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Curta Kinoforum 2024: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta potiguar Mukunã: Aprendiz de Pajé, de Rodrigo Sena

Foram anunciados nesta segunda-feira, 15/07, os filmes selecionados para a 35ª edição do Curta Kinoforum, que acontecerá entre os dias 22 de agosto e 1º de setembro. Com todas as atividades gratuitas, o evento ocupará diversas salas e espaços da cidade de São Paulo.

Neste ano, foram mais de três mil títulos inscritos para o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo; a seleção conta com filmes brasileiros, latinos e internacionais que traduzem de diversas formas a luz que o cinema representa na vida das pessoas. A programação completa será anunciada em breve com filmes convidados que completam os diversos Programas Especiais.

Os comitês de visionamento das mostras Internacional, Latino-Americana e dos Programas Brasileiros foram compostos por: Andrea Cals, Anne Fryszman, Beth Sá Freire, Bruno Dias, Clarissa Kuschnir, Duda Leite, Felipe Gayotto, Fernanda Ramos, Joana Rochadel, João Real Piovan, Karkará Tunga-Tarairiú, Leonardo Cata Preta, Lívia Leite, Luiz Fabio Torres, Marcelo Miranda, Marcio Miranda Perez, Nathalya Macchia, Sidney Santiago Kuanza, Sofia Wickerhauser, Taline Caetano, Thiago Gallego, Victoria Negreiros, Viviane Pistache e Yasmine Evaristo.

A seleção contou ainda com a colaboração dos estudantes participantes do Visionamento em Curso: Adriana Gaeta Braga, Amadeu de Carvalho Júnior, Bárbara Alves de Moura Ferreira, Bernardo Piva, Enzo Ruggeri Parede Monteiro, Helena Alves Pacheco, Isabela Sacchi Kuhar, Lourenço Nunes de Brito, Lucas Meger Cappellazzo, Luiza Paioli Matta, Nina Varela, Otávio Osaki Cruz, Thamires Uchoa e Wandryu Figuerêdo do Nascimento.

Criado em 1990, o Festival Internacional de Curtas de São Paulo é reconhecido como um dos mais importantes eventos mundiais dedicados ao filme de curta duração. Dirigido pela produtora cultural Zita Carvalhosa, o evento é organizado pela Associação Cultural Kinoforum, entidade também responsável pelas Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual, entre outras atividades.

Conheça os filmes selecionados para o Curta Kinoforum 2024:

PROGRAMAS BRASILEIROS

@garotamascarada, de Zara Dobura (SP)
2 Brasis, de Helder Fruteira e Carol Aó (SP)
2200: Novo Mundo, de Direção Coletiva (SP)
A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE)
À Noite Todos os Gatos São Pardos, de Matheus Moura (Brasil, MG/Cuba)
A Última Valsa, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP)
Além do Impedimento, de Heloisa Lawanda (SP)
Batalha de Flores, de Luis Villaverde e Moira Soares (SP)
Bem-vinda de Volta, de Nicole Gullane (SP)
Boi de Conchas, de Daniel Barosa (Brasil, SP/EUA)
Buraco de Minhoca, de Marília Hughes Guerreiro e Cláudio Marques (BA)
Carcinização, de Denis Souza (RS)
Carne Fresca, de Giovani Barros (RJ)
Casulo, de Aline Flores (SP)
Cucumber/knife, de Gustavo Vinagre (SP)
Dependências, de Luisa Arraes (RJ)
Desconserto, de Haniel Lucena (CE)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
Du bist so wunderbar, de Leandro Goddinho e Paulo Menezes (Alemanha/Brasil)
Estamos Sozinhos, de Igor Correia (BA)
Este Cinema Tão Augusta, de Fábio Rogério (SP)
Eu Sou da Vila Margarida, de Ed Siqueira, Vitor Donizete e Cesar Freire (SP)
Festa é Guerra/Festa é Guerra II, de Lucas Eskinazi (SP)
Fluxo, O Filme, de Filipe Barbosa (SP)
Galega, de Anna Lu Machado e Noan Arrouche (PE)
Helena de Guaratiba, de Karen Black (RJ)
Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Rubens Caetano, Raul Souza, Juliette Perrey, Luan Hilton, Gio Guimarães, Marcelo Vaz, Chia Beloto, Gabriel De Moura, Yuri Shmakov, Marila Cantuária e Diego Lacerda (PE)
Javyju, de Cunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães (SP)
Jogo de Classe, de Quico Meirelles (SP)
Jupiter, de Carlos Segundo (França/Brasil)
Kaminhada, de Direção Coletiva (SP)
Kings, de Juliana Pamplona (RJ)
Km 100, de Lucas Ribeiro (SP)
Las Cenizas Están Quemando, de Lucas Leônidas (Brasil, SP/Argentina)
Macaléia, de Rejane Zilles (RJ)
Malunga, de Gal Souza (SP)
Mama: Africanos em São Paulo, de Rafael Luiz de Aquino (SP)
Mandinga de Gorila, de Luzé Luzé e Juliana Gonçalves (RJ)
Maremoto, de Cristina Lima e Juliana Bezerra (RN)
Meu Amigo Pedro Mixtape, de Lincoln Péricles LK (SP)
Não Precisa Pedir Desculpa, de Franco Cavezale (SP)
Não Tem Mar Nessa Cidade, de Manu Zilveti (RS)
Navio, de Vitória Real, Alice Carvalho e Larinha R. Dantas (RN)
Notas de Yakecan, de André Moura Lopes (CE)
O Cavalo de Pedro, de Daniel Nolasco (GO/RJ)
O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa (MG)
O que Fica de Quem Vai, de André Zamith e Vinícius Cerqueira (SP)
Onde Está Mymye Mastroiagnne?, de biarritzzz (PE)
Oração a Vácuo, de Luis Calil (GO)
Para Onde Vão os Animais?, de Rogério Borges (SP)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (Brasil, RJ/Reino Unido)
Poéticas da Fotossíntese, de Julia Faraco (SC)
Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim (AL)
Ressaca, de Pedro Estrada (MG)
Rinha, de Rita M. Pestana (MG)
Rosa, de Pedro Murad (RJ)
Ruído da Pele, de Gustavo Milan (BA)
Se Eu Tô Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro (SP)
Seu Gigio, de Renato Cavalcanti (SP)
Síndrome do Pôr do Sol, de André Emidio (RJ)
Starlit, de Raul Perez (Brasil, SP/EUA)
Tato, de Pedro Carvalho (MG)
Toc Toc, A Mudança Bate a sua Porta, de Direção Coletiva (SP)
Três, de Lila Foster (DF)
Vento Dourado, de André Hayato Saito (SP)
Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ)
Zagêro, de Márcio Picoli e Victor Di Marco (RS)

MOSTRA LIMITE

Algodreams, de Vladimir Todorovic (Austrália/Sérvia)
Big Bang Henda, de Fernanda Polacow (Portugal/Angola)
Bright White Light, de Erik Lehtola e Henna Välkky (Finlândia)
Bugs, de Vitória Cribb (Brasil, RJ)
Capturar o Fantasma, de Davi Mello (Brasil, SP)
Cinema para os Mortos, de Bruno Moreno e Renato Sircilli (Brasil, PI)
Decadentia, de Guillaume Anglard (França)
Déjà Nu, de Rolf Hellat (Suíça/Costa do Marfim/Guiné/Senegal)
En el Mismísimo Momento, de Federico Tachella e Rita Pauls (Argentina/Alemanha)
For Here Am I Sitting In a Tin Can Far Above The World, de Gala Hernández López (França)
Intelligence, de Jeanne Frenkel e Cosme Castro (França)
Loveboard, de Felipe Casanova (Bélgica/Suíça)
Memories of An Unborn Sun, de Marcel Mrejen (Argélia/França/Holanda)
Missed Calls, de Wilma Smith (Reino Unido)
No Horses On Mars, de Bea de Visser (Holanda)
Quebrante, de Janaina Wagner (Brasil, PA)
Talvez Eu Deva Falar, de Denilson Amorim (Brasil, SP)
Yena, de Ana Cecilia Estrabou (Argentina)

MOSTRA HORIZONTES 

5 Minutes With Clémentina, de Pedro Hasrouny (Portugal)
Dammi, de Yann Mounir Demange (Reino Unido/França)
Expresso São Valentim, de Luiza Aguiar Torres e Guilherme Ayres (Brasil, SP)
Mas, Eu Sou., de Joel Junior (Brasil, SP)
Mascarade Origin Story, de Maïlis Roy-lessard (Canadá)
Na Marei, de Léa-Jade Horlier (França)
Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (Brasil, RS)
Posso Contar Nos Dedos, de Victória Kaminski (RS)
Quiero Estrellarme En Seco Contra El Parabrisas del Amor, de Fernanda Tovar (México)
Slon’s Legendary Summer Hits, de Gaspard Hoël e Jonathan Poulet (Romênia/França)

MOSTRA INFANTOJUVENIL 

A Menina que Desenhava Sonhos, de Direção Coletiva (Brasil, SP)
A Short Film About Kids, de Ibrahim Handal (Palestina)
A Sombra de um Livro, de Direção Coletiva (Brasil, SP)
Aguacuario, de Jose Eduardo Castilla (México)
Babayagagogo, de Myriam Schott (França)
Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (Brasil, SP)
Cafunè, de Lorena Ares e Carlos F. De Vigo (Espanha)
Clawlolo, de Alexey Alekseev (Chipre)
Coisa de Menina, de Direção Coletiva (Brasil, SP)
Freestyle Delas, de Calebi Ferreira e Ana Paula (Brasil, SP)
Jardim da Imagem, de Guilherme Amado (Brasil, RS)
L’enfant des Vagues, de Noam Szwarc, Gaelle Bejjani, Sofian Pourquery-de-Boisserin, Martin Gross, Yuhan Wang e Valentine Hilarin (França)
Lulina e a Lua, de Alois di Leo e Marcus Vinicius Vasconcelos (Brasil, SP)
Menino Monstro, de Guilherme Alvernaz (Brasil, SP)
Nalua, de Isabelly Cristiny (Brasil, SP)
O Computador Bugado do Mal, de Direção Coletiva (Brasil, SP)
Paralisia dos Sonhos, de Direção Coletiva (Brasil, SP)
Pororoca, de Francisco Franco e Fernanda Roque (Brasil, MG)
Primeiro Dia de Aula, de Direção Coletiva (Brasil, SP)
Rizoo, de Azadeh Navai (Irã/EUA)
Sementes do Amanhã, de Direção Coletiva (Brasil, SP)
Spatzenhirn, de Arun Leander Boudodimos (Alemanha)
Three Trees, de Aaron Hong e M.R. Horhager (Canadá)
Yo Voy Conmigo, de Chelo Loureiro (Espanha)

