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PGA Awards 2021: conheça os indicados ao prêmio do Sindicato dos Produtores

por: Cinevitor

os7chicagoPGASacha Baron Cohen e Jeremy Strong em Os 7 de Chicago, de Aaron Sorkin.

O Sindicato dos Produtores da América, Producers Guild of America, conta com mais de 8.200 membros e realiza, desde 1990, uma premiação anual, conhecida como PGA Awards, Producers Guild Awards, que elege os melhores da TV e do cinema.

Considerado uma prévia do Oscar, geralmente seus vencedores coincidem com os premiados pela Academia na categoria de melhor filme. Ao longo de 31 edições, 21 vencedores do PGA Awards também levaram a estatueta dourada. Porém, no ano passado, 1917, de Sam Mendes, recebeu o prêmio do Sindicato, mas o Oscar foi para Parasita, de Bong Joon-Ho.

Neste ano, por conta da pandemia de Covid-19, a cerimônia de premiação da 32ª edição acontecerá em formato on-line e será realizada no dia 24 de março. Os homenageados serão anunciados em breve.

Conheça os indicados ao PGA Awards 2021 nas categorias de cinema:

LONGA-METRAGEM | PRÊMIO DARRYL F. ZANUCK

A Voz Suprema do Blues, por Denzel Washington e Todd Black
Bela Vingança, por Josey McNamara, Ben Browning, Ashley Fox e Emerald Fennell
Borat: Fita de Cinema Seguinte, por Sacha Baron Cohen, Monica Levinson e Anthony Hines
Judas e o Messias Negro, por Charles D. King, Ryan Coogler e Shaka King
Mank, por Ceán Chaffin, Eric Roth e Douglas Urbanski
Minari: Em Busca da Felicidade, por Christina Oh
Nomadland, por Frances McDormand, Peter Spears, Mollye Asher, Dan Janvey e Chloé Zhao
O Som do Silêncio, por Bert Hamelinck e Sacha Ben Harroche
Os 7 de Chicago, por Marc Platt e Stuart Besser
Uma Noite em Miami…, por Jess Wu Calder, Keith Calder e Jody Klein

LONGA-METRAGEM | ANIMAÇÃO

A Caminho da Lua, por Gennie Rim e Peilin Chou
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, por Kori Rae
Os Croods 2: Uma Nova Era, por Mark Swift
Soul, por Dana Murray
Wolfwalkers, por Paul Young, Nora Twomey, Tomm Moore e Stéphan Roelants

LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO

A Thousand Cuts, por Ramona S. Diaz, Leah Marino, Julie Goldman, Christopher Clements e Carolyn Hepburn
As Mortes de Dick Johnson, por Kirsten Johnson, Katy Chevigny e Marilyn Ness
David Attenborough e Nosso Planeta, por Jonnie Hughes
Professor Polvo, por Craig Foster
Softie, por Toni Kamau e Sam Soko
The Truffle Hunters, por Michael Dweck e Gregory Kershaw
Time, por Lauren Domino, Kellen Quinn e Garrett Bradley

FILME TELEVISIVO

Hamilton, por Thomas Kail, Lin-Manuel Miranda e Jeffrey Seller
Jane Goodall: The Hope (determinação de elegibilidade pendente)
Má Educação, por Fred Berger e Eddie Vaisman
Natal com Dolly Parton (determinação de elegibilidade pendente)
What the Constitution Means to Me (determinação de elegibilidade pendente)

Foto: Divulgação/Netflix.

4º CINEFESTIVAL – Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

filmejuliacinefestivalClaudia Campolina em Won’t You Come Out to Play?, de Julia Katharine.

Idealizado com o objetivo de formar público consumidor de arte cinematográfica no interior do Ceará, além de fomentar a discussão acerca da experiência audiovisual brasileira contemporânea, o CINEFESTIVAL – Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe realizará sua quarta edição entre os dias 15 e 20 de março em formato on-line e gratuito por conta da pandemia de Covid-19.

Neste ano, a programação contará com 36 filmes, divididos nas mostras Competitiva Nacional, Mostra Criança, Mostra Negra, Mostra Melhor Idade, Mostra Universitária, Mostra Cearense e Mostra Diversidade (LGBTQIA+), conferindo ao evento um panorama plural com foco nos diversos temas e narrativas.

Com curadoria de Pedro Azevedo, programador do Cinema do Dragão, em Fortaleza, o festival é uma realização de Allan Deberton, cineasta premiado pelo filme Pacarrete. Com exibições gratuitas dentro de uma plataforma própria, o festival também apresentará debates, webinários, homenagem e apresentações especiais.

Durante a semana do evento, todos os filmes da competitiva serão avaliados pelo Júri Oficial composto pelos profissionais Daniel Donato (diretor de fotografia), Georgina Castro (atriz e diretora) e Rodrigo Passolargo (roteirista e produtor cultural). Já para a entrega do Prêmio da Crítica, honraria concedida em parceria com a Aceccine, Associação Cearense de Críticos de Cinema, o Júri da Crítica é formado por Eric Magda, Rafael Vasconcelos e Vinícius Bozzo. Além disso, os filmes concorrem também ao prêmio de Melhor Curta Nacional, avaliados pelo Júri Popular em votação aberta no site do evento.

Como estratégia de reconhecimento dos artistas da região e fortalecimento da economia criativa, o principal prêmio do CINEFESTIVAL, o Troféu Araibu, conferido aos melhores filmes escolhidos pelo Júri Oficial, é um troféu criado e produzido pela Associação dos Artesãos e Artistas Plásticos de Russas, feito totalmente da carnaúba, árvore símbolo do Ceará. O nome do troféu homenageia o importante riacho Araibu, patrimônio histórico do município.

Os webinários desta edição, que seguem com inscrições abertas no site, buscam estimular o aprimoramento ou desenvolvimento de potenciais habilidades dos inscritos nas atividades, além da cooperação na troca de conhecimentos no meio artístico audiovisual. As conversas serão conduzidas por realizadores reconhecidos do audiovisual brasileiro, como: Cíntia Domit Bittar (Como potencializar a realização de um curta-metragem?); Fernanda Chicolet (Atuação para cinema); e José Agripino (Como construir a audiência para seu curta-metragem?).

Na edição de 2021, o CINEFESTIVAL homenageará Verônica Guedes, diretora do For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero: “Por tudo que faz pelo cinema, pela diversidade e pela cultura do Ceará, estamos felizes com a escolha de Verônica Guedes como homenageada. Há 14 anos é prova da resistência e diversidade no cinema com o seu festival, naturalmente é uma escolha que abraça a área do audiovisual e da militância LGBTQIA+”, destaca Allan Deberton, diretor do CINEFESTIVAL.

Conheça os filmes selecionados para o 4º Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe:

COMPETITIVA NACIONAL

4 Bilhões de Infinitos, de Marco Antônio Pereira (MG)
Abjetas 288, de Júlia da Costa e Renata Mourão (SE)
A Destruição do Planeta Live, de Marcus Curvelo (BA)
A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (SC)
Drama Queen, de Gabriela Luíza (MG)
Estamos Todos na Sarjeta, Mas Alguns de Nós Olham as Estrelas, de João Marcos de Almeida e Sergio Silva (SP)
Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)
Noite de Seresta, de Sávio Fernandes e Muniz Filho (CE)
Pega-se Facção, de Thaís Braga (PE)
Preces Precipitadas de um Lugar Sagrado que Não Existe Mais, de Rafael Luan e Mike Dutra (CE)
Rasga Mortalha, de Thiago Martins de Melo (MA)
Você Tem Olhos Tristes, de Diogo Leite (SP)
Won’t You Come Out To Play?, de Julia Katharine (SP)

MOSTRAS PARALELAS

MOSTRA CEARENSE

A Chama Indefinida da Posterioridade, de Gabriel Silveira
Não Te Amo Mais, de Yasmin Gomes
Pátria, de Lívia Costa e Sunny Maia
Pequenas Considerações Sobre o Espaço-Tempo, de Michelline Helena
Vagabundos Eficazes, de Rafael Brasileiro

