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Especial Oscar 2023: CineSesc exibe filmes que estão na disputa pela estatueta dourada

por: Cinevitor
Gabriel LaBelle em Os Fabelmans, de Steven Spielberg

No clima da temporada de premiações, o CineSesc, em São Paulo, exibirá, a partir de quinta-feira, 02/02, alguns dos principais filmes que concorrem ao Oscar 2023. Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, que lidera com 11 nomeações, é um dos destaques da programação.

Elvis e Os Fabelmans, com oito e sete indicações respectivamente, trazem histórias biográficas. O primeiro, dirigido por Baz Luhrmann, traz Austin Butler, um dos favoritos na categoria de melhor ator, como o astro do rock Elvis Presley. No segundo, o diretor Steven Spielberg se inspira em sua experiência pessoal para contar uma história de amor pelo cinema.

Grandes produções que arrebataram o público nos cinemas ano passado como Top Gun: Maverick, Pantera Negra: Wakanda para Sempre e Batman, e a animação da Netflix favorita ao Oscar, Pinóquio, de Guillermo del Toro e Mark Gustafson, também marcam presença na programação do CineSesc.

Os comoventes Aftersun, filme de estreia da diretora Charlotte Wells, indicado na categoria de melhor ator para Paul Mescal, e o belga Close, de Lukas Dhont, que aparece na categoria de melhor filme internacional, integram a seleção do Especial Oscar 2023.

Também destacam-se na programação: Babilônia, de Damien Chazelle, que disputa a estatueta dourada de melhor design de produção, figurino e trilha sonora; Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades, do mexicano Alejandro G. Iñárritu, indicado a melhor fotografia; e Sra. Harris Vai a Paris, que concorre a melhor figurino.

*Clique aqui e confira a programação completa.

Foto: Storyteller Distribution Co., LLC.

Conheça os integrantes do júri do Festival de Berlim 2023

por: Cinevitor
A atriz iraniana Golshifteh Farahani será uma das integrantes do júri

A 73ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, que acontecerá entre os dias 16 e 26 de fevereiro, terá a atriz, roteirista e diretora norte-americana Kristen Stewart como presidente do Júri Internacional deste ano.

Nesta quarta-feira, 01/02, foram anunciados os nomes dos integrantes que completam o Júri Oficial. Juntos, terão a missão de escolher os grandes vencedores do Urso de Prata e do Urso de Ouro, considerados os prêmios mais importantes do evento.

O time multitalentoso será formado por: Golshifteh Farahani, atriz iraniana, que passou pela primeira vez na Berlinale, em 2009, com Procurando Elly, de Asghar Farhadi; Valeska Grisebach, cineasta alemã, que disputou o Urso de Ouro, em 2006, com Sehnsucht; Radu Jude, diretor romeno, vencedor do Urso de Ouro com Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental e do Urso de Prata de melhor direção por Aferim!; Francine Maisler, diretora de elenco de grandes sucessos, como a série Succession e os filmes Milk: A Voz da Igualdade, A Pé Ele Não Vai Longe, Cavaleiro de Copas, História de um Casamento, entre outros; Carla Simón, cineasta catalã, vencedora do Urso de Ouro do ano passado por Alcarràs e premiada por Verão 1993 em 2017; e Johnnie To, cineasta e produtor chinês, conhecido por filmes como O Pardal, Exilados e Life Without Principle.

Neste ano, 19 filmes, de 19 países, foram selecionados para a Competição; seis foram dirigidos por mulheres. Da lista, 15 títulos são estreias mundiais e onze cineastas já passaram pela Berlinale, sendo oito na Competição. Além disso, três filmes de estreia completam a programação.

Foto: Divulgação/Getty Images Europe.

26ª Mostra de Cinema de Tiradentes: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Os premiados no palco do Cine-Tenda

Foram anunciados neste sábado, 28/01, os vencedores do Troféu Barroco da 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em cerimônia realizada no Cine-Tenda, que marcou a volta do formato presencial. O filme As Linhas da Minha Mão, dirigido por João Dumans, venceu como melhor longa-metragem da Mostra Aurora; pelo segundo ano seguido um trabalho mineiro é premiado nesta categoria.

A noite de encerramento revelou a escolha de um documentário sensível, que aposta no corpo, na voz e no carisma de sua personagem para falar de afetos, vivências, saúde e relações urbanas. O prêmio foi concedido pelo Júri Oficial, formado por Cristina Amaral, Dácia Ibiapina, Ester Marçal Fér, GG Albuquerque e Luiz Carlos Oliveira Jr. No texto de justificativa, apontou-se, entre os méritos: “um cinema que convida a desenquadrar o sujeito para além de uma categoria, de conceito ou signos fechados. O quadro se torna a abertura de uma pessoa que a todo momento desafia a noção de bordas, expande limites e se prova uma fabuladora maior que a vida”.

O Troféu Carlos Reichenbach, entregue pelo Júri Jovem ao melhor longa da Mostra Olhos Livres, foi para O Canto das Amapolas, de Paula Gaitán, uma das grandes realizadoras em atividade no cinema brasileiro. Na justificativa, o Júri Jovem, formado por estudantes, defendeu o trabalho do filme “que nasceu de uma necessidade bruta de se entregar ao mistério das imagens – não apenas uma fresta: abre todas as janelas que por tanto tempo sua mãe pedia para fechar”. O júri foi formado por: Giuliana Zamprogno, Iara Letícia, Lauren Mattiazzi Dilli, Leonardo Amorim e Quemuel Costa.

O Prêmio Helena Ignez 2023, oferecido pelo Júri Oficial a um destaque feminino em qualquer função nos filmes das mostras Aurora e Foco, foi entregue para Edna Maria, atriz protagonista do filme paraibano Cervejas no Escuro, de Tiago A. Neves. Em sua justificativa, o júri defende a “espontaneidade como a marca de interpretação com precisão cinematográfica. Mais do que possibilitar o filme, a presença radiante de uma atriz muda uma comunidade”.