PROGRAMAS ESPECIAIS: NOCTURNU | CINE FANTÁSTICO E DE HORROR

Cáustico, de Wesley Gondim (Brasil, DF)
Cultes, de David Padilla (França)
El Festín de Las Bestias, de Claudia Saldivia, Simón Bucher e Amanda Rivera (Chile)
Prends Chair, de Armin Assadipour (França)
Shé (Snake), de Renee Zhan (Reino Unido)

PROGRAMAS ESPECIAIS: POR UNS MINUTOS A MAIS

Até Onde o Mundo Alcança, de Daniel Frota de Abreu (Brasil, RJ/Bélgica/Holanda)
Mukunã: Aprendiz de Pajé, de Rodrigo Sena (Brasil, RN)
Quando Aqui, de André Novais Oliveira (Brasil, MG)

MOSTRA LATINO-AMERICANA 

Alien0089, de Valeria Hofmann (Chile/Argentina)
Ave, de Ana Cristina Barragán (Equador/Espanha)
Azul Pandora, de Alán González (Cuba)
Cómo Ser Pehuén Pedre, de Federico Tachella (Argentina/Alemanha)
Cuerpo de Esta Sombra, de Andrea Muñoz (Colômbia)
Des Rêves en Bateaux Papiers, de Samuel Suffren (Haiti)
Dolores, de Cecilia Andalón Delgadillo (México)
El Dia de Mi Independencia, de Constanza Majluf (Chile)
Fieras, de Andrés Felipe Ángel Machete (Colômbia)
La Asistente, de Pierre Llanos (Peru)
La Cascada, de Pablo Delgado (México)
Las Vidas Posibles, de Emilia Herbst (Argentina)
Mala Facha, de Ilén Juambeltz (Uruguai/Brasil)
Merecemos un Imperio, de Mauricio Maldonado (Colômbia)
Quedate Quieto o Te Amo, de Federico Luis (Argentina/França)
Tierra Encima, de Sebastián Duque R. (Colômbia)
Un Movimiento Extraño, de Francisco Lezama (Argentina/França)
Un Pájaro Voló, de Leinad Pájaro de La Hoz (Cuba/Colômbia)
Ürsula, de Edison Cajas (Chile)
Yaya, de Leticia Akel Escarate (Chile)

MOSTRA INTERNACIONAL

20h/8h, de Hannah Levin Seiderman (França)
A Promise To The Sea, de Hend Sohail (Egito/Suécia)
A Summer’s End Poem, de Can-zhao Lam (China/Suíça/Malásia)
Basri & Salma Dalam Komedi Yang Terus Berputar, de Khozy Rizal (Indonésia)
Been There, de Corina Schwingruber Ilić (Suíça)
Betzilo Shel Hahar, de Maya Kessel (Israel)
Boléro, de Nans Laborde-Jourdàa (França)
Brain, de Yama Kowa (Grécia/Alemanha)
Calf, de Jamie O’Rourke (Irlanda)
Cantarà L’alosa, de Xavier Montoriol (Espanha)
Catfood, de Ayelet Chen Fridman e Zoe Kahana (Israel)
Chickenshit, de Ellie Rogers (Reino Unido)
Circle, de Yumi Joung (Coreia do Sul)
Claudia, de Adrian Sitaru (Romênia)
Coléoptère, de Martin Gouzou (França)
Cross My Heart And Hope To Die, de Sam Manacsa (Filipinas)
Dette Er Ikke En Fest (Det Er En Vinkveld), de Håkon Anton Olavsen (Noruega)
Doris & Bettan, de Marbella Mayhem e Ellen Ekman (Suécia)
Eldorado, de Mathieu Volpe (Bélgica/Itália)
En Undersøgelse Af Empati, de Hilke Rönnfeldt (Dinamarca/Alemanha)
Exit Through The Cuckoo’s Nest, de Nikola Ilic (Suíça)
Faces of Death, de Jan Soldat (Áustria)
Falling For Greta, de Gustavo Arteaga (Reino Unido)
Gillyfish, de Sarah Sellman (EUA/Reino Unido/Irlanda)
Gimn Chume, de Philipp Ivanov, Alexander Epikhov e Dimitri Gorbaty (Rússia)
Il Compleanno di Enrico, de Francesco Sossai (Alemanha/França/Itália)
It’s a Date, de Nadia Parfan (Ucrânia/Reino Unido)
L’envoyée De Dieu, de Mamani Amina Abdoulaye (Níger/Ruanda/Burkina Faso)
Las Memorias Perdidas de Los Árboles, de Antonio La Camera (Itália/Espanha)
Lemon Tree, de Rachel Walden (EUA)
Leptir, de Suncana Brkulj (Croácia/Dinamarca)
Loving In Between, de Jyoti Mistry (Áustria/África do Sul/Suécia)
Lumi Se Toma Un Rato, de Nicolas Rincon Gille (Bélgica)
Massacre of The Innocents, de Saraklara Hellstreöm (Suécia)
Maurice’s Bar, de Tzor Edery e Tom Prezman (França/Israel)
Misérable Miracle, de Ryo Orikasa (Canadá/Japão/França)
Non Te Vexo, de Xacio Baño (Espanha)
Papillon, de Florence Miailhe (França)
Percebes, de Laura Gonçalves e Alexandra Ramires (Portugal/França)
Pistoleras, de Natalia Del Mar Kasik (Áustria)
Qu’importe La Distance, de Léo Fontaine (França)
Rekonstrukt, de Gábor Ulrich (Hungria)
Say Something, de Jiin Oh (EUA/Coreia do Sul)
Simple Forms, de Natalia Ryss (Israel)
Souvenir, de Heidi Hassan (Espanha/Cuba)
Spring 23, de Zhiyi Wang (China)
The Head On Him, de Sean Gallen (Irlanda)
The Lovers, de Carolina Sandvik (Suécia)
The Man Who Could Not Remain Silent, de Nebojša Slijepčević (Croácia/Bulgária/França/Eslovênia)
The Steak, de Kiarash Dadgar Mohebi (Irã)
Thronebosis, de Marco Espirito Santo (Portugal)
Uma Mãe Vai à Praia, de Pedro Hasrouny (Portugal/Estônia/Reino Unido)
Via Dolorosa, de Rachel Gutgarts (França)
Wander To Wonder, de Nina Gantz (Holanda/França/Bélgica)
Win-Win, de Benjamin Clavel (França)
بالرین (Ballerina), de Farima Khalili e Soheil Babaie (Irã)
سایه (Shadow), de Elahe Esmaili (Reino Unido)
گوسفند (Sheep), de Mehrdad Kabiri (Irã)
水妖 (Ripples), de Hao Tang, An Chu, Ming Li e Lo Lam (Taiwan)

Foto: Divulgação/Bobox Produções.

A Filha do Pescador, de Edgar De Luque Jácome, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor
Filme premiado: nos cinemas brasileiros

Exibido na 27ª edição do PÖFF, Tallinn Black Nights Film Festival, na Estônia, o longa A Filha do Pescador chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 18/07.

Drama delicado sobre a relação entre um pescador embrutecido e sua filha transexual, o filme é uma coprodução internacional que une as brasileiras Kromaki e Bubbles Project às produtoras Septima Films (Colômbia), Belle Films (Porto Rico) e Larimar Films (República Dominicana); a distribuição é da brasileira Bretz Filmes.

A Filha do Pescador marca a estreia, na direção de longas-metragens, do diretor colombiano Edgar De Luque Jácome, reconhecido com o Prêmio La Silla, da Associação Dominicana de Profissionais da Indústria do Cinema: “Vejo A Filha do Pescador como uma história universal sobre aqueles que têm que enfrentar seus demônios e resolver suas diferenças mais profundas num contexto simples e poderoso, como é o mar, que, com sua corrente, os leva até a margem, até uma segunda chance”, disse o diretor.

De acordo com o produtor Rodrigo Letier, da Kromaki, o filme tem colecionado boas reações desde sua estreia mundial, em Tallinn: “É uma história muito emocionante e madura, de um jovem realizador, que dialoga com amplas plateias porque trata de algo absolutamente universal, que é a relação entre pais e filhos. Além disso, o filme é resultado de um esforço conjunto de quatro países, um exemplo da importância das linhas de coprodução internacional do Fundo Setorial, que resultou num processo muito enriquecedor de troca de experiências”, conclui.

Com uma equipe contemplando profissionais de diferentes nacionalidades, A Filha do Pescador traz alguns nomes brasileiros em departamentos técnicos. A consagrada Karen Akerman e Ricardo Pretti dividem com o colombiano Nicolás Herran a montagem; o departamento de som ficou a cargo de Ricardo Cutz, de Bacurau, e a trilha sonora é um trabalho conjunto da dupla Pedro Sodré e Rudah Guedes, do seriado infantojuvenil O Dia em que a Minha Vida Mudou.

Além do lançamento comercial no dia 18 de julho, A Filha do Pescador também receberá projeção especial na segunda edição do Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-Americano. O elenco conta com Modesto Lacen, Roamir Pineda, Nathalia Rincón, Jesús Romero, Roosevel Gonzalez e Henry Barrios.

A sinopse diz: Samuel mora sozinho numa ilha isolada em algum lugar do Caribe colombiano. Exímio mergulhador, ele vive da quase extinta prática da pesca submarina em mergulho livre. Um dia, o filho Samuelito, que ele não via há 15 anos, bate à sua porta. Agora uma mulher trans, conhecida como Priscila e em fuga, ela é forçada a voltar ao lar para se esconder.

Seus mundos não poderiam ser mais distantes. Samuel não consegue aceitar Priscila, e ela não consegue perdoá-lo por eventos do passado. Mas acontecimentos dramáticos acabam obrigando os dois a se reaproximarem. Com eles, mergulhamos nas águas cristalinas do Mar do Caribe, mas também em uma história de relações familiares, diversidade, aceitação e amor.

Assista ao trailer de A Filha do Pescador:

Foto: Divulgação.

Minha Mãe é uma Vaca, curta-metragem de Moara Passoni, é selecionado para o Festival de Veneza 2024

por: Cinevitor
Cena do curta brasileiro selecionado

A 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro, acaba de revelar os curtas-metragens selecionados para a mostra competitiva Orizzonti, que é dedicada a filmes que representam as últimas tendências estéticas e expressivas, com especial atenção para filmes de estreia, jovens talentos, filmes independentes e um cinema menos conhecido.

A seleção da mostra paralela da Biennale di Venezia apresenta 13 curtas-metragens, de 16 países, que concorrem ao Prêmio Orizzonti de melhor curta-metragem, que será atribuído pelo Júri Oficial da mostra.

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com o curta-metragem Minha Mãe é uma Vaca, de Moara Passoni, que conta com Luísa Bastos, Helena Albergaria, Amorosa No, Ana Carolina Guztazaky e Claudio Rodrigues da Silva no elenco.

Conheça os curtas-metragens selecionados para o 81º Festival de Veneza:

Duyao Mao (The Poison Cat), de Tian Guan (China)
Il Burattino e La Balena, de Roberto Catani (França/Itália)
James, de Andres Rodríguez (Guatemala/México)
Marion, de Joe Weiland e Finn Constantine (França/Reino Unido)
Minha Mãe é uma Vaca, de Moara Passoni (Brasil)
Moon Lake, de Jeannie Sui Wonders (EUA)
Neredeyse Kesinlikle Yanlış (Almost Certainly False), de Cansu Baydar (Turquia)
Nime Baz, Nime Basteh (Ajar), de Atefeh Jalali (Irã)
O, de Rúnar Rúnarsson (Islândia/Suécia)
René Va Alla Guerra, de Mariachiara Pernisa, Luca Ferri e Morgan Menegazzo (Itália/Eslovênia)
Shadows, de Rand Beiruty (França/Jordânia)
Three Keenings, de Oliver Mcgoldrick (Reino Unido/Irlanda/EUA)
Who Loves The Sun, de Arshia Shakiba (Canadá)

Foto: Uvaia Filmes.

Festival de Locarno 2024: produções brasileiras são selecionadas

por: Cinevitor
Transamazonia, de Pia Marais: coprodução brasileira selecionada

Foram anunciados nesta quarta-feira, 10/07, os filmes selecionados para a 77ª edição do Festival de Cinema de Locarno, que acontecerá entre os dias 7 e 17 de agosto na Suíça. Com uma programação eclética, o evento é considerado um dos principais festivais de cinema autoral do mundo.

Neste ano, o cinema brasileiro aparece na principal mostra competitiva, na disputa pelo Leopardo de Ouro, com o longa-metragem Transamazonia, dirigido pela sul-africana Pia Marais, uma coprodução entre França, Alemanha, Suíça, Taiwan e Brasil (pela Cabocla Filmes e O Par; com produção associada da Matizar Filmes).

A sinopse diz: Rebecca, filha do missionário Lawrence Byrne, foi declarada como um milagre depois de sobreviver a um acidente de avião quando criança nas profundezas da floresta amazônica. Anos mais tarde, Rebecca tornou-se uma curandeira milagrosa, sustentando a sua missão graças à sua crescente fama. Mas, quando madeireiros ilegais invadem as terras pertencentes aos povos indígenas que estão evangelizando, o pai de Rebecca os leva ao epicentro deste conflito crescente. O elenco conta com Helena Zengel, Jeremy Xido, Sabine Timoteo, Hamã Luciano, Rômulo Braga, Philipp Lavra, Sérgio Sartório, Iwinaiwa Assurini, Pirá Assurini, João Victor Xavante e Kamya Assurini.

Além disso, o Brasil também marca presença na mostra Histoire(s) du Cinéma, que é dedicada à história do cinema com obras restauradas, filmes sobre filmes, ensaios documentais e remixes audiovisuais; é uma homenagem aos filmes, artistas, técnicos e diretores destacando seus trabalhos. As produções nacionais que se destacam são: Mulher de Verdade, de Alberto Cavalcanti, rodado em 1954 e que marca a estreia da cantora Inezita Barroso como atriz, com Adoniran Barbosa no elenco; e Onda Nova, de Francisco C. Martins e José Antonio Garcia, lançado em 1983 e que traz Carla Camurati, Cristina Mutarelli, Tania Alves, Regina Casé e Neide Santos no elenco.

A 77ª edição contará também com uma retrospectiva especial em comemoração aos cem anos da Columbia Pictures com a exibição de diversos clássicos, entre eles: O Homem que Nunca Pecou, de John Ford; e Suprema Conquista, de Howard Hawks.

Os homenageados deste ano também foram revelados: a atriz francesa Mélanie Laurent e o ator francês Guillaume Canet serão honrados com o Excellence Award Davide Campari; o ator e dançarino indiano Shah Rukh Khan receberá o Pardo alla Carriera Ascona-Locarno Tourism; a consagrada cineasta Jane Campion será homenageada com o Pardo d’Onore Manor; o produtor suíço Claude Barras receberá o Locarno Kids Award la Mobiliare; a produtora Stacey Sher será honrada com o Raimondo Rezzonico Award; o sonoplasta e montador Ben Burtt receberá o Vision Award Ticinomoda; e a atriz suíça Irène Jacob será homenageada com o Leopard Club Award.

Com pôster criado pela renomada fotógrafa Annie Leibovitz, o 77ª Festival de Locarno terá a roteirista e cineasta austríaca Jessica Hausner como presidente do júri da competição internacional. Com onze mostras, sendo três competitivas, o festival explora o cinema sob todas as perspectivas, selecionando cuidadosamente filmes realizados para inspirar, surpreender, abrir a mente e questionar seus pressupostos. 

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Locarno 2024:

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Agora, de Ala Eddine Slim (Tunísia/França/Arábia Saudita/Qatar)
Akiplėša (Toxic), de Saulė Bliuvaitė (Lituânia)
Bogancloch, de Ben Rivers (Reino Unido/Alemanha/Islândia)
Cent mille milliards (100,000,000,000,000), de Virgil Vernier (França)
Der Spatz im Kamin (The Sparrow in the Chimney), de Ramon Zürcher (Suíça)
Fogo do Vento, de Marta Mateus (Portugal/Suíça/França)
Green Line, de Sylvie Ballyot (França/Líbano/Qatar)
La Mort viendra, de Christoph Hochhäusler (Alemanha/Luxemburgo/Bélgica)
Luce, de Silvia Luzi e Luca Bellino (Itália)
Mond, de Kurdwin Ayub (Áustria)
Qing chun (Ku), de Wang Bing (França/Luxemburgo/Holanda)
Salve Maria, de Mar Coll (Espanha)
Seses, de Laurynas Bareiša (Lituânia/Letônia)
Sulla terra leggeri, de Sara Fgaier (Itália)
SUYOOCHEON, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
Transamazonia, de Pia Marais (França/Alemanha/Suíça/Taiwan/Brasil)
Yeni șafak solarken, de Gürcan Keltek (Turquia/Itália/Alemanha/Noruega/Holanda)

PARDI DI DOMANI | COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

400 Cassettes, de Thelyia Petraki (Grécia/Alemanha)
B(l)ind the Sacrifice, de Nakhane (África do Sul)
Despre imposibilitatea unui omagiu, de Xandra Popescu (Romênia/Alemanha)
Dull Spots of Greenish Colours, de Sasha Svirsky (Alemanha)
Freak, de Claire Barnett (EUA)
Gender Reveal, de Mo Matton (Canadá)
Gimn chume, de Ataka51 (Alemanha/Rússia)
Icebergs, de Carlos Pereira (Alemanha)
Linnud läinud, de Anu-Laura Tuttelberg (Estônia/Lituânia)
Ludwig (Power Inferno), de Anton Bialas (França)
Mother Is a Natural Sinner, de Boris Hadžija e Hoda Taheri (Alemanha/Irã)
PUNTER, de Jason Adam Maselle (África do Sul/EUA)
Que te vaya bonito, Rico, de Joel Alfonso Vargas (Reino Unido/EUA)
Razeh-del, de Maryam Tafakory (Irã/Reino Unido/Itália)
Soleil gris, de Camille Monnier (França/Bélgica)
The Cavalry, de Alina Orlov (Canadá/EUA/Israel)
The Form, de Melika Pazouki (Irã)
The Nature of Dogs, de Pom Bunsermvicha (Tailândia/EUA/Singapura/Hong Kong)
WAShhh, de Mickey Lai (Malásia/Irlanda)
What Mary Didn’t Know, de Konstantina Kotzamani (França/Grécia/Suécia)

