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Garoto dos Céus

por: Cinevitor

Boy from Heaven
Walad Min Al Janna

Direção: Tarik Saleh

Elenco: Tawfeek Barhom, Fares Fares, Mohammad Bakri, Makram Khoury, Mehdi Dehbi, Sherwan Haji, Ahmed Laissaoui, Ramzi Choukair, Jawad Altawil, Yunus Albayrak, Abduljabbar Alsuhili, Akin Aral, Yasser Ashraf, Mouloud Ayad, Moe Ayoub, Okan Bozkus, Rasambek Bukiew, Hassan El Sayed, Zain Alabdin A. Fallatah, Ayman Fathy, Büsra Duran Gündüz, Abdulhamid Halaf, Heba Ibrahim, Mansour-Jacques Hagerstrand Jallow, Jowanna Makkawi, Amr Mosad, Samy Soliman, Ashraf Yasser, Youssef Salama Zeki.

Ano: 2022

Sinopse: Adam, filho de um pescador, recebe o privilégio de estudar na Universidade Al-Azhar do Cairo, o epicentro do poder do islamismo sunita. Pouco após sua chegada na cidade, a maior liderança religiosa da universidade, o Grande Imã morre repentinamente. Adam logo se torna uma peça nesse jogo brutal pelo poder entre os religiosos egípcios e a elite política.

Nota do CINEVITOR:

M3GAN

por: Cinevitor

Direção: Gerard Johnstone

Elenco: Allison Williams, Violet McGraw, Amie Donald, Ronny Chieng, Jenna Davis, Brian Jordan Alvarez, Jen Van Epps, Stephane Garneau-Monten, Lori Dungey, Amy Usherwood, Jack Cassidy, Michael Saccente, Samson Chan-Boon, Natasha Kojic, Kira Josephson, Renee Lyons, Millen Baird, Chelsie Florence, Arlo Green, Natasha Daniel, Jaya Beach-Robertson, Ellen Dubin, Eugene Young.

Ano: 2023

Sinopse: M3GAN é uma maravilha da inteligência artificial, uma boneca realista programada para ser a maior companheira de uma criança e a maior aliada dos pais. Projetado pela brilhante engenheira de robótica Gemma, M3GAN pode ouvir, assistir e aprender enquanto se torna amiga e professora, companheira de brincadeiras e protetora da criança a quem está ligada. Quando Gemma de repente se torna a cuidadora de sua sobrinha órfã de oito anos, Cady, ela fica insegura e despreparada para ser mãe. Sob intensa pressão no trabalho, decide emparelhar seu protótipo M3GAN com Cady na tentativa de resolver os dois problemas: uma decisão que terá consequências inimagináveis.

Nota do CINEVITOR:

Regra 34

por: Cinevitor

Direção: Julia Murat

Elenco: Sol Miranda, Lucas Andrade, Lorena Comparato, Isabela Mariotto, Georgette Fadel, Márcio Vito, Rodrigo Bolzan, Dani Ornellas, Babu Santana, Lucas Gouvêa, MC Carol, Simone Mazzer, Raquel Karro, Marcos Damigo, Julia Bernat, Marina Merlino, Samuel Toledo, Luiza Rolla, Yakini Kalid.

Ano: 2022

Sinopse: Simone é uma jovem defensora pública que defende mulheres em casos de abuso. No entanto, seus próprios interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo.

*Filme visto na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

34º GLAAD Media Awards: conheça os indicados; série brasileira Manhãs de Setembro e Anitta estão na disputa

por: Cinevitor
Liniker na série Manhãs de Setembro

A GLAAD, Gay & Lesbian Alliance Against Defamation, é uma ONG americana que monitora publicações relacionadas ao público LGBTQIA+ na mídia. Foi fundada em novembro de 1985 por jornalistas e escritores em resposta à uma cobertura sensacionalista do New York Post sobre a epidemia da AIDS.

Desde 1990 realiza uma premiação, conhecida como GLAAD Media Awards, que reconhece e homenageia os meios de comunicação e artistas por suas representações justas, precisas e inclusivas na comunidade LGBTQIA+ e os problemas que afetam sua vidas. O evento já se tornou a premiação anual LGBTQ mais visível do mundo, com mensagens poderosas de aceitação para o público global.

Para sua 34ª edição, o anúncio dos indicados foi realizado virtualmente e apresentado por Salina EsTitties e Sasha Colby, estrelas do reality RuPaul’s Drag Race. Os vencedores serão revelados em duas cerimônias: primeiro no dia 30 de março, em Los Angeles; e depois, no dia 13 de maio, em Nova York.

Em comunicado oficial, Sarah Kate Ellis, presidente e CEO da GLAAD, disse: “Com a violência, a legislação prejudicial, a falsa retórica e outros ataques à comunidade LGBTQ, é mais crucial do que nunca que nossa comunidade permaneça visível e incluída nas histórias que o mundo vê no cinema, televisão, música, jornalismo e outras formas de mídia. Este ano, temos mais indicados do que nunca para representar projetos imensamente impactantes que entretêm, educam e aumentam a aceitação de pessoas LGBTQ. De novas histórias que desmascaram mentiras sobre jovens transgêneros a programas infantis e familiares que permitem que todas as famílias sejam representadas, os indicados deste ano são amados pelo público e estão criando mudanças reais”.

Entre os indicados desta edição, o Brasil ganha destaque com a série Manhãs de Setembro, criada por Josefina Trotta, protagonizada por Liniker e exibida na Amazon Prime Video, na categoria de melhor série dramática; e com a cantora Anitta na categoria de melhor artista musical com o álbum Versions of Me, que está na disputa com: Betty Who, Demi Lovato, Fletcher, Hayley Kiyoko, Honey Dijon, Kim Petras, MUNA, Orville Peck e Rina Sawayama.

Produzida por Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, da O2 Filmes, a segunda temporada de Manhãs de Setembro retrata os desdobramentos da vida de Cassandra, interpretada por Liniker, após a chegada de Gersinho, papel de Gustavo Coelho. Sua vida virou de cabeça para baixo e a sensação de descontrole vai se aprofundar. O reencontro com o pai Lourenço, vivido por Seu Jorge, depois de dez anos, a abala profundamente. Gersinho e Ruth (Samantha Schmütz), companheira de Lourenço, vão ser fundamentais para reconstruir a ponte entre Cassandra e o pai. Além disso, Ruth provocará Leide, papel de Karine Teles, a buscar mais oportunidades para além da maternidade. A relação de Cassandra com Ivaldo, interpretado por Thomás Aquino, já não é a mesma e os apertos econômicos que colocam em risco a quitinete levam a nossa protagonista ao seu limite.

O elenco de Manhãs de Setembro conta ainda com Gero Camilo, Paulo Miklos, Clodd Dias, Isabela Ordoñez, Clebia Sousa, Inara dos Santos, Elisa Lucinda, Linn da Quebrada, Divina Nubia e Danna Lisboa. Assim como na primeira temporada, o roteiro é de Josefina Trotta, Alice Marcone e Marcelo Montenegro, com direção de Luis Pinheiro e Dainara Toffoli.

Manhãs de Setembro está na disputa com: 9-1-1: Lone Star, Chucky, Good Trouble, Gossip Girl, Grey’s Anatomy, The L Word: Geração Q, P-Valley, Star Trek: Discovery e The Umbrella Academy.

Conheça os indicados ao 34º GLAAD Media Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | GRANDE LANÇAMENTO
Lightyear
Mais que Amigos
Morte, Morte, Morte
Mundo Estranho
Não! Não Olhe!
O Pior Vizinho do Mundo
Pânico
Spoiler Alert
Tár
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR FILME | LANÇAMENTO LIMITADO
As Nadadoras
Benediction
Death and Bowling
Firebird
Girl Picture
My Policeman
Neptune Frost
Os Amores Dela
The Inspection
Wendell & Wild

MELHOR DOCUMENTÁRIO
A Vida no Skate com Leo Baker
All the Beauty and the Bloodshed
Diários de Andy Warhol
Framing Agnes
Mama’s Boy
Maurice Hines: Bring Them Back
Mormon No More
Queer for Fear
Sirens
The Book of Queer

MELHOR FILME PARA TV OU STREAMING
A Christmas to Treasure
A Vida Depois
B-Boy Blues
Crush: Amor Colorido
Fire Island: Orgulho & Sedução
Justiceiras
The Holiday Sitter
Três Meses
Tudo é Possível
Wildhood: Busca pelas Raízes

*Clique aqui e confira a lista completa com os indicados em todas as categorias.

Foto: Divulgação/Amazon Studios.

Propriedade, de Daniel Bandeira, é selecionado para o Festival de Berlim 2023

por: Cinevitor
Malu Galli no longa pernambucano Propriedade, de Daniel Bandeira

O Festival Internacional de Cinema de Berlim anunciou nesta quarta-feira, 18/01, novos filmes selecionados para sua 73ª edição, que acontecerá entre os dias 16 e 26 de fevereiro.

Na mostra Panorama, que terá La Sirène, de Sepideh Farsi, como filme de abertura, o cinema brasileiro se destaca com o longa pernambucano Propriedade, de Daniel Bandeira. Na trama, para se proteger de uma revolta dos trabalhadores da fazenda de sua família, uma reclusa estilista se enclausura em seu carro blindado. Separados por uma camada impenetrável de vidro, dois universos estão prestes a colidir.

Daniel Bandeira, roteirista e diretor do filme, disse: “A ideia inicial de Propriedade surgiu há 16 anos como um mero exercício de linguagem; um experimento de narrativa em espaços confinados. Mas, de lá para cá, o Brasil acabou se infiltrando em seu formato final: a incomunicabilidade, o agravamento da desigualdade, a carrocracia, a desvalorização do trabalho. Todas essas coisas são manifestações modernas de questões muito antigas como a escravidão, o racismo e a concentração da posse da terra. Nossos problemas imediatos nos distraem da reflexão sobre os fatores que nos trouxeram até aqui. Mas a História não nos abandona. A História do Brasil é uma história de fantasmas muito presentes”.

Propriedade foi rodado em 2018, numa fazenda do município de São José da Coroa Grande, em Pernambuco. Após quatro semanas de trabalho, as filmagens foram finalizadas no dia 7 de outubro, dia do primeiro turno das eleições presidenciais daquele ano: “Foi como submergir. Tivemos uma ótima experiência de equipe durante as filmagens, mas encerramos nossa última diária perturbados pela apuração das eleições. Tínhamos uma noção muito clara de quem estava sendo eleito e de que um período muito duro começava bem ali. Exatos quatro anos depois, voltamos à tona com o filme já pronto no Festival do Rio. Por mais danoso que tenha sido, esse período acabou tornando o filme ainda mais urgente, mais sensível para esse momento que enseja um resgate da nossa civilidade”, disse Bandeira.

Com produção de Kika Latache e Livia de Melo, fotografia de Pedro Sotero e montagem de Matheus Farias, o elenco conta com Malu Galli, Zuleika Ferreira, Tavinho Teixeira, Samuel Santos, Edilson Silva, Carlos Amorim, Anderson Cleber, Ângelo Fàbio, Sandro Guerra, Roberta Lúcia, Amara Rita Magalhães, Marcílio Moraes, Nivaldo Nascimento, Ane Oliva, Aruandhê Pereira, Andala Quituche, Natureza Rodrigues, Maria José Sales, Erick Silva, Clebia Sousa, Marília Souto e Chris Veras.

Em comunicado oficial, Michael Stütz, diretor da mostra Panorama, disse: “Conteúdo e forma são os meios usados para transmitir suas respostas cinematográficas a eventos atuais complexos e convulsões individuais. A câmera serve como ferramenta, a inspiração como arma. São criadas imagens que preenchem lacunas e atuam como posições importantes (de oposição) nas sociedades”.

Já na mostra Generation 14plus, que também teve novos filmes anunciados, o drama Wann wird es endlich wieder so, wie es nie war, de Sonja Heiss, será o filme de abertura; na mostra Generation Kplus, o longa belga Zeevonk, de Domien Huyghe, abrirá a seção.

Além disso, o clássico Cinderela, de Walt Disney, lançado em 1950 e dirigido por Wilfred Jackson, Clyde Geronimi e Hamilton Luske, ganhará uma exibição especial em versão restaurada na mostra Generation Kplus ao lado de outros títulos que fazem parte do programa Young at Heart: Coming of Age at the Movies.

Conheça os novos filmes selecionados para o 73º Festival de Berlim:

PANORAMA

After, de Anthony Lapia (França)
All the Colours of the World Are Between Black and White, de Babatunde Apalowo (Nigéria)
Das Lehrerzimmer, de İlker Çatak (Alemanha)
Drifter, de Hannes Hirsch (Alemanha)
Femme, de Sam H. Freeman e Ng Choon Ping (Reino Unido)
Ghaath, de Chhatrapal Ninawe (Índia)
Green Night, de Han Shuai (Hong Kong/China)
Heroico, de David Zonana (México/Suécia)
La Bête dans la jungle, de Patric Chiha (França/Bélgica/Áustria)
Matria, de Álvaro Gago (Espanha)
Motståndaren, de Milad Alami (Suécia)
Propriedade, de Daniel Bandeira (Brasil)
Sages-femmes, de Léa Fehner (França)
Sira, de Apolline Traoré (Burkina Faso/França/Alemanha/Senegal)
Sisi & Ich, de Frauke Finsterwalder (Alemanha/Suíça/Áustria)
Ty mene lubysh?, de Tonia Noyabrova (Ucrânia/Suécia)

PANORAMA | DOCUMENTÁRIO

And, Towards Happy Alleys, de Sreemoyee Singh (Índia)
Joan Baez, de Karen O’Connor, Miri Navasky e Maeve O’Boyle (EUA)
Kokomo City, de D. Smith (EUA)
The Eternal Memory, de Maite Alberdi (Chile)
Under the Sky of Damascus, de Heba Khaled, Talal Derki e Ali Wajeeh (Dinamarca/Alemanha/EUA/Síria)

GENERATION KPLUS | LONGAS

A Greyhound of a Girl, de Enzo d’Alò (Luxemburgo/Itália/Irlanda/Reino Unido/Letônia/Estônia/Alemanha)
Cinderela, de Wilfred Jackson, Clyde Geronimi e Hamilton Luske (EUA) (1950)
Dancing Queen, de Aurora Gossé (Noruega)
Desperté con un sueño, de Pablo Solarz (Argentina/Uruguai)
Kiddo, de Zara Dwinger (Holanda)
Mimi, de Mira Fornay (Eslováquia)
Shen Hai, de Tian Xiaopeng (China)
Sweet As, de Jub Clerc (Austrália)

GENERATION KPLUS | CURTAS

Closing Dynasty, de Lloyd Lee Choi (EUA)
De songes au songe d’un autre miroir, de Yunyi Zhu (França)
Gaby les collines, de Zoé Pelchat (Canadá)
Gösta Petter-land, de Christer Wahlberg (Suécia)
Magma, de Luca Meisters (Holanda)
Somni, de Sonja Rohleder (Alemanha)
Spin & Ella, de An Vrombaut (Bélgica)
Sværddrage, de Amalie Maria Nielsen (Dinamarca)
Timis, de Awa Moctar Gueye (Senegal)
Tümpel, de Lena von Döhren e Eva Rust (Suíça)
Xiaohui he ta de niu, de Xinying Lao (China)