MOSTRA NEGRA

A Barca, de Nilton Resende (AL)
Capécia, de Állan Maia (BA)
Ditadura Roxa, de Matheus Moura (MG)
Rio das Almas e Negras Memórias, de Taize Inácia e Thaynara Rezende (GO)

MOSTRA UNIVERSITÁRIA

Arquitetura do Gesto, de Arthur Dalim, Fernanda Barros, Lanna Carvalho e Rebeca Karam (CE)
Mil Vinnys – Suíte Cachoeirana, de Luan Santos (BA)
Terceiro Andar, de Deuilton B. Júnior (PE)

MOSTRA MELHOR IDADE

Amabile, de Rodrigo Campos (SP)
Ângela, de Marília Nogueira (MG)
Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Lucas H. Rossi dos Santos e Henrique Amud (SP)
Ela que Mora no Andar de Cima, de Amarildo Martins (PR)

MOSTRA DIVERSIDADE

Aqueles Dois, de Émerson Maranhão (CE)
De Vez em Quando Eu Ardo, de Carlos Segundo (MG)
Gabi, de Felipe Ferreira (RJ)
Me Falta Tempo para Celebrar Teus Cabelos, de Daniel Zacariotti e Caio Almeida (DF)
Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR)

MOSTRA CRIANÇA

A Lenda do Sol e da Tempestade, de Hugo Tortul Ferriolli e Victor Laildher do Amaral (MG)
Dias Felizes, de André Santos (RN)

*O festival é apoiado pela Secretaria Estadual da Cultura, através do Fundo Estadual de Cultura, com recursos provenientes da Lei Federal 14.017/2020, Lei Aldir Blanc, de 29 de junho de 2020.

Foto: Divulgação.

26º Critics Choice Awards: conheça os vencedores

por: Cinevitor

belavingancacriticschoiceCarey Mulligan em Bela Vingança: melhor atriz.

A Broadcast Film Critics Association, maior organização de críticos americanos e canadenses, anunciou neste domingo, 07/03, os vencedores do 26º Critics Choice Awards, importante premiação que elege os melhores da TV e do cinema. Neste ano, por conta da pandemia de Covid-19, a cerimônia aconteceu em formato híbrido: o evento foi apresentado, pela terceira vez, pelo ator Taye Diggs; os indicados participaram virtualmente.

Dirigido por Chloé Zhao, Nomadland foi o grande vencedor desta edição com quatro prêmios, entre eles, melhor filme. Mank, de David Fincher, que liderava a lista com 12 indicações, venceu em apenas uma categoria: melhor design de produção.

Neste ano, a atriz e cantora Zendaya foi homenageada com o Prêmio #SeeHer, criado em parceria com a Association of National Advertisers com a intenção de homenagear mulheres que se destacam na mídia e que incorporam os valores estabelecidos pelo movimento #SeeHer, ultrapassando limites de mudanças de estereótipos e reconhecendo a autenticidade dessas mulheres no cenário do entretenimento. Viola Davis, Gal Gadot, Claire Foy e Kristen Bell foram as homenageadas nos anos anteriores.

Conheça os vencedores do 26º Critics Choice Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME
Nomadland

MELHOR ATOR
Chadwick Boseman, por A Voz Suprema do Blues

MELHOR ATRIZ
Carey Mulligan, por Bela Vingança

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Daniel Kaluuya, por Judas e o Messias Negro

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Maria Bakalova, por Borat: Fita de Cinema Seguinte

MELHOR ATOR/ATRIZ JOVEM
Alan Kim, por Minari: Em Busca da Felicidade

MELHOR ELENCO
Os 7 de Chicago

MELHOR DIREÇÃO
Chloé Zhao, por Nomadland

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Bela Vingança, escrito por Emerald Fennell

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Nomadland, escrito por Chloé Zhao

MELHOR FOTOGRAFIA
Nomadland, por Joshua James Richards

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Mank, por Donald Graham Burt e Jan Pascale

MELHOR EDIÇÃO
Os 7 de Chicago, por Alan Baumgarten, e O Som do Silêncio, por Mikkel E. G. Nielsen

MELHOR FIGURINO
A Voz Suprema do Blues, por Ann Roth

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
A Voz Suprema do Blues

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Tenet

MELHOR FILME DE COMÉDIA
Palm Springs

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Minari: Em Busca da Felicidade, de Lee Isaac Chung (EUA)

MELHOR FILME PARA TV
Hamilton

MELHOR CANÇÃO
Speak Now, por Leslie Odom Jr. e Sam Ashworth (Uma Noite em Miami…)

MELHOR TRILHA SONORA
Soul, por Jon Batiste, Trent Reznor e Atticus Ross

Foto: Divulgação/Universal Pictures.

Semana do Audiovisual Negro: segunda edição divulga programação on-line e filmes selecionados

por: Cinevitor

cinemacontemporaneofilmeCena do curta pernambucano Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva.

A recente programação audiovisual negra e indígena ganha destaque na segunda edição da Semana do Audiovisual Negro (SAN), que acontecerá entre os dias 8 e 14 de março, em ambiente on-line e com acesso gratuito. A programação é formada por mostra competitiva de curtas-metragens, exposição de videoarte, oficinas e mesas de debate.

Foram selecionados 25 filmes de todo o Brasil, entre 232 obras inscritas. São filmes de ficção, documentais, experimentais e animações. Os curtas-metragens e videoartes estarão disponíveis para o público através da plataforma TodesPlay (clique aqui). Entre os curtas, o júri concederá prêmios a três filmes no valor de R$ 1.000,00 cada.

A Semana do Audiovisual Negro é o primeiro festival de cinema, de caráter competitivo, criado em Pernambuco com o recorte racial. O evento busca contribuir para a difusão audiovisual, através do reconhecimento e valorização dos profissionais negros e negras. Nesta edição, a curadoria propõe uma aproximação entre o cinema negro e o cinema indígena, possibilitando ao público o acesso a filmes dirigidos por pessoas negras e indígenas.

A seleção das obras de videoarte contou com curadoria de Letícia Barros e apresenta oito vídeos: Resiliência Amazônica, de Akhacio Amawaka (PA); Feitura, de Laryssa Machado e Vitor Mota (BA); marvin.gif PART II, de Mavin Pereira (BA); Exercício de Arquivo #2, de João Nascimento (PE); Uma Noite Sem Lua, de Castiel Vitorino Brasileiro (ES); Ali entre nós um invisível obliterante, de Iagor Peres (RJ/PE); Ambientes Frios: Submersão, de Carlos Aquino; e Estudos Para Contenção de Pragas e Infiltrações, de Thiago Barbosa (PE).

A programação conta ainda com mesas de debates e cerimônia de premiação que serão transmitidas através da internet. Os links serão divulgados a cada dia através das redes sociais do festival. Na segunda (08/03), às 19h, o tema Cinema: Uma Questão de Gênero, Raça e Classe, será debatido pela educadora Mikaele Xucuru, pela pesquisadora e escritora Kátia Santos e pela artista audiovisual e articuladora política Libra, com mediação da cineasta e produtora Graci Guarani, da nação indígena Guarani Kaiowá.

Na quinta (11/03), às 19h, a educadora e realizadora audiovisual quilombola Kêka Oliveira, do coletivo Crioulas Vídeo; a fotógrafa e produtora audiovisual Fran Silva; o representante do Coletivo Fulni-ô, Expedito Lino; e a professora e pesquisadora Tatiana Carvalho debatem o tema Cinema é território, com mediação da pesquisadora e realizadora Íris Regina.

No domingo (14/03), às 19h, o encontro virtual discute o tema O nosso cinema ancestral, com a participação da diretora e roteirista Joyce Prado, do produtor e cineasta Alexandre Pankararu, da Iyalorixá, mestra coquista e comunicadora Beth de Oxum e a mediação de Naya Lopes, educadora popular e realizadora audiovisual.

A segunda edição da Semana do Audiovisual Negro ainda está comprometida com a atividades de formação e realizará três oficinas: Videoarte Ação, com Lia Letícia; Cinema de Animação Negra, com Kalor Pacheco; e Cinema Lésbico, com Mariana Souza. As inscrições já foram encerradas e os participantes selecionados.

Conheça os curtas-metragens selecionados para 2ª Semana do Audiovisual Negro:

5 Fitas, de Heraldo de Deus e Vilma Martins (BA)
A Dona da Melodia, de Katia Santos e Tuanny Medeiros (RJ)
A Live Delas, de Yane Mendes (PE)
A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (SC)
A Sússia, de Lucrécia Dias (TO)
Afetadas, de Jean (PE)
Anastácia Alimentada, de Aryelle Christiane e Bruna Andrade Jocicleide (RJ)
As Canções de Amor de uma Bixa Velha, de André Sandino Costa (RJ)
Búfala, de Tothi dos Santos (GO)
Cão Maior, de Filipe Alves (DF)
Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva (PE)
Ditadura Roxa, de Matheus Moura (MG)
Egum, de Yuri Costa (RJ)
Joãosinho da Goméa, O Rei do Candomblé, de Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra (RJ)
Lá do Alto, de Luciano Vidigal (RJ)
Madeira de Lei, de Kalor (PE)
Mihe’aka Voxené: Simoné Veyopé Ûti! (Abre Caminho: nossas câmeras chegaram!), de Raylson Chaves (MS)
O Som dos Pés, de Tayho Fulni-ô (PE)
PE-460: Uma Luta Ancestral, de Valdeci de Oliveira (PE)
Práticas do Absurdo, de Alexander S. Buck (ES)
Quilombo Mata Cavalo, de Jurandir Amaral (MT)
, de Ana Flavia Cavalcanti e Júlia Zakia (SP)
Rosário, de Juliana Soares e Igor Travassos (PE)
Sobre Olga, de Thayná Almeida (PE)
Yapoatan, de Gleyci Nascimento (PE)

Foto: Divulgação.

Conheça os vencedores da 8ª Mostra de Cinema de Iguatu

por: Cinevitor

osultimosromanticosiguatuCarlos Eduardo Ferraz em Os Últimos Românticos do Mundo.

A Mostra de Cinema de Iguatu, que aconteceu em formato on-line por conta da pandemia de Covid-19, anunciou os vencedores de sua oitava edição neste domingo, 07/03. A programação contou com a exibição de mostras competitivas de curtas nas categorias Ceará e Nordeste; além da Mostra Social para o público infantil, LGBTQIA+ e Melhor Idade.

Neste ano, a atriz cearense Samya de Lavor foi a grande homenageada e a edição também apresentou atividades paralelas com convidados especiais. O Júri Oficial foi formado por Benjamim Aragão, Kamilla Medeiros, Mylla Fox e Sara Síntique; o Júri Aceccine, da Associação Cearense de Críticos de Cinema, contou com Daniel Herculano, João Gabriel Tréz e Larissa Bello.

Conheça os vencedores da 8ª Mostra de Cinema de Iguatu:

MOSTRA NORDESTE

Melhor Filme: Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (PE)
Melhor Atriz: Wanderlândia Melo, por A Barca
Melhor Direção de Arte: Os Últimos Românticos do Mundo, por Carlota Pereira
Melhor Roteiro: A Tradicional Família Brasileira Katu, escrito por Rodrigo Sena

MOSTRA CEARÁ

Melhor Filme: Noite de Seresta, de Sávio Fernandes e Muniz Filho
Melhor Atriz: Catarina Viana, por As Incríveis Aventuras de um Casal Normal
Melhor Direção de Arte: Vento Viajante, por Alunos do Projeto Animação Ambiental/IMA, Escolas Municipais de Icapuí, sob orientação da professora Analúcia Godoi
Melhor Roteiro: Baile dos Reis, escrito por Luís André Araújo, Reginaldo Farias e Ythallo Rodrigues

PRÊMIO DA CRÍTICA

Vento Viajante, de Alunos do Projeto Animação Ambiental/IMA, Escolas Municipais de Icapuí

VOTO POPULAR

Mostra Ceará: Noite de Seresta, de Sávio Fernandes e Muniz Filho
Mostra Nordeste: Aquela Noite, de Fernando Marques (PE)

Foto: Barbara Hostin.

Prêmio Goya 2021: conheça os vencedores do Oscar espanhol

por: Cinevitor

angelamolinagoyaHomenageada: Ángela Molina no palco.

A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha realiza, desde 1987, o Prêmio Goya (ou Premios Goya), evento que elege os melhores filmes e profissionais do cinema e é conhecido como o Oscar espanhol. Neste sábado, 06/03, foram revelados os vencedores da 35ª edição, que aconteceu em Málaga, no sul da Espanha, em formato híbrido por conta da pandemia de Covid-19.

Com Las Niñas, seu primeiro longa-metragem, Pilar Palomero se destacou na premiação; o drama levou quatro prêmios, entre eles, melhor filme. Silenciadas, de Pablo Agüero, venceu em cinco categorias.

Neste ano, a premiada atriz espanhola Ángela Molina recebeu o Goya honorário por sua carreira extraordinária com mais de 45 anos dedicada ao cinema, teatro e televisão. Sua trajetória conta com trabalhos dirigidos por grandes nomes, como: Luis Buñuel, Pedro Almodóvar, Jose Luis Borau, Manuel Gutiérrez Aragón, Jaime Chávarri, Jaime de Armiñán, Josefina Molina, Bigas Luna, Jaime Camino, Pablo Berger, entre outros.

A cerimônia foi apresentada pelo ator Antonio Banderas e pela jornalista María Casado. Os indicados participaram virtualmente, enquanto alguns convidados especiais subiram ao palco para a apresentação dos prêmios, entre eles: Pedro Almodóvar, Penélope Cruz, Paz Vega, Antonio de la Torre, Leonardo Sbaraglia, Antonio Velázquez, Emma Suárez, Marisa Paredes e muitos outros.

Conheça os vencedores do Prêmio Goya 2021:

MELHOR FILME
Las Niñas, de Pilar Palomero

MELHOR DIREÇÃO
Salvador Calvó, por Adú

MELHOR ATOR
Mario Casas, por No Matarás

MELHOR ATRIZ
Patricia López Arnaiz, por Ane

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Alberto San Juan, por Sentimental

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Nathalie Poza, por La Boda de Rosa

MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE
Pilar Palomero, por Las Niñas

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Las Niñas, escrito por Pilar Palomero

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Ane, escrito por David Pérez Señudo e Marina Parés Pulido

ATOR REVELAÇÃO
Adam Nourou, por Adú

ATRIZ REVELAÇÃO
Jone Laspiur, por Ane

MELHOR DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
Adú, por Ana Parra e Luis Fernández Lago

MELHOR FOTOGRAFIA
Las Niñas, por Daniela Cajías

MELHOR MONTAGEM
O Ano do Descobrimento, por Sergio Jiménez

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Silenciadas (Akelarre), por Mikel Serrano

MELHOR FIGURINO
Silenciadas, por Nerea Torrijos

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
Silenciadas, por Beata Wotjowica e Ricardo Molina

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Silenciadas, por Aránzau Calleja e Maite Arroitajauregi

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Que no, que no, de Rozalén (La Boda de Rosa)

MELHOR SOM
Adú, por Eduardo Esquide, Jamaica Ruíz García, Juan Ferro e Nicolás de Poulpiquet

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
Silenciadas, por Mariano García Marty e Ana Rubio

MELHOR ANIMAÇÃO
La Gallina Turuleca, de Eduardo Gondell e Víctor Monigote

MELHOR DOCUMENTÁRIO
O Ano do Descobrimento, de Luis López Carrasco

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
El Olvido que Seremos, de Fernando Trueba (Colômbia)

MELHOR FILME EUROPEU
Meu Pai, de Florian Zeller (Reino Unido/França)

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
A la cara, de Javier Marco Rico

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Biografía del Cadáver de una Mujer, de Mabel Lozano

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Blue & Malone: Casos imposibles, de Abraham López Guerrero

Foto: Miguel Córdoba.

8º Cine Kurumin – Festival de Cinema Indígena: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

yaokwacinekuruminCena do curta Yaõkwa, Imagem e Memória, de Vincent Carelli e Rita Carelli.

O Cine Kurumin é um festival de cinema que exibe produções audiovisuais com temática indígena de todo o mundo e convida cineastas indígenas de diferentes etnias. Realizado desde 2011, edições do festival já aconteceram na cidade de Salvador e nas aldeias dos povos Tupinambá, Pataxó, Tumbalalá, Kiriri (Bahia) e Yawalapiti, no Parque Indígena do Xingu, com exibição de mais de 100 filmes no total, chegando a reunir um público de mais de 2.000 pessoas.

O festival apoia a produção artística e cinematográfica indígena numa ação de descolonização do imaginário e retomada das imagens, criando temporalidades interculturais e convivências entre os olhares indígenas e outros olhares.

O Festival Internacional de Cinema Indígena Cine Kurumin acontece em aldeias indígenas rurais e nas metrópoles brasileiras, atraindo todos os tipos de público. Porém, por conta da pandemia de Covid-19, a oitava edição acontecerá em formato on-line entre os dias 14 e 30 de março.

Com 115 produções audiovisuais de direção ou temática indígena inscritas, a curadoria deste ano foi assinada por: Bia Pankararu, Graci Guarani, Naine Terena, Olinda Muniz, Roberto Romero, Thais Brito, Aline Frey e Ana Carvalho.

Conheça os filmes selecionados para o 8º Cine Kurumin – Festival de Cinema Indígena:

LONGAS E MÉDIAS-METRAGENS

A FLECHA E A FARDA, de Miguel Antunes Ramos
ÃJÃÍ: O JOGO DE CABEÇA DOS MYKY E MANOKI, de Typju Myky e André Lopes
ANTÔNIO E PITI, de Vincent Carelli e Wewito Piyãko
APYÃWA – TAPIRAPÉ: IRAXAO RARYWA, de Koria (Yrywaxã) Valdvane Tapirapé, Luís Oliveira, Paula Grazielle Viana dos Reis e Vandimar Marques Damas
FORÇA DAS MULHERES PATAXÓ DA ALDEIA MÃE, de Vanuzia Bonfim e Caamini Braz
KO YVY MA NDOPA MO’ÃI: ESSA TERRA NÃO VAI TERMINAR, de Matias Dala Stella
KUNHANGUE ARANDU: A SABEDORIA DAS MULHERES, de Alberto Alvares e Cristina Flória
MATSES MUXAN AKADAKIT: FESTA DA TATUAGEM MATIS, de Povo Matis
NŪHŪ YÃGMŪ YÕG HÃM: ESSA TERRA É NOSSA!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero
O DESAFIO FULNI-Ô, de Ydris Almeida e Luiz Netto
PARA’Í, de Vinicius Toro
TENTEHAR: ARQUITETURA DO SENSÍVEL, de Paloma Rocha e Luís Abramo

CURTAS-METRAGENS

ANUT GIDAHANKIS MINIKWEKVIYENEKIS: CONHECIMENTO DOS ANTIGOS, de Davi Marworno (Brasil)
CIPÓ TUPI, de Léo Mendez e Célia Tupinambá (Brasil)
CORRIDA DE TORA, de Kokoyamaratxi Renan Suya (Brasil)
FÔLEGO VIVO, de Associação dos Índios Cariris do Poço Dantas-Umari (Brasil)
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO POVO PATAXÓ, de Alice Pataxó e Patrick Oderiê (Brasil)
ÎANDÊ YBY: NÓS SOMOS A TERRA TUPINAMB, de Ariane Santos Santana, Júlio Rodrigues e Gabriel Alves (Brasil)
JANANÃ – UMA HISTÓRIA DE ALGODÃO, de Typju Myky, Minã Myky, Takarauku Myky, Njãsyru Myky, Atu’u Myky, Mãnynu Myky, Kamtinuwy Myky, Njãwayruku Myky, Kojayru Myky e Tipu’u Myky (Brasil)
MAMAPARA, de Alberto Flores Vilca (Peru/Bolívia/Argentina)
MÃTÃNÃG, A ENCANTADA, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (Brasil)
MINKA DE LA MEMORIA, de Luis Cintora (Peru)
MITOS INDÍGENAS EM TRAVESSIA, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues (Brasil)
NHANDEKUERY JAGUATÁ: NOSSAS CAMINHADAS, de Alexandre Karai Benite e Rodrigo Guim (Brasil)
NOVA IORQUE, MAIS UMA CIDADE, de André Lopes e Joana Brandão (EUA/Brasil)
O VERBO SE FEZ CARNE, de Ziel Karapotó (Brasil)
OPY’I REGUA, de Julia Gimenes e Sérgio Guidoux (Brasil)
TECENDO NOSSOS CAMINHOS, de Cledson Kanunxi, Jackson Xinunxi e Marta Tipuici (Brasil)
TERRITÓRIO: NOSSO CORPO, NOSSO ESPÍRITO, de Clea Torres e João Paulo Fernandes (Brasil)
TOPAWA, de Kamikia Kisedje e Simone Giovine (Brasil)
XANDOCA, de Takumã Kuikuro e Davi Marworno (Brasil)
YAÕKWA, IMAGEM E MEMÓRIA, de Vincent Carelli e Rita Carelli (Brasil)
YÃY TU NUNÃHÃ PAYEXOP: ENCONTRO DE PAJÉS, de Sueli Maxakali (Brasil)
YVY PYTE: CORAÇÃO DA TERRA, de Genito Gomes e Johnn Nara Gomes (Brasil)

MOSTRA FUTUROS IMAGINÁRIOS INDÍGENAS

AMAZONIAN COSMOS OU A QUEDA DO CÉU, de Daniel Schweizer, Jaider Esbell e Davi Kopenawa (Suíça/Brasil)
A FESTA DOS ENCANTADOS, de Masanori Ohashy (Brasil)
A GENTE LUTA MAS COME FRUTA, de Wewito Piyãko e Isaac Pinhata (Brasil)
DE VOLTA À TERRA BOA, de Mari Corrêa e Vincent Carelli (Brasil)
EQUILÍBRIO, de Olinda Wanderley (Brasil)
ITÃO KUEGÜ: AS HIPER MULHERES, de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro (Brasil)
JEROKY GWASU – GRANDE CANTO, de Michele Perito Concianza Kaiowá (Brasil)
O SOM DOS PÉS, de Tayho Fulni-ô (Brasil)
OS ESPÍRITOS SÓ ENTENDEM NOSSO IDIOMA, de Cileuza Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi (Brasil)
PARENTE – A ESPERANÇA DO MUNDO, de Graciela Guarani (Brasil)
QUANDO OS YÃMIY VÊM DANÇAR CONOSCO, de Isael Maxakali, Suely Maxakali e Renata Otto (Brasil)
QUEM NÃO COME COM A GENTE, de Guigui Maxakali (Brasil)
YÃKWÁ – O BANQUETE DOS ESPÍRITOS, de Virginia Valadão (Brasil)
YÃMĨYHEX: AS MULHERES-ESPÍRITO, de Sueli Maxakali e Isael Maxakali (Brasil)

MOSTRA NARRATIVAS NATIVAS CONTRA O FIM DO MUNDO

AMARGO RIO DOCE, de Sueli Maxakali e Isael Maxakali (Brasil)
ATL 2017 – ACAMPAMENTO TERRA LIVRE, de Edgar Kanaykõ Xakriabá (Brasil)
AVA YVY VERA – A TERRA DO POVO DO RAIO, de Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Johnaton Gomes, Joilson Brites, Johnn Nara Gomes, Sarah Brites, Dulcídio Gomes e Edna Ximenes (Brasil)
A ÚLTIMA VOLTA DO XINGU, de Kamikia Kisêdje e Wallace Nogueira (Brasil)
CORUMBIARA, de Vincent Carelli (Brasil)
GUAHU’I GUYRA KUERA (ENCANTO DOS PÁSSAROS), de Anailson Flores, Beibity Flores, Cledson Amarília Ricarte, Jhonlailson Gomes Almeida, Jhon Malison, Jomalis Franco Gomes e Wagner Gomes (Brasil)
KONÃGXEKA: O DILÚVIO MAXAKALI, de Isael Maxakali e Charles Bicalho (Brasil)
NAKUA PEWEREWEREKAE JAWABELIA – ATÉ O FIM DO MUNDO, de Margartita Rodriguez Weweli-Lukana e Juma Gitirana Tapuya Marruá (Colômbia/Brasil)
PARA ONDE FORAM AS ANDORINHAS?, de Mari Corrêa (Brasil)
SONHO DE FOGO, de Alberto Álvares (Brasil)
UJIREI – REGENERATION, de Mateo Sobode Chiqueno (Paraguai)
VIROU BRASIL, de Pakea, Hajkaramykya, Arakurania, Petua, Arawtyta’ia, Sabiá e Paranya (Brasil)
ZAWXIPERKWER KA’A – GUARDIÕES DA FLORESTA, de Jocy Guajajara e Milson Guajajara (Brasil)

Foto: Divulgação.

Sessão Vitrine completa 10 anos com edição especial

por: Cinevitor

caiohorowiczatorrevitrineCaio Horowicz no longa A Torre, de Sérgio Borges.

Desde seu início em 2011, o projeto Sessão Vitrine já lançou mais de 50 longas, realizando a distribuição de filmes nacionais e coproduções internacionais com um recorte da produção audiovisual contemporânea. Para celebrar essa década de sucesso, o projeto realiza uma edição comemorativa chamada Sessão Vitrine – Especial 10 anos, que aconteceria no dia 11 de março, mas foi adiada para 29 de abril por conta da pandemia de Covid-19.

“Resolvemos adiar o lançamento especial de 10 anos da Sessão Vitrine devido a situação de agravamento da pandemia, que resultou em diversas cidades optando pelo lockdown. Pensando na segurança de todos e com a impossibilidade de estrear em diversos estados, incluindo São Paulo, de onde veio o apoio financeiro para esta edição, temos certeza de que esta é a melhor decisão. Vamos aguardar o melhor momento para seguir com a estratégia de realizar o lançamento coletivo e simultâneo nos cinemas e nas plataformas digitais”, afirmou o diretor da Vitrine Filmes, Felipe Lopes.

Entre as novidades desta edição especial, está o lançamento simultâneo de quatro filmes de longa-metragem que poderão ser assistidos nos cinemas e também nas plataformas de VOD de aluguel. São eles: Entre Nós, um Segredo, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté; Chão, de Camila Freitas; A Torre, de Sérgio Borges; e Desvio, de Arthur Lins.

A disponibilização nas plataformas digitais se dá a partir da parceria com o Canal Brasil, que também disponibilizará mais pra frente os filmes na sua grade de programação. Os filmes de longa-metragem estarão disponíveis para locação no Now, Oi Play e Vivo Play.

Além de assistir filmes de temáticas e gêneros variados, valorizando o seu viés autoral e originalidade, o público poderá conferir curtas-metragens na abertura das sessões nos cinemas, entre eles: Looping, de Maick Hannder; Joãosinho da Goméa, O Rei do Candomblé, de Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra; Em Reforma, de Diana Coelho; e Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda. Os curtas também poderão ser assistidos na Cardume, plataforma digital de SVOD dedicada aos curtas-metragens brasileiros.

Junto às estreias, serão realizados debates on-line com as equipes de realização dos filmes, em parceria com o Projeto Paradiso, iniciativa filantrópica de apoio ao audiovisual nacional, mantido pelo Instituto Olga Rabinovich. O valor dos ingressos nos cinemas será até R$ 12 (inteira).

“A Sessão Vitrine é um projeto de difusão e democratização do cinema brasileiro. Conseguir patrocínio no meio da pandemia e da crise que nosso audiovisual se encontra foi um sopro de esperança para seguirmos lutando para levar filmes nacionais de qualidade para públicos de todo o Brasil. É fundamental que sigamos em defesa de políticas públicas que permitam a difusão de obras diversas e de qualidade reconhecida em grandes festivais de cinema. Seguiremos fortes e resistindo!”, afirma Felipe Lopes.

osultimosromanticosvitrineCarlos Eduardo Ferraz no curta Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda.

Com o objetivo de levar ao público uma produção de qualidade, que retrata a realidade brasileira em diversos aspectos, o projeto fomenta uma relação entre os públicos e o cinema, através de lançamentos e debates que aprofundam a discussão sobre os temas propostos, contribuindo assim para a formação de novas plateias e para a democratização do acesso ao cinema brasileiro, fortalecendo o circuito audiovisual como um todo. Foi sob o selo da Sessão Vitrine que filmes de diretores como Gabriel Mascaro, Leandra Leal, Juliana Antunes e Adirley Queirós foram lançados, consolidando assim o projeto como uma vitrine de estreantes e renomadas realizadoras e realizadores.

“Poder realizar esta edição da Sessão Vitrine é exaltar a cultura e o cinema brasileiro neste momento tão difícil que estamos vivendo. É uma forma de seguirmos em diálogo, almejando aproximar os sujeitos e narrativas dos filmes com nossos públicos. Sobretudo, lançar os filmes em conjunto e simultaneamente nas telas dos cinemas e nas plataformas é uma estratégia política de distribuição, que chama atenção para as vulnerabilidades do momento e da nossa indústria. Estamos, desta forma, propondo maneiras possíveis de seguirmos atuando em prol de uma indústria do audiovisual fortalecida e sustentável”, disse Talita Arruda, coordenadora da Sessão Vitrine.

A curadoria do projeto prioriza filmes brasileiros e coproduções internacionais que despertem interesse no público, seja pela inovação do seu processo criativo, pelo seu viés autoral ou pela sua qualidade e originalidade. A escolha dos filmes visa também abraçar temáticas, gêneros e propostas estéticas diferentes e produções de diversos estados brasileiros, proporcionando uma programação diversificada para o público em geral. O projeto Sessão Vitrine – Especial 10 anos é uma realização da Vitrine Filmes com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, ProAC, Governo Federal e Lei Aldir Blanc.

“O Projeto Sessão Vitrine surgiu da vontade de um grupo de cineastas que decidiu unir forças para lançar seus filmes nos cinemas, em 2010. Nesta década que passou, eu só posso me orgulhar de tudo que foi construído até aqui, um trabalho focado na democratização do cinema brasileiro e do acesso a ele, valorizando conceitos como coletividade e diversidade”, conclui a diretora da Vitrine Filmes, Silvia Cruz.

Fotos: Divulgação.

24º Cultura Inglesa Festival exibirá 16 títulos do cinema britânico

por: Cinevitor

oultimoimperadorculturainglesaO Último Imperador, de Bernardo Bertolucci: vencedor de nove estatuetas no Oscar

O Cultura Inglesa Festival, tradicional evento de cultura, educação e arte promovido pela Associação Cultura Inglesa São Paulo, chega à sua 24ª edição com uma programação que reflete discussões sociais relevantes no Brasil e no mundo, por meio de diferentes linguagens artísticas, como cinema, música, teatro, poesia, animação, artes visuais, cultura digital, entre outros.

Em formato digital e acessível, o evento acontecerá entre os dias 6 e 28 de março, por meio de uma plataforma desenvolvida exclusivamente para o festival, na qual o público encontrará nomes brasileiros consagrados em diálogo com a cultura britânica e a língua inglesa, com alguns conteúdos inéditos no Brasil.

A 24ª edição do Cultura Inglesa Festival distribuirá um cupom com acesso gratuito a 16 títulos no catálogo do Petra Belas Artes À La Carte. Com a parceria, o público terá acesso a uma série de filmes britânicos durante todo o período do evento.

Além disso, a programação contará também com a Crip Tales, mostra britânica de filmes escritos, dirigidos e interpretados por artistas com deficiência, que contam histórias de superação. Outro destaque é o CIF Talks, no qual o premiado cineasta nigeriano/britânico Adeyemi Michael conversa com o diretor brasileiro Jeferson De sobre as novas narrativas no cinema e seus processos criativos.

Conheça os filmes da mostra de cinema britânico:

A Fortuna de Ned (Waking Ned), de Kirk Jones (1998)
A Tortura do Medo (Peeping Tom), de Michael Powell (1960)
Beleza Roubada (Stealing Beauty), de Bernardo Bertolucci (1996)
Caravaggio, de Derek Jarman (1986)
Contraponto (Tideland), de Terry Gilliam (2005)
French Dressing, de Ken Russell (1964)
Glastonbury, de Julien Temple (2006)
Joe Strummer: O Futuro Não Está Escrito (Joe Strummer: The Future Is Unwritten), de Julien Temple (2007)
Mistérios e Paixões (Naked Lunch), de David Cronenberg (1991)
O Criado (The Servant), de Joseph Losey (1963)
O Traidor (The Hit), de Stephen Frears (1984)
O Último Imperador (The Last Emperor), de Bernardo Bertolucci (1987)
Quando o Coração Floresce (Summertime), de David Lean (1955)
Traídos pelo Desejo (The Crying Game), de Neil Jordan (1992)
Ventos da Liberdade (The Wind that Shakes the Barley), de Ken Loach (2006)
Vozes Distantes (Distant Voices, Still Lives), de Terence Davies (1988)

*Clique aqui e confira a programação completa do evento, que conta com mais de 70 atrações.

Foto: Divulgação.

Conheça os vencedores do Festival de Berlim 2021

por: Cinevitor

radujudeberlim2021Claudia Ieremia, Alex Tocilescu, Costel Băloiu e Katia Pascariu no filme de Radu Jude.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 05/03, os vencedores do 71º Festival de Berlim. O Urso de Ouro, prêmio máximo do evento, foi entregue para a comédia dramática Babardeală cu buclucsau porno balamuc (Bad Luck Banging or Loony Porn), do cineasta romeno Radu Jude.

Ao total, quinze filmes, de 16 países, foram selecionados para a Competição Oficial. Durante o desenvolvimento do formato do festival em 2021, foi também acordado um novo conceito no que diz respeito à composição do Júri Internacional. Cineastas de seis filmes vencedores do Urso de Ouro decidiram os prêmios da Competição da 71ª edição da Berlinale. Neste ano, não houve presidente do júri.

O time de jurados foi formado por: Mohammad Rasoulof, cineasta iraniano premiado no ano passado com There is No Evil; o israelense Nadav Lapid, de Synonymes; Adina Pintilie, da Romênia, vencedora do Urso de Ouro por Não me Toque; a cineasta húngara Ildikó Enyedi, de Corpo e Alma; o italiano Gianfranco Rosi, de Fogo no Mar; e Jasmila Žbanić, da Bósnia e Herzegovina, premiada com Em Segredo.

A mostra Generation oferece uma diversidade artística significativa em duas competições: Kplus e 14plus. Por conta da pandemia, foi escolhido um Júri Internacional para ambas, que foi formado por: Jella Haase, atriz alemã; Mees Peijnenburg, cineasta holandês; e Melanie Waelde, roteirista alemã.

Para a mostra Encounters, criada no ano passado com o objetivo de apoiar novas vozes no cinema e dar mais espaço a diversas formas narrativas e documentais, o júri escolhido foi: Florence Almozini, programadora francesa; Cecilia Barrionuevo, diretora artística argentina; e Diedrich Diederichsen, crítico alemão. Entre os curtas, os jurados foram: Basim Magdy, roteirista egípcio; Christine A. Maier, diretora de fotografia austríaca; e Sebastian Urzendowsky, ator alemão.

Além disso, o drama Esquí (Ski), de Manque La Banca, uma coprodução entre Argentina e Brasil, recebeu o Prêmio Fipresci, da Federação Internacional de Críticos de Cinema, de melhor filme da mostra Forum.

Neste ano, um novo formato foi desenvolvido por conta da pandemia de Covid-19: as plataformas da indústria European Film Market, Berlinale Co-Production Market, Berlinale Talents e World Cinema Fund deram início ao evento com uma programação on-line; além das sessões para imprensa e júri. Em junho, entre os dias 9 e 20, acontecerá a segunda parte com inúmeras exibições de filmes para o público em cinemas e ao ar livre, além da cerimônia de premiação.

Conheça os vencedores do Festival de Berlim 2021:

COMPETIÇÃO OFICIAL | LONGA-METRAGEM

URSO DE OURO | MELHOR FILME:
Babardeală cu buclucsau porno balamuc (Bad Luck Banging or Loony Porn), de Radu Jude (Romênia/Luxemburgo/Croácia/República Tcheca)

URSO DE PRATA | GRANDE PRÊMIO DO JÚRI:
Guzen to sozo (Wheel of Fortune and Fantasy), de Ryusuke Hamaguchi (Japão)

URSO DE PRATA | PRÊMIO DO JÚRI:
Herr Bachmann und seine Klasse (Mr Bachmann and His Class), de Maria Speth (Alemanha)

URSO DE PRATA | MELHOR DIREÇÃO:
Dénes Nagy, por Természetes fény (Natural Light)

URSO DE PRATA | MELHOR INTERPRETAÇÃO:
Maren Eggert, por Ich bin dein Mensch (I’m Your Man)

URSO DE PRATA | MELHOR INTERPRETAÇÃO COADJUVANTE:
Lilla Kizlinger, por Rengeteg – mindenhol látlak (Forest – I See You Everywhere)

URSO DE PRATA | MELHOR ROTEIRO:
Inteurodeoksyeon (Introduction), escrito por Hong Sang-soo

URSO DE PRATA | MELHOR CONTRIBUIÇÃO ARTÍSTICA:
Yibrán Asuad pela edição de Una Película de Policías (A Cop Movie), de Alonso Ruizpalacios

COMPETIÇÃO OFICIAL | CURTA-METRAGEM

URSO DE OURO | MELHOR CURTA: Nanu Tudor (My Uncle Tudor), de Olga Lucovnicova (Bélgica/Portugal/Hungria)
URSO DE PRATA | PRÊMIO DO JÚRI: Xia Wu Guo Qu Le Yi Ban (Day Is Done), de Zhang Dalei (China)
Curta-metragem indicado ao European Film Awards: Easter Eggs, de Nicolas Keppens (Bélgica/França/Holanda)

MOSTRA GENERATION

MELHOR FILME | GRANDE PRÊMIO |KPLUS: Han Nan Xia Ri (Summer Blur), de Han Shuai (China)
MENÇÃO ESPECIAL | KPLUS: Una escuela en Cerro Hueso (A School in Cerro Hueso), de Betania Cappato (Argentina)
MELHOR FILME | GRANDE PRÊMIO | 14PLUS: La Mif (The Fam), de Fred Baillif (Suíça)
MENÇÃO ESPECIAL | 14PLUS: Cryptozoo, de Dash Shaw (EUA)

MOSTRA ENCOUNTERS

MELHOR FILME: Nous (We), de Alice Diop (França)
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: Vị (Taste), de Lê Bảo (Vietnã/Singapura/França/Tailândia/Alemanha/Taiwan)
MELHOR DIREÇÃO (empate): Ramon Zürcher e Silvan Zürcher, por Das Mädchen und die Spinne (The Girl and the Spider) e Denis Côté, por Hygiène sociale (Social Hygiene)
MENÇÃO ESPECIAL: Rock Bottom Riser, de Fern Silva (EUA)

PRÊMIO FIPRESCI

Competição Oficial: Ras vkhedavt, rodesac cas vukurebt? (What Do We See When We Look at the Sky?), de Alexandre Koberidze (Alemanha/Geórgia)
Panorama: Okul Tıraşı (Brother’s Keeper), de Ferit Karahan (Turquia/Romênia)
Forum: Esquí (Ski), de Manque La Banca (Argentina/Brasil)
Encounters: Das Mädchen und die Spinne (The Girl and the Spider), de Ramon Zürcher e Silvan Zürcher (Suíça)

Para conhecer outros vencedores dos prêmios entregues pelo júri independente, clique aqui.

Foto: Silviu Ghetie/Micro Film 2021.

Sindicato dos Figurinistas anuncia os indicados ao Costume Designers Guild Awards 2021

por: Cinevitor

duastiasloucasCDGawardsAnnie Mumolo e Kristen Wiig em Duas Tias Loucas de Férias.

Fundado em 1953, o Sindicato dos Figurinistas, Costume Designers Guild, começou com um grupo de 30 pessoas e hoje conta com quase 900 membros. Desde 1999, realiza o CDG Awards, premiação anual que elege os melhores figurinos da TV e do cinema. Os vencedores da 23ª edição serão anunciados no dia 13 de abril.

Ao longo da história da premiação, ao total, apenas dez filmes premiados pelo CDG também venceram o Oscar de melhor figurino. São eles: Pantera Negra, Mad Max: Estrada da Fúria, O Grande Hotel Budapeste, Anna Karenina, Alice no País das Maravilhas, A Jovem Rainha Vitória, A Duquesa, Memórias de uma Gueixa, O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei e Chicago.

Conheça os indicados ao Costume Designers Guild Awards 2021 nas categorias de cinema:

EXCELÊNCIA EM FILME CONTEMPORÂNEO
A Festa de Formatura, por Lou Eyrich
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa, por Erin Benach
Bela Vingança, por Nancy Steiner
Destacamento Blood, por Donna Berwick
Duas Tias Loucas de Férias, por Trayce Gigi Field

EXCELÊNCIA EM FILME DE ÉPOCA
A Voz Suprema do Blues, por Ann Roth
Emma., por Alexandra Byrne
Judas e o Messias Negro, por Charlese Antoinette Jones
Mank, por Trish Summerville
Uma Noite em Miami…, por Francine Jamison-Tanchuck

EXCELÊNCIA EM FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA OU FANTASIA
Dolittle, por Jenny Beavan
Mulan, por Bina Daigeler
Mulher-Maravilha 1984, por Lindy Hemming
Pinóquio, por Massimo Cantini Parrini
Uma Invenção de Natal, por Michael Wilkinson

Foto: Cate Cameron/Lionsgate.

XIII Janela Internacional de Cinema do Recife divulga programação completa

por: Cinevitor

kaiquebritojanelarecifeKaique Brito no filme Eu Me Lembro: exclusivo para o festival.

O Janela Internacional de Cinema do Recife realizará sua 13ª edição entre os dias 6 e 10 de março, em formato experimental com programação concebida para o ambiente on-line. Neste ano, o Janela explora o tema Eu Me Lembro, abordando a importância das memórias individuais e coletivas, dos arquivos e da preservação das histórias filmadas. O tema está representado na vinheta especial do festival, realizada pela cineasta Nara Normande, e divulgada nas redes sociais (clique aqui).

Os diretores artísticos do festival, Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux, junto ao coordenador de programação Luís Fernando Moura e à produtora Dora Amorim, pensaram numa edição especial e experimental como uma oportunidade de conversar sobre cinema e cultura durante a pandemia, além de reunir filmes raros do século passado e um conjunto de novíssimos filmes realizados especialmente a convite do Janela, e que estreiam nesta edição.

O festival, que é normalmente realizado nos meses de outubro ou novembro, com sessões nos cinemas São Luiz e da Fundação Joaquim Nabuco, não ocorreu em 2020 devido à pandemia de Covid-19. Este ano, os encontros e as exibições serão realizadas de maneira remota e gratuita através do site. Os resumos, sinopses e descrições detalhadas de todas as atividades também estão disponíveis por lá.

Sobre esta edição, Kleber Mendonça Filho, diretor artístico do festival, disse: “Esse ano, somos levados a realizar essa edição usando o espaço da internet. Festivais irmãos no Brasil e no exterior têm se reinventado com novas ferramentas, e observamos isso com grande interesse. Nosso desejo com essa experiência é menos o de oferecer uma programação online e mais o de manter contato com todas e com todos, de poder conversar sobre o Cinema e oferecer uma troca, de talvez sugerir algumas imagens diversas que sejam de interesse”.

A programação desta edição especial é formada por: seis encontros intitulados Aulas do Janela; o programa Eu Me Lembro com filmes exclusivos criados por realizadores brasileiros e estrangeiros a convite do festival; o programa Forum 50: Episódios de Luta, recorte curatorial da primeira edição da mostra Forum, seção do Festival de Berlim que estreava 50 anos atrás, numa seleção que põe foco nas lutas anticoloniais no continente africano e nos movimentos de libertação negra intercontinental; a sessão Arquivos Brasileiros, que recupera filmes raros; e a intervenção urbana Respire, do Coquevídeo, que será realizada numa data futura, por causa da atual situação de saúde pública nesta pandemia.

Toda a programação terá acesso gratuito e os filmes da mostra Eu Me Lembro ficam acessíveis por streaming entre os dias 6 e 10 de março. Os filmes dos programas Forum 50: Episódios de Luta e Arquivos Brasileiros serão disponibilizados, também em streaming, por 24 horas. Para assistir ao programa Forum 50, é necessário fazer um cadastro gratuito no site do Janela. Na quarta (09/03), os filmes de ambos os programas terão reprise por mais 24h. Já as Aulas do Janela serão transmitidas ao vivo. Os cem primeiros inscritos em cada aula terão acesso ao encontro on-line através da plataforma Zoom; os demais interessados poderão assistir a transmissão ao vivo pelo site.

fernandamontenegrojanelaCultura e história, de dentro da cena: Fernanda Montenegro conversa com Maeve Jinkings.

O festival terá uma série de encontros para conversar sobre cinema e cultura: “As Aulas do Janela miram diferentes trajetórias – de uma artista, de um coletivo, de uma filmografia, de instituições – para propor que se note o presente como laboratório de lembrança coletiva, de percepção do tempo e de seus atores, de busca de uma medida comum para o lugar aonde vamos juntos”, detalha Luís Fernando Moura, coordenador de programação do festival.

As Aulas do Janela, contam com conversas entre as atrizes Maeve Jinkings e Fernanda Montenegro, entre a crítica de cinema e professora Kênia Freitas e a diretora de cinema e atriz francesa de origem senegalesa Mati Diop, vencedora do Grande Prêmio do Festival de Cannes, em 2019, com Atlantique, seu primeiro longa-metragem.

Num dos encontros, Luís Fernando Moura, um dos curadores do Janela, conversa com integrantes do coletivo @saquinhodelixo (perfil no Instagram) sobre o tema Novos arquivos, ou como não fazer uma página de memes. Em outra aula, Luís Fernando Moura conversa com as curadoras e pesquisadoras Jacqueline Nsiah e Janaína Oliveira sobre Lutas negras 50 anos depois, ou desbravando episódios de cinema e rebelião. A conversa trará o debate sobre os filmes apresentados no programa Fórum 50: Episódios de Luta.

Colocando em debate a importância das cinematecas, Débora Butruce conversa com Tiago Baptista sobre Preservar, restaurar filmes em tempos de desmonte e de aliança. Débora é presidenta da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) e Tiago é diretor do Arquivo Nacional das Imagens em Movimento, centro de conservação da Cinemateca Portuguesa.