Na Mostra Foco, o Júri Oficial escolheu o curta-metragem Remendo, de Roger Ghil. A justificativa diz: “Esse filme desenrola-se de um modo criativo, em diálogo estreito com a forma como nos relacionamos e nos construímos enquanto povo e coletividade. Desenho de som inventivo, direção de arte apurada, diálogos inteligentes e estrutura bem arquitetada fornecem o alicerce para um senso de humor sem fronteiras que brinca com clichês e expressa uma arqueologia de mídias audiovisuais”. O filme também ganhou o Prêmio Canal Brasil de Curtas, que oferece R$ 15 mil a um curta da Mostra Foco em júri formado pelo próprio canal.

Iniciada em 2022 e de volta em 2023, a Conexão Brasil CineMundi contou com a categoria Work In Progress (WIP), a partir de projetos enviados previamente e analisados por um júri especial. O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon, venceu o Prêmio O2 Play “pela narrativa que apresenta uma personagem com um olhar fora do comum, alguém que ocupa constantemente o espaço da história, atrelada a uma fotografia de olhar simples mas que incita a reflexão do espectador”.

Por sua vez, As Muitas Mortes de Antônio Parreiras, com direção de Lucas Parente, levou o Prêmio DOT e The End. Oferecido pelo Festival de Málaga na Conexão Brasil CineMundi, a categoria WIP Exibição foi para Idade da Pedra, de Renan Rovida.

No Júri Popular, escolhido em votação pelos espectadores da Mostra, o longa mais votado foi A Filha do Palhaço, de Pedro Diogenes. Já Nossa Mãe Era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novais de Oliveira, foi o escolhido popular na categoria de curta.

Além dos prêmios, a noite contou também com a exibição do longa Propriedade, dirigido pelo pernambucano Daniel Bandeira e protagonizado por Malu Galli, que será exibido no Festival de Berlim; e com uma performance artística de Sérgio Pererê.

Confira a lista completa com os vencedores da 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes:

MELHOR LONGA-METRAGEM | MOSTRA AURORA | JÚRI OFICIAL
As Linhas da Minha Mão, de João Dumans (MG)

MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI POPULAR
A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes (CE)

MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI POPULAR
Nossa Mãe Era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novais Oliveira (MG)

PRÊMIO CARLOS REICHENBACH | MELHOR LONGA-METRAGEM | MOSTRA OLHOS LIVRES | JÚRI JOVEM
O Canto das Amapolas, de Paula Gaitán (Brasil/Alemanha)

MELHOR CURTA-METRAGEM | MOSTRA FOCO | JÚRI OFICIAL
Remendo, de Roger Ghil [GG] (ES)

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Remendo, de Roger Ghil [GG] (ES)

PRÊMIO HELENA IGNEZ | DESTAQUE FEMININO
Edna Maria, atriz de Cervejas no Escuro

MOSTRA WIP
Prêmio O2 Play: O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon (SP)
Prêmio DOT The End: As Muitas Mortes de Antônio Parreiras, de Lucas Parente (RJ)
Prêmio Festival de Málaga: Idade da Pedra, de Renan Rovida (SP)

*O CINEVITOR está em Tiradentes e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

Festival de Sundance 2023: conheça os vencedores; Lílis Soares, diretora de fotografia, é premiada

por: Cinevitor
A brasileira recebeu o Prêmio Especial do Júri de melhor direção de fotografia

Foram anunciados nesta sexta-feira, 27/01, os vencedores do Festival Sundance de Cinema 2023, conhecido por destacar em sua programação produções independentes que representam novas conquistas narrativas. Neste ano, o evento contou com 101 longas-metragens e 64 curtas selecionados.

Joana Vicente, CEO do Sundance Institute, discursou na cerimônia de encerramento: “O festival deste ano foi uma experiência extraordinária. Os artistas demonstraram senso de urgência e dedicação à excelência no cinema independente. Os premiados de hoje destacam as conquistas mais marcantes de nossos programas no atual momento das artes cinematográficas”.

Entre os premiados, vale destacar a presença da brasileira Lílis Soares, que recebeu o Prêmio Especial do Júri de melhor direção de fotografia pelo filme nigeriano Mami Wata, de C.J. “Fiery” Obasi, exibido na Competição Internacional Drama. A justificativa do júri diz: “A cada quadro, a lente especializada de Lílis Soares hipnotizou o júri. A riqueza das imagens em preto e branco, combinada com o intrincado e íntimo trabalho de câmera das performances e da paisagem natural, elevou este conto folclórico a uma experiência visual inebriante”.

Lílis Soares estudou Direção de Fotografia no Institut international de l’image et du son, na França, e Rádio e TV na UFRJ. Atuou em projetos voltados para mídia digital, publicidade, TV e cinema em países como Brasil, França, Rússia, Suíça, Itália, Angola, República do Congo e Benin. Entre seus trabalhos, destacam-se: Um Dia com Jerusa, Meninas do Benfica, Fim de Comédia, Amar é para os Fortes, Nosso Lar 2: Os Mensageiros, Ilhas de Calor, Minha Historia é Outra, Mulheres do Bando, Novo Mundo, o programa O País do Cinema, entre outros. Em 2020, na Mostra de Cinema de Tiradentes, recebeu o Prêmio Helena Ignez de Destaque Feminino.

O júri deste ano foi formado por: Jeremy O. Harris, Eliza Hittman e Marlee Matlin na U.S. Dramatic Competition; W. Kamau Bell, Ramona Diaz e Carla Gutierrez na U.S. Documentary Competition; Shozo Ichiyama, Annemarie Jacir e Funa Maduka na World Cinema Dramatic Competition; Karim Amer, Alexander Nanau e a cineasta brasileira Petra Costa na World Cinema Documentary Competition; Madeleine Olnek na mostra NEXT; e Destin Daniel Cretton, Marie-Louise Khondji e Deborah Stratman nas mostras competitivas de curtas.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Sundance 2023:

COMPETIÇÃO AMERICANA | DRAMA

Grande Prêmio do Júri: A Thousand and One, de A.V. Rockwell
Melhor Direção: Sing J. Lee, por The Accidental Getaway Driver 
Prêmio Waldo Salt | Melhor Roteiro: The Persian Version, escrito por Maryam Keshavarz
Prêmio Especial do Júri | Atuação: Lio Mehiel, por Mutt
Prêmio Especial do Júri | Creative Vision: Magazine Dreams, de Elijah Bynum
Prêmio Especial do Júri | Melhor Elenco: Theater Camp
Prêmio do Público: The Persian Version, de Maryam Keshavarz

COMPETIÇÃO AMERICANA | DOCUMENTÁRIO

Grande Prêmio do Júri: Going to Mars: The Nikki Giovanni Project, de Joe Brewster e Michèle Stephenson
Melhor Direção: Luke Lorentzen, por A Still Small Voice
Prêmio Jonathan Oppenheim | Edição: Going Varsity in Mariachi, por Daniela I. Quiroz
Prêmio Especial do Júri | Freedom of Expression: Bad Press, de Rebecca Landsberry-Baker e Joe Peeler
Prêmio Especial do Júri | Clarity of Vision: The Stroll, de Kristen Lovell e Zackary Drucker
Prêmio do Público: Beyond Utopia, de Madeleine Gavin

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DRAMA

Grande Prêmio do Júri: Scrapper, de Charlotte Regan (Reino Unido)
Melhor Direção: Marija Kavtaradze, por Slow
Prêmio Especial do Júri | Creative Vision: Sofia Alaoui, por Animalia
Prêmio Especial do Júri | Fotografia: Lílis Soares, por Mami Wata
Prêmio Especial do Júri | Atuação: Rosa Marchant, por When It Melts
Prêmio do Público: Shayda, de Noora Niasari (Austrália)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DOCUMENTÁRIO

Grande Prêmio do Júri: The Eternal Memory, de Maite Alberdi (Chile)
Melhor Direção: Anna Hints, por Smoke Sauna Sisterhood 
Prêmio Especial do Júri | Creative Vision: Fantastic Machine, de Axel Danielson e Maximilien Van Aertryck (Suécia/Dinamarca)
Prêmio Especial do Júri | Vérité Filmmaking: Against the Tide, de Sarvnik Kaur (Índia)
Prêmio do Público: 20 Days in Mariupol, de Mstyslav Chernov (Ucrânia)

CURTAS-METRAGENS

Grande Prêmio do Júri: When You Left Me On That Boulevard, de Kayla Abuda Galang (EUA)
Prêmio do Júri | Ficção | Competição Americana: Rest Stop, de Crystal Kayiza
Prêmio do Júri | Ficção | Competição Internacional: The Kidnapping of the Bride, de Sophia Mocorrea (Alemanha)
Prêmio do Júri | Documentário: Will You Look At Me, de Shuli Huang (China)
Prêmio do Júri | Animação: The Flying Sailor, de Wendy Tilby e Amanda Forbis (Canadá)
Prêmio Especial do Júri | Direção | Competição Internacional: Valeria Hofmann, por AliEN0089
Prêmio Especial do Júri | Direção | Competição Americana: Jarreau Carrillo, por The Vacation

OUTROS PRÊMIOS

PRÊMIO DO PÚBLICO | NEXT: KOKOMO CITY, de D. Smith (EUA)
NEXT Innovator Award: KOKOMO CITY, de D. Smith (EUA)
The Sundance Institute | NHK AWARD: Olive Nwosu, por Lady
PRÊMIO ALFRED P. SLOAN: The Pod Generation, de Sophie Barthes (Bélgica/França/Reino Unido)
AMAZON STUDIOS PRODUCERS AWARDS | DOCUMENTÁRIO: Jess Devaney, por It’s Only Life After All
AMAZON STUDIOS PRODUCERS AWARDS | FICÇÃO: Kara Durrett, por The Starling Girl
ADOBE MENTORSHIP AWARD | DOCUMENTÁRIO: Mary Manhardt
ADOBE MENTORSHIP AWARD | FICÇÃO: Troy Takaki
Sundance Institute | Stars Collective Imagination Awards (projetos): 40 Acres, de Tamara Shogaolu; BLOCK PARTY BODEGA, de Navid Khonsari, Vassiliki Khonsari e Andres Perez-Duarte; e Year 2180, de Vanessa Keith

Foto: Courtesy of Sundance Institute.

CINEVITOR #434: Entrevista com Helena Ignez e Ney Matogrosso | 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor
Diretora e protagonista na apresentação do filme

O novo filme da cineasta, roteirista e atriz Helena Ignez, A Alegria é a Prova dos Nove, foi exibido na programação da 26ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes na segunda-feira, 26/01, no Cine-Tenda dentro da mostra Olhos Livres

No longa, Helena Ignez retoma sua parceira com o cantor, compositor e ator Ney Matogrosso, com quem fez filmes como Luz Nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha, Ralé e o curta O Poder dos Afetos. Aqui, interpretam Jarda Ícone, artista, sexóloga e roqueira octogenária, como se define, e ele, Lírio Terron, defensor dos direitos humanos. Amigos e amantes de longa data, retomam, agora, as lembranças de uma viagem que fizeram, décadas atrás, no Marrocos Saariano, onde um fato marcante ficou em segredo por muitos anos.

O roteiro, também assinado por Helena, acompanha momentos do passado e do presente na vida da dupla. Na juventude, quando faz a viagem de Londres ao Marrocos, Jarda é interpretada por Djin Sganzerla. No presente, Jarda é uma mulher livre, uma artista e sexóloga, que advoga pelo prazer feminino sem restrições, mas um episódio desalentador desse passado precisa ser trabalhado no presente.

Helena Ignez conta que uma das inspirações para o filme foi o trabalho da sexóloga americana Betty Dodson, que morreu aos 91 anos, em 2020. A diretora explica que durante o isolamento pode mergulhar na obra da intelectual, que é nominalmente citada no longa, e essa pesquisa serviu de base para a personagem Jarda Ícone e os temas abordados no filme. E, nesse sentido, a cineasta aponta que este é um filme sobre o Brasil de hoje.

O filme tem produção executiva assinada por Helena Ignez e Michele Matalon. A fotografia é de Toni Nogueira, Flora Dias, Mirrah da Silva, Matheus da Rocha Pereira e Lucas Eskinazi; a montagem é assinada por Sergio Gag. O elenco conta também com Amjad Milhem, André Guerreiro Lopes, Arthur Alves dos Santos, Barbara Vida, Dan Nakagawa, Danielly O. M. M, Fernanda D’Umbra, Fransérgio Araújo, Guilherme Gagliardi, Guilherme Leme, Jesus Cubano, Judite Santos, Julia Katharine, Lea Arafah, Mário Bortolotto, Michele Matalon, Negro Leo, Nill Marcondes, Rafael Rudolf, Samuel Kavalerski, Thaís de Almeida Prado e Vera Valdez

Para falar mais sobre A Alegria é a Prova dos Nove, registramos os melhores momentos da apresentação do filme no Cine-Tenda e conversamos com Helena Ignez e Ney Matogrosso. No bate-papo, realizado no dia seguinte à exibição em Tiradentes, destacaram a parceria de anos, o futuro do audiovisual brasileiro, circuito comercial, expectativa para os próximos festivais, entre outros assuntos. A diretora também falou do livro Helena Ignez: Atriz experimental, de Pedro Guimarães e Sandro de Oliveira, que teve um lançamento especial durante o evento.

Aperte o play e confira:

*O CINEVITOR está em Tiradentes e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

Tár

por: Cinevitor

Direção: Todd Field

Elenco: Cate Blanchett, Noémie Merlant, Nina Hoss, Sydney Lemmon, Mark Strong, Mila Bogojevic, Sophie Kauer, Allan Corduner, Jessica Hansen, Alec Baldwin, Adam Gopnik, Marc-Martin Straub, Egon Brandstetter, Ylva Pollak, Paula Först, Sylvia Flote, Nicolas Hopchet, Zethphan D. Smith-Gneist, Kitty Watson, Alma Löhr, Dorothea Plans Casal, Fabian Dirr, Julian Glover, Christian Höcherl, Jan Wolf, Peter Hering, Artjom Gilz, Han Lai, Andreas Jentzsch, Daniel Söhner, Tilla Kratochwil, Marie-Lou Sellem, Marie-Anne Fliegel, André Röhner, Lydia Schamschula, Alexandra Montag, Chalee Sricharoen, Rose Knox-Peebles, Frank Röth, Normann Höhne, Sven Rothe, Jasmine Leung, Johann von Bülow, Oliver Mills, Xenia Assenza, Johanne Murdock, Sam Douglas, Burkhard Nitsch, Christoph Tomanek, Sarah Bauerett, Murali Perumal, Vincent Riotta, Vivian Full, Ed White, Lucie Pohl, Lee R. Sellars, Pattarawadee Thiwwatpakorn, Parami Mingmitpatanakun, Prapruttam Khumchat, Jevimary de Guia, Kenneth Won, Diana Birenyte, Tobias M Giesecke, Phongphairoj Lertsudwichai.

Ano: 2022

Sinopse: Situado no mundo internacional da música clássica ocidental, o filme é centrado em Lydia Tár, uma icônica musicista e a primeira diretora musical de uma grande orquestra alemã. O filme examina a natureza mutável do poder, seu impacto e durabilidade no mundo moderno.

Nota do CINEVITOR:

Carta de Tiradentes 2023: documento com recomendações ao setor audiovisual é apresentado para o público

por: Cinevitor
Leitura da carta para o público

Depois de tempos difíceis para o audiovisual brasileiro, a 26ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, inspirada pelos ventos que sopram na reaquecida democracia brasileira, realizou o primeiro Fórum de Tiradentes dentro da programação oficial; um fórum de reflexão, cooperação e apoio para reconstrução das políticas culturais.

O Fórum nasce de uma emergência democrática e criativa que, de tempos em tempos, é chave para definir um projeto político e estético para o cinema brasileiro. Esse encontro aglutina alguns dos movimentos e representações da sociedade civil, das empresas culturais e da gestão cultural que foram ativos na defesa do arcabouço institucional e das conquistas históricas do audiovisual. Incorpora vozes de atores não necessariamente uníssonos que estão no front da produção, da distribuição, da exibição, da preservação de nosso patrimônio; da universidade, do terceiro setor e da crítica cinematográfica.

Uma plataforma abrangente e diversa que pode contribuir para uma carta de navegação das políticas culturais federais, estaduais e municipais. Para que a retomada democrática do país e a conquista de um lugar central do audiovisual nesse processo venham acompanhadas de uma maturidade política e social, sem a qual os avanços institucionais, quando ocorrem, não se sedimentam.

Os trabalhos do Fórum de Tiradentes resultaram na Carta de Tiradentes, texto representativo das discussões, reflexões e plenárias. O documento foi lido e entregue ao público nesta quarta-feira, 25/01, no Cine-Teatro, e logo será enviado ao Ministério da Cultura, Ancine, órgãos e entidades representativas do setor audiovisual.

A Carta de Tiradentes é uma das metas de trabalho do Fórum de Tiradentes e contempla o conjunto de contribuições e recomendações resultantes no processo de realização do Fórum; é um documento de balizamento geral elaborado de maneira coletiva e transversal. Os coordenadores executivos do Fórum de Tiradentes foram Alfredo Manevy, Mário Borgneth e Raquel Hallak.

Ativo desde novembro de 2022, o Fórum de Tiradentes promoveu suas reuniões presenciais durante a Mostra de Tiradentes, desde o último sábado. Na segunda-feira, 23/01, foi realizada uma Plenária Aberta para apresentação pública das sínteses dos relatórios dos cinco GTs do Fórum de Tiradentes: Formação, Produção, Distribuição, Exibição/Difusão e Preservação.

*Clique aqui e leia a Carta de Tiradentes 2023 completa.

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

Conheça os indicados ao César 2023, o Oscar francês

por: Cinevitor
Louis Garrel e Noémie Merlant em L’innocent: onze indicações

A Academia de Artes e Técnicas do Cinema, Académie des Arts et Techniques du Cinéma, anunciou nesta quarta-feira, 25/01, os indicados ao prêmio César 2023, conhecido como o Oscar francês.

A comédia L’innocent, dirigida por Louis Garrel, lidera a lista com onze indicações, entre elas, melhor filme e melhor direção; o drama policial La nuit du 12, de Dominik Moll, aparece na sequência com dez indicações.

Os vencedores da 48ª edição serão anunciados no dia 24 de fevereiro, no Olympia, em Paris, em cerimônia apresentada pelo ator Tahar Rahim. O consagrado cineasta David Fincher, premiado em 2011 na categoria de melhor filme estrangeiro por A Rede Social, será homenageado com o César Honorário.

Conheça os indicados ao César 2023:

MELHOR FILME
L’innocent
La nuit du 12
Les Amandiers
O Próximo Passo
Pacifiction: Tourment sur les îles

MELHOR DIREÇÃO
Albert Serra, por Pacifiction: Tourment sur les îles
Cédric Jimenez, por Novembre
Cédric Klapisch, por O Próximo Passo
Dominik Moll, por La nuit du 12
Louis Garrel, por L’innocent

MELHOR ATRIZ
Adèle Exarchopoulos, por Bem-Vindos à Bordo
Fanny Ardant, por Os Jovens Amantes
Juliette Binoche, por Ouistreham: Entre Dois Mundos
Laure Calamy, por Contratempos
Virginie Efira, por Revoir Paris

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Anaïs Demoustier, por Novembre
Anouk Grinberg, por L’innocent
Judith Chemla, por Le sixième enfant
Lyna Khoudri, por Novembre
Noémie Merlant, por L’innocent

MELHOR ATOR
Benoît Magimel, por Pacifiction: Tourment sur les îles
Denis Menochet, por Peter von Kant
Jean Dujardin, por Novembre
Louis Garrel, por L’innocent
Vincent Macaigne, por Chronique d’une liaison passagère

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Bouli Lanners, por La nuit du 12
Francois Civil, por O Próximo Passo
Micha Lescot, por Les Amandiers
Pio Marmaï, por O Próximo Passo
Roschdy Zem, por L’innocent

ATRIZ REVELAÇÃO
Guslagie Malanda, por Saint Omer
Mallory Wanecque, por Os Piores
Marion Barbeau, por O Próximo Passo
Nadia Tereszkiewicz, por Les Amandiers
Rebecca Marder, por A Garota Radiante

ATOR REVELAÇÃO
Aliocha Reinert, por Petite Nature
Bastien Bouillon, por La nuit du 12
Dimitri Doré, por Bruno Reidal, confession d’un meurtrier
Paul Kircher, por Le Lycéen
Stefan Crepon, por Peter Von Kant

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Contratempos, escrito por Éric Gravel
L’innocent, escrito por Louis Garrel, Tanguy Viel e Naïla Guiguet
Les Amandiers, escrito por Valeria Bruni Tedeschi, Noémie Lvovsky e Agnès de Sacy
O Próximo Passo, escrito por Cédric Klapisch e Santiago Amigorena
Saint Omer, escrito por Alice Diop, Amrita David e Marie Ndiaye

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Coupez!, escrito por Michel Hazanavicius
Enquête sur un scandale d’état, escrito por Thierry de Peretti e Jeanne Aptekman
La nuit du 12, escrito por Gilles Marchand e Dominik Moll

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Allons enfants, de Thierry Demaizière e Alban Teurlai
Jane par Charlotte, de Charlotte Gainsbourg
Le chêne, de Laurent Charbonnier e Michel Seydoux
Os Anos do Super 8, de Annie Ernaux e David Ernaux-Briot
Retour à Reims (Fragments), de Jean-Gabriel Périot

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen (Espanha/França)
Close, de Lukas Dhont (Bélgica/França/Holanda)
EO, de Jerzy Skolimowski (Polônia/Itália)
Garoto dos Céus, de Tarik Saleh (Suécia/França/Finlândia/Dinamarca)
Triângulo da Tristeza, de Ruben Östlund (Suécia)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Ernest et Célestine: Le voyage en Charabie, de Julien Chheng e Jean-Christophe Roger
Le petit Nicolas: Qu’est-ce qu’on attend pour être heureux?, de Amandine Fredon e Benjamin Massoubre
Ma famille afghane, de Michaela Pavlátová

MELHOR FILME DE ESTREIA
Bruno Reidal, confession d’un meurtrier, de Vincent Le Port
Falcon Lake, de Charlotte Le Bon
Le sixième enfant, de Léopold Legrand
Os Piores, de Lise Akoka e Romane Gueret
Saint Omer, de Alice Diop

MELHOR FOTOGRAFIA
La nuit du 12, por Patrick Ghiringhelli
Les Amandiers, por Julien Poupard
O Próximo Passo, por Alexis Kavyrchine
Pacifiction: Tourment sur les îles, por Artur Tort
Saint Omer, por Claire Mathon

MELHOR EDIÇÃO
Contratempos, por Mathilde Van de Moortel
L’innocent, por Pierre Deschamps
La nuit du 12, por Laurent Rouan
Novembre, por Laure Gardette
O Próximo Passo, por Anne-Sophie Bion

MELHOR FIGURINO
Couleurs de l’incendie, por Pierre-Jean Larroque
Esperando Bojangles, por Emmanuelle Youchnovski
L’innocent, por Corinne Bruand
Les Amandiers, por Caroline de Vivaise
Pacifiction: Tourment sur les îles, por Praxedes de Vilallonga
Simone, le Voyage du Siècle, por Gigi Lepage

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Couleurs de l’incendie, por Sebastian Birchler
La nuit du 12, por Michel Barthélémy
Les Amandiers, por Emmanuelle Duplay
Pacifiction: Tourment sur les îles, por Sebastian Vogler
Simone, le Voyage du Siècle, por Christian Marti

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Contratempos, por Irène Drésel
Coupez!, por Alexandre Desplat
L’innocent, por Grégoire Hetzel
La nuit du 12, por Olivier Marguerit
Noites de Paris, por Anton Sanko
Pacifiction: Tourment sur les îles, por Marc Verdaguer e Joe Robinson

MELHOR SOM
L’innocent, por Laurent Benaïm, Alexis Meynet e Olivier Guillaume
La nuit du 12, por François Maurel, Olivier Mortier e Luc Thomas
Novembre, por Cédric Deloche, Alexis Place, Gwennolé Le Borgne e Marc Doisne
O Próximo Passo, por Cyril Moisson, Nicolas Moreau e Cyril Holtz
Pacifiction: Tourment sur les îles, por Jordi Ribas, Benjamin Laurent e Bruno Tarrière

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Fumer fait tousser, por Sébastien Rame
Les Cinq Diables, por Guillaume Marien
Notre-Dame em Chamas, por Laurens Ehrmann
Novembre, por Mikaël Tanguy
Pacifiction: Tourment sur les îles, por Marco del Bianco

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
Haut Les Cœurs, de Adrian Moyse Dullin
Le roi David, de Lila Pinell
Les vertueuses, de Stéphanie Halfon
Partir un jour, de Amélie Bonnin

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Câline, de Margot Reumont
La vie sexuelle de mamie, de Urška Djukić e Émilie Pigeard
Noir-soleil, de Marie Larrivé

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Churchill, Polar Bear Town, de Annabelle Amoros
Écoutez le battement de nos images, de Audrey Jean-Baptiste e Maxime Jean-Baptiste
Maria Schneider, 1983, de Elisabeth Subrin

Foto: Divulgação.

WGA Awards 2023: conheça os indicados ao prêmio do Sindicato dos Roteiristas

por: Cinevitor
Ralph Fiennes e Anya Taylor-Joy em O Menu

O Sindicato dos Roteiristas da América, Writers Guild of America, divulgou nesta quarta-feira, 25/01, os indicados ao Writers Guild Awards 2023, premiação anual que elege os melhores roteiros de cinema, TV, novas mídias e rádio desde 1948. Os vencedores da 75ª edição serão anunciados no dia 5 de março.

Os longas-metragens qualificados para o Writers Guild Awards foram exibidos nos cinemas por pelo menos uma semana em Los Angeles durante o período de elegibilidade entre 1º de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022. Os documentários também foram exibidos nas telonas em Los Angeles ou Nova York por uma semana durante o mesmo período de elegibilidade; os filmes em streaming seguem outra regra estabelecida pelo sindicato.

Ao longo dos anos, diversos filmes foram consagrados pelo Sindicato e pela Academia, como: Spotlight: Segredos Revelados, Os Descendentes, O Segredo de Brokeback Mountain, A Malvada, Crepúsculo dos Deuses, Me Chame Pelo Seu Nome, Parasita, Jojo Rabbit, Bela Vingança, entre outros. No ano passado, No Ritmo do Coração, escrito por Siân Heder, foi premiado na categoria de melhor roteiro adaptado e também consagrado no Oscar.

Conheça os indicados ao WGA Awards 2023 nas categorias de cinema:

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Não! Não Olhe!, escrito por Jordan Peele
O Menu, escrito por Seth Reiss e Will Tracy
Os Fabelmans, escrito por Steven Spielberg e Tony Kushner
Tár, escrito por Todd Field
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, escrito por Daniel Kwan e Daniel Scheinert

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Ela Disse, escrito por Rebecca Lenkiewicz
Entre Mulheres, escrito por Sarah Polley
Glass Onion: Um Mistério Knives Out, escrito por Rian Johnson
Pantera Negra: Wakanda para Sempre, escrito por Ryan Coogler e Joe Robert Cole
Top Gun: Maverick, escrito por Ehren Kruger, Eric Warren Singer e Christopher McQuarrie

MELHOR ROTEIRO | DOCUMENTÁRIO
¡Viva Maestro!, escrito por Theodore Braun
2nd Chance, escrito por Ramin Bahrani
Moonage Daydream, escrito por Brett Morgen
O Voo da Despedida, escrito por Ondi Timoner
Queda Livre: A Tragédia do Caso Boeing, escrito por Mark Bailey e Keven McAlester

Foto: Eric Zachanowich/20th Century Studios.

Chama a Bebel: com Giulia Benite no elenco, começam as filmagens do novo longa de Paulo Nascimento

por: Cinevitor
O filme tem estreia prevista para este ano

O cineasta gaúcho Paulo Nascimento, responsável por obras como A Superfície da Sombra, A Oeste do Fim do Mundo, Em Teu Nome, Teu Mundo Não Cabe nos Meus Olhos e o inédito Ainda Somos os Mesmos, já começou a rodar seu mais novo projeto: Chama a Bebel, que perpassa temáticas envolvendo diversidade, superação e uma profunda reflexão sobre meio ambiente.

Na trama, Bebel, interpretada por Giulia Benite, da franquia Turma da Mônica, é uma garota cadeirante que mora com a mãe, vivida por Larissa Maciel, e o avô, papel de José Rubens Chachá, nas margens de uma rodovia no interior do país e é obrigada a se mudar para uma cidade maior para continuar estudando. A jovem enfrenta todas as adversidades do novo mundo, a começar pela tia, interpretada por Flavia Garrafa.

Inspirada na ativista ambiental sueca Greta Thunberg, Bebel se torna uma líder na escola, o que acaba incomodando um inimigo poderoso, o empresário magnata da cidade, vivido por Marcos Breda, cujo negócio não tem nada de sustentável. Paralelo a isso, luta contra o excesso de lixo produzido na escola e inventa um biodigestor para transformar lixo orgânico em energia. 

O elenco conta também com Evandro Soldatelli e Rafa Muller. O núcleo jovem da trama apresenta Flor Gil, em seu primeiro projeto no cinema, e traz também Antônio Zeni, Gustavo Coelho, Pedro Motta, Sofia Cordeiro e Luisa Kanomata. A direção de fotografia é assinada por Renato Falcão, de A Era do Gelo e Rio.

“Esse é um grande projeto. Não apenas pela quantidade e qualidade da equipe, mas pelo tema da consciência ambiental para jovens e adultos. Precisamos de mais pessoas como Bebel no mundo real. Debater e tomar atitudes para a preservação do nosso planeta. Montamos um elenco de primeira, com a Giulia, o Antônio e a Flor Gil. É muito bacana. Estão todos conectados e têm um alcance gigante para espalhar a mensagem do filme”, explica o diretor e roteirista Paulo Nascimento

Giulia Benite conta que se apaixonou pela personagem “porque ela é uma adolescente que se concentra em soluções. Ela luta para que as pessoas tenham atitudes melhores para salvar o mundo”.

A obra conta com com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual e apoio da Film Commission de Porto Alegre, movimentando mais de 70 profissionais, entre equipe e elenco, com impacto na economia indireta. Produzido pela Accorde Filmes e com distribuição da Paris Filmes, a estreia nos cinemas está prevista ainda para 2023.

Foto: Edson Filho.

Oscar 2023: conheça os indicados

por: Cinevitor
Michelle Yeoh em Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo: indicada

Foram divulgados na manhã desta terça-feira, 24/01, os indicados ao Oscar 2023. O anúncio, transmitido ao vivo pelas redes sociais da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, foi apresentado pelo ator Riz Ahmed e pela atriz Allison Williams.

Dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo lidera a lista com onze indicações, entre elas, a de melhor filme. Na sequência, o alemão Nada de Novo no Front, de Edward Berger, e Os Banshees de Inisherin, de Martin McDonagh, aparecem com nove indicações cada. Neste ano, 301 longas-metragens estavam elegíveis para o prêmio.

O cinema brasileiro estava representado pelo curta-metragem Sideral, de Carlos Segundo, mas infelizmente não entrou na disputa. O documentário O Território, dirigido pelo norte-americano Alex Pritz, uma coprodução entre Brasil, Dinamarca e Estados Unidos, também ficou fora da lista final.

A 95ª edição do Oscar acontecerá no dia 12 de março no Dolby Theatre, em Hollywood. O apresentador da cerimônia será Jimmy Kimmel, que assume a função pela terceira vez.

Confira a lista completa com os indicados ao Oscar 2023:

MELHOR FILME
Avatar: O Caminho da Água
Elvis
Entre Mulheres

Nada de Novo no Front
Os Banshees de Inisherin
Os Fabelmans
Tár
Top Gun: Maverick
Triângulo da Tristeza
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR DIREÇÃO
Daniel Kwan e Daniel Scheinert, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Martin McDonagh, por Os Banshees de Inisherin
Ruben Östlund, por Triângulo da Tristeza
Steven Spielberg, por Os Fabelmans
Todd Field, por Tár

MELHOR ATRIZ
Ana de Armas, por Blonde
Andrea Riseborough, por To Leslie
Cate Blanchett, por Tár
Michelle Williams, por Os Fabelmans
Michelle Yeoh, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Angela Bassett, por Pantera Negra: Wakanda para Sempre
Hong Chau, por A Baleia
Jamie Lee Curtis, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Kerry Condon, por Os Banshees de Inisherin
Stephanie Hsu, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR ATOR
Austin Butler, por Elvis
Bill Nighy, por Living
Brendan Fraser, por A Baleia
Colin Farrell, por Os Banshees de Inisherin
Paul Mescal, por Aftersun

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Barry Keoghan, por Os Banshees de Inisherin
Brendan Gleeson, por Os Banshees de Inisherin
Brian Tyree Henry, por Passagem
Judd Hirsch, por Os Fabelmans
Ke Huy Quan, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Os Banshees de Inisherin, escrito por Martin McDonagh
Os Fabelmans, escrito por Steven Spielberg e Tony Kushner
Tár, escrito por Todd Field
Triângulo da Tristeza
, escrito por Ruben Östlund
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, escrito por Daniel Kwan e Daniel Scheinert

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Entre Mulheres, escrito por Sarah Polley
Glass Onion: Um Mistério Knives Out, escrito por Rian Johnson
Living, escrito por Kazuo Ishiguro
Nada de Novo no Front
, escrito por Edward Berger, Lesley Paterson e Ian Stokell
Top Gun: Maverick, escrito por Ehren Kruger, Eric Warren Singer e Christopher McQuarrie

MELHOR FILME INTERNACIONAL
A Menina Silenciosa (An Cailín Ciúin/The Quiet Girl), de Colm Bairéad (Irlanda)
Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina)
Close, de Lukas Dhont (Bélgica)
EO (IO), de Jerzy Skolimowski (Polônia)
Nada de Novo no Front, de Edward Berger (Alemanha)

MELHOR ANIMAÇÃO
A Fera do Mar
Gato de Botas 2: O Último Pedido
Marcel the Shell with Shoes On
Pinóquio
Red: Crescer é uma Fera

MELHOR DOCUMENTÁRIO
A House Made of Splinters, de Simon Lereng Wilmont
All That Breathes, de Shaunak Sen
All the Beauty and the Bloodshed, de Laura Poitras
Navalny
, de Daniel Roher
Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft, de Sara Dosa

MELHOR FOTOGRAFIA
Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades, por Darius Khondji
Elvis, por Mandy Walker 
Império da Luz, por Roger Deakins
Nada de Novo no Front, por James Friend
Tár, por Florian Hoffmeister

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Avatar: O Caminho da Água, por Dylan Cole, Ben Procter e Vanessa Cole
Babilônia, por Florencia Martin e Anthony Carlino
Elvis, por Catherine Martin, Karen Murphy e Bev Dunn
Nada de Novo no Front
, por Christian M. Goldbeck 
Os Fabelmans, por Rick Carter e Karen O’Hara

MELHOR FIGURINO
Babilônia, por Mary Zophres
Elvis, por Catherine Martin
Pantera Negra: Wakanda para Sempre, por Ruth E. Carter
Sra. Harris Vai a Paris
, por Jenny Beavan
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, por Shirley Kurata

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
A Baleia, por Adrien Morot, Judy Chin e Anne Marie Bradley
Batman, por Naomi Donne, Mike Marino e Mike Fontaine
Elvis, por Mark Coulier, Jason Baird e Aldo Signoretti
Nada de Novo no Front, por Heike Merker e Linda Eisenhamerová
Pantera Negra: Wakanda para Sempre, por Camille Friend e Joel Harlow

MELHOR EDIÇÃO
Elvis, por Matt Villa e Jonathan Redmond
Os Banshees de Inisherin
, por Mikkel E.G. Nielsen
Tár, por Monika Willi
Top Gun: Maverick, por Eddie Hamilton
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, por Paul Rogers

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Babilônia, por Justin Hurwitz
Nada de Novo no Front, por Volker Bertelmann
Os Banshees de Inisherin, por Carter Burwell
Os Fabelmans, por John Williams
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, por Son Lux

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Applause, por Diane Warren (Tell It like a Woman)
Hold My Hand, por Lady Gaga e BloodPop (Top Gun: Maverick)
Lift Me Up, por Tems, Rihanna, Ryan Coogler e Ludwig Göransson (Pantera Negra: Wakanda para Sempre)
Naatu Naatu, por M.M. Keeravani e Chandrabose (RRR: Revolta, Rebelião, Revolução)
This Is A Life, por Ryan Lott, David Byrne e Mitski (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)

MELHOR SOM
Avatar: O Caminho da Água
Batman
Elvis
Nada de Novo no Front
Top Gun: Maverick

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Avatar: O Caminho da Água
Batman
Nada de Novo no Front
Pantera Negra: Wakanda para Sempre
Top Gun: Maverick

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
An Irish Goodbye, de Tom Berkeley e Ross White (Irlanda/Reino Unido)
Ivalu, de Anders Walter (Dinamarca)
Le Pupille, de Alice Rohrwacher (Itália/EUA)
Night Ride, de Todd Karehana (Nova Zelândia)
The Red Suitcase, de Cyrus Neshvad (Luxemburgo)

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Como Cuidar de um Bebê Elefante
Haulout
How Do You Measure a Year?
O Efeito Martha Mitchell
Stranger at the Gate

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
An Ostrich Told Me the World Is Fake and I Think I Believe It
Ice Merchants
My Year of Dicks
O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
The Flying Sailor

Foto: Divulgação/Diamond Films.

Festival de Berlim 2023: conheça os filmes que concorrem ao Urso de Ouro

por: Cinevitor
Odessa Young e Jesse Eisenberg em Manodrome, de John Trengove

A 73ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, que acontecerá entre os dias 16 e 26 de fevereiro, acaba de anunciar os filmes selecionados para a Competição e que disputarão o cobiçado Urso de Ouro, prêmio máximo do evento.

Neste ano, 19 filmes, de 19 países, foram selecionados; seis são dirigidos por mulheres. A seleção desta edição pretende ser a mais aberta possível para todas as formas cinematográficas: filmes de animação e documentário, comédia e melodrama, filmes de época e drama.

Da lista, 15 títulos são estreias mundiais e onze cineastas já passaram pela Berlinale, sendo oito na Competição. Além disso, três filmes de estreia completam a programação. A atriz, roteirista e diretora norte-americana Kristen Stewart será a presidente do Júri Internacional e, ao lado de outros nomes, escolherá os vencedores do Urso de Ouro e Urso de Prata. O consagrado cineasta Steven Spielberg será homenageado com o Urso de Ouro honorário.

O festival também anunciou, recentemente, os selecionados para a mostra Encounters, que visa promover trabalhos esteticamente e estruturalmente ousados de cineastas independentes e inovadores. Seu objetivo é apoiar novos olhares no cinema e dar mais espaço às diversas formas narrativas e documentais na seleção oficial. Concebido como contraponto e complemento à Competição, o programa Encounters é uma mostra competitiva dedicada à novas visões cinematográficas; os filmes selecionados desafiam as formas tradicionais.

Novos títulos também foram adicionados na mostra Berlinale Special. Além disso, o documentário Superpower, de Sean Penn e Aaron Kaufman, foi confirmado na Berlinale Special Gala; o longa narra a invasão russa na Ucrânia e mostra a crueldade da guerra. 

Outra novidade revelada é que a consagrada diretora de fotografia Caroline Champetier, de Holy Motors, Agnus Dei, Annette, Les gardiennes, Homens e Deuses, entre outros, será homenageada e receberá a Berlinale Camera, que destaca personalidades e instituições que contribuíram de maneira especial ao cinema e com quem o festival se sente intimamente ligado; com isso, a Berlinale expressa seu agradecimento aos que se tornaram amigos e apoiadores do festival.

Conheça os novos filmes selecionados para o Festival de Berlim 2023:

COMPETIÇÃO

20.000 especies de abejas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha)
Art College 1994, de Liu Jian (China)
Bai Ta Zhi Guang, de Zhang Lu (China)
Bis ans Ende der Nacht, de Christoph Hochhäusler (Alemanha)
BlackBerry, de Matt Johnson (Canadá)
Disco Boy, de Giacomo Abbruzzese (França/Itália/Bélgica/Polônia)
Ingeborg Bachmann – Reise in die Wüste, de Margarethe von Trotta (Suíça/Áustria/Alemanha/Luxemburgo)
Irgendwann werden wir uns alles erzählen, de Emily Atef (Alemanha)
Le grand chariot, de Philippe Garrel (França/Suíça)
Limbo, de Ivan Sen (Austrália)
Mal Viver, de João Canijo (Portugal/França)
Manodrome, de John Trengove (Reino Unido/EUA)
Music, de Angela Schanelec (Alemanha/França/Sérvia)
Past Lives, de Celine Song (EUA)
Roter Himmel, de Christian Petzold (Alemanha)
Sur l’Adamant, de Nicolas Philibert (França/Japão)
Suzume, de Makoto Shinkai (Japão)
The Survival of Kindness, de Rolf de Heer (Austrália)
Tótem, de Lila Avilés (México/Dinamarca/França)

ENCOUNTERS

Adentro mío estoy bailando, de Leandro Koch e Paloma Schachmann (Áustria/Argentina)
El eco, de Tatiana Huezo (México/Alemanha)
Here, de Bas Devos (Bélgica)
Im toten Winkel, de Ayşe Polat (Alemanha)
Kletka ishet ptitsu, de Malika Musaeva (França/Rússia)
Le mura di Bergamo, de Stefano Savona (Itália)
Mon pire ennemi, de Mehran Tamadon (França/Suíça)
Műanyag égbolt, de Tibor Bánóczki e Sarolta Szabó (Hungria/Eslováquia)
mul-an-e-seo, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
Mummola, de Tia Kouvo (Finlândia/Suécia)
Orlando, ma biographie politique, de Paul B. Preciado (França)
Samsara, de Lois Patiño (Espanha)
Shidniy front, de Vitaly Mansky e Yevhen Titarenko (Letônia/Tchéquia/Ucrânia/EUA)
The Adults, de Dustin Guy Defa (EUA)
Viver Mal, de João Canijo (Portugal/França)
Xue yun, de Wu Lang (China)

BERLINALE SPECIAL

100 Years of Disney Animation: a Shorts Celebration, de Walt Disney, Dave Hand, Ben Sharpsteen, Lauren Jackson, Wilfred Jackson, Jack Hannah, Jon Kahrs, Brian Menz, Jacob Frey e Hillary Bradfield (EUA) (1922-2022)
Agnus Dei (Les Innocentes), de Anne Fontaine (França/Polônia) (2015)
Love to Love You, Donna Summer, de Roger Ross Williams e Brooklyn Sudano (EUA) (2023)

Foto: Wyatt Garfield.