GENERATION 14PLUS | LONGAS

Aatmapamphlet, de Ashish Avinash Bende (Índia)
Almamula, de Juan Sebastian Torales (França/Argentina/Itália)
And the King Said, What a Fantastic Machine, de Axel Danielson e Maximilien Van Aertryck (EUA)
Ha’Mishlahat, de Asaf Saban (Israel/Polônia/Alemanha)
Hummingbirds, de Silvia Del Carmen Castaños e Estefanía “Beba” Contreras (EUA)
Mutt, de Vuk Lungulov-Klotz (EUA)
Ramona, de Victoria Linares Villegas (República Dominicana)
Wann wird es endlich wieder so, wie es nie war, de Sonja Heiss (Alemanha/Bélgica)
We Will Not Fade Away, de Alisa Kovalenko (Ucrânia/França/Polônia)

GENERATION 14PLUS | CURTAS

Hito, de Stephen Lopez (Filipinas)
Huo jian fa she shi, de Bohao Liu (China)
Incroci, de Francesca de Fusco (EUA/Alemanha)
Ma mère et moi, de Emma Branderhorst (Holanda)
Madden, de Malin Ingrid Johansson (Suécia)
Man khod, man ham miraghsam, de Mohammad Valizadegan (Alemanha/Tchéquia/Irã)
Mirror Mirror, de Sandulela Asanda (África do Sul)
Mise à nu, de Lea Marie Lembke e Simon Maria Kubiena (Alemanha)
Simo, de Aziz Zoromba (Canadá)
Szemem sarka, de Domonkos Erhardt (Hungria)
Yi shi yi ke, de Hao Zhao (China)

*Clique aqui e conheça os primeiros filmes selecionados para a mostra Panorama.
*Clique aqui e conheça os primeiros filmes selecionados para as mostras Generation.

Foto: Divulgação/Vilarejo Filmes.

21º VES Awards: conheça os indicados ao prêmio que elege os melhores efeitos visuais do cinema

por: Cinevitor
Sam Worthington em Avatar: O Caminho da Água, de James Cameron: 14 indicações

Foram anunciados nesta terça-feira, 17/01, os indicados ao 21º VES Awards, prêmio realizado pela Visual Effects Society, que reconhece os melhores efeitos visuais e a inovação em filmes, animações, programas de TV, comerciais e videogames.

Com mais de 4.000 membros, de 40 países, a Visual Effects Society reúne profissionais de efeitos visuais, incluindo artistas, tecnólogos, modelistas, educadores, executivos de estúdio, supervisores, especialistas em marketing e produtores.

Entre os votantes, vale destacar a presença de Tati Leite, única artista brasileira de efeitos visuais que integra a instituição: “É uma honra fazer parte da Sociedade de Efeitos Especiais. Esse processo de rever e avaliar trabalhos tão relevantes e inovadores na indústria é extremamente gratificante. Todos nós que trabalhamos nessa área estamos cientes dos desafios técnicos, das exigências e de quanto os profissionais precisam se dedicar diariamente para atingir um resultado de excelência. Então, julgar trabalhos desse porte, e se reconhecer nessa realidade mágica e exigente do grupo de elite dos efeitos especiais é maravilhoso”, disse a brasileira.

Com grandes sucessos no currículo, como O Rei Leão, a engenheira da computação comemorou a conquista quando passou a integrar a organização: “Entrar para a VES em 2022 simbolizou o reconhecimento de muito trabalho ao longo da última década aqui em Los Angeles. Estou feliz com a conquista e espero estar abrindo portas para que mais talentos brasileiros, especialmente mulheres, possam ter espaço nesse mercado competitivo e predominantemente masculino”, relatou.

Especialista em Processamento de Imagem e Visão Computacional, a paulista acumula outros trabalhos na bagagem que são sucessos mundiais, como Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível, da Disney, os blockbusters da Marvel, Homem-Formiga e a Vespa e Capitã Marvel, e o sexto filme da franquia Missão: Impossível, com Tom Cruise.

Neste ano, Avatar: O Caminho da Água, de James Cameron, lidera a lista da premiação com 14 indicações; a animação Pinóquio, de Guillermo Del Toro e Mark Gustafson, também se destaca. Os indicados foram selecionados pelos membros da VES em eventos presenciais e virtuais realizados em todo o mundo. Esta edição marca a estreia do Prêmio Emerging Technology, que celebra os criadores de tecnologia por trás dos visuais e homenageia os inventores de uma ferramenta, dispositivo, software ou metodologia inovadora e única de valor excepcional para a arte e a ciência do efeitos visuais, jogos ou animação.

Em comunicado oficial, Lisa Cooke, presidente da VES, disse: “Estamos honrados em continuar iluminando a notável arte e inovação dos efeitos visuais. Em todos os nossos indicados, vemos o melhor trabalho da classe que eleva a arte de contar histórias e exemplifica o espírito de adaptação e engenhosidade; talentos que mantiveram o público envolvido e elevado, agora, mais do que nunca. O VES Awards é o único local que apresenta e homenageia esses excelentes artistas globais em uma ampla gama de disciplinas. Estamos extremamente orgulhosos de todos os nossos indicados!”. Os vencedores serão anunciados no dia 15 de fevereiro no The Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles.

Conheça os indicados ao 21º Visual Effects Society Awards nas categorias de cinema:

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM FILME FOTOREALISTA
Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
Avatar: O Caminho da Água
Batman
Jurassic World: Domínio
Top Gun: Maverick

MELHORES EFEITOS VISUAIS DE APOIO EM FILME FOTOREALISTA
Agente Oculto
I Wanna Dance With Somebody: A História de Whitney Houston
Morte no Nilo
O Pálido Olho Azul
Os Fabelmans
Treze Vidas: O Resgate

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM ANIMAÇÃO
A Fera do Mar
Mad God
Mundo Estranho
Os Caras Malvados
Pinóquio
Red: Crescer é uma Fera

MELHOR PERSONAGEM ANIMADO EM FILME FOTOREALISTA
João Honesto, em Pinóquio
Kiri, em Avatar: O Caminho da Água
Leão, em A Fera
Porco, em Terra dos Sonhos

MELHOR PERSONAGEM ANIMADO EM ANIMAÇÃO
Geppetto, em Pinóquio
Panda Mei, em Red: Crescer é uma Fera
Pinocchio, em Pinóquio
Splat, em Mundo Estranho

MELHOR AMBIENTE CRIADO EM FILME FOTOREALISTA
Biosyn Valley, em Jurassic World: Domínio
Metkayina Village, em Avatar: O Caminho da Água
The Reef, em Avatar: O Caminho da Água
The Wondrous Cuban Hotel Dream, em Terra dos Sonhos

MELHOR AMBIENTE CRIADO EM ANIMAÇÃO
Estômago do Monstro Marinho, em Pinóquio
Feira do Grito, em Wendell & Wild
Navio de caça, em A Fera do Mar
Selva ventosa, em Mundo Estranho
T’Kani Prime Forest, em Lightyear

MELHOR FOTOGRAFIA VIRTUAL EM CG PROJECT
ABBA: Voyage
Avatar: O Caminho da Água
Batman (perseguição do carro na chuva)
Planeta Pré-Histórico

MELHOR MODELO EM PROJETO FOTOREALISTA OU ANIMADO
A Fera do Mar
Dragão do Mar, em Avatar: O Caminho da Água
F-14 Tomcat, em Top Gun: Maverick
Feira dos Sonhos, em Wendell & Wild