CONCORSO CINEASTI DEL PRESENTE

Crickets, It’s Your Turn, de Olga Korotko (França/Cazaquistão)
Der Fleck, de Willy Hans (Alemanha/Suíça)
FARIO, de Lucie Prost (França)
Fekete pont, de Bálint Szimler (Hungria)
FOUL EVIL DEEDS, de Richard Hunter (Reino Unido)
Hanami, de Denise Fernandes (Suíça/Portugal/Cabo Verde)
HOLY ELECTRICITY, de Tato Kotetishvili (Geórgia/Holanda)
Invention, de Courtney Stephens (EUA)
Joqtau, de Aruan Anartay (Cazaquistão)
Kada je zazvonio telefon, de Iva Radivojević (Sérvia/EUA)
Kouté vwa, de Maxime Jean-Baptiste (Bélgica/França/Guiana Francesa)
Les Enfants rouges, de Lotfi Achour (Tunísia/França/Bélgica/Polônia)
Monólogo colectivo, de Jessica Sarah Rinland (Argentina/Reino Unido)
Olivia & Las Nubes, de Tomás Pichardo-Espaillat (República Dominicana)
REAL, de Adele Tulli (Itália/França)

PIAZZA GRANDE

A Dama de Shanghai, de Orson Welles (cópia restaurada) (EUA)
Electric Child, de Simon Jaquemet (Suíça/Alemanha/Holanda/Filipinas)
Gaucho Gaucho, de Michael Dweck e Gregory Kershaw (EUA/Argentina)
Le Déluge, de Gianluca Jodice (Itália/França)
Le Procès du chien, de Laetitia Dosch (Suíça/França)
Mexico 86, de César Díaz (Bélgica/França)
O Piano, de Jane Campion (cópia restaurada) (Austrália/Nova Zelândia/França)
Reinas, de Klaudia Reynicke (Suíça/Peru/Espanha)
Rita, de Paz Vega (Espanha)
Sauvages, de Claude Barras (Suíça/França/Bélgica)
Sew Torn, de Freddy Macdonald (EUA/Suíça)
Shambhala, de Min Bahadur Bham (Nepal/França/Noruega/Turquia/Hong Kong/Taiwan/EUA/Qatar)
The Fall, de Tarsem (cópia restaurada) (África do Sul/Índia/Reino Unido)
The Seed of the Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof (Irã/Alemanha/França)
Timestalker, de Alice Lowe (Reino Unido)
Uma Mulher é uma Mulher, de Jean-Luc Godard (cópia restaurada) (França/Itália)

*Clique aqui e confira a programação completa com os filmes selecionados

Foto: Divulgação.

Festival de Veneza 2024: Kleber Mendonça Filho é confirmado no júri internacional

por: Cinevitor
Kleber Mendonça Filho: cineasta pernambucano fará parte do júri

Depois de anunciar a atriz francesa Isabelle Huppert como presidente do Júri Internacional da Competição, a 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro, acaba de revelar os nomes que completam o time de jurados.

Neste ano, nove personalidades do cinema internacional terão a missão de escolher o grande vencedor do Leão de Ouro, além de outros prêmios. São eles: o diretor e roteirista brasileiro Kleber Mendonça Filho, que está rodando seu novo longa, O Agente Secreto; o diretor e roteirista americano James Gray, que exibiu em Veneza o longa Ad Astra: Rumo às Estrelas e foi premiado com Fuga para Odessa; a diretora, roteirista e produtora polonesa Agnieszka Holland, que foi premiada em Veneza no ano passado com Zona de Exclusão

E mais: o diretor e roteirista britânico Andrew Haigh, que lançou recentemente Todos Nós Desconhecidos e foi premiado em Veneza com A Rota Selvagem; a diretora e roteirista alemã Julia von Heinz, que disputou o Leão de Ouro com E Amanhã… O Mundo Todo; o diretor, roteirista e produtor mauritano Abderrahmane Sissako, de Timbuktu; o diretor e roteirista italiano Giuseppe Tornatore, do consagrado Cinema Paradiso; e a atriz chinesa Zhang Ziyi, de O Tigre e o Dragão e Memórias de uma Gueixa.

Além disso, recentemente, o Festival de Veneza também anunciou os títulos da mostra Venice Classics, que apresentará 18 restaurações de filmes considerados obras-primas, entre eles, o brasileiro A Hora e Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos, protagonizado por Leonardo Villar, que foi restaurado pela LC Barreto Produções Cinematográficas. A seleção ainda traz títulos que destacam o centenário de nascimento de Marcello Mastroianni, os cinquenta anos desde a morte de Vittorio De Sica, os cem anos da Columbia Pictures, entre outros.

O cineasta e roteirista italiano Renato De Maria presidirá o Júri de Estudantes de Cinema, que atribuirá os prêmios de melhor filme restaurado e de melhor documentário sobre cinema. O time contará com 24 estudantes de diversas universidades italianas.

A mostra Venice Classics apresenta, desde 2012, uma seleção das melhores restaurações de clássicos do cinema. Com curadoria de Alberto Barbera e colaboração de Federico Gironi, também apresenta uma seleção de documentários sobre o cinema ou seus realizadores, que serão anunciados em breve.

Conheça os clássicos selecionados para a mostra Venice Classics 2024:

A Hora e Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos (1965) (Brasil)
A Noite (La notte), de Michelangelo Antonioni (1961) (Itália/França)
Brinquedo Proibido (Jeux interdits), de René Clément (1952) (França)
E o Sangue Semeou a Terra (Bend of the River), de Anthony Mann (1952) (EUA)
Ecce bombo, de Nanni Moretti (1978) (Itália)
Ghatashraddha, de Girish Kasaravalli (Índia) (1977)
Goldflocken, de Werner Schroeter (1976) (Alemanha/França)
Jejum de Amor (His Girl Friday), de Howard Hawks (1940) (EUA)
Manji, de Yasuzô Masumura (1964) (Japão)
Model, de Frederick Wiseman (1980) (EUA)
O Homem que Deixou seu Testamento no Filme (Tôkyô sensô sengo hiwa), de Nagisa Ôshima (1970) (Japão)
O Ouro de Nápoles (L’oro di Napoli), de Vittorio De Sica (1954) (Itália)
Os Corruptos (The Big Heat), de Fritz Lang (1953) (EUA)
Por um Destino Insólito (Travolti da un insolito destino nell’azzurro mare d’agosto), de Lina Wertmüller (1974) (Itália)
Pusher, de Nicolas Winding Refn (1996) (Dinamarca)
Sangue e Areia (Blood and Sand), de Rouben Mamoulian (1941) (EUA)
The Mahabharata, de Peter Brook (1989) (França/Reino Unido/EUA)
Um Só Pecado (La peau douce), de François Truffaut (1964) (França)

Foto: Leo Fontes/Universo Produção.

Festival de Cinema de Gramado 2024 anuncia os primeiros filmes selecionados e homenagem a Matheus Nachtergaele

por: Cinevitor
A atriz potiguar Titina Medeiros no longa Filhos do Mangue, de Eliane Caffé

Foram anunciados nesta terça-feira, 09/07, em uma coletiva de imprensa, os primeiros filmes selecionados para as mostras competitivas e detalhes da 52ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 9 e 17 de agosto.

Entre os mais de mil títulos inscritos, as curadorias e comissões de seleção escolheram sete longas-metragens brasileiros, cinco longas-metragens gaúchos e 16 curtas-metragens gaúchos. Mais uma vez, a diversidade e o ineditismo permeiam a seleção. Dentre os longas brasileiros, as sete produções terão premiére brasileira em Gramado. A lista conta com uma representação da diversidade do audiovisual brasileiro, trazendo visões de realizadores e realizadoras do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país. Vale ressaltar a pluralidade dos gêneros, englobando drama, ficção, comédia e documentários. A força do olhar feminino também se fará presente em Gramado: dos sete longas brasileiros em competição, quatro foram dirigidos por mulheres.

Os longas nacionais serão exibidos presencialmente em Gramado, entre os dias 10 e 16 de agosto, no tradicional Palácio dos Festivais. Ao total, serão entregues 33 kikitos e 11 troféus Assembleia Legislativa, além das tradicionais homenagens com os troféus Oscarito, Eduardo Abelin, Kikito de Cristal e Cidade de Gramado. Em parceria com a Sedac, Secretaria de Estado da Cultura, por meio do IECINE, Instituto Estadual de Cinema, o Festival de Gramado entregará ainda três prêmios: O Futuro nos Une e o Troféu Leonardo Machado, além do Troféu Sirmar Antunes, em parceria com a Assembleia Legislativa.

Durante o encontro com os jornalistas, a presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, enfatizou que o evento ocorrerá normalmente, de forma presencial, e que a cidade aguarda a visita de quem gosta de cinema para prestigiar o festival: “Será muito mais democrático, com uma participação mais intensa de todos. Realizaremos mais uma vez um grande festival, como Gramado merece”.

Marcos Santuario, curador do festival, destacou o árduo trabalho que teve ao lado do ator e diretor Caio Blat na seleção dos filmes: “A qualidade dos filmes é grande e isso não é novidade para nós. As inscrições dos filmes para Gramado demonstram esse padrão já há vários anos, atestando o desejo dos grandes e novos realizadores de apresentar seus filmes aqui, como primeira tela no Brasil. Isso nos honra, nos desafia e também nos alegra em saber como o festival se mantém importante no universo cinematográfico nacional e acaba sendo a possibilidade de conhecer esses potentes e talentosos realizadores e realizadoras com suas novas produções. Gramado é um festival onde os filmes nascem em suas telas e seus debates. E esse ano não vai ser diferente”.

Ator, diretor, roteirista e autor, Matheus Nachtergaele é um dos maiores nomes das artes brasileiras. O multiartista de 56 anos, que está no ar como Norberto, na novela Renascer, após um hiato de dez anos sem atuar no segmento, receberá o troféu Oscarito na 52ª edição do Festival de Gramado.

Nascido em São Paulo, iniciou sua trajetória no Centro de Pesquisa Teatral, de Antunes Filho, e na companhia Teatro da Vertigem, com o seu trabalho em O Livro de Jó, de 1995. A estreia nas telonas veio dois anos depois, com dois filmes antológicos: o clássico gaúcho Anahy de las Misiones, de Sérgio Silva, e O que é Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto, que concorreu ao Oscar de melhor filme internacional. Também em 1997, fez sua estreia na TV Globo, na minissérie Hilda Furacão. Dando vida à Cintura Fina, personagem que se identificava como mulher, embora tivesse nascido com um corpo masculino, Matheus desafiava as noções de gênero vigentes. Esse papel levou reconhecimento ao ator, que viria a protagonizar a minissérie O Auto da Compadecida (1999), posteriormente lançada, em formato reduzido, para os cinemas, rendendo-lhe o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro como melhor ator.

No ano de 2002, participou de outro clássico do cinema nacional: Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Kátia Lund, que concorreu ao Oscar em quatro categorias. Atrás das câmeras, mostrou um novo talento ao dirigir A Festa da Menina Morta. O longa foi selecionado para a mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes, e venceu os prêmios de melhor filme pelo Júri Popular e pela Crítica, melhor ator, fotografia e música no Festival de Gramado; a obra ainda arrematou os prêmios de melhor direção de ficção e melhor ator no Festival do Rio.

Ano passado, durante a 51ª edição do Festival de Gramado, na qual exibiu Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry, foi eternizado na Calçada da Fama da cidade. Matheus possui indicações e vitórias nos mais importantes festivais e premiações do cinema brasileiro e mundial: Festival de Cannes, Prêmio Platino, Festival de Cinema de Lisboa, Uruguay International Film Festival, Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, Festival do Rio, Festival de Brasília, Cine Ceará e Cine PE são alguns exemplos.

Nas telonas, Nachtergaele também é conhecido por trabalhos como Central do Brasil (1998), Amarelo Manga (2002) e Febre do Rato (2011), e muitos outros projetos para a TV, como Sob Pressão (2017), Cordel Encantado (2011) e Todas as Mulheres do Mundo (2020). Em 2024, Matheus retorna aos cinemas como João Grilo, personagem emblemático de sua carreira, para a continuação de O Auto da Compadecida, de Guel Arraes; a sequência estreia no dia 25 de dezembro. Matheus Nachtergaele se junta à Mariëtte Rissenbeek e Jorge Furtado, que serão homenageados com o Kikito de Cristal e Eduardo Abelin, respectivamente.

Matheus Nachtergaele em O Auto da Compadecida 2

Além disso, Gramado segue apostando nas diversas possibilidades do audiovisual brasileiro. Em sua 52ª edição, o evento exibirá o primeiro episódio da série Cidade de Deus: A Luta Não Para, de maneira hors concours.

Com produção da O2 Filmes, a nova série HBO Original é uma continuação adaptada da obra literária de Paulo Lins, e retrata a história de seus personagens tendo como ponto de partida o trabalho fotográfico de Buscapé. O enredo se passa no início dos anos 2000 e traz trechos do filme em flashbacks, para reconstrução de lembranças e memórias afetivas dos protagonistas.

O elenco conta com o retorno de nomes como Alexandre Rodrigues, Thiago Martins, Roberta Rodrigues, Sabrina Rosa, Kiko Marques e Edson Oliveira. Novos atores integram a trama, como Andréia Horta, Marcos Palmeira, Jefferson Brasil, Eli Ferreira, Luellem de Castro, Otávio Linhares, Rafael Lozano, Leandro Daniel e Luiz Bertazzo. Aly Muritiba assina a direção geral e Bruno Costa entra como segundo diretor. O roteiro é de Sérgio Machado, Renata Di Carmo, Armando Praça, Estevão Ribeiro, Rodrigo Felha e Muritiba.

Para Marcos Santuario, a sessão especial demonstra a força de Gramado: “Ano passado tivemos a premiére mundial de Cangaço Novo, do Prime Video, uma das séries de maior sucesso em 2023 e que já anunciou sua segunda temporada. Esse ano, junto ao HBO, vamos exibir mais uma série brasileira, uma continuação de um dos mais emblemáticos filmes nacionais de todos os tempos. Isso reforça Gramado como essa janela de lançamentos também para séries”.

Cidade de Deus: A Luta Não Para terá exibição em sessão especial, fora de competição, no dia 10 de agosto, sábado, no Palácio dos Festivais. A produção estreia ainda em agosto na plataforma de streaming Max e no canal HBO.

Como já anunciado anteriormente, o thriller erótico Motel Destino, novo longa-metragem de Karim Aïnouz, será o filme de abertura desta 52ª edição. E mais: Virgínia e Adelaide, nova produção da Casa de Cinema de Porto Alegre em coprodução com a Globo Filmes, terá exibição hors concours. O filme tem roteiro assinado por Jorge Furtado, que divide a direção com Yasmin Thayná; o elenco traz Gabriela Correa e Sophie Charlotte.

O Conexões Gramado Film Market, braço do Festival de Gramado dedicado ao mercado audiovisual, terá nova edição durante a programação do 52º Festival de Cinema de Gramado. Em seu oitavo ano, o CGFM manterá suas tradicionais atividades como palestras, workshops e rodadas de negócios. Nomes como o do cineasta Ansgar Ahlers e da produtora Mariëtte Rissenbeek estarão presentes na programação, que abordará coproduções germano-brasileiras; as inscrições abrem no dia 10 de julho no site do evento.

Como já é tradição, a noite que antecede a abertura do Festival de Cinema de Gramado é dedicada aos trabalhos do Programa Municipal Escola de Cinema, o Educavídeo. A iniciativa, que está em seu 14º ano, estimula a realização audiovisual aos alunos da rede municipal e de cidadãos gramadenses. No dia 8 de agosto, os curtas-metragens realizados pelos estudantes serão exibidos no Palácio dos Festivais em uma premiére que prestigia o potencial criativo dos jovens realizadores. Como no ano passado, os alunos serão premiados com um kikito simbólico em dez categorias.

Na próxima semana, a organização do Festival de Gramado realizará eventos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os encontros terão como objetivo apresentar a 52ª edição à imprensa, realizadores e parceiros. No dia 17 de julho, estarão presentes, no Hotel Laghetto Stilo São Paulo, Rosa Helena Volk, Tatiana Ferreira, Stefano Roldo, presidente, diretora e gerente de eventos da Gramadotur, respectivamente, e o curador Marcos Santuario. Na oportunidade, serão anunciados os curtas brasileiros e os documentários nacionais em competição. Já no Rio de Janeiro, dia 18, no Hotel Vila Galé, o curador Caio Blat se junta à delegação gramadense, onde será revelado o homenageado com o troféu Cidade de Gramado.

Conheça os primeiros filmes anunciados para o Festival de Gramado 2024:

LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS

Barba Ensopada de Sangue, de Aly Muritiba (SP)
Cidade; Campo, de Juliana Rojas (MS/SP)
Estômago 2: O Poderoso Chef, de Marcos Jorge (PR)
Filhos do Mangue, de Eliane Caffé (RN)
O Clube das Mulheres de Negócios, de Anna Muylaert (SP)
Oeste Outra Vez, de Erico Rassi (GO)
Pasárgada, de Dira Paes (RJ)

LONGAS-METRAGENS GAÚCHOS

A Transformação de Canuto, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho (São Miguel das Missões)
Até que a Música Pare, de Cristiane Oliveira (Antônio Prado/Nova Roma do Sul/Nova Bassano/Veranópolis)
Infinimundo, de Bruno Martins e Diego Müller (Lajeado/Santa Cruz do Sul/Sinimbu)
Memórias de um Esclerosado, de Thais Fernandes e Rafael Corrêa (Porto Alegre)
Um Corpo Só, de Cacá Nazario (Porto Alegre)

CURTAS-METRAGENS GAÚCHOS

A um Gole da Eternidade, de Camila de Moraes e Paulo Ricardo de Moraes (Novo Hamburgo)
Cassino, de Gianluca Cozza (Rio Grande)
Chibo, de Gabriela Poester e Henrique Lahude (Tiradentes do Sul)
Correnteza, de Diego Müller e Pablo Müller (Porto Alegre)
Entrega, de Luiz Azambuja e Pedro Presser (Porto Alegre)
Envergo mas Não Quebro, de Tatiana Sager (Porto Alegre)
Está Tudo Bem, de Rodrigo Herzog (Porto Alegre)
Flor, de Joana Bernardes (Esteio)
Janeiro, de Boca Migotto (Porto Alegre)
Não Tem Mar Nessa Cidade, de Manu Zilveti (Pelotas)
Natal, de Alan Orlando (Santa Maria)
Noz Pecã, de Aline Gutierres (Itaqui/Porto Alegre)
Pastrana, de Melissa Brogni e Gabriel Motta (Novo Hamburgo)
Posso Contar nos Dedos, de Victória Kaminski (Pelotas)
Viagem para Salvador, de João Pedro Fiuza (São Leopoldo/Porto Alegre)
Zagêro, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (Bagé/Porto Alegre)

Fotos: Divulgação.

Mussum, o Filmis e O Sequestro do Voo 375 lideram indicações ao Prêmio Grande Otelo 2024

por: Cinevitor
Ailton Graça: indicado a melhor ator por Mussum, o Filmis

Foram divulgados nesta sexta-feira, 05/07, os finalistas ao Prêmio Grande Otelo 2024, que é realizado pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais e considerada a maior premiação do setor audiovisual nacional.

Nesta 23ª edição, Mussum, o Filmis, de Silvio Guindane, e O Sequestro do Voo 375, de Marcus Baldini, lideram a lista com 12 indicações cada. A cerimônia, que acontecerá no dia 28 de agosto, na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, homenageará o Cinema Novo e será transmitida ao vivo pelo Canal Brasil e pelo canal do YouTube da Academia.

A partir deste ano, a Academia Brasileira de Cinema renomeia o evento, que até 2023 chamava-se Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, e lança uma nova marca para ampliar a homenagem ao ator e comediante que é um dos maiores ícones do nosso cinema e já dava nome ao Troféu Grande Otelo. Nesta edição, a Academia apresenta também um novo site exclusivamente dedicado ao Prêmio que reúne todos os detalhes da premiação, que terá direção do artista visual Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes.

“Chegamos à 23ª edição do Prêmio do Cinema Brasileiro, agora rebatizado de Prêmio Grande Otelo, com um recorde de obras inscritas. Uma alegria ver a potência do nosso audiovisual num ano em que homenagearemos o Cinema Novo, movimento essencial para entendermos que somos protagonistas das histórias que só a gente pode contar”, disse a produtora Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema.

Votado pelos sócios da Academia, o Prêmio Grande Otelo vem passando por atualizações desde que foi criado, sempre acompanhando as mudanças do mercado audiovisual. Com o objetivo de abranger a multiplicidade de formatos narrativos, a Academia criou este ano duas novas categorias: melhor atriz e melhor ator de série de ficção. No total, são 30 categorias, incluindo a de filmes ibero-americanos com produções indicadas pelas academias de cinema dos 13 países associados à FIACINE, Federação Ibero-americana de Cinema; a categoria de melhor longa-metragem de comédia concorrerá exclusivamente ao Voto Popular.

A lista de finalistas de 2024 reúne mais de 200 profissionais indicados em 39 diferentes longas-metragens brasileiros e 5 longas ibero-americanos. Também estão na disputa 15 curtas brasileiros (5 de ficção, 5 documentários e 5 de animação); e 16 séries (4 de animação, 5 documentários e 5 de ficção).

O Prêmio Grande Otelo é votado por profissionais das mais diversas áreas do setor que são associados à Academia, entidade aberta a toda a classe. E, como acontece todos os anos, a abertura dos envelopes e os resultados são apurados, acompanhados e auditados pela PwC Brasil. Os vencedores serão escolhidos no segundo turno, entre os dias 12 e 22 de julho, com votação entre os sócios da Academia. A votação popular pela internet, para que o público eleja seu filme favorito entre os longas brasileiros finalistas de ficção (drama e comédia) e documentário, acontecerá entre 26 de julho a 27 de agosto.

Em 2024, foram inscritos mais de 3 mil profissionais nas diferentes categorias, 94 longas de ficção, 67 longas documentários, 13 longas infantis, 7 longas de animação, 32 séries de ficção, 33 séries documentais, 4 séries de animação, 24 curtas-metragens animação, 38 curtas documentários, 22 curtas ficção, 9 filmes ibero-americanos.

Conheça os indicados ao 23º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:

MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO
Mussum, o Filmis, de Silvio Guindane
Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho
Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria
O Sequestro do Voo 375, de Marcus Baldini
Pedágio, de Carolina Markowicz

MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA | VOTO POPULAR
Desapega!, de Hsu Chien
Minha Irmã e Eu, de Susana Garcia
Os Farofeiros 2, de Roberto Santucci
Pérola, de Murilo Benício
Saudosa Maloca, de Pedro Serrano
Três Tigres Tristes
, de Gustavo Vinagre

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
Andança: Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho, de Pedro Bronz
Belchior: Apenas um Coração Selvagem, de Natália Dias e Camilo Cavalcanti
Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você, de Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay
Nada Será Como Antes: A Música do Clube da Esquina, de Ana Rieper
Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho

MELHOR LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO
A Ilha dos Ilus, de Paulo G. C. Miranda
Bizarros Peixes das Fossas Abissais, de Marão
Chef Jack: O Cozinheiro Aventureiro, de Guilherme Fiuza Zenha
Perlimps, de Alê Abreu
Uma Noite Antes do Natal, de Nelson Botter Jr.

MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
As Aventuras de Poliana: O Filme, de Claudio Boeckel
Dois é Demais em Orlando, de Rodrigo Van Der Put
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo, de Mauricio Eça
Uma Carta para Papai Noel, de Gustavo Spolidoro
Uma Fada Veio Me Visitar, de Viviane Jundi

MELHOR DIREÇÃO
Anita Rocha da Silveira, por Medusa
Carolina Markowicz, por Pedágio
Kleber Mendonça Filho, por Retratos Fantasmas
Marcus Baldini, por O Sequestro do Voo 375
Tomás Portella, por Aumenta que é Rock’n Roll

MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM
Ana Petta e Helena Petta, por Quando Falta o Ar
Lillah Halla, por Levante
Nara Normande e Tião, por Sem Coração
Natália Dias e Camilo Cavalcanti, por Belchior: Apenas um Coração Selvagem
Silvio Guindane, por Mussum, o Filmis

MELHOR ATRIZ | LONGA-METRAGEM
Bárbara Paz, por A Porta ao Lado
Débora Falabella, por Bem-Vinda, Violeta!
Drica Moraes, por Pérola
Maeve Jinkings, por Pedágio
Vera Holtz, por Tia Virgínia

MELHOR ATOR | LONGA-METRAGEM
Ailton Graça, por Mussum, o Filmis
Chico Diaz, por Noites Alienígenas
Johnny Massaro, por Aumenta que é Rock’n Roll
Juan Paiva, por Nosso Sonho
Paulo Miklos, por Saudosa Maloca

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | LONGA-METRAGEM
Alice Carvalho, por Angela
Aline Marta Maia, por Pedágio
Arlete Salles, por Tia Virgínia
Cacau Protasio, por Mussum, o Filmis
Grace Passô, por Levante

MELHOR ATOR COADJUVANTE DE LONGA-METRAGEM
Antonio Pitanga, por Tia Virgínia
Gabriel Leone, por O Rio do Desejo
George Sauma, por Aumenta que é Rock’n Roll
Gero Camilo, por Saudosa Maloca
Jorge Paz, por O Sequestro do Voo 375
Yuri Marçal, por Mussum, o Filmis

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Mato Seco em Chamas, escrito por Adirley Queirós e Joana Pimenta
Medusa, escrito por Anita Rocha da Silveira
Pedágio, escrito por Carolina Markowicz
Propriedade, escrito por Daniel Bandeira
Tia Virgínia, escrito por Fabio Meira

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Mussum, o Filmis, escrito por Paulo Cursino; adaptado do livro Mussum, uma história de humor e samba, de Juliano Barreto
Noites Alienígenas, escrito por Camilo Cavalcanti, Rodolfo Minari e Sérgio de Carvalho; adaptado do livro Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho
O Rio do Desejo, escrito por Sergio Machado, George Walker Torres, Maria Camargo e Milton Hatoum; adaptado da obra O Adeus do Comandante, de Milton Hatoum
O Sequestro do Voo 375, escrito por Lusa Silvestre e Mikael de Albuquerque; adaptado do documentário Sequestro do Voo 375, de Constâncio Viana
Pérola, escrito por Adriana Falcão, Marcelo Saback e Jô Abdu; adaptado da peça teatral Pérola, de Mauro Rasi

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Bem-Vinda, Violeta!, por Gustavo Hadba
Mussum, o Filmis, por Nonato Estrela
O Rio do Desejo, por Adrian Teijido
O Sequestro do Voo 375, por Rhebling Junior
Pérola, por Kika Cunha
Sem Coração, por Evgenia Alexandrova

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Aumenta que é Rock’n Roll, por Cláudio Amaral Peixoto
Nosso Sonho, por Karen Araujo
O Rio do Desejo, por Adrian Cooper
O Sequestro do Voo 375, por Rafael Ronconi
Tia Virgínia, por Ana Mara Abreu

MELHOR FIGURINO
Aumenta que é Rock’n Roll, por Ana Avelar e Joanna Ribas
Mussum, o Filmis, por Cassio Brasil
Nosso Sonho, por Alex Brollo
O Sequestro do Voo 375, por Letícia Barbieri
Pérola, por Bia Salgado

MELHOR MAQUIAGEM
Aumenta que é Rock’n Roll, por Irandê Costa
Mussum, o Filmis, por Mari Pin e Martín Macías Trujillo
Noites Alienígenas, por Zé Lucas
O Sequestro do Voo 375, por Simone Batata
Tia Virgínia, por Marcos Freire

MELHOR EFEITO VISUAL
Aumenta que é Rock’n Roll, por Marcelo Siqueira
Mamonas Assassinas, o Filme, por Marcelo Siqueira
Mussum, o Filmis, por José Francisco Neto
O Sequestro do Voo 375, por Marcelo Cunha e Joaquim Moreno
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo, por Marcelo Siqueira e Alexandre Cruz

MELHOR MONTAGEM
Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você, por João Wainer
Mussum, o Filmis, por André Simões
Noites Alienígenas, por André Sampaio
Nosso Sonho, por Eduardo Albergaria e Waldir Xavier
O Sequestro do Voo 375, por Lucas Gonzaga e Gustavo Vasconcelos
Tia Virgínia, por Karen Akerman e Virgínia Flores

MELHOR SOM
Aumenta que é Rock’n Roll, por Valéria Ferro, Renato Calaça, Simone Petrillo e Paulo Gama
Medusa, por Bernardo Uzeda, Evandro Lima e Gustavo Loureiro
Mussum, o Filmis, por Evandro Lima, Acácia Lima, Tomás Alem, Gustavo Loureiro e Rodrigo Noronha
O Sequestro do Voo 375, por Sérgio Scliar, Miriam Biderman e Ricardo Reis
Pedágio, por André Bellentani, Filipe Derado e Toco Cerqueira

MELHOR TRILHA SONORA
Aumenta que é Rock’n Roll, por Dado Villa-Lobos
Medusa, por Bernardo Uzeda e Anita Rocha da Silveira
Noites Alienígenas, por Bernardo Gebara
Nosso Sonho, por Plínio Profeta
O Rio do Desejo, por Beto Villares
O Sequestro do Voo 375, por Plínio Profeta

MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO
A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (RJ) 
Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP)
Se Precisar de Algo, de Mariana Cobra (SP)
Yãmî Yah-Pá: Fim da Noite, de Vladimir Seixas (RJ)

MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
As Marias, de Dannon Lacerda (MS)
Cama Vazia, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP)
Eu, Negra, de Juh Almeida (BA)
Macaléia, de Rejane Zilles (RJ)
Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harikariyoma Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yanomami (RR)

MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB)
Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA)
Lapso, de Mônica Moura (SP)
Mulher Vestida de Sol, de Patrícia Moreira (BA)
Quintal, de Mariana Netto (BA)

MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO
A Sociedade da Neve, de J.A. Bayona (Espanha/Uruguai/Argentina/Chile); indicação: Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España
Al otro lado de la niebla, de Sebastián Cordero (Equador); indicação: Academia de las Artes Audiovisuales y Cinematográficas del Equador
El otro hijo, de Juán Sebastián Quebrada (Colômbia/Argentina/França); indicação: Academia Colombiana de Artes y Ciencias Cinematográficas
Os Colonos, de Felipe Gálvez (Chile/Argentina/Reino Unido/Taiwan/EUA); indicação: Academia de Cine de Chile
Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat (Argentina/Brasil/Itália/França/Alemanha); indicação: Academia de las Artes y Ciencias Cinematográficas de la Argentina

MELHOR SÉRIE | FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV ABERTA, PAGA OU STREAMING
A Vida pela Frente (Globoplay)
Betinho: No Fio da Navalha (Globoplay e Globo)
Cangaço Novo (Prime Video)
DOM (Prime Video)
Fim (Globoplay)

MELHOR SÉRIE | DOCUMENTÁRIO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV ABERTA, PAGA OU STREAMING
Diretores de Arte (Canal Curta!)
Línguas da Nossa Língua (HBO Max)
Massacre na Escola: A Tragédia das Meninas de Realengo (HBO Max)
O Caso Escola Base (Canal Brasil)
Viajando com os Gil (Prime Video)

MELHOR SÉRIE | ANIMAÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV ABERTA, PAGA OU STREAMING
Esquadrão do Mar Azul (TV Rá Tim Bum)
O Hotel Silvestre de Ana Flor (Discovery Kids e HBO Max)
Tronik (TV Rá Tim Bum)
Zoopedia (EBC-TV Brasil)

MELHOR ATRIZ | SÉRIE DE FICÇÃO
Alessandra Negrini, por Cidade Invisível
Alice Carvalho, por Cangaço Novo
Bianca Comparato, por João Sem Deus: A Queda de Abadiânia
Marjorie Estiano, por Fim
Thainá Duarte, por Cangaço Novo

MELHOR ATOR | SÉRIE DE FICÇÃO
Allan Souza Lima, por Cangaço Novo
Bruno Mazzeo, por Fim
Fabio Assunção, por Fim
Gabriel Leone, por Dom
Julio Andrade, por Betinho: No Fio da Navalha
Marco Nanini, por João Sem Deus: A Queda de Abadiânia

Foto: Desirée do Valle.

Festival de Toronto 2024 anuncia homenagem para Cate Blanchett e primeiros filmes selecionados

por: Cinevitor
Cate Blanchett: carreira consagrada

A 49ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontecerá entre os dias 5 e 15 de setembro, acaba de anunciar que a consagrada atriz australiana Cate Blanchett será homenageada no TIFF Tribute Award e receberá o TIFF Share Her Journey Groundbreaker Award.

Pioneira na defesa de maior representação e igualdade na indústria cinematográfica e uma das artistas mais reverenciadas do cinema moderno, Cate é uma mulher líder na indústria cinematográfica que defendeu a trajetória de colegas e pavimentou o caminho para a próxima geração. O prêmio TIFF Share Her Journey Groundbreaker é inspirado na iniciativa Share Her Journey do TIFF, criada para abordar a paridade de gênero na indústria cinematográfica, para defender as mulheres em todas as fases de sua jornada criativa e para destacar as mulheres criadoras que fazem uma diferença significativa na indústria. Anteriormente, Patricia Arquette e Michelle Yeoh foram honradas.

Em comunicado oficial, Cameron Bailey, CEO do TIFF, disse: “Cate Blanchett é maravilhosa. Uma das melhores atrizes da história do cinema. Ela sempre demonstrou alcance, profundidade e audácia na tela. Fora das telas, tem sido uma defensora incansável do aumento da equidade e da justiça em muitos setores. A paixão de Cate pelo poder transformador da narrativa e o seu compromisso em quebrar barreiras para as mulheres alinham-se com os objetivos da nossa iniciativa Share Her Journey”.

Em homenagem aos contribuidores notáveis ​​da indústria cinematográfica e às suas conquistas, o TIFF Tribute Awards é um evento de arrecadação de fundos com recursos destinados ao Every Story Fund do TIFF, que defende a diversidade, a equidade, a inclusão e pertencente ao cinema.

Neste ano, Blanchett se junta ao cineasta e roteirista canadense David Cronenberg, que será reconhecido com o Norman Jewison Career Achievement Award; e a atriz Amy Adams, que receberá o TIFF Tribute Performer Award. A premiada atriz e produtora coreano-canadense Sandra Oh será honrada com o TIFF Tribute Awards Honorary Chair.

Além dos homenageados, o Festival de Toronto 2024 já anunciou os primeiros títulos selecionados para esta 49ª edição. São eles:

Elton John: Never Too Late, de R.J. Cutler e David Furnish (EUA)
Harbin, de Woo Min-ho (Coreia do Sul)
Nightbitch, de Marielle Heller (EUA)
Rez Ball, de Sydney Freeland (EUA)
The Life of Chuck, de Mike Flanagan (EUA)
The Wild Robot, de Chris Sanders (EUA)

Foto: Divulgação/Getty Images.

VII Mostra Sesc de Cinema abre inscrições para curtas, médias e longas-metragens

por: Cinevitor
Ane Oliva no curta alagoano Infantaria, de Laís Santos Araújo: exibido na edição passada

A MSDC, Mostra Sesc de Cinema, uma das principais iniciativas de incentivo ao cinema independente no Brasil, está com inscrições abertas para sua sétima edição até o dia 22 de julho. Podem concorrer curtas, médias e longas-metragens ficcionais, documentais e animações, finalizados a partir de 1º de janeiro de 2022, que não tenham sido exibidos em circuito comercial.

As obras selecionadas serão divulgadas em setembro. Além da oportunidade de exibição por todo o país, a Mostra concederá prêmios em um valor total de até R$ 280 mil em licenciamentos: “No ano passado, recebemos mais de 1.500 produções, o que comprova a importância desse projeto para fortalecer e dar visibilidade ao audiovisual brasileiro. A Mostra Sesc de Cinema é uma iniciativa de valorização da produção cinematográfica nacional, que conta com representantes de todas as regiões do país e amplia o acesso da população a uma filmografia que expressa a diversidade contemporânea. Dessa forma, o Sesc cumpre uma missão essencial da sua atuação na área cultural, que é democratizar o acesso ao cinema e proporcionar a artistas e cineastas de todo o Brasil a possibilidade de apresentar seus trabalhos ao grande público”, destaca Janaina Cunha, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.

Podem ser inscritos (clique aqui) filmes do Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. As obras serão avaliadas por comissões estaduais formadas por profissionais do Sesc e especialistas convidados.

Serão selecionados 24 filmes, que farão parte  do Panorama Nacional, além de 10 produções voltadas para infância e juventude, que integrarão o Panorama Infantojuvenil. Essas produções serão exibidas no evento de premiação, realizado no mês de novembro em Belém, no Pará. Os demais filmes selecionados serão exibidos nos âmbitos de seus respectivos estados, com exceção da Região Norte, que realizará o Panorama Regional, composto pelas obras selecionadas nos estados participantes da região.

Lançada em 2017, a Mostra Sesc de Cinema se consolida como um dos principais canais de incentivo e fomento ao cinema independente do país. O projeto reúne produções que não conseguem encontrar espaço nos circuitos comerciais de cinema, dando visibilidade à produção cinematográfica brasileira e contribuindo para a promoção de novos talentos no setor do audiovisual.

Foto: Divulgação.

Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice, de Tim Burton, será o filme de abertura do 81º Festival de Veneza

por: Cinevitor
Winona Ryder e Michael Keaton em cena: eles estão de volta!

A diretoria da Biennale di Venezia anunciou nesta terça-feira, 02/07, que a comédia de fantasia e terror Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice, dirigido pelo consagrado cineasta Tim Burton, será o filme de abertura da 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro.

A sequência do longa Os Fantasmas se Divertem, lançado em 1988, conta com Michael Keaton, Winona Ryder, Catherine O’Hara, Justin Theroux, Monica Bellucci, Jenna Ortega e Willem Dafoe no elenco: “Estou muito animado com isso. Significa muito para mim ter a estreia mundial deste filme no Festival de Cinema de Veneza”, disse o cineasta.

Alberto Barbera, diretor do festival, também comentou: “Beetlejuice Beetlejuice marca o tão esperado retorno de um dos personagens mais icônicos do cinema de Tim Burton, mas também a feliz confirmação do extraordinário talento visionário e da realização magistral de um dos autores mais fascinantes de seu tempo. A Biennale di Venezia tem a honra e o orgulho de sediar a estreia mundial de uma obra que apresenta um balanço surpreendente de imaginação criativa e um ritmo alucinatório”.

No filme, que será exibido fora de competição, Keaton retorna ao seu papel icônico ao lado de Winona Ryder como Lydia Deetz e de Catherine O’Hara como Delia Deetz, com os novos membros do elenco: Justin Theroux, Monica Bellucci, Arthur Conti, em sua estreia no cinema, Jenna Ortega como a filha de Lydia e Willem Dafoe.

A sinopse diz: após uma inesperada tragédia familiar, três gerações da família Deetz voltam para casa em Winter River. Ainda assombrada por Beetlejuice, a vida de Lydia vira de cabeça para baixo quando sua filha adolescente rebelde, Astrid, descobre a misteriosa maquete da cidade no sótão e o portal para a vida após a morte é acidentalmente aberto. Com problemas surgindo em ambos os reinos, é apenas uma questão de tempo até que alguém diga o nome de Beetlejuice três vezes e o demônio travesso retorne para desencadear sua própria marca de caos.

Com roteiro de Alfred Gough, Miles Millar e Seth Grahame-Smith, o filme é baseado nos personagens criados por Michael McDowell e Larry Wilson. A direção de fotografia é de Haris Zambarloukos, de Belfast, e o designer de produção é assinado por Mark Scruton, vencedor do Emmy por Wandinha; a edição é de Jay Prychidny e o figurino é de Colleen Atwood, vencedora do Oscar por Animais Fantásticos e Onde Habitam, Alice no País das Maravilhas, Memórias de uma Gueixa e Chicago. A trilha sonora é de Danny Elfman, indicado ao Oscar por Gênio Indomável, MIB: Homens de Preto, Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas e Milk: A Voz da Igualdade.

Amplamente conhecido como um dos artistas mais imaginativos e como um realizador capaz de criar os mais bizarros efeitos visuais, Tim Burton reinventou o cinema de gênero hollywoodiano de acordo com a sua visão muito pessoal, conquistando uma base de fãs internacionais e influenciando uma geração de jovens artistas. Sua filmografia icônica nas últimas três décadas inclui Os Fantasmas se Divertem (1988), Batman (1989), Edward Mãos de Tesoura (1990), O Estranho Mundo de Jack (1993), Ed Wood (1994), Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas (2003), A Noiva Cadáver (2005), Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007), Alice no País das Maravilhas (2010), Dumbo (2019) e Wandinha, no qual atuou como produtor executivo, entre outros.

Foto: Courtesy of Warner Bros. Pictures.

Motel Destino, de Karim Aïnouz, será o filme de abertura do 52º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
Fabio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha em cena: filme aplaudido em Cannes

Depois de disputar a Palma de Ouro no Festival de Cannes, o thriller erótico Motel Destino, novo longa-metragem do cineasta cearense Karim Aïnouz, terá sua estreia no Brasil na abertura do 52º Festival de Cinema de Gramado.

Motel Destino carrega o nome de um local numa beira de estrada do litoral cearense, palco de jogos perigosos de desejo, poder e violência. Uma noite, a chegada de um jovem transforma em definitivo o cotidiano do motel. O rapaz em fuga, totalmente vulnerável, cruza seu caminho com o de uma mulher aprisionada pelas dinâmicas de um casamento abusivo.

Elemento recorrente na filmografia de Aïnouz, o erotismo é o pano de fundo de Motel Destino. As cores fortes e vibrantes do litoral nordestino dão a tônica visual-narrativa da nova obra, o primeiro projeto do diretor rodado inteiramente no Ceará desde O Céu de Suely (2006). O estabelecimento de beira de estrada que dá título ao filme é, segundo ele, “o principal personagem do enredo e o local onde se entrecruzam questões crônicas da realidade brasileira“. O longa é um retrato íntimo de uma juventude que teve seu futuro roubado por uma elite tóxica e esmagadora, contra a qual a insubordinação e revoltas são, não raramente, a saída possível.

Em comunicado oficial, Karim disse: “É uma grande alegria apresentar Motel Destino em Gramado. Depois de tantos anos longe do Brasil, ainda mais tempo longe do Ceará, colocar esse filme no mundo é, para mim, uma felicidade imensa. Os últimos anos foram muito difíceis, nos quais sobrevivemos a uma pandemia e a um governo fascista. Motel Destino é uma ode ao desejo como motor da vida”, celebra o diretor.  

Estrelado por Iago Xavier, Fabio Assunção e Nataly Rocha, a coprodução entre Brasil, França e Alemanha tem roteiro assinado por Karim Aïnouz, Mauricio Zacharias e Wislan Esmeraldo. O elenco conta também com Renan Capivara, Yuri Yamamoto, Fabíola Líper, Isabela Catão, Jupyra Carvalho, David Santos e Bruna Beserra.

Por trás das câmeras, a diretora de fotografia Hélène Louvart, renomada por seus trabalhos em A Vida Invisível e Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre, captura com sutileza as nuances visuais do filme. A montadora Nelly Quettier, reconhecida por Beau Travail e Lazzaro Felice, imprime uma precisão rítmica à narrativa. O diretor de arte Marcos Pedroso, de Madame Satã e Praia do Futuro, agrega uma rica expressão artística à obra. A produção foi liderada por Janaina Bernardes (Cinema Inflamável) e Fabiano Gullane e Caio Gullane (Gullane).

Para o curador Marcos Santuario, a escolha reafirma Gramado como vitrine nacional de obras brasileiras consagradas no exterior: “Karim dispensa apresentações. Com seus trabalhos, esse potente realizador deixa sua marca no audiovisual brasileiro desde os anos 1990 e leva o melhor do nosso cinema para as telas do mundo. Madame Satã, O Céu de Suely, Praia do Futuro e A Vida Invisível são apenas alguns registros da extensa filmografia de Aïnouz. Motel Destino é um filme que causou um furor no exterior, em Cannes, e repete um pouco aquilo que temos feito em anos anteriores, abrindo Gramado com filmes brasileiros que têm sido expoentes no exterior”

Santuario comenta, também, sobre a felicidade de ter um dos maiores realizadores brasileiros trazendo seu novo projeto para abrir Gramado: “Karim, com seu filme, mostra um pouco do que o mundo está vendo a respeito do cinema brasileiro. Aplaudindo e premiando. Para nós, é uma honra enorme ter o filme de um dos maiores realizadores brasileiros da contemporaneidade, que é aplaudido e reverenciado em outros festivais importantíssimos pelo mundo, abrindo essa edição do Festival de Gramado”, afirma.

O longa-metragem terá única exibição na noite de abertura do 52º Festival de Cinema de Gramado, 9 de agosto, fora de competição; a programação do evento se estende até 17 de agosto. Nos cinemas, Motel Destino estreia no dia 22 de agosto, distribuído pela Pandora Filmes.

Foto: Divulgação.

18º For Rainbow: conheça os vencedores do Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero

por: Cinevitor
Aisha Brunno em Tudo o que Você Podia Ser: quatro prêmios

Foram anunciados nesta sexta-feira, 28/06, na Arena Dragão do Mar, em Fortaleza, no Ceará, os vencedores do Troféu Elke Maravilha da 18ª edição do For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero. O encerramento contou também com uma festa-show com Má Dame e Di Ferreira.

Neste ano, o longa brasileiro Tudo o que Você Podia Ser, de Ricardo Alves Jr., foi consagrado com quatro prêmios, entre eles, melhor filme: “É um filme que centra na amizade como um ato político, nossas personagens não precisam justificar suas existências, elas são o que querem ser. É uma alegria receber esses prêmios no For Rainbow por reafirmar a importância de construir outros imaginários da nossa comunidade LGBTQIA+, e afirmar a potência da existência e a possibilidade de sonhar sem medo”, disse o diretor.

O júri desta edição foi formado por: Ana Mogli Saura, Andreia Pires, Diego Hoefel e Fabíola Aquino nos longas-metragens; Ella Monstra, Jéssica Teixeira e Nívia Uchôa nos curtas-metragens; e na Mostra Cearense contou com Fabíola Aquino, Isaac Martins e Verónica Valenttino.

O Prêmio da Crítica, avaliado por Dani Duarte, Mylena Gadelha e Raiane Ferreira, justificou suas escolhas: “Como pensar a expressão do cinema enquanto lugar para criação de mundos possíveis? Os filmes premiados pelo júri da crítica trazem esta reflexão em suas espinhas dorsais. Por quebrar expectativas, utilizando uma narrativa pautada na potência do jogo da dramatização, e propor ao espectador uma experiência empática e reflexiva sobre uma realidade possível, o Júri da Crítica da 18ª edição do For Rainbow premia Xavier e Miguel, de Ricky Mastro, como melhor curta-metragem. Por abordar a religiosidade e o meio ambiente na vida de pessoas trans, colocando em perspectiva vivências que valorizam as conquistas, superações e reflexões desses grupos sociais, o Júri da Crítica premia Capim Navalha, de Michel Queiroz, como melhor longa-metragem”.

Conheça os vencedores do For Rainbow 2024:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Melhor Filme: Tudo o que Você Podia Ser, de Ricardo Alves Jr. (Brasil)
Melhor Direção: Ricardo Alves Jr., por Tudo o que Você Podia Ser
Melhor Roteiro: Orlando, Minha Biografia Política, escrito por Paul B. Preciado
Melhor Atuação: Aisha Brunno, por Tudo o que Você Podia Ser
Melhor Fotografia: Orlando, Minha Biografia Política, por Victor Zebo
Melhor Direção de Arte: Orlando, Minha Biografia Política, por Anna Le Mouël
Melhor Som: Eu Não Sou Ninguém (Io Non Sono Nessuno), por Geraldine Otter
Melhor Trilha Sonora: Capim Navalha, por Michel Queiroz
Melhor Edição: Tudo o que Você Podia Ser, por Lorena Ortiz
Menção Honrosa: Capim Navalha, de Michel Queiroz (Brasil)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS

Melhor Filme: Ferro’s Bar, de Cine Sapatão (Aline A. Assis, Fernanda Elias, Nayla Guerra e Rita Quadros) (Brasil)
Melhor Direção: Leo Tabosa, por Dinho
Melhor Roteiro: Trânsito (Transit), escrito por Hyein Moon
Melhor Ator: Gustavo Batista, por Peixe Vivo
Melhor Atriz: Margot Leitão, por Raposa
Melhor Fotografia: Lolo, por Ana Gabriela Gutiérrez
Melhor Direção de Arte: Pedagogias da Navalha: Se a palavra é um feitiço, minha língua é uma encruzilhada, por Alma Flora, Colle Christine e Larissa Oliveira
Melhor Som: Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, por Juliana Santana e Nicolau Domingues
Melhor Trilha Sonora: De Noite, Na Cama, por Malu Rizzo
Melhor Edição: Bem-Vinda de Volta, por Duda Casoni

PRÊMIO DA CRÍTICA
Melhor curta-metragem: Xavier e Miguel, de Ricky Mastro (Brasil)
Melhor longa-metragem: Capim Navalha, de Michel Queiroz (Brasil)

MOSTRA CEARENSE
Melhor Filme: Kila & Mauna, de Ella Monstra

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.