Na última aula, Kleber Mendonça Filho conversa com as artistas e pesquisadoras Bruna Rafaella, Vi Brasil e o diretor de cinema e preparador de elenco Leonardo Lacca sobre o trabalho do coletivo Risco!, grupo de artistas que promove uma transição entre diversas linguagens a partir do princípio de desenho com modelo vivo em tempos remotos.

“Uma ideia que estamos bancando: estimular e provocar a realização de um pequeno ninho de filmes curtos e especiais que sejam frutos desse momento, e material de arquivo para o futuro. Convidamos realizadoras e realizadores brasileiros e estrangeiros para filmar ou acessar suas pastas de imagens pessoais para pensar a frase ‘Eu Me Lembro'”, explica Kleber Mendonça Filho.

O programa Eu Me Lembro reúne filmes de Anna Muylaert, Bruno Ribeiro, João Pedro Rodrigues, João Rui Guerra da Mata (Portugal), Kaique Brito, Lia Letícia, Nele Wohlatz (Alemanha) e Sergio Silva. Na segunda (08/03), às 19h, haverá um encontro on-line com as realizadoras e realizadores com mediação de Luís Fernando Moura e Kleber Mendonça Filho.

umquartocidadejanelaCena do filme Um Quarto na Cidade, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata.

O Janela propôs que algumas realizadoras e realizadores criassem filmes, como e sobre o que quisessem, para serem exibidos nesta edição. Tocados e mobilizados pela grave crise que acomete a Cinemateca Brasileira, mais simbólico dos nossos arquivos, foi oferecida apenas uma ideia, Eu Me Lembro; e em troca foram enviadas imagens que, tão diversas entre si, surgem como cartas filmadas endereçadas ao presente. O que, em tempos de luto, resguardo e espera, seria filmar lembranças? Algumas e alguns miraram o oceano e a travessia, muitas e muitos voltaram às suas fotos, aos seus TikToks, aos seus filmes e brinquedos. Contam-se histórias de amor, de viagem e de recomeço. A celebração de um set de filmagem. Monumentos (entre eles, parentes e amigas e amigos). Um funcionário da Cinemateca planejando um próximo filme.

Conheça os filmes do programa Eu Me Lembro:

Um Café com meu Avô, de Anna Muylaert (Brasil)
Sinopse: Divagações sobre a função do cinema e a intoxicação de imagens que vivemos hoje.

Gargaú, de Bruno Ribeiro (Brasil)
Sinopse: Bruno entra em um carro com desconhecidos.

Um Quarto na Cidade, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata (Portugal)
Sinopse: Quando fazem calar as vozes, a música vibra na memória.

Eu Me Lembro, de Kaique Brito (Brasil)
Sinopse: Kaique, um jovem de 16 anos, resolve desabafar com alguém no computador sobre sentir falta de algo recorrente da sua infância: o sentimento de admiração e entusiasmo por momentos simples do dia a dia.

Feliz Navegantes, de Lia Letícia (Brasil)
Sinopse: O sumiço de um barco mobiliza uma comunidade, e, entre um set de filmagem, coronéis e tubarões, um pescador realiza uma memorável proeza.

Turista, de Nele Wohlatz (Alemanha)
Sinopse: Mudo os vídeos de um lugar para outro, em busca de sua correlação, como se fossem a filmagem de um filme. Por enquanto, eu sabia disso: filmamos imagens para contar uma história por meio delas. Mas nenhum dos vídeos do meu celular foi feito com essa intenção. O que é que os conecta?

A Terra Segue Azul Quando Saio do Trabalho, de Sergio Silva (Brasil)
Sinopse: O funcionário de um arquivo de filmes e sua personagem imaginam um filme para fazer quando saírem do trabalho.

Em parceria com o Festival de Berlim, o Janela Internacional de Cinema do Recife apresenta o programa especial Forum 50: Episódios de Luta, um recorte da programação exibida há 50 anos, na primeira edição da mostra Forum, criada em 1971 na Berlinale, para dar vazão à ebulição política, cultural e artística que tomava o mundo e o cinema independente naquele momento. Outros recortes da mostra passaram por Nova York, Lisboa e Hong Kong.

“O programa Forum 50: Episódios de Luta destaca filmes que dão expressão a projetos antirracistas de futuro, tão solidários quanto combativos, numa indistinção nada infrequente entre cinema e rebelião. São visões que podem também nos munir, agora e no futuro”, afirma Luís Fernando Moura.

Para compor esta programação, a curadoria do Janela selecionou obras que tratam das lutas por liberdade de populações negras e dos movimentos civis e anticolonialistas nos continentes africano, norte-americano e europeu, realizadas entre os anos de 1968 e 1971. São sete filmes raros, incluindo cópias restauradas recentemente; além de permitir o acesso aos filmes no Brasil, gratuitamente e com legendas em português.

Conheça os filmes do programa Forum 50: Episódios de Luta:

Meus Vizinhos (Mes Voisins), de Med Hondo (1971)
Angela: Retrato de uma Revolucionária (Angela: Portrait of a Revolutionary), de Yolande du Luart (1971)
Monangambeee, de Sarah Maldoror (1968)
Phela-ndaba (Fim do Diálogo) (Phela-ndaba (End of the Dialogue)), de Membros do Congresso Panafricanista/Members of the Pan Africanist Congress (1970)
Festival Panafricano de Argel (Festival Panafricain d’Alger), de William Klein (1969)
Eldridge Cleaver, Pantera Negra (Eldridge Cleaver, Black Phanter), de William Klein (1969)
O Assassinato de Fred Hampton (The Murder of Fred Hampton), de Howard Alk (1971)

angelajanelarecifeCena do filme Angela: Retrato de uma Revolucionária, de Yolande DuLuart.

No contexto atual, no qual a Cinemateca Brasileira, maior arquivo audiovisual do país e um dos maiores da América Latina, permanece fechada e sem profissionais especializados há quase um ano, o Janela traz um programa de Arquivos Brasileiros, com curadoria de Débora Butruce. São três filmes de acervo do Centro Técnico Audiovisual (CTAv) e da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro:

SRTV 307 – Cinemateca: Almoço na Cinédia – Nosso Cinema 80 anos, de Martha Alencar e José Carlos Asbeg (supervisão) (1978)
Pérola Negra, de Reinaldo Cozer (1979)
Viagem ao Brasil (Voyage au Brésil), de Vital Ramos de Castro (1927)

O Janela de Cinema sempre dialogou com a questão urbana em suas edições, com programações que priorizam as salas de cinema no centro da cidade. Já que nesta edição não será possível ocupar as ruas e cinemas por conta da pandemia do novo coronavírus, o festival convidou o coletivo Coquevídeo para criar uma  intervenção urbana com projeções de imagens no centro do Recife. As imagens da obra Coquevídeo: Respire serão projetadas numa data futura, que será anunciada posteriormente. O registro audiovisual da intervenção será disponibilizado no site do festival. A intervenção precisou ser adiada por causa da atual situação de saúde pública nesta pandemia.

A artista Clara Moreira assina mais uma vez a identidade visual do festival. Para esta edição, Clara criou um desenho, em lápis de cor, com uma vista da Ponte Duarte Coelho, olhando para a Ponte da Boa Vista, no centro do Recife. A obra na qual o Rio Capibaribe e o céu se emendam foi criada com inspiração na conjunção entre Mercúrio, Júpiter, Saturno e a Lua: “Fiz uma representação livre do movimento astral das noites dos dias 9 e 10 de março. A base para essa pesquisa foi feita por Rita Vênus, numa consulta astrológica”, conta Clara.

O Janela Internacional de Cinema do Recife tem incentivo da Lei Aldir Blanc, Governo Federal, via edital do Governo de Pernambuco, Fundarpe, Secult-PE, patrocínio da Prefeitura do Recife, apoio do Consulado Geral da Alemanha no Recife, do Centro Cultural Brasil Alemanha e da Embaixada da França no Brasil.

Fotos: Divulgação/Leila Fugii (Fernanda Montenegro).