MELHOR SIMULAÇÃO DE EFEITOS EM FILME FOTOREALISTA
Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
Fogo e destruição, em Avatar: O Caminho da Água
Inundações nas ruas da cidade, em Pantera Negra: Wakanda para Sempre
Simulação de água, em Avatar: O Caminho da Água

MELHOR SIMULAÇÃO DE EFEITOS EM FILME DE ANIMAÇÃO
A Fera do Mar
Gato de Botas 2: O Último Pedido
Lightyear
Mundo Estranho

MELHOR COMPOSIÇÃO E ILUMINAÇÃO EM FILME FOTOREALISTA
Foguetes aterrissando e destruindo a floresta, em Avatar: O Caminho da Água
Integração hídrica, em Avatar: O Caminho da Água
Perseguição chuvosa na autoestrada, em Batman
Top Gun: Maverick

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS PRÁTICOS EM FILME FOTOREALISTA OU ANIMADO
Current Machine and Wave Pool, em Avatar: O Caminho da Água
Mad God
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (à deriva; tempestade da Terra Média)
Voo robótico, em Adão Negro

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM PROJETO ESTUDANTIL
A Calling. From the Desert to the Sea
Boom
Macula
Maronii

PRÊMIO EMERGING TECHNOLOGY
Avatar: O Caminho da Água (Depth Comp)
Avatar: O Caminho da Água (Facial System)
Avatar: O Caminho da Água (Water Toolset)
Pinóquio (armadura de metal impressa em 3D)
Red: Crescer é uma Fera (Profile Mover and CurveNets)

Foto: Courtesy of 20th Century Studios.

50º Annie Awards: Wagner Moura é indicado ao Oscar da animação

por: Cinevitor
Wagner Moura dubla o personagem Lobo Mau em Gato de Botas 2: O Último Pedido

Foram anunciados nesta terça-feira, 17/01, os indicados ao 50º Annie Awards, conhecido como o Oscar da animação, organizado pela ASIFA-Hollywood, International Animated Film Society, que é considerada a primeira e principal organização profissional do mundo dedicada a promover a arte da animação e celebrar as pessoas que as criam.

Fundada em 1960, a associação premiava os melhores nomes da animação simbolicamente, até criar a cerimônia oficial em 1972. O prêmio de melhor animação cinematográfica só surgiu na 20ª edição do evento, em 1992, que consagrou A Bela e a Fera.

Neste ano, duas animações em stop motion lideram a lista: Pinóquio, de Guillermo Del Toro e Mark Gustafson, com nove indicações; e Marcel the Shell with Shoes On, de Dean Fleischer Camp, Kirsten Lepore e Stephen Chiodo, com oito indicações.

Entre os indicados desta 50ª edição, vale destacar a presença do ator brasileiro Wagner Moura, que está na disputa pela melhor dublagem por seu personagem Lobo Mau no longa Gato de Botas 2: O Último Pedido, de Joel Crawford e Januel Mercado. Os vencedores serão anunciados no dia 25 de fevereiro, no Royce Hall, da UCLA.

Em comunicado oficial, Frank Gladstone, produtor executivo da premiação, disse: “Depois de dois anos de prêmios virtuais, por mais divertidos que tenham sido, todos estão ansiosos para o retorno de um evento ao vivo e presencial. Isso é duplamente verdadeiro, já que este é o quinquagésimo ano do Annie Awards, nosso aniversário de ouro! É importante para todos nós estarmos juntos novamente, celebrando nossa comunidade, nossas realizações e nosso amor pela animação e pelas pessoas que as criam!”.

Os homenageados deste ano, que recebem o Prêmio do Júri, serão: Pete Docter, CEO da Pixar, Evelyn Lambart (homenagem póstuma), uma das primeiras colaboradoras da National Film Board of Canada, e Craig McCracken, criador de séries de TV, que receberão o Winsor McCay Award; Mindy Johnson, autora, historiadora e educadora será honrada com o June Foray Award; a Visual Effects Reference Platform receberá o Ub Iwerks Award; e o ator John Omohundro será homenageado com o Certificate of Merit Award.

Conheça os indicados nas categorias de cinema do Annie Awards 2023:

MELHOR ANIMAÇÃO
A Fera do Mar
Gato de Botas 2: O Último Pedido
Pinóquio
Red: Crescer é uma Fera
Wendell & Wild

MELHOR ANIMAÇÃO INDEPENDENTE
Charlotte
Inu-Oh
Little Nicholas, Happy As Can Be
Marcel the Shell with Shoes On
O Dragão do Meu Pai

MELHOR DIREÇÃO EM ANIMAÇÃO
Dean Fleischer Camp, Kirsten Lepore e Stephen Chiodo, por Marcel the Shell with Shoes On
Domee Shi, por Red: Crescer é uma Fera
Guillermo Del Toro e Mark Gustafson, por Pinóquio
Henry Selick, por Wendell & Wild
Nora Twomey, por O Dragão do Meu Pai

MELHOR ROTEIRO EM ANIMAÇÃO
Eternal Spring (長春), escrito por Jason Loftus
Inu-Oh, escrito por Akiko Nogi
Marcel the Shell with Shoes On, escrito por Dean Fleischer Camp, Jenny Slate, Nick Paley e Elisabeth Holm
Red: Crescer é uma Fera, escrito por Domee Shi e Julia Cho

MELHOR DUBLAGEM EM ANIMAÇÃO
David Bradley, por Pinóquio
Gregory Mann, por Pinóquio
Jenny Slate, por Marcel the Shell with Shoes On
Wagner Moura, por Gato de Botas 2: O Último Pedido
Zaris-Angel Hator, por A Fera do Mar

MELHOR ANIMAÇÃO | CURTA-METRAGEM
Amok
Black Slide
Ice Merchants
Love, Dad
The Flying Sailor

MELHOR ANIMAÇÃO ESTUDANTIL
Au revoir Jérôme!
Birdsong
Synchronie Passagère
The Most Boring Granny in the Whole World
The Soloists

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS DE ANIMAÇÃO
A Fera do Mar
Avatar: O Caminho da Água
Lightyear
Minions 2: A Origem de Gru
Pinóquio

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
Os Caras Malvados, por Jorge Capote
Os Caras Malvados, por Min Hong
Pinóquio, por Tucker Barrie
Red: Crescer é uma Fera, por Eric Anderson
Red: Crescer é uma Fera, por Teresa Falcone

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM LIVE-ACTION
A Fera, por Alvise Avati, Chris McGaw, Bora Şahin, Krzysztof Boyoko e Laurent Benhamo
Avatar: O Caminho da Água, por Daniel Barrett, Stuart Adcock, Todd Labonte, Douglas McHale e Stephen Cullingford
Bios, por Simon Allen, Harinarayan Rajeev, Paul Nelson e Matthias Schoenegger
Jurassic World: Domínio, por Jance Rubinchik, Alexander Lee, Rich Bentley, Antoine Verney Carron e Sally Wilson
Peacemaker, por Michael Cozens, Mark Smith, Kai-Hua Lan, Selene McLean e Richard John Moore

MELHOR DESIGN DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
Gato de Botas 2: O Último Pedido, por Jesús Alonso Iglesias
Luck, por Massimiliano Narciso
O Despertar das Tartarugas Ninja: O Filme, por Ida Hem
Os Caras Malvados, por Taylor Krahenbuhl
Wendell & Wild, por Pablo Lobato

MELHOR MÚSICA EM ANIMAÇÃO
A Fera do Mar, por Mark Mancia, Nell Benjamin e Laurence O’Keefe
Mad God, por Dan Wool
Os Caras Malvados, por Daniel Pemberton
Pinóquio, por Alexandre Desplat, Roeban Katz, Guillermo del Toro e Patrick McHale
Red: Crescer é uma Fera, por Ludwig Göransson, Billie Eilish e Finneas O’Connell

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO EM ANIMAÇÃO
A Fera do Mar, por Matthias Lechner e Jung Woonyoung
Gato de Botas 2: O Último Pedido, por Nate Wragg, Joseph Feinsilver, Claire Keane, Wayne Tsay e Naveen Selvanathan
Mad God, por Phil Tippett
Os Caras Malvados, por Luc Desmarchelier e Floriane Marchix
Pinóquio, por Curt Enderle e Guy Davis

MELHOR STORYBOARDING EM ANIMAÇÃO
Gato de Botas 2: O Último Pedido, por Anthony Holden
Minions 2: A Origem de Gru, por Dave Feiss
Minions 2: A Origem de Gru, por Nima Azarba
Mundo Estranho, por Javier Ledesma Barbolla
Mundo Estranho, por Jeff Snow

MELHOR EDIÇÃO EM ANIMAÇÃO
A Fera do Mar, por Joyce Arrastica, Will Erokan, Vivek Sharma, Michael Hugh O’Donnell e Daniel Ortiz
Gato de Botas 2: O Último Pedido, por James Ryan, Jacquelyn Karambelas, Natalia Cronembold, Joe Butler e Katie Parody
Lightyear, por Tony Greenberg, Katie Bishop, Chloe Kloezeman, Axel Geddes e Tim Fox
Pinóquio, por Ken Schretzmann, Holly Klein, Emily Chiu e Hamilton Barrett
Red: Crescer é uma Fera, por Nicholas Smith, Steve Bloom, David Suther, Anna Wolitzky e Christopher Zuber

MELHOR PRODUÇÃO ESPECIAL
O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
Planeta Pré-Histórico
Superworm
The House
The Sandman

Foto: Jason Mendez/Getty Images for DreamWorks Animation.

Festival Guarnicê de Cinema abre inscrições para sua 46ª edição

por: Cinevitor
Enme Paixão: premiada na edição passada

A 46ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, que acontecerá entre os dias 9 e 16 de junho, está com inscrições abertas até o dia 11 de fevereiro pelo site oficial do evento. O quarto mais longevo festival de cinema do Brasil será realizado em formato híbrido com exibições presenciais em São Luís, no âmbito do São João maranhense, um dos mais tradicionais do país, e também no formato on-line pelo aplicativo.

Cineastas de todo o país podem concorrer nas mostras competitivas nacionais de filmes de longa e curta-metragem. Realizadores ibero-americanos e de países de língua portuguesa também podem participar, desde que os filmes sejam falados, dublados ou legendados em português. As mostras competitivas maranhenses são de videoclipe, reportagem audiovisual e filme publicitário, além de longa e curta-metragem

O Guarnicê aceita produções finalizadas a partir de junho de 2022  e que não tenham sido inscritas em edições anteriores do festival; a inscrição é gratuita. Entre os prêmios ofertados estão o de melhor filme de longa-metragem nacional, que receberá R$ 20 mil; e o de melhor curta nacional, que será premiado com R$ 10 mil. A Alema, Assembleia Legislativa do Maranhão, destinará dez salários mínimos aos melhores filmes maranhenses.

A programação do festival abrange exibições de mostras competitivas e paralelas e ações formativas diversificadas, como: oficinas, palestras, workshops, além do seminário Ciência Cine Guarnicê. Todas as atividades são gratuitas.

Foto: Divulgação/UFMA Oficial.

Festival de Berlim 2023 anuncia novos filmes; títulos brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Patricia Saravy e Larissa Siqueira no longa brasileiro O Estranho

O Festival Internacional de Cinema de Berlim revelou nesta segunda-feira, 16/01, novos filmes selecionados para sua 73ª edição, que acontecerá entre os dias 16 e 26 de fevereiro. Neste anúncio, o cinema brasileiro marca presença com dois títulos.

Na mostra Forum, o Brasil aparece com O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon, uma coprodução com a França. Realizado no Aeroporto de Guarulhos e arredores, o filme retrata o cotidiano de trabalhadores e as camadas históricas desse território. O elenco conta com Larissa Siqueira, Antônia Franco, Rômulo Braga, Patrícia Saravy, Laysa Costa e Thiago Calixto. O longa é uma produção Lira Cinematográfica e Enquadramento Produções em coprodução com Pomme Hurlante Films, Filmes de Abril e Ipê Branco Filmes; a distribuição é da Embaúba Filmes

A sinopse diz: em um território indígena funciona o Aeroporto Internacional de Guarulhos. Centenas de milhares de passageiros o atravessam diariamente e 35.000 trabalhadores apoiam sua operação. O Estranho retém seu olhar não sobre aqueles que passam, mas sobre o que ali permanece. Seguimos personagens cujas vidas se cruzam no dia a dia do trabalho neste chão. Alê, uma funcionária de pista cuja história familiar foi sobreposta pela construção do aeroporto, nos conduz por encontros através dos tempos. As memórias e o futuro dela e de seus companheiros estão permeados por uma questão comum: rastros de um passado em um território em constante transformação.

O principal cenário de O Estranho é o Aeroporto de Guarulhos, um símbolo de progresso e um monumento do mundo globalizado, mas também um marco do agressivo processo de colonização e ocupação do território. Embora seja um lugar onde as pessoas transitam o tempo todo, o filme joga seu olhar para aqueles que ficam, cujas vidas se cruzam naquele solo onde trabalham.

Filmando no próprio aeroporto e seus arredores, Dias e Mallon definem o processo do filme como uma total imersão no território de Guarulhos: “Pesquisa, preparação e filmagem nos levaram a perceber sua realidade como algo essencialmente heterogêneo e múltiplo. Quanto mais orientamos nosso olhar (e câmera) para os espaços e para as rotinas diárias dos trabalhadores do aeroporto, mais essa realidade se tornou rica e surpreendente. Ao lado do aeroporto encontramos bairros urbanos populosos, mas também comunidades rurais, sítios arqueológicos escondidos, e tribos indígenas em processo de retomada”.

Segundo Flora Dias: “O Estranho é um trabalho de muitos anos e de muitas pessoas. Um estreia como essa em Berlim é uma janela importante pra todas essas energias colocadas no filme. O filme teve e continua tendo uma guiança espiritual muito forte, e eu sinto que os caminhos dele estão sendo abertos pelos ancestrais que o filme reverencia. Além disso, me sinto muito grata de poder levar para o festival, especialmente este ano, um filme que honra essas múltiplas ancestralidades brasileiras. Temos mais uma chance agora, como sociedade, de amplificar nossas histórias indígenas e diaspóricas. E eu espero que O Estranho possa contribuir para isso”.

Juruna Mallon complementa: “Eu vejo O Estranho como um filme de encontros. Foram esses múltiplos encontros que, ao mesmo tempo, se tornaram a própria matéria prima do filme e que definiram a trajetória que o filme iria percorrer. Eles foram os pés e a terra dessa longa caminhada que o filme se propôs a fazer. Num primeiro momento, o encontro se deu com o território de Guarulhos, os trabalhadores do aeroporto, os estudantes e habitantes dos seus bairros. Em seguida, ele se traduziu nas parcerias com equipe e personagens que foram brotando e nos ajudando a lidar cinematograficamente com aquela rica e complexa realidade. A participação neste festival é um início especial para uma nova série de encontros no caminho desse projeto, agora entre o próprio filme e o público”.

Já na mostra Forum Expanded, os filmes e as instalações que compõem a programação giram em torno de legados políticos e pessoais, que muitas vezes estão em frangalhos. Diversificadas em suas formas e temas, as obras compartilham um vínculo afetivo, que serve para mantê-las nas órbitas atípicas que percorrem. Com seus criadores interessados em experimentação artística, eles inspecionam, sondam e examinam; suas descobertas os impulsionam em trajetórias surpreendentes e em constante mudança.

Aqui, o Brasil ganha destaque com o curta-metragem A Árvore, de Ana Vaz, uma coprodução com a Espanha. A sinopse diz: um filme-meditação em sequências de 30 segundos sobre o pai da artista que liga geografias, tempos, vivos e mortos com uma espada de metal; rodado ao lado de Bruce Baillie.

Conheça os novos filmes selecionados para o 73º Festival de Berlim:

FORUM

Allensworth, de James Benning (EUA)
Anqa, de Helin Çelik (Áustria/Espanha)
Arturo a los treinta, de Martin Shanly (Argentina)
Being in a Place – A Portrait of Margaret Tait, de Luke Fowler (Reino Unido)
Cidade Rabat, de Susana Nobre (Portugal/França)
De Facto, de Selma Doborac (Áustria/Alemanha)
Ein Herbst im Ländchen Bärwalde, de Gautam Bora (Alemanha)
El rostro de la medusa, de Melisa Liebenthal (Argentina)
Gehen und Bleiben, de Volker Koepp (Alemanha)
Între revoluții, de Vlad Petri (Romênia/Croácia/Qatar/Irã)
Ishi ga aru, de Tatsunari Ota (Japão)
Jaii keh khoda nist, de Mehran Tamadon (França/Suíça)
Le Gang des Bois du Temple, de Rabah Ameur-Zaïmeche (França)
Notre corps, de Claire Simon (França)
O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon (Brasil/França)
Onun Haricinde, İyiyim, de Eren Aksu (Alemanha/Turquia)
Or de vie, de Boubacar Sangaré (Burkina Faso/Benin/França)
Ordnung, de Sohrab Shahid Saless (Alemanha)
Subete no Yoru wo Omoidasu, de Yui Kiyohara (Japão)
The Bride, de Myriam U. Birara (Ruanda)
Unutma Biçimleri, de Burak Çevik (Turquia)
Uriwa sanggwaneopsi, de Yoo Heong-jun (Coreia do Sul)
W Ukrainie, de Tomasz Wolski e Piotr Pawlus (Polônia)

FORUM EXPANDED

A Árvore, de Ana Vaz (Espanha/Brasil)
Achala, de Tenzin Phuntsog (EUA)
AI: African Intelligence, de Manthia Diawara (Portugal/Senegal/Bélgica)
Black Strangers, de Dan Guthrie (Reino Unido)
Borrowing a Family Album, de Tamer El Said (Egito)
Dancing Boy, de Tenzin Phuntsog (EUA)
Der frühe Regen wäscht die Spreu weg vor dem Frühlingsregen, de Heiko-Thandeka Ncube (Alemanha)
Desert Dreaming, de Abdul Halik Azeez (Sri Lanka)
Dreams, de Tenzin Phuntsog (EUA)
Exhibition, de Mary Helena Clark (EUA)
Home Invasion, de Graeme Arnfield (Reino Unido)
If You Don’t Watch the Way You Move, de Kevin Jerome Everson (EUA)
Mangosteen, de Tulapop Saenjaroen (Tailândia)
Pala Amala, de Tenzin Phuntsog (EUA)
Revolver, de Crystal Z Campbell (EUA)
Sahnehaye Estekhraj, de Sanaz Sohrabi (Canadá)
Simia: Stratagem for Undestining, de Assem Hendawi (Egito)
Summer Grass, de Tenzin Phuntsog (EUA)
Tartupaluk (Prototype), de Laakkuluk Williamson Bathory (Canadá/Dinamarca)
The Man Who Envied Women, de Yvonne Rainer (EUA)
The Time That Separates Us, de Parastoo Anoushahpour (Canadá)
Time Tunnel: Takahiko Iimura at Kino Arsenal, 18. April 1973, de Takahiko Iimura (Japão)
Trip After, de Ukrit Sa-nguanhai (Nova Zelândia/Tailândia)
Tsumikh, de Taus Makhacheva (Emirados Árabes/Rússia)
Zwischenwelt, de Cana Bilir-Meier (Alemanha)

*Clique aqui e confira os primeiros filmes anunciados nas mostras Forum e Forum Expanded.

Foto: Divulgação.

Critics Choice Awards 2023: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Angela Bassett: melhor atriz coadjuvante por Pantera Negra: Wakanda para Sempre

Foram anunciados neste domingo, 15/01, os vencedores do 28º Critics Choice Awards, importante premiação que elege os melhores da TV e do cinema e é realizada pela Broadcast Film Critics Association, maior organização de críticos americanos e canadenses, que conta com mais de 600 membros.

Nesta 28ª edição, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, de Daniel Kwan e Daniel Scheinert, que liderava a lista com quatorze indicações, foi consagrado com cinco prêmios, entre eles, o de melhor filme. Nas categorias televisivas, Better Call Saul, Abbott Elementary, The Dropout e Pachinko se destacaram.

Entre discursos emocionantes, Angela Bassett, premiada como melhor atriz coadjuvante por Pantera Negra: Wakanda para Sempre, emocionou a plateia: Mostramos ao mundo que poderíamos criar e liderar um sucesso de bilheteria de bilhões de dólares. E minha oração é que essa porta permaneça aberta e o céu seja o limite para que outros criadores e contadores de histórias negros ao redor do mundo se juntem a nós”. A atriz também lembrou do colega Chadwick Boseman, que morreu em agosto de 2020: “Por seu amor e luz ao nosso redor”.

Muito emocionado, Brendan Fraser, eleito melhor ator por A Baleia, discursou: “É um filme sobre redenção. É sobre encontrar a luz em um lugar escuro”. Ele também elogiou o diretor: “Darren Aronofsky, eu estava no deserto, mas você me encontrou e, como todos os melhores diretores, apenas me mostrou o caminho para me levar onde eu precisava estar”. E concluiu: “Se você, como Charlie, que interpretei neste filme, de alguma forma luta contra a obesidade ou apenas sente que está em um mar escuro, quero que saiba que se tiver força para apenas se levantar e ir para a luz, coisas boas vão acontecer”.

Em cerimônia realizada no Fairmont Century Plaza, em Los Angeles, e apresentada pela atriz Chelsea Handler, o consagrado ator Jeff Bridges foi homenageado com o Critics Choice Lifetime Achievement Award pelo conjunto da obra; a cantora e atriz Janelle Monáe recebeu o SeeHer Award, que destaca uma mulher que defende a igualdade de gênero, retrata personagens com autenticidade, desafia estereótipos e ultrapassa limites. 

Conheça os vencedores do 28º Critics Choice Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR ATOR
Brendan Fraser, por A Baleia

MELHOR ATRIZ
Cate Blanchett, por Tár

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Ke Huy Quan, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Angela Bassett, por Pantera Negra: Wakanda para Sempre

MELHOR ATOR/ATRIZ JOVEM
Gabriel LaBelle, por Os Fabelmans

MELHOR ELENCO
Glass Onion: Um Mistério Knives Out

MELHOR DIREÇÃO
Daniel Kwan e Daniel Scheinert, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, escrito por Daniel Kwan e Daniel Scheinert

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Entre Mulheres, escrito por Sarah Polley

MELHOR FOTOGRAFIA
Top Gun: Maverick, por Claudio Miranda

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Babilônia, por Florencia Martin e Anthony Carlino

MELHOR EDIÇÃO
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, por Paul Rogers

MELHOR FIGURINO
Pantera Negra: Wakanda para Sempre, por Ruth E. Carter

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
Elvis

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Avatar: O Caminho da Água

MELHOR FILME DE COMÉDIA
Glass Onion: Um Mistério Knives Out

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Pinóquio, de Guillermo del Toro e Mark Gustafson

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
RRR: Revolta, Rebelião, Revolução, de S.S. Rajamouli (Índia)

MELHOR FILME PARA TV
Weird: The Al Yankovic Story, de Eric Appel

MELHOR TRILHA SONORA
Tár, por Hildur Guðnadóttir

MELHOR CANÇÃO
Naatu Naatu, por RRR: Revolta, Rebelião, Revolução
Música: M.M. Keeravani
Letra: Chandrabose
Intérpretes: Kala Bhairava e Rahul Sipligunj

Foto: Kevin C. Winter/Getty Images.

Mostra Nordestern: Cinemateca Brasileira exibirá 16 filmes sobre o cangaço

por: Cinevitor
Milton Ribeiro e Alberto Ruschel em O Cangaceiro, de Lima Barreto: filme completa 70 anos

A Cinemateca Brasileira abrirá sua programação gratuita de 2023 com a Mostra Nordestern: bangue-bangue à brasileira, que acontecerá entre os dias 19 e 28 de janeiro na sala Grande Otelo com exibições de filmes e debates.

Movimento social ocorrido no Nordeste entre o final do século XIX e o início do século XX, o cangaço tem uma presença extensa na filmografia brasileira. Ele começa a aparecer no cinema nordestino, sobretudo pernambucano e baiano, a partir de 1925, quando o fenômeno estava em pleno andamento, em filmes como Filho Sem Mãe (1925), de Tancredo Seabra, Sangue de Irmão (1927), de Jota Soares e Lampião, a Fera do Nordeste (1930), de Guilherme Gáldio. Desses títulos, infelizmente, nenhum sobreviveu.

O título mais antigo da mostra, Lampeão, de 1936, é um registro documental raro e intrigante de Lampião, Maria Bonita e seu grupo, mostrando cenas cotidianas de lazer e tranquilidade realizadas com grande esforço pelo cinegrafista Benjamin Abrahão, cuja odisseia para conquistar a confiança do grupo é ficcionalizada sessenta anos depois em Baile Perfumado (1996), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira.

Mas é com O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto, filme que completa 70 anos em 2023, que a representação do cangaço, do Nordeste e do bangue-bangue se consolida como um estilo cinematográfico tipicamente brasileiro, batizado pelo crítico Salvyano Cavalcanti de Paiva de nordestern. Isso porque esses filmes tinham uma clara inspiração nos westerns americanos e seus filmes de aventuras no Velho Oeste. O nordestern, tal como sua contemporânea, a chanchada, torna-se, portanto, um gênero produzido em série, com uma linha própria de valores e códigos.

Gênero controverso, tal como o próprio cangaço, por retratar o movimento por vezes como excessivamente violento, por vezes sob uma ótica romantizada e heroica, o nordestern foi produzido inclusive no sul do país, sempre evocando os signos e o imaginário em torno do Nordeste, sua história e cultura.

Da trama de vingança e as cores vibrantes de A Morte Comanda o Cangaço (1960), de Carlos Coimbra e Walter Guimares Motta, passando pelo documentário sociológico Memória do Cangaço (1964), de Paulo Gil Soares, pelo épico de Glauber Rocha, O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1967), pelo importante documentário A Musa do Cangaço (1982), de José Umberto, que aborda a participação das mulheres no cangaço, até produções contemporâneas que evocam o fenômeno, como Bacurau (2019), de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e Sertânia (2019), de Geraldo Sarno, dentre outros, a mostra convida o público a apreciar o mosaico de produções que compõem esse interessante movimento do cinema brasileiro.

A programação inclui também uma conversa com Kleber Mendonça Filho, codiretor de Bacurau, antes da exibição de seu filme no dia 19/01, quinta-feira, e uma mesa de conversa sobre mulheres no cangaço no dia 28/01, sábado, com Walnice Nogueira Galvão e Maria do Rosário Caetano, organizadora do livro Cangaço: o nordestern no cinema brasileiro, que estará à venda no foyer Grande Otelo depois do debate.

Conheça os filmes que serão exibidos na Mostra Nordestern:

A Morte Comanda o Cangaço, de Carlos Coimbra (1960)
A Mulher no Cangaço, de Hermano Penna (1976)
A Musa do Cangaço, de José Umberto Dias (1982)
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (2019)
Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira (1996)
Canta Maria, de Francisco Ramalho Jr. (2006)
Corisco & Dadá, de Rosemberg Cariry (1996)
Lampeão, de Benjamin Abrahão (1936)
Memória do Cangaço, de Paulo Gil Soares (1964)
Menino de Engenho, de Walter Lima Jr. (1965)
O Cangaceiro, de Aníbal Massaini Neto (1997)
O Cangaceiro, de Lima Barreto (1953)
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha (1969)
O Homem que Virou Suco, de João Batista de Andrade (1980)
Os Últimos Cangaceiros, de Wolney Oliveira (2012)
Sertânia, de Geraldo Sarno (2019)

Foto: Divulgação.

Festival de Berlim 2023 exibirá cópia restaurada de A Rainha Diaba; curta brasileiro As Miçangas é selecionado

por: Cinevitor
Milton Gonçalves no longa A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura

A 73ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 16 e 26 de fevereiro, e que terá a atriz e diretora Kristen Stewart como presidente do júri, revelou, nesta sexta-feira, 13/01, novos filmes em sua programação.

Na mostra Berlinale Shorts, vinte curtas-metragens, que disputam o Urso de Ouro, exploram plenamente as muitas possibilidades da narrativa cinematográfica. O cinema brasileiro marca presença com As Miçangas, de Rafaela Camelo e Emanuel Lavor. Na trama, duas jovens se retiram para uma remota casa de férias. Enquanto uma delas faz um aborto, a outro cuida dela silenciosamente. O elenco conta com Pâmela Germano, Tícia Ferraz e Karine Teles; o filme foi contemplado no primeiro Edital Cardume para produção de curtas.

Em comunicado oficial, Anna Henckel-Donnersmarck, diretora responsável pela mostra, disse: “Mesmo tópicos difíceis são abordados com uma leveza de toque revigorante, sem sacrificar nada de sua seriedade. É emocionante ver que tipo de ferramentas artísticas os cineastas estão usando para comunicar suas histórias e ideias. Estamos muito satisfeitos em receber alguns rostos familiares e muitos novos no festival este ano”.

Além disso, o Brasil aparece também na mostra Forum Special, que tem curadoria de Jacqueline Nsiah e Can Sungu, com a cópia restaurada de A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura, realizado e lançado em 1974, durante a ditadura militar. Protagonizado por Milton Gonçalves, esse clássico do cinema queer brasileiro conta a história do marginal Rainha Diaba, que controla com mão de ferro o crime organizado da cidade. Para evitar que um de seus homens de frente caia nas mãos da polícia, ele encarrega Catitu de inventar um bandido perigoso e entregá-lo à polícia no lugar do homem procurado. Catitu sai pelas ruas e encontra Bereco, um jovem sustentado pela cantora de cabaré Isa. Ele atrai Bereco para uma série de crimes, projetando-o como um perigoso bandido.

O filme, que conta com Odete Lara, Stepan Nercessian, Nelson Xavier e Wilson Grey no elenco, foi premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro nas categorias de melhor ator para Milton Gonçalves e melhor fotografia para José Medeiros; também venceu o Troféu APCA de melhor figurino para Ângelo de Aquino. A restauração do longa foi realizada pela CinemaScópio e Cinelimite.

Pâmela Germano e Tícia Ferraz no curta brasileiro As Miçangas

O Festival de Berlim também anunciou novos títulos na mostra Berlinale Special, uma das seções mais versáteis do evento, que traz obras com debates aprofundados em painéis de discussão com destaque para temas atuais, formatos inusitados e homenagem a personalidades extraordinárias do cinema. “Essa segunda leva de filmes anunciados é um grande exemplo de como o cinema pode ser colorido, vibrante, comprometido, divertido e envolvente”, disse Carlo Chatrian, diretor artístico do festival.

Outra novidade anunciada recentemente foi o filme de abertura: a comédia dramática She Came to Me, de Rebecca Miller, que traz Peter Dinklage, Marisa Tomei, Joanna Kulig, Brian d’Arcy James e Anne Hathaway no elenco, e será exibida fora de competição no Berlinale Palast.

Como já revelado anteriormente, o consagrado cineasta Steven Spielberg será homenageado com o Urso de Ouro honorário e exibirá seu mais recente trabalho, o premiado Os Fabelmans, que é inspirado em sua infância. “Em uma carreira de 50 anos, Steven Spielberg deixou uma marca decisiva e duradoura na arte de contar histórias cinematográficas, enquanto continua a abordar assuntos delicados. Gerações inteiras de cinéfilos entusiastas em todo o mundo cresceram com sua obra”, disse Rainer Rother, diretor artístico do Deutsche Kinemathek e responsável pela homenagem.

Em dezembro também foram anunciados os primeiros títulos da mostra Panorama, que, neste ano, destaca a forte presença do cinema feminista americano e manifesta uma tendência mundial para a produção cinematográfica transnacional, tanto em filmes de ficção quanto em documentários. “Este ano apresentamos impressionantes produções independentes de todo o mundo. As muitas obras de cineastas de todo o mundo que estão usando seus filmes para desafiar a guerra, a perseguição sistemática e a opressão são particularmente impressionantes. A tendência para a realização de filmes transnacionais se reflete nas numerosas e fortes inscrições. Tudo isso cria um rico terreno fértil para um Panorama 2023 amplo e altamente atual”, disse Michael Stütz, diretor da mostra.

O Festival de Berlim também revelou os 204 cineastas, de 67 países, selecionados para o Berlinale Talents. O Brasil aparece com diversos representantes, entre eles, Carlos Segundo e seu novo projeto, Leite em Pó, Lillah Halla, Janaina Wagner, Fernanda Polacow, entre outros. Filmes e instalações das mostras Forum e Forum Expanded também foram revelados.

Conheça os novos filmes selecionados para o 73º Festival Internacional de Cinema de Berlim:

FORUM SPECIAL

A Lover & Killer of Colour, de Wanjiru Kinyanjui (Alemanha) (1988)
A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura (Brasil) (1973)
Aufenthaltserlaubnis, de Antonio Skármeta (Alemanha) (1978)
Der Kampf um den heiligen Baum, de Wanjiru Kinyanjui (Alemanha) (1995)
Ein Herbst im Ländchen Bärwalde, de Gautam Bora (Alemanha) (1983)
I Heard It through the Grapevine, de Dick Fontaine (EUA) (1982)
Kara Kafa, de Korhan Yurtsever (Turquia) (1979)
Man sa yay, de Safi Faye (Alemanha) (1980)
Mein Vater, der Gastarbeiter, de Yüksel Yavuz (Alemanha) (1995)
Onun Haricinde, İyiyim, de Eren Aksu (Alemanha/Turquia) (2020)
Ordnung, de Sohrab Shahid Saless (Alemanha) (1980)
Oyoyo, de Chetna Vora (Alemanha) (1980)

BERLINALE SHORTS

8, de Anaïs-Tohé Commaret (França)
A Kind of Testament, de Stephen Vuillemin (França)
As Miçangas, de Rafaela Camelo e Emanuel Lavor (Brasil)
Back, de Yazan Rabee (Holanda)
Eeva, de Morten Tšinakov e Lucija Mrzljak (Estônia/Croácia)
From Fish to Moon, de Kevin Contento (EUA)
Happy Doom, de Billy Roisz (Áustria)
It’s a Date, de Nadia Parfan (Ucrânia)
Jill, Uncredited, de Anthony Ing (Reino Unido/Canadá)
La herida luminosa, de Christian Avilés (Espanha)
Les chenilles, de Michelle Keserwany e Noel Keserwany (França)
Marungka tjalatjunu, de Matthew Thorne e Derik Lynch (Austrália)
Mwanamke Makueni, de Daria Belova e Valeri Aluskina (Alemanha)
Nuits blanches, de Donatienne Berthereau (França)
Ours, de Morgane Frund (Suíça)
Qin mi, de Cheng Yu (China)
Terra Mater – Mother Land, de Kantarama Gahigiri (Ruanda/Suíça)
The Veiled City, de Natalie Cubides-Brady (Reino Unido)
The Waiting, de Volker Schlecht (Alemanha)
Wo de peng you, de Zhang Dalei (China)

BERLINALE SPECIAL

Der vermessene Mensch, de Lars Kraume (Alemanha)
Golda, de Guy Nattiv (Reino Unido)
Kill Boksoon, de Byun Sung-hyun (Coreia do Sul)
L’ultima notte di Amore, de Andrea Di Stefano (Itália)
Laggiù qualcuno mi ama, de Mario Martone (Itália)
Ming On, de Soi Cheang (Hong Kong/China)
Sonne und Beton, de David Wnendt (Alemanha)
Talk to Me, de Danny Philippou e Michael Philippou (Austrália)

PANORAMA

Al Murhaqoon, de Amr Gamal (Iêmen/Sudão/Arábia Saudita)
Au cimetière de la pellicule, de Thierno Souleymane Diallo (França/Senegal/Guiné/Arábia Saudita)
El castillo, de Martín Benchimol (Argentina/França)
Hello Dankness, de Soda Jerk (Austrália)
Inside, de Vasilis Katsoupis (Grécia/Alemanha/Bélgica)
Iron Butterflies, de Roman Liubyi (Ucrânia/Alemanha)
La Sirène, de Sepideh Farsi (França/Alemanha/Luxemburgo/Bélgica)
Passages, de Ira Sachs (França)
Perpetrator, de Jennifer Reeder (EUA)
Reality, de Tina Satter (EUA)
Silver Haze, de Sacha Polak (Holanda/Reino Unido)
Stams, de Bernhard Braunstein (Áustria)
Stille Liv, de Malene Choi (Dinamarca)
Transfariana, de Joris Lachaise (França/Colômbia)

FORUM

Concrete Valley, de Antoine Bourges (Canadá)
Dearest Fiona, de Fiona Tan (Holanda)
El juicio, de Ulises de la Orden (Argentina/Itália/França/Noruega)
Horse Opera, de Moyra Davey (EUA)
Llamadas desde Moscú, de Luís Alejandro Yero (Cuba/Alemanha/Noruega)
Mammalia, de Sebastian Mihăilescu (Romênia/Polônia/Alemanha)
Poznámky z Eremocénu, de Viera Čákanyová (Eslováquia/Tchéquia)
This Is the End, de Vincent Dieutre (França)

FORUM EXPANDED

Comrade leader, comrade leader, how nice to see you, de Walid Raad (EUA)
Conspiracy, de Simone Leigh e Madeleine Hunt-Ehrlich (EUA)
Es gibt keine Angst, de Anna Zett (Alemanha)
Last Things, de Deborah Stratman (França/EUA/Portugal)
No Stranger at All, de Priya Sen (Índia)
On this shore, here., de Jasmina Metwaly (Alemanha)
That Day, on the River, de Lei Lei (China)
Un gif larguísimo, de Eduardo Williams (Espanha/Noruega/Grécia)

Fotos: Divulgação.