostras: Elas por Elas, que reúne filmes com diferentes narrativas sobre mulheres, todas contadas sob a perspectiva plural do olhar feminino; Faz Escuro Mas Eu Canto, com título inspirado no poema do amazonense Thiago de Mello, traz filmes que buscam um grito de liberdade, por meio da música, revelando lutas particulares e coletivas.
Além disso, a programação conta também com as seguintes mostras: Feito de Coisas Lembradas e Esquecidas, com título parafraseando o poeta maranhense Ferreira Gullar, reúne filmes que apresentam pessoas, festas e costumes em um mergulho em diferentes tradições populares; e a mostra Em Colapso o Planeta Gira, com título que faz referência ao rapper paulistano Emicida, composta por filmes que discutem a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade da vida na terra, de si e do povo.
O comitê de longas foi composto por Marcus Túlio (MA), Erika Cândido (RJ) e Flávia Abtibol (AM). Já o time de avaliadores dos curtas foi formado por Arthur Gadelha (CE), Taciano Brito (MA) e Flávia Cândida (RJ). As duas equipes foram coordenadas por Stella Lindoso (MA), responsável pela definição do cronograma de trabalho da curadoria e pela seleção dos videoclipes maranhenses, além da contribuição com a análise dos filmes.
Todas as mostras paralelas ficam disponíveis na plataforma de streaming do Guarnicê durante todo o festival. Algumas mostras, como a Guarnicezinho e Mostra Jovem, contam com exibições presenciais. Nos próximos dias, o festival divulgará os filmes selecionados para a Mostra Universitária, as ações formativas, a programação da mostra acessível Faz Todo Sentido, os homenageados desta edição, além de outras novidades.
O Festival Guarnicê de Cinema 2024 será realizado entre os dias 7 e 14 de junho em formato híbrido, com mostras presenciais em São Luís e programação on-line acessível em todo o Brasil.
Conheça os filmes selecionados para as mostras paralelas do 47º Festival Guarnicê de Cinema:
GUARNICEZINHO
Apenas uma Sacola de Plástico, de Luan Oliveira (CE) As Aventuras de Tracajaré: O Filme, de Joaquim Haickel e Sergio Martinelli (MA) Bênhëkié, de Jaiane Luna Kariú e Layo Amõkanewy Kariú (MA) Causos de Domingos: O Corpo-Seco, de João Pedro Theodoro (MG) De Dentro do Quarto, de Paula M. Urbinati (SP) Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB) Ester: O Sonho de uma Ginasta, de Waldemar Castro (MA) Kwat Jai, de Clarice Cardell (DF) Lucinéia, de Luah Garcia (RJ) Menino Monstro, de Guilherme Alvernaz (SP) Os Maluvidos, de Gislandia Barros e Josenildo Nascimento (CE) Placa-Mãe, de Igor Bastos (MG)
MOSTRA JOVEM
Ana e as Montanhas, de Julia Araújo e Carla Villa-Lobos (GO) As Melhores, de Renata Mizrahi (RJ) Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (SP) Caboclo Manauara, de George Augusto (AM) Dakobo, de Felipe dos Santos (PE) Eu Queria Ter um Vans, de Caio de Paula Albuquerque (PA) Fora da Caixa, de Giovana Padovani (MG) O Último é Mulher do Padre, de Yasser Socarrás (SC) Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (RS) Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (MG) Vovô Joel, de Douglas Gomes (RJ)
CENÁRIO BR
A Trilha Sonora de um Bairro, de Betinho Celanex e Danilo Custódio (PR) Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG) Eu Não Vim aqui para Correr Trecho, de Felippy Damian (MT) Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ) Noke Koi, de Arthur Ribeiro (AC) O Barulho da Noite, de Eva Pereira (TO) O Último Livro, de Isadora Clemente (PE) Onde as Ondas Quebram, de Inara Chayamiti (SP) Tiranossaurus, de Fausto Prieto e Ingrid Gaigher (SP) Yãmî Yah-Pá, de Vladimir Seixas (RJ) Yby Katu, de Jessé Carlos, Ladivan Soares, Kaylany Cordeiro, Geyson Fernandes e Rodrigo Sena (RN)
CENÁRIO MA
Carroceiro, de Euclides Moreira Neto (MA) Cazumbando, de Ingrid Barros (MA) Chuva: Este Filme Não é Meu, de Antônio Fabrício (MA/GO) Digital Originário, de Jesús Pérez (MA) Divinéia: Tempo e Espaço, de Maycon Douglas (MA) Dona Taquariana: Uma Cabocla Brasileira, de Abimaelson Santos (MA) Fora do Ar, de Igor Nascimento (MA) Itaperai, de Iagor Peres e Gê Viana (MA) Kub, de Marcelo Cunha (MA) Os Warao de Upaon-Açu, de Priscila Tapajowara (MA/SP)
CINEMA NÃO TEM IDADE
A Próxima Estação de Tabajara Ruas, de Boca Migotto (RS) As Marias, de Dannon Lacerda (MS) Café Quente: Dona Ângela, de Heron Condor e Sophia Cabral (RN) Dalva da Rua Sete, de Gab Lourenzato e Nanda Ferreira (SP) daVIDAntônia, de Tassio Soares (TO) Desiré, de Catarina Calungueira (RN) Dona Irene, de Gustavo Campos (SP) Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO) O Prazer é Todo Meu, de Vanessa Sandre (SC) Seu Cavalcanti, de Leonardo Lacca (PE)
(RE)EXISTÊNCIA
A Estética da Luta, de Guillermo Planel (RJ) A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (AM) Kunhã Karai e as Narrativas da Terra, de Paola Mallmann (RS/SC/PR/SP/DF/AC) Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira (CE) Notas de Yakecan, de André Moura Lopes (CE) Os 7 Campos, de Flávio Alves (CE) Retomada, de Ricardo Martensen (SP) Sede de Rio, de Marcelo Abreu Góis (BA) Sociedade de Ferro: A Estrutura das Coisas, de Eduardo Rajabally (SP)
AFROPERSPECTIVAS
A Luta de Nzinga, de Eduardo Cunha Souza (CE) À Noite Todos os Gatos São Pardos, de Matheus Moura (MG) Afrofuturismo, de Antonio Filho e Jefferson Soares (PI) Baobab, de Bea Gerolin (PR) Black Rio! Black Power!, de Emilio Domingos (RJ) Camorim, de Renan Barbosa Brandão (RJ) Dessa Arte eu Sei um Pouco, de Cled Pereira (DF) Hábito, de Fernando Santos (AL) Matria Amada Kalunga, de Lak Shamra e Thassio Freire (GO) Rio, Negro, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa (RJ)
ELAS POR ELAS
Casulo, de Aline Flores (SP) Ficção Suburbana, de Rossandra Leone (RJ) Mulheres Maratimbas, de Thais Helena Leite (ES) Uma Mulher Comum, de Debora Diniz (DF)
EM COLAPSO O PLANETA GIRA
Amar a Ilha, de Isabela Alves (SP) Aves Coloridas, de Angelo Pignaton (DF) Cores Queimam, de Felippy Damian (MT) Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo (PE) De Onde Nasce o Sol, de Gabriele Stein (ES) Eco das Pedra, de Pedro Célio Oliveira Nunes (CE) Hélio Melo, de Leticia Rheingantz (SP) Menina Semente, de Tulio Beat (PE) Nosso Território, de Josenildo Nascimento (CE) Seu Adauto, de Edvaldo Santos (PE)
FAZ ESCURO MAS EU CANTO
Canção ao Longe, de Clarissa Campolina (MG) Macaléia, de Rejane Zilles (RJ) Meu Amigo Lorenzo, de André Luiz de Oliveira (DF) Miguel Damus, de Beto Matuck e Celso Borges (MA) Nas Ondas de Dorival Caymmi, de Locca Faria (RJ) Terruá-Pará, de Jorane Castro (PA) Todo Mundo Morre Tentando, de Gustavo Von Ha (SP)
FEITO DE COISAS LEMBRADAS E ESQUECIDAS
A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg (GO) Alumbrado, de Catarina Calungueira (RN) Dulce, de Lucélia Benvinda (MG) Micelial: Raízes em Conexão, de Sylvia Sanchez (SP) O Canto, de Izabella Vitório e Isa Magalhães (AL) Ògún, o Ferreiro do Mundo, de Marcia Salgueiro (RJ) Pisa na Tradição, de Coraci Ruiz (SP) Poetas do Tambor, de Ricardo Pereira e Roberto Pereira (PI) Rei da Ciranda Pesada, de Cíntia Lima (PE) Um Lugar Chamado Zumbi, de Carolina de Cássia (RN)
MEDO DE QUÊ?
A Sombra da Terra, de Marcelo Domingues (SP) Atena, de Caco Souza (RS) Caído, de Alexandre Estevanato (SP) Cáustico, de Wesley Gondim (DF) Eles Não São Estrangeiros, de Pedro Bughay Aceti (SC) O Poético Fim das Mulheres que Amei, de Renan Amaral (RJ) Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (ES) Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF/GO)
PARA NÃO ESQUECER
A Portas Fechadas, de João Pedro Bim (SP) Depois Deste Desterro, de Renan Amaral (ES) Entrelinhas, de Guto Pasko (PR) Zé, de Rafael Conde (MG)