Criada em 1998 por Gilles Jacob e dedicada à busca de novos talentos, a mostra Cinéfondation, paralela ao Festival de Cannes, foi criada para inspirar e apoiar a próxima geração de cineastas.
Neste ano, na 24ª edição, 17 filmes foram selecionados, dentre os 1.835 inscritos por escolas de cinema do mundo todo. A lista contava com 13 ficções e 4 animações, de 8 realizadoras e 9 diretores. As obras foram analisadas por um júri formado por: Sameh Alaa, Kaouther Ben Hania, Carlos Muguiro, Tuva Novotny, Nicolas Pariser e Alice Winocour.
O curta brasileiro Cantareira, dirigido pelo cineasta paulistano Rodrigo Ribeyro, se destacou e recebeu o terceiro prêmio da mostra, no valor de 7.500 euros em bolsa: “Primeiro, parabenizo equipe e elenco pelo feito. Só a coletividade torna isso possível. Fico muito feliz com esse terceiro lugar na Cinéfondation aqui em Cannes. A representatividade desse prêmio é o que mais importa, principalmente em se tratando de uma competição entre filmes majoritariamente europeus ou oriundos de outros países desenvolvidos. Nosso filme, feito dentro de toda sua simples produção, fica de igual pra igual através do coração que colocamos no que fazemos. Conheci colegas cineastas aqui que contaram com fundos estudantis para realizarem seus projetos, com apoios consideráveis para aspirarem realizações mais ambiciosas. O que faríamos com apoio? Por isso, entendo o valor desse prêmio e o compartilho com todos os brasileiros que vislumbram no cinema uma forma de viver, de transformar e de estar no mundo”, disse o diretor em comunicado oficial.
O paradoxo entre a metrópole e a natureza que literalmente a rodeia ganha corpo numa localidade: a Serra da Cantareira. Esse é o tema do curta-metragem Cantareira, produzido como trabalho de conclusão de curso da Academia Internacional de Cinema de São Paulo. O filme mostra a história de Bento e Sylvio, neto e avô respectivamente, ambos com raízes profundas na Serra da Cantareira, mas em momentos diferentes de vida. O mais velho contempla preocupado o atual estado da Serra, com o avanço à espreita do aspecto natural do lugar, já cicatrizado por lojas e estradas abertas em meio a mata. O jovem vive em São Paulo, solitário, envolto pela cacofonia da cidade grande. Seria melhor voltar ao lugar onde cresceu?
O diretor baseou muito de sua vivência para criar o roteiro: “Eu cresci na Cantareira, nesse lugar tranquilo, onde o tempo corre (ou corria) numa outra velocidade e onde o som colabora (ou colaborava) para um estado muito mais sereno. Mudar para o centro de São Paulo, fazer amizade com os trabalhadores da região e perceber todas essas diferenças foi a faísca”, disse Rodrigo.
Com fotografia de Dani Drummond e arte de Gabriela Taiara, esse confronto entre o cosmopolita e o rural se faz valer da melhor maneira cinematográfica. O elenco conta com Emiliano Favacho, Almir Guilhermino, Guilherme Dourado, Margot Varella e Gelson dos Santos.
Vale lembrar que o cinema brasileiro já foi premiado duas vezes na mostra: em 2002, Um Sol Alaranjado, de Eduardo Valente, recebeu o primeiro prêmio; em 2005, Buy It Now, de Antonio Campos, uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos, também ficou em primeiro lugar.
Conheça os vencedores da mostra Cinéfondation 2021:
1º PRÊMIO L’enfant Salamandre (The Salamander Child), de Théo Degen (Bélgica) (INSAS)
2º PRÊMIO Cicada, de Yoon Daewoen (Coreia do Sul) (Korea National University of Arts)
3º PRÊMIO Cantareira, de Rodrigo Ribeyro (Brasil) (Academia Internacional de Cinema) Prin Oras Circula Scurte Povesti de Dragoste (Love Stories On The Move), de Carina-Gabriela Dașoveanu (Romênia) (UNATC I. L. CARAGIALE)
Vencedor de quatro prêmios no Festival Sundance de Cinema deste ano, entre eles, melhor filme segundo o júri e o público, No Ritmo do Coração, no original CODA, dirigido por Siân Heder, estreia no dia 23 de setembro no Brasil com distribuição da Diamond Films.
A comédia dramática aborda a relação da jovem Ruby Rossi, interpretada por Emilia Jones, com a família e os seus sonhos. Ruby é a única pessoa que não é surda em sua família e, por isso, assumiu o importante papel de intérprete dos pais e do irmão mais velho. Ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios da adolescência e os dilemas da família, Ruby descobre seu grande talento para cantar. Com a mentoria do professor de música Bernardo Villalobos, interpretado por Eugenio Derbez, decidido a ajudá-la a alcançar seu verdadeiro potencial e treinando-a para uma importante audição na universidade de música Berklee, em Boston, Ruby se vê dividida entre seguir o amor pela música e o medo de precisar abandonar os pais.
O título original CODA vem da sigla da organização internacional Children of Deaf Adults, e o nome também é usado no Brasil para se referir às pessoas que são ouvintes e têm pais surdos. O filme alcançou o marco de venda mais cara da história do Festival de Sundance para uma exibição híbrida no exterior.
O elenco, parte ouvinte e parte surdo, conta também com Troy Kotsur, Daniel Durant, Ferdia Walsh-Peelo, Amy Forsyth e Marlee Matlin. O longa é baseado no premiado filme francês A Família Bélier, de Éric Lartigau.
Chico Diaz em Homem Onça, de Vinícius Reis: selecionado.
Foram anunciados nesta terça-feira, 13/07, em uma coletiva de imprensa transmitida pela TV Educativa RS e pela internet, os filmes selecionados e detalhes da 49ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 13 e 21 de agosto.
O momento continua sendo de resistência, por isso o festival se orgulha, mais uma vez, de manter sua realização, dando oportunidade e visibilidade para os realizadores do audiovisual brasileiro e latino. Em 2021, o maior evento de cinema do país e o único a acontecer ininterruptamente desde 1973, segue sendo exibido pela internet, televisão por assinatura (Canal Brasil) e televisão aberta (TVE-RS).
Nesta edição, 893 filmes foram inscritos para as mostras competitivas e 52 foram selecionados: quatro longas-metragens estrangeiros, sete longas brasileiros, três longas-metragens gaúchos, 14 curtas-metragens brasileiros e 24 curtas-metragens gaúchos. Os números indicam que, apesar da falta de incentivos e crise do setor, os produtores seguem resistindo.
Produções do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e São Paulo integram a mostra nacional de longas, que traz por trás das câmeras estreantes e outros nomes já conhecidos de Gramado, com destaque para a presença feminina mais valorizada do que nunca com três diretoras em competição. Já entre os estrangeiros, Argentina, Bolívia, Chile e Uruguai marcam presença na tela: “Em tempos tão complexos, ter uma qualidade e uma quantidade tão empolgantes de filmes, do Brasil e do exterior no Festival, nos deixa muito felizes e esperançosos. Produções inéditas que aguardavam com ansiedade, como nós, esta edição do Festival de Gramado para conectar-se com as audiências. Representam o melhor da garra, da resistência e do talento que emerge do audiovisual contemporâneo”, analisa Marcos Santuario, que ao lado da atriz argentina Soledad Villamil formam a curadoria do evento.
Quatorze filmes irão concorrer aos kikitos da categoria de curtas brasileiros e, mais uma vez, os espectadores poderão ver na tela temas recorrentes nas discussões sociais e muita representatividade: “Olhamos para o fazer cinematográfico, considerando a sua qualidade técnica e criativa, com atenção especial para filmes cujas narrativas elaborassem questões pertinentes às discussões sociais tão presentes nos dias de hoje. A representatividade também foi uma constante entre os filmes inscritos, tanto na frente quanto atrás das câmeras. Nesse sentido, buscamos um equilíbrio, e olhamos com mais atenção para filmes que trouxessem para cena corpos de diferentes cores, gêneros, tamanhos e idades, bem como filmes dirigidos por mulheres. E já que estávamos selecionando obras para a competição de curtas brasileiros, pensamos também numa cartela de filmes que incluísse representantes dos mais diversos estados, ultrapassando as fronteiras do eixo Rio-São Paulo”, explica a atriz, roteirista e professora Thaís Cabral, integrante da comissão de seleção da categoria.
Ao lado dela, tiveram a difícil missão de selecionar os filmes para competição a produtora de cinema e artes visuais e curadora audiovisual Jaqueline Beltrame, o jornalista e crítico de cinema Matheus Pannebecker e a cineasta brasileira especializada no mercado chinês Milena de Moura.
Em 2021, os realizadores gaúchos serão ainda mais valorizados. Em parceria com a Gramadotur, a Secretaria Estadual de Cultura oferece o Prêmio Sedac/IECINE aos longas-metragens gaúchos, com valores em dinheiro em diversas categorias. A iniciativa pretende valorizar a resistência do Festival de Gramado em um período difícil para o cinema brasileiro, dando protagonismo ao audiovisual gaúcho. Além de destacar os talentos da safra anual de audiovisual, a iniciativa vem valorizar também o olhar curatorial e artístico da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, que assume o júri da premiação juntamente com o Instituto Estadual de Cinema e a Gramadotur.
Serão 24 filmes concorrentes no Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas e outras três produções na categoria de longas-metragens feitas no Rio Grande do Sul. Responsável pela seleção dos concorrentes entre os longas, o programador da Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, Leonardo Bonfim, destaca a quantidade de documentários inscritos e a temática em comum das produções selecionadas: “Todos os filmes têm a questão do medo, do perigo, da ameaça, da perseguição… isso aparece em diferentes contextos. Essa é uma tônica que aparece em todos os três filmes e cada filme dá uma resposta diferente e encontra seus sinais de vida, de existência, de diferentes personagens, de pessoas e histórias no Rio Grande do Sul”.
Gloria Pires no longa A Suspeita, de Pedro Peregrino: na disputa pelo kikito.
A mostra de curtas gaúchos traz uma seleção bastante heterogênea para o festival, que costura olhares, temáticas, formatos e abordagens variadas, mas que revela, vista em conjunto, aproximações e interesses comuns: “Os filmes lidam, cada um ao seu modo, com diversos eixos narrativos, formas e discursos. Carregam, de forma menos ou mais radical, o peso evidente do tempo de suas produções: o do cenário político nacional e das diversas formas de violência que insistem em machucar nosso país. A inescapável presença fantasmática dessa tensão política, bem como seus inúmeros conflitos sociais, raciais e econômicos estão acentuadas em muitas obras. A seleção evidencia essa urgência e a amarra a registros intimistas que convocam o público a mobilizar também outras sensibilidades, mas que guardam, como gesto político, formas narrativas e estéticas vivas e pulsantes”, analisa o realizador, roteirista e diretor de arte Richard Tavares, integrante da comissão de seleção junto com a atriz Amanda Grimaldi, a jornalista e cineasta Camila de Moraes, o diretor Leo Tabosa e o jornalista e crítico de cinema Pedro Henrique Gomes.
Este ano, a cerimônia de premiação do Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas acontece no último sábado do evento, às 16h, com transmissão ao vivo pela TVE-RS, na televisão, direto de Gramado.
Um dos momentos mais tradicionais e esperados do Festival de Cinema de Gramado é a entrega dos troféus aos homenageados de cada edição. Ao longo desse tempo já foram destacadas 74 personalidades ou entidades de todas as áreas do audiovisual com os troféus Oscarito, Eduardo Abelin, Kikito de Cristal e Cidade de Gramado. Em 2021, o evento decide fazer não uma homenagem isolada, mas sim destacar todos à frente ou atrás das telas que tiveram a missão de arejar e de nos abrir janelas, nos levando a tantos lugares e tantas viagens através do cinema ao longo dos anos e, especialmente neste momento tão delicado para o segmento.
“Com essa atitude, propomos uma reflexão sobre a relevância e impacto do cinema nas diferentes culturas. Uma reflexão sobre a importância desse trabalho que nos leva a tantos mundos e emoções, e também sobre o momento que vivemos e os novos rumos. Entendemos que cada pessoa envolvida em uma produção merece nesse ano difícil nossa profunda gratidão e admiração, queremos simbolicamente entregar nossos troféus a toda classe realizadora do Brasil e da América Latina. Nossa homenagem é ampla como nossa esperança de que em 2022 estaremos novamente juntos entregando esses troféus na mão de cada homenageado no palco do nosso Palácio dos Festivais”, explica Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur.
Em sua 5ª edição, o Gramado Film Market é o espaço na programação do Festival de Cinema de Gramado voltado ao mercado do cinema e audiovisual, e neste ano também segue com suas ações acontecendo de forma virtual. As discussões deste ano irão versar sobre o difícil momento para o audiovisual brasileiro com a presença de entidades e acadêmicos do setor. Nos dias 14 e 15 de agosto, serão realizados os debates do HUB Universidades, com Forcine Sul, Forcine Nacional e Federação Iberoamericana das Escolas do Audiovisual. Nas mesmas datas acontece a IV Mostra de Filmes Universitários, que este ano irá receber premiação através de votação interativa para o melhor filme. A curadoria da mostra é do Coletivo de Cinema Sigma com apoio do Forcine.
Ainda na programação, como vem acontecendo nos últimos anos, haverá um concurso interativo, como explica a coordenadora do Conexões Gramado Film Market, Gisele Hiltl: “O concurso interativo tem sido mais uma forma de abrir espaço e trazer novos conteúdos, formatