Gabriel LaBelle em Os Fabelmans, de Steven Spielberg
No clima da temporada de premiações, o CineSesc, em São Paulo, exibirá, a partir de quinta-feira, 02/02, alguns dos principais filmes que concorrem ao Oscar 2023. Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, que lidera com 11 nomeações, é um dos destaques da programação.
Elvis e Os Fabelmans, com oito e sete indicações respectivamente, trazem histórias biográficas. O primeiro, dirigido por Baz Luhrmann, traz Austin Butler, um dos favoritos na categoria de melhor ator, como o astro do rock Elvis Presley. No segundo, o diretor Steven Spielberg se inspira em sua experiência pessoal para contar uma história de amor pelo cinema.
Grandes produções que arrebataram o público nos cinemas ano passado como Top Gun: Maverick, Pantera Negra: Wakanda para Sempre e Batman, e a animação da Netflix favorita ao Oscar, Pinóquio, de Guillermo del Toro e Mark Gustafson, também marcam presença na programação do CineSesc.
Os comoventes Aftersun, filme de estreia da diretora Charlotte Wells, indicado na categoria de melhor ator para Paul Mescal, e o belga Close, de Lukas Dhont, que aparece na categoria de melhor filme internacional, integram a seleção do Especial Oscar 2023.
Também destacam-se na programação: Babilônia, de Damien Chazelle, que disputa a estatueta dourada de melhor design de produção, figurino e trilha sonora; Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades, do mexicano Alejandro G. Iñárritu, indicado a melhor fotografia; e Sra. Harris Vai a Paris, que concorre a melhor figurino.
A atriz iraniana Golshifteh Farahani será uma das integrantes do júri
A 73ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, que acontecerá entre os dias 16 e 26 de fevereiro, terá a atriz, roteirista e diretora norte-americana Kristen Stewart como presidente do Júri Internacional deste ano.
Nesta quarta-feira, 01/02, foram anunciados os nomes dos integrantes que completam o Júri Oficial. Juntos, terão a missão de escolher os grandes vencedores do Urso de Prata e do Urso de Ouro, considerados os prêmios mais importantes do evento.
O time multitalentoso será formado por: Golshifteh Farahani, atriz iraniana, que passou pela primeira vez na Berlinale, em 2009, com Procurando Elly, de Asghar Farhadi; Valeska Grisebach, cineasta alemã, que disputou o Urso de Ouro, em 2006, com Sehnsucht; Radu Jude, diretor romeno, vencedor do Urso de Ouro com Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental e do Urso de Prata de melhor direção por Aferim!; Francine Maisler, diretora de elenco de grandes sucessos, como a série Succession e os filmes Milk: A Voz da Igualdade, A Pé Ele Não Vai Longe, Cavaleiro de Copas, História de um Casamento, entre outros; Carla Simón, cineasta catalã, vencedora do Urso de Ouro do ano passado por Alcarràs e premiada por Verão 1993 em 2017; e Johnnie To, cineasta e produtor chinês, conhecido por filmes como O Pardal, Exilados e Life Without Principle.
Neste ano, 19 filmes, de 19 países, foram selecionados para a Competição; seis foram dirigidos por mulheres. Da lista, 15 títulos são estreias mundiais e onze cineastas já passaram pela Berlinale, sendo oito na Competição. Além disso, três filmes de estreia completam a programação.
Foram anunciados neste sábado, 28/01, os vencedores do Troféu Barroco da 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em cerimônia realizada no Cine-Tenda, que marcou a volta do formato presencial. O filme As Linhas da Minha Mão, dirigido por João Dumans, venceu como melhor longa-metragem da Mostra Aurora; pelo segundo ano seguido um trabalho mineiro é premiado nesta categoria.
A noite de encerramento revelou a escolha de um documentário sensível, que aposta no corpo, na voz e no carisma de sua personagem para falar de afetos, vivências, saúde e relações urbanas. O prêmio foi concedido pelo Júri Oficial, formado por Cristina Amaral, Dácia Ibiapina, Ester Marçal Fér, GG Albuquerque e Luiz Carlos Oliveira Jr. No texto de justificativa, apontou-se, entre os méritos: “um cinema que convida a desenquadrar o sujeito para além de uma categoria, de conceito ou signos fechados. O quadro se torna a abertura de uma pessoa que a todo momento desafia a noção de bordas, expande limites e se prova uma fabuladora maior que a vida”.
O Troféu Carlos Reichenbach, entregue pelo Júri Jovem ao melhor longa da Mostra Olhos Livres, foi para O Canto das Amapolas, de Paula Gaitán, uma das grandes realizadoras em atividade no cinema brasileiro. Na justificativa, o Júri Jovem, formado por estudantes, defendeu o trabalho do filme “que nasceu de uma necessidade bruta de se entregar ao mistério das imagens – não apenas uma fresta: abre todas as janelas que por tanto tempo sua mãe pedia para fechar”. O júri foi formado por: Giuliana Zamprogno, Iara Letícia, Lauren Mattiazzi Dilli, Leonardo Amorim e Quemuel Costa.
O Prêmio Helena Ignez 2023, oferecido pelo Júri Oficial a um destaque feminino em qualquer função nos filmes das mostras Aurora e Foco, foi entregue para Edna Maria, atriz protagonista do filme paraibano Cervejas no Escuro, de Tiago A. Neves. Em sua justificativa, o júri defende a “espontaneidade como a marca de interpretação com precisão cinematográfica. Mais do que possibilitar o filme, a presença radiante de uma atriz muda uma comunidade”.
Na Mostra Foco, o Júri Oficial escolheu o curta-metragem Remendo, de Roger Ghil. A justificativa diz: “Esse filme desenrola-se de um modo criativo, em diálogo estreito com a forma como nos relacionamos e nos construímos enquanto povo e coletividade. Desenho de som inventivo, direção de arte apurada, diálogos inteligentes e estrutura bem arquitetada fornecem o alicerce para um senso de humor sem fronteiras que brinca com clichês e expressa uma arqueologia de mídias audiovisuais”. O filme também ganhou o Prêmio Canal Brasil de Curtas, que oferece R$ 15 mil a um curta da Mostra Foco em júri formado pelo próprio canal.
Iniciada em 2022 e de volta em 2023, a Conexão Brasil CineMundi contou com a categoria Work In Progress (WIP), a partir de projetos enviados previamente e analisados por um júri especial. O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon, venceu o Prêmio O2 Play“pela narrativa que apresenta uma personagem com um olhar fora do comum, alguém que ocupa constantemente o espaço da história, atrelada a uma fotografia de olhar simples mas que incita a reflexão do espectador”.
Por sua vez, As Muitas Mortes de Antônio Parreiras, com direção de Lucas Parente, levou o Prêmio DOT e The End. Oferecido pelo Festival de Málaga na Conexão Brasil CineMundi, a categoria WIP Exibição foi para Idade da Pedra, de Renan Rovida.
No Júri Popular, escolhido em votação pelos espectadores da Mostra, o longa mais votado foi A Filha do Palhaço, de Pedro Diogenes. Já Nossa Mãe Era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novais de Oliveira, foi o escolhido popular na categoria de curta.
Além dos prêmios, a noite contou também com a exibição do longa Propriedade, dirigido pelo pernambucano Daniel Bandeira e protagonizado por Malu Galli, que será exibido no Festival de Berlim; e com uma performance artística de Sérgio Pererê.
Confira a lista completa com os vencedores da 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes:
MELHOR LONGA-METRAGEM | MOSTRA AURORA | JÚRI OFICIAL As Linhas da Minha Mão, de João Dumans (MG)
MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI POPULAR A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes (CE)
MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI POPULAR Nossa Mãe Era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novais Oliveira (MG)
PRÊMIO CARLOS REICHENBACH | MELHOR LONGA-METRAGEM | MOSTRA OLHOS LIVRES | JÚRI JOVEM O Canto das Amapolas, de Paula Gaitán (Brasil/Alemanha)
MELHOR CURTA-METRAGEM | MOSTRA FOCO | JÚRI OFICIAL Remendo, de Roger Ghil [GG] (ES)
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS Remendo, de Roger Ghil [GG] (ES)
PRÊMIO HELENA IGNEZ | DESTAQUE FEMININO Edna Maria, atriz de Cervejas no Escuro
MOSTRA WIP Prêmio O2 Play: O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon (SP) Prêmio DOT The End: As Muitas Mortes de Antônio Parreiras, de Lucas Parente (RJ) Prêmio Festival de Málaga: Idade da Pedra, de Renan Rovida (SP)
*O CINEVITOR está em Tiradentes e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
A brasileira recebeu o Prêmio Especial do Júri de melhor direção de fotografia
Foram anunciados nesta sexta-feira, 27/01, os vencedores do Festival Sundance de Cinema 2023, conhecido por destacar em sua programação produções independentes que representam novas conquistas narrativas. Neste ano, o evento contou com 101 longas-metragens e 64 curtas selecionados.
Joana Vicente, CEO do Sundance Institute, discursou na cerimônia de encerramento: “O festival deste ano foi uma experiência extraordinária. Os artistas demonstraram senso de urgência e dedicação à excelência no cinema independente. Os premiados de hoje destacam as conquistas mais marcantes de nossos programas no atual momento das artes cinematográficas”.
Entre os premiados, vale destacar a presença da brasileiraLílis Soares, que recebeu o Prêmio Especial do Júri de melhor direção de fotografia pelo filme nigeriano Mami Wata, de C.J. “Fiery” Obasi, exibido na Competição Internacional Drama. A justificativa do júri diz: “A cada quadro, a lente especializada de Lílis Soares hipnotizou o júri. A riqueza das imagens em preto e branco, combinada com o intrincado e íntimo trabalho de câmera das performances e da paisagem natural, elevou este conto folclórico a uma experiência visual inebriante”.
Lílis Soares estudou Direção de Fotografia no Institut international de l’image et du son, na França, e Rádio e TV na UFRJ. Atuou em projetos voltados para mídia digital, publicidade, TV e cinema em países como Brasil, França, Rússia, Suíça, Itália, Angola, República do Congo e Benin. Entre seus trabalhos, destacam-se: Um Dia com Jerusa, Meninas do Benfica, Fim de Comédia, Amar é para os Fortes, Nosso Lar 2: Os Mensageiros, Ilhas de Calor, Minha Historia é Outra, Mulheres do Bando, Novo Mundo, o programa O País do Cinema, entre outros. Em 2020, na Mostra de Cinema de Tiradentes, recebeu o Prêmio Helena Ignez de Destaque Feminino.
O júri deste ano foi formado por: Jeremy O. Harris, Eliza Hittman e Marlee Matlin na U.S. Dramatic Competition; W. Kamau Bell, Ramona Diaz e Carla Gutierrez na U.S. Documentary Competition; Shozo Ichiyama, Annemarie Jacir e Funa Maduka na World Cinema Dramatic Competition; Karim Amer, Alexander Nanau e a cineasta brasileiraPetra Costa na World Cinema Documentary Competition; Madeleine Olnek na mostra NEXT; e Destin Daniel Cretton, Marie-Louise Khondji e Deborah Stratman nas mostras competitivas de curtas.
Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Sundance 2023:
COMPETIÇÃO AMERICANA | DRAMA
Grande Prêmio do Júri: A Thousand and One, de A.V. Rockwell Melhor Direção: Sing J. Lee, por The Accidental Getaway Driver Prêmio Waldo Salt | Melhor Roteiro: The Persian Version, escrito por Maryam Keshavarz Prêmio Especial do Júri | Atuação: Lio Mehiel, por Mutt Prêmio Especial do Júri | Creative Vision: Magazine Dreams, de Elijah Bynum Prêmio Especial do Júri | Melhor Elenco: Theater Camp Prêmio do Público: The Persian Version, de Maryam Keshavarz
COMPETIÇÃO AMERICANA | DOCUMENTÁRIO
Grande Prêmio do Júri: Going to Mars: The Nikki Giovanni Project, de Joe Brewster e Michèle Stephenson Melhor Direção: Luke Lorentzen, por A Still Small Voice Prêmio Jonathan Oppenheim | Edição: Going Varsity in Mariachi, por Daniela I. Quiroz Prêmio Especial do Júri | Freedom of Expression: Bad Press, de Rebecca Landsberry-Baker e Joe Peeler Prêmio Especial do Júri | Clarity of Vision: The Stroll, de Kristen Lovell e Zackary Drucker Prêmio do Público: Beyond Utopia, de Madeleine Gavin
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DRAMA
Grande Prêmio do Júri: Scrapper, de Charlotte Regan (Reino Unido) Melhor Direção: Marija Kavtaradze, por Slow Prêmio Especial do Júri | Creative Vision: Sofia Alaoui, por Animalia Prêmio Especial do Júri | Fotografia: Lílis Soares, por Mami Wata Prêmio Especial do Júri | Atuação: Rosa Marchant, por When It Melts Prêmio do Público: Shayda, de Noora Niasari (Austrália)
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DOCUMENTÁRIO
Grande Prêmio do Júri: The Eternal Memory, de Maite Alberdi (Chile) Melhor Direção: Anna Hints, por Smoke Sauna Sisterhood Prêmio Especial do Júri | Creative Vision: Fantastic Machine, de Axel Danielson e Maximilien Van Aertryck (Suécia/Dinamarca) Prêmio Especial do Júri | Vérité Filmmaking: Against the Tide, de Sarvnik Kaur (Índia) Prêmio do Público: 20 Days in Mariupol, de Mstyslav Chernov (Ucrânia)
CURTAS-METRAGENS
Grande Prêmio do Júri: When You Left Me On That Boulevard, de Kayla Abuda Galang (EUA) Prêmio do Júri | Ficção | Competição Americana: Rest Stop, de Crystal Kayiza Prêmio do Júri | Ficção | Competição Internacional: The Kidnapping of the Bride, de Sophia Mocorrea (Alemanha) Prêmio do Júri | Documentário: Will You Look At Me, de Shuli Huang (China) Prêmio do Júri | Animação: The Flying Sailor, de Wendy Tilby e Amanda Forbis (Canadá) Prêmio Especial do Júri | Direção | Competição Internacional: Valeria Hofmann, por AliEN0089 Prêmio Especial do Júri | Direção | Competição Americana: Jarreau Carrillo, por The Vacation
OUTROS PRÊMIOS
PRÊMIO DO PÚBLICO | NEXT: KOKOMO CITY, de D. Smith (EUA) NEXT Innovator Award: KOKOMO CITY, de D. Smith (EUA) The Sundance Institute | NHK AWARD: Olive Nwosu, por Lady PRÊMIO ALFRED P. SLOAN: The Pod Generation, de Sophie Barthes (Bélgica/França/Reino Unido) AMAZON STUDIOS PRODUCERS AWARDS | DOCUMENTÁRIO: Jess Devaney, por It’s Only Life After All AMAZON STUDIOS PRODUCERS AWARDS | FICÇÃO: Kara Durrett, por The Starling Girl ADOBE MENTORSHIP AWARD | DOCUMENTÁRIO: Mary Manhardt ADOBE MENTORSHIP AWARD | FICÇÃO: Troy Takaki Sundance Institute | Stars Collective Imagination Awards (projetos): 40 Acres, de Tamara Shogaolu; BLOCK PARTY BODEGA, de Navid Khonsari, Vassiliki Khonsari e Andres Perez-Duarte; e Year 2180, de Vanessa Keith
O novo filme da cineasta, roteirista e atriz Helena Ignez, A Alegria é a Prova dos Nove, foi exibido na programação da 26ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes na segunda-feira, 26/01, no Cine-Tenda dentro da mostra Olhos Livres.
No longa, Helena Ignez retoma sua parceira com o cantor, compositor e ator Ney Matogrosso, com quem fez filmes como Luz Nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha, Ralé e o curta O Poder dos Afetos. Aqui, interpretam Jarda Ícone, artista, sexóloga e roqueira octogenária, como se define, e ele, Lírio Terron, defensor dos direitos humanos. Amigos e amantes de longa data, retomam, agora, as lembranças de uma viagem que fizeram, décadas atrás, no Marrocos Saariano, onde um fato marcante ficou em segredo por muitos anos.
O roteiro, também assinado por Helena, acompanha momentos do passado e do presente na vida da dupla. Na juventude, quando faz a viagem de Londres ao Marrocos, Jarda é interpretada por Djin Sganzerla. No presente, Jarda é uma mulher livre, uma artista e sexóloga, que advoga pelo prazer feminino sem restrições, mas um episódio desalentador desse passado precisa ser trabalhado no presente.
Helena Ignez conta que uma das inspirações para o filme foi o trabalho da sexóloga americana Betty Dodson, que morreu aos 91 anos, em 2020. A diretora explica que durante o isolamento pode mergulhar na obra da intelectual, que é nominalmente citada no longa, e essa pesquisa serviu de base para a personagem Jarda Ícone e os temas abordados no filme. E, nesse sentido, a cineasta aponta que este é um filme sobre o Brasil de hoje.
O filme tem produção executiva assinada por Helena Ignez e Michele Matalon. A fotografia é de Toni Nogueira, Flora Dias, Mirrah da Silva, Matheus da Rocha Pereira e Lucas Eskinazi; a montagem é assinada por Sergio Gag. O elenco conta também com Amjad Milhem, André Guerreiro Lopes, Arthur Alves dos Santos, Barbara Vida, Dan Nakagawa, Danielly O. M. M, Fernanda D’Umbra, Fransérgio Araújo, Guilherme Gagliardi, Guilherme Leme, Jesus Cubano, Judite Santos, Julia Katharine, Lea Arafah, Mário Bortolotto, Michele Matalon, Negro Leo, Nill Marcondes, Rafael Rudolf, Samuel Kavalerski, Thaís de Almeida Prado e Vera Valdez.
Para falar mais sobre A Alegria é a Prova dos Nove, registramos os melhores momentos da apresentação do filme no Cine-Tenda e conversamos com Helena Ignez e Ney Matogrosso. No bate-papo, realizado no dia seguinte à exibição em Tiradentes, destacaram a parceria de anos, o futuro do audiovisual brasileiro, circuito comercial, expectativa para os próximos festivais, entre outros assuntos. A diretora também falou do livro Helena Ignez: Atriz experimental, de Pedro Guimarães e Sandro de Oliveira, que teve um lançamento especial durante o evento.
Aperte o play e confira:
*O CINEVITOR está em Tiradentes e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Elenco: Cate Blanchett, Noémie Merlant, Nina Hoss, Sydney Lemmon, Mark Strong, Mila Bogojevic, Sophie Kauer, Allan Corduner, Jessica Hansen, Alec Baldwin, Adam Gopnik, Marc-Martin Straub, Egon Brandstetter, Ylva Pollak, Paula Först, Sylvia Flote, Nicolas Hopchet, Zethphan D. Smith-Gneist, Kitty Watson, Alma Löhr, Dorothea Plans Casal, Fabian Dirr, Julian Glover, Christian Höcherl, Jan Wolf, Peter Hering, Artjom Gilz, Han Lai, Andreas Jentzsch, Daniel Söhner, Tilla Kratochwil, Marie-Lou Sellem, Marie-Anne Fliegel, André Röhner, Lydia Schamschula, Alexandra Montag, Chalee Sricharoen, Rose Knox-Peebles, Frank Röth, Normann Höhne, Sven Rothe, Jasmine Leung, Johann von Bülow, Oliver Mills, Xenia Assenza, Johanne Murdock, Sam Douglas, Burkhard Nitsch, Christoph Tomanek, Sarah Bauerett, Murali Perumal, Vincent Riotta, Vivian Full, Ed White, Lucie Pohl, Lee R. Sellars, Pattarawadee Thiwwatpakorn, Parami Mingmitpatanakun, Prapruttam Khumchat, Jevimary de Guia, Kenneth Won, Diana Birenyte, Tobias M Giesecke, Phongphairoj Lertsudwichai.
Ano: 2022
Sinopse: Situado no mundo internacional da música clássica ocidental, o filme é centrado em Lydia Tár, uma icônica musicista e a primeira diretora musical de uma grande orquestra alemã. O filme examina a natureza mutável do poder, seu impacto e durabilidade no mundo moderno.
Depois de tempos difíceis para o audiovisual brasileiro, a 26ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, inspirada pelos ventos que sopram na reaquecida democracia brasileira, realizou o primeiro Fórum de Tiradentes dentro da programação oficial; um fórum de reflexão, cooperação e apoio para reconstrução das políticas culturais.
O Fórum nasce de uma emergência democrática e criativa que, de tempos em tempos, é chave para definir um projeto político e estético para o cinema brasileiro. Esse encontro aglutina alguns dos movimentos e representações da sociedade civil, das empresas culturais e da gestão cultural que foram ativos na defesa do arcabouço institucional e das conquistas históricas do audiovisual. Incorpora vozes de atores não necessariamente uníssonos que estão no front da produção, da distribuição, da exibição, da preservação de nosso patrimônio; da universidade, do terceiro setor e da crítica cinematográfica.
Uma plataforma abrangente e diversa que pode contribuir para uma carta de navegação das políticas culturais federais, estaduais e municipais. Para que a retomada democrática do país e a conquista de um lugar central do audiovisual nesse processo venham acompanhadas de uma maturidade política e social, sem a qual os avanços institucionais, quando ocorrem, não se sedimentam.
Os trabalhos do Fórum de Tiradentes resultaram na Carta de Tiradentes, texto representativo das discussões, reflexões e plenárias. O documento foi lido e entregue ao público nesta quarta-feira, 25/01, no Cine-Teatro, e logo será enviado ao Ministério da Cultura, Ancine, órgãos e entidades representativas do setor audiovisual.
A Carta de Tiradentes é uma das metas de trabalho do Fórum de Tiradentes e contempla o conjunto de contribuições e recomendações resultantes no processo de realização do Fórum; é um documento de balizamento geral elaborado de maneira coletiva e transversal. Os coordenadores executivos do Fórum de Tiradentes foram Alfredo Manevy, Mário Borgneth e Raquel Hallak.
Ativo desde novembro de 2022, o Fórum de Tiradentes promoveu suas reuniões presenciais durante a Mostra de Tiradentes, desde o último sábado. Na segunda-feira, 23/01, foi realizada uma Plenária Aberta para apresentação pública das sínteses dos relatórios dos cinco GTs do Fórum de Tiradentes: Formação, Produção, Distribuição, Exibição/Difusão e Preservação.
*Clique aqui e leia a Carta de Tiradentes 2023 completa.
Louis Garrel e Noémie Merlant em L’innocent: onze indicações
A Academia de Artes e Técnicas do Cinema, Académie des Arts et Techniques du Cinéma, anunciou nesta quarta-feira, 25/01, os indicados ao prêmio César 2023, conhecido como o Oscar francês.
A comédia L’innocent, dirigida por Louis Garrel, lidera a lista com onze indicações, entre elas, melhor filme e melhor direção; o drama policial La nuit du 12, de Dominik Moll, aparece na sequência com dez indicações.
Os vencedores da 48ª edição serão anunciados no dia 24 de fevereiro, no Olympia, em Paris, em cerimônia apresentada pelo ator Tahar Rahim. O consagrado cineasta David Fincher, premiado em 2011 na categoria de melhor filme estrangeiro por A Rede Social, será homenageado com o César Honorário.
Conheça os indicados ao César 2023:
MELHOR FILME L’innocent La nuit du 12 Les Amandiers O Próximo Passo Pacifiction: Tourment sur les îles
MELHOR DIREÇÃO Albert Serra, por Pacifiction: Tourment sur les îles Cédric Jimenez, por Novembre Cédric Klapisch, por O Próximo Passo Dominik Moll, por La nuit du 12 Louis Garrel, por L’innocent
MELHOR ATRIZ Adèle Exarchopoulos, por Bem-Vindos à Bordo Fanny Ardant, por Os Jovens Amantes Juliette Binoche, por Ouistreham: Entre Dois Mundos Laure Calamy, por Contratempos Virginie Efira, por Revoir Paris
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Anaïs Demoustier, por Novembre Anouk Grinberg, por L’innocent Judith Chemla, por Le sixième enfant Lyna Khoudri, por Novembre Noémie Merlant, por L’innocent
MELHOR ATOR Benoît Magimel, por Pacifiction: Tourment sur les îles Denis Menochet, por Peter von Kant Jean Dujardin, por Novembre Louis Garrel, por L’innocent Vincent Macaigne, por Chronique d’une liaison passagère
MELHOR ATOR COADJUVANTE Bouli Lanners, por La nuit du 12 Francois Civil, por O Próximo Passo Micha Lescot, por Les Amandiers Pio Marmaï, por O Próximo Passo Roschdy Zem, por L’innocent
ATRIZ REVELAÇÃO Guslagie Malanda, por Saint Omer Mallory Wanecque, por Os Piores Marion Barbeau, por O Próximo Passo Nadia Tereszkiewicz, por Les Amandiers Rebecca Marder, por A Garota Radiante
ATOR REVELAÇÃO Aliocha Reinert, por Petite Nature Bastien Bouillon, por La nuit du 12 Dimitri Doré, por Bruno Reidal, confession d’un meurtrier Paul Kircher, por Le Lycéen Stefan Crepon, por Peter Von Kant
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Contratempos, escrito por Éric Gravel L’innocent, escrito por Louis Garrel, Tanguy Viel e Naïla Guiguet Les Amandiers, escrito por Valeria Bruni Tedeschi, Noémie Lvovsky e Agnès de Sacy O Próximo Passo, escrito por Cédric Klapisch e Santiago Amigorena Saint Omer, escrito por Alice Diop, Amrita David e Marie Ndiaye
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Coupez!, escrito por Michel Hazanavicius Enquête sur un scandale d’état, escrito por Thierry de Peretti e Jeanne Aptekman La nuit du 12, escrito por Gilles Marchand e Dominik Moll
MELHOR DOCUMENTÁRIO Allons enfants, de Thierry Demaizière e Alban Teurlai Jane par Charlotte, de Charlotte Gainsbourg Le chêne, de Laurent Charbonnier e Michel Seydoux Os Anos do Super 8, de Annie Ernaux e David Ernaux-Briot Retour à Reims (Fragments), de Jean-Gabriel Périot
MELHOR FILME ESTRANGEIRO As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen (Espanha/França) Close, de Lukas Dhont (Bélgica/França/Holanda) EO, de Jerzy Skolimowski (Polônia/Itália) Garoto dos Céus, de Tarik Saleh (Suécia/França/Finlândia/Dinamarca) Triângulo da Tristeza, de Ruben Östlund (Suécia)
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO Ernest et Célestine: Le voyage en Charabie, de Julien Chheng e Jean-Christophe Roger Le petit Nicolas: Qu’est-ce qu’on attend pour être heureux?, de Amandine Fredon e Benjamin Massoubre Ma famille afghane, de Michaela Pavlátová
MELHOR FILME DE ESTREIA Bruno Reidal, confession d’un meurtrier, de Vincent Le Port Falcon Lake, de Charlotte Le Bon Le sixième enfant, de Léopold Legrand Os Piores, de Lise Akoka e Romane Gueret Saint Omer, de Alice Diop
MELHOR FOTOGRAFIA La nuit du 12, por Patrick Ghiringhelli Les Amandiers, por Julien Poupard O Próximo Passo, por Alexis Kavyrchine Pacifiction: Tourment sur les îles, por Artur Tort Saint Omer, por Claire Mathon
MELHOR EDIÇÃO Contratempos, por Mathilde Van de Moortel L’innocent, por Pierre Deschamps La nuit du 12, por Laurent Rouan Novembre, por Laure Gardette O Próximo Passo, por Anne-Sophie Bion
MELHOR FIGURINO Couleurs de l’incendie, por Pierre-Jean Larroque Esperando Bojangles, por Emmanuelle Youchnovski L’innocent, por Corinne Bruand Les Amandiers, por Caroline de Vivaise Pacifiction: Tourment sur les îles, por Praxedes de Vilallonga Simone, le Voyage du Siècle, por Gigi Lepage
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO Couleurs de l’incendie, por Sebastian Birchler La nuit du 12, por Michel Barthélémy Les Amandiers, por Emmanuelle Duplay Pacifiction: Tourment sur les îles, por Sebastian Vogler Simone, le Voyage du Siècle, por Christian Marti
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL Contratempos, por Irène Drésel Coupez!, por Alexandre Desplat L’innocent, por Grégoire Hetzel La nuit du 12, por Olivier Marguerit Noites de Paris, por Anton Sanko Pacifiction: Tourment sur les îles, por Marc Verdaguer e Joe Robinson
MELHOR SOM L’innocent, por Laurent Benaïm, Alexis Meynet e Olivier Guillaume La nuit du 12, por François Maurel, Olivier Mortier e Luc Thomas Novembre, por Cédric Deloche, Alexis Place, Gwennolé Le Borgne e Marc Doisne O Próximo Passo, por Cyril Moisson, Nicolas Moreau e Cyril Holtz Pacifiction: Tourment sur les îles, por Jordi Ribas, Benjamin Laurent e Bruno Tarrière
MELHORES EFEITOS VISUAIS Fumer fait tousser, por Sébastien Rame Les Cinq Diables, por Guillaume Marien Notre-Dame em Chamas, por Laurens Ehrmann Novembre, por Mikaël Tanguy Pacifiction: Tourment sur les îles, por Marco del Bianco
MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO Haut Les Cœurs, de Adrian Moyse Dullin Le roi David, de Lila Pinell Les vertueuses, de Stéphanie Halfon Partir un jour, de Amélie Bonnin
MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO Câline, de Margot Reumont La vie sexuelle de mamie, de Urška Djukić e Émilie Pigeard Noir-soleil, de Marie Larrivé
MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Churchill, Polar Bear Town, de Annabelle Amoros Écoutez le battement de nos images, de Audrey Jean-Baptiste e Maxime Jean-Baptiste Maria Schneider, 1983, de Elisabeth Subrin
O Sindicato dos Roteiristas da América, Writers Guild of America, divulgou nesta quarta-feira, 25/01, os indicados ao Writers Guild Awards 2023, premiação anual que elege os melhores roteiros de cinema, TV, novas mídias e rádio desde 1948. Os vencedores da 75ª edição serão anunciados no dia 5 de março.
Os longas-metragens qualificados para o Writers Guild Awards foram exibidos nos cinemas por pelo menos uma semana em Los Angeles durante o período de elegibilidade entre 1º de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022. Os documentários também foram exibidos nas telonas em Los Angeles ou Nova York por uma semana durante o mesmo período de elegibilidade; os filmes em streaming seguem outra regra estabelecida pelo sindicato.
Ao longo dos anos, diversos filmes foram consagrados pelo Sindicato e pela Academia, como: Spotlight: Segredos Revelados, Os Descendentes, O Segredo de Brokeback Mountain, A Malvada, Crepúsculo dos Deuses, Me Chame Pelo Seu Nome, Parasita, Jojo Rabbit, Bela Vingança, entre outros. No ano passado, No Ritmo do Coração, escrito por Siân Heder, foi premiado na categoria de melhor roteiro adaptado e também consagrado no Oscar.
Conheça os indicados ao WGA Awards 2023 nas categorias de cinema:
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Não! Não Olhe!, escrito por Jordan Peele O Menu, escrito por Seth Reiss e Will Tracy Os Fabelmans, escrito por Steven Spielberg e Tony Kushner Tár, escrito por Todd Field Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, escrito por Daniel Kwan e Daniel Scheinert
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Ela Disse, escrito por Rebecca Lenkiewicz Entre Mulheres, escrito por Sarah Polley Glass Onion: Um Mistério Knives Out, escrito por Rian Johnson Pantera Negra: Wakanda para Sempre, escrito por Ryan Coogler e Joe Robert Cole Top Gun: Maverick, escrito por Ehren Kruger, Eric Warren Singer e Christopher McQuarrie
MELHOR ROTEIRO | DOCUMENTÁRIO ¡Viva Maestro!, escrito por Theodore Braun 2nd Chance, escrito por Ramin Bahrani Moonage Daydream, escrito por Brett Morgen O Voo da Despedida, escrito por Ondi Timoner Queda Livre: A Tragédia do Caso Boeing, escrito por Mark Bailey e Keven McAlester
O cineasta gaúcho Paulo Nascimento, responsável por obras como A Superfície da Sombra, A Oeste do Fim do Mundo, Em Teu Nome, Teu Mundo Não Cabe nos Meus Olhos e o inédito Ainda Somos os Mesmos, já começou a rodar seu mais novo projeto: Chama a Bebel, que perpassa temáticas envolvendo diversidade, superação e uma profunda reflexão sobre meio ambiente.
Na trama, Bebel, interpretada por Giulia Benite, da franquia Turma da Mônica, é uma garota cadeirante que mora com a mãe, vivida por Larissa Maciel, e o avô, papel de José Rubens Chachá, nas margens de uma rodovia no interior do país e é obrigada a se mudar para uma cidade maior para continuar estudando. A jovem enfrenta todas as adversidades do novo mundo, a começar pela tia, interpretada por Flavia Garrafa.
Inspirada na ativista ambiental sueca Greta Thunberg, Bebel se torna uma líder na escola, o que acaba incomodando um inimigo poderoso, o empresário magnata da cidade, vivido por Marcos Breda, cujo negócio não tem nada de sustentável. Paralelo a isso, luta contra o excesso de lixo produzido na escola e inventa um biodigestor para transformar lixo orgânico em energia.
O elenco conta também com Evandro Soldatelli e Rafa Muller. O núcleo jovem da trama apresenta Flor Gil, em seu primeiro projeto no cinema, e traz também Antônio Zeni, Gustavo Coelho, Pedro Motta, Sofia Cordeiro e Luisa Kanomata. A direção de fotografia é assinada por Renato Falcão, de A Era do Gelo e Rio.
“Esse é um grande projeto. Não apenas pela quantidade e qualidade da equipe, mas pelo tema da consciência ambiental para jovens e adultos. Precisamos de mais pessoas como Bebel no mundo real. Debater e tomar atitudes para a preservação do nosso planeta. Montamos um elenco de primeira, com a Giulia, o Antônio e a Flor Gil. É muito bacana. Estão todos conectados e têm um alcance gigante para espalhar a mensagem do filme”, explica o diretor e roteirista Paulo Nascimento.
Giulia Benite conta que se apaixonou pela personagem “porque ela é uma adolescente que se concentra em soluções. Ela luta para que as pessoas tenham atitudes melhores para salvar o mundo”.
A obra conta com com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual e apoio da Film Commission de Porto Alegre, movimentando mais de 70 profissionais, entre equipe e elenco, com impacto na economia indireta. Produzido pela Accorde Filmes e com distribuição da Paris Filmes, a estreia nos cinemas está prevista ainda para 2023.
Michelle Yeoh em Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo: indicada
Foram divulgados na manhã desta terça-feira, 24/01, os indicados ao Oscar 2023. O anúncio, transmitido ao vivo pelas redes sociais da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, foi apresentado pelo ator Riz Ahmed e pela atriz Allison Williams.
Dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo lidera a lista com onze indicações, entre elas, a de melhor filme. Na sequência, o alemão Nada de Novo no Front, de Edward Berger, e Os Banshees de Inisherin, de Martin McDonagh, aparecem com nove indicações cada. Neste ano, 301 longas-metragens estavam elegíveis para o prêmio.
O cinema brasileiro estava representado pelo curta-metragem Sideral, de Carlos Segundo, mas infelizmente não entrou na disputa. O documentário O Território, dirigido pelo norte-americano Alex Pritz, uma coprodução entre Brasil, Dinamarca e Estados Unidos, também ficou fora da lista final.
A 95ª edição do Oscar acontecerá no dia 12 de março no Dolby Theatre, em Hollywood. O apresentador da cerimônia será Jimmy Kimmel, que assume a função pela terceira vez.
Confira a lista completa com os indicados ao Oscar 2023:
MELHOR FILME Avatar: O Caminho da Água Elvis Entre Mulheres Nada de Novo no Front Os Banshees de Inisherin Os Fabelmans Tár Top Gun: Maverick Triângulo da Tristeza Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
MELHOR DIREÇÃO Daniel Kwan e Daniel Scheinert, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo Martin McDonagh, por Os Banshees de Inisherin Ruben Östlund, por Triângulo da Tristeza Steven Spielberg, por Os Fabelmans Todd Field, por Tár
MELHOR ATRIZ Ana de Armas, por Blonde Andrea Riseborough, por To Leslie Cate Blanchett, por Tár Michelle Williams, por Os Fabelmans Michelle Yeoh, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Angela Bassett, por Pantera Negra: Wakanda para Sempre Hong Chau, por A Baleia Jamie Lee Curtis, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo Kerry Condon, por Os Banshees de Inisherin Stephanie Hsu, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
MELHOR ATOR Austin Butler, por Elvis Bill Nighy, por Living Brendan Fraser, por A Baleia Colin Farrell, por Os Banshees de Inisherin Paul Mescal, por Aftersun
MELHOR ATOR COADJUVANTE Barry Keoghan, por Os Banshees de Inisherin Brendan Gleeson, por Os Banshees de Inisherin Brian Tyree Henry, por Passagem Judd Hirsch, por Os Fabelmans Ke Huy Quan, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Os Banshees de Inisherin, escrito por Martin McDonagh Os Fabelmans, escrito por Steven Spielberg e Tony Kushner Tár, escrito por Todd Field Triângulo da Tristeza, escrito por Ruben Östlund Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, escrito por Daniel Kwan e Daniel Scheinert
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Entre Mulheres, escrito por Sarah Polley Glass Onion: Um Mistério Knives Out, escrito por Rian Johnson Living, escrito por Kazuo Ishiguro Nada de Novo no Front, escrito por Edward Berger, Lesley Paterson e Ian Stokell Top Gun: Maverick, escrito por Ehren Kruger, Eric Warren Singer e Christopher McQuarrie
MELHOR FILME INTERNACIONAL A Menina Silenciosa (An Cailín Ciúin/The Quiet Girl), de Colm Bairéad (Irlanda) Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina) Close, de Lukas Dhont (Bélgica) EO (IO), de Jerzy Skolimowski (Polônia) Nada de Novo no Front, de Edward Berger (Alemanha)
MELHOR ANIMAÇÃO A Fera do Mar Gato de Botas 2: O Último Pedido Marcel the Shell with Shoes On Pinóquio Red: Crescer é uma Fera
MELHOR DOCUMENTÁRIO A House Made of Splinters, de Simon Lereng Wilmont All That Breathes, de Shaunak Sen All the Beauty and the Bloodshed, de Laura Poitras Navalny, de Daniel Roher Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft, de Sara Dosa
MELHOR FOTOGRAFIA Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades, por Darius Khondji Elvis, por Mandy Walker Império da Luz, por Roger Deakins Nada de Novo no Front, por James Friend Tár, por Florian Hoffmeister
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO Avatar: O Caminho da Água, por Dylan Cole, Ben Procter e Vanessa Cole Babilônia, por Florencia Martin e Anthony Carlino Elvis, por Catherine Martin, Karen Murphy e Bev Dunn Nada de Novo no Front, por Christian M. Goldbeck Os Fabelmans, por Rick Carter e Karen O’Hara
MELHOR FIGURINO Babilônia, por Mary Zophres Elvis, por Catherine Martin Pantera Negra: Wakanda para Sempre, por Ruth E. Carter Sra. Harris Vai a Paris, por Jenny Beavan Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, por Shirley Kurata
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO A Baleia, por Adrien Morot, Judy Chin e Anne Marie Bradley Batman, por Naomi Donne, Mike Marino e Mike Fontaine Elvis, por Mark Coulier, Jason Baird e Aldo Signoretti Nada de Novo no Front, por Heike Merker e Linda Eisenhamerová Pantera Negra: Wakanda para Sempre, por Camille Friend e Joel Harlow
MELHOR EDIÇÃO Elvis, por Matt Villa e Jonathan Redmond Os Banshees de Inisherin, por Mikkel E.G. Nielsen Tár, por Monika Willi Top Gun: Maverick, por Eddie Hamilton Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, por Paul Rogers
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL Babilônia, por Justin Hurwitz Nada de Novo no Front, por Volker Bertelmann Os Banshees de Inisherin, por Carter Burwell Os Fabelmans, por John Williams Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, por Son Lux
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL Applause, por Diane Warren (Tell It like a Woman) Hold My Hand, por Lady Gaga e BloodPop (Top Gun: Maverick) Lift Me Up, por Tems, Rihanna, Ryan Coogler e Ludwig Göransson (Pantera Negra: Wakanda para Sempre) Naatu Naatu, por M.M. Keeravani e Chandrabose (RRR: Revolta, Rebelião, Revolução) This Is A Life, por Ryan Lott, David Byrne e Mitski (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)
MELHOR SOM Avatar: O Caminho da Água Batman Elvis Nada de Novo no Front Top Gun: Maverick
MELHORES EFEITOS VISUAIS Avatar: O Caminho da Água Batman Nada de Novo no Front Pantera Negra: Wakanda para Sempre Top Gun: Maverick
MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO An Irish Goodbye, de Tom Berkeley e Ross White (Irlanda/Reino Unido) Ivalu, de Anders Walter (Dinamarca) Le Pupille, de Alice Rohrwacher (Itália/EUA) Night Ride, de Todd Karehana (Nova Zelândia) The Red Suitcase, de Cyrus Neshvad (Luxemburgo)
MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Como Cuidar de um Bebê Elefante Haulout How Do You Measure a Year? O Efeito Martha Mitchell Stranger at the Gate
MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO An Ostrich Told Me the World Is Fake and I Think I Believe It Ice Merchants My Year of Dicks O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo The Flying Sailor
Odessa Young e Jesse Eisenberg em Manodrome, de John Trengove
A 73ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, que acontecerá entre os dias 16 e 26 de fevereiro, acaba de anunciar os filmes selecionados para a Competição e que disputarão o cobiçado Urso de Ouro, prêmio máximo do evento.
Neste ano, 19 filmes, de 19 países, foram selecionados; seis são dirigidos por mulheres. A seleção desta edição pretende ser a mais aberta possível para todas as formas cinematográficas: filmes de animação e documentário, comédia e melodrama, filmes de época e drama.
Da lista, 15 títulos são estreias mundiais e onze cineastas já passaram pela Berlinale, sendo oito na Competição. Além disso, três filmes de estreia completam a programação. A atriz, roteirista e diretora norte-americana Kristen Stewart será a presidente do Júri Internacional e, ao lado de outros nomes, escolherá os vencedores do Urso de Ouro e Urso de Prata. O consagrado cineasta Steven Spielberg será homenageado com o Urso de Ouro honorário.
O festival também anunciou, recentemente, os selecionados para a mostra Encounters, que visa promover trabalhos esteticamente e estruturalmente ousados de cineastas independentes e inovadores. Seu objetivo é apoiar novos olhares no cinema e dar mais espaço às diversas formas narrativas e documentais na seleção oficial. Concebido como contraponto e complemento à Competição, o programa Encounters é uma mostra competitiva dedicada à novas visões cinematográficas; os filmes selecionados desafiam as formas tradicionais.
Novos títulos também foram adicionados na mostra Berlinale Special. Além disso, o documentário Superpower, de Sean Penn e Aaron Kaufman, foi confirmado na Berlinale Special Gala; o longa narra a invasão russa na Ucrânia e mostra a crueldade da guerra.
Outra novidade revelada é que a consagrada diretora de fotografia Caroline Champetier, de Holy Motors, Agnus Dei, Annette, Les gardiennes, Homens e Deuses, entre outros, será homenageada e receberá a Berlinale Camera, que destaca personalidades e instituições que contribuíram de maneira especial ao cinema e com quem o festival se sente intimamente ligado; com isso, a Berlinale expressa seu agradecimento aos que se tornaram amigos e apoiadores do festival.
Conheça os novos filmes selecionados para o Festival de Berlim 2023:
COMPETIÇÃO
20.000 especies de abejas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha) Art College 1994, de Liu Jian (China) Bai Ta Zhi Guang, de Zhang Lu (China) Bis ans Ende der Nacht, de Christoph Hochhäusler (Alemanha) BlackBerry, de Matt Johnson (Canadá) Disco Boy, de Giacomo Abbruzzese (França/Itália/Bélgica/Polônia) Ingeborg Bachmann – Reise in die Wüste, de Margarethe von Trotta (Suíça/Áustria/Alemanha/Luxemburgo) Irgendwann werden wir uns alles erzählen, de Emily Atef (Alemanha) Le grand chariot, de Philippe Garrel (França/Suíça) Limbo, de Ivan Sen (Austrália) Mal Viver, de João Canijo (Portugal/França) Manodrome, de John Trengove (Reino Unido/EUA) Music, de Angela Schanelec (Alemanha/França/Sérvia) Past Lives, de Celine Song (EUA) Roter Himmel, de Christian Petzold (Alemanha) Sur l’Adamant, de Nicolas Philibert (França/Japão) Suzume, de Makoto Shinkai (Japão) The Survival of Kindness, de Rolf de Heer (Austrália) Tótem, de Lila Avilés (México/Dinamarca/França)
ENCOUNTERS
Adentro mío estoy bailando, de Leandro Koch e Paloma Schachmann (Áustria/Argentina) El eco, de Tatiana Huezo (México/Alemanha) Here, de Bas Devos (Bélgica) Im toten Winkel, de Ayşe Polat (Alemanha) Kletka ishet ptitsu, de Malika Musaeva (França/Rússia) Le mura di Bergamo, de Stefano Savona (Itália) Mon pire ennemi, de Mehran Tamadon (França/Suíça) Műanyag égbolt, de Tibor Bánóczki e Sarolta Szabó (Hungria/Eslováquia) mul-an-e-seo, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul) Mummola, de Tia Kouvo (Finlândia/Suécia) Orlando, ma biographie politique, de Paul B. Preciado (França) Samsara, de Lois Patiño (Espanha) Shidniy front, de Vitaly Mansky e Yevhen Titarenko (Letônia/Tchéquia/Ucrânia/EUA) The Adults, de Dustin Guy Defa (EUA) Viver Mal, de João Canijo (Portugal/França) Xue yun, de Wu Lang (China)
BERLINALE SPECIAL
100 Years of Disney Animation: a Shorts Celebration, de Walt Disney, Dave Hand, Ben Sharpsteen, Lauren Jackson, Wilfred Jackson, Jack Hannah, Jon Kahrs, Brian Menz, Jacob Frey e Hillary Bradfield (EUA) (1922-2022) Agnus Dei (Les Innocentes), de Anne Fontaine (França/Polônia) (2015) Love to Love You, Donna Summer, de Roger Ross Williams e Brooklyn Sudano (EUA) (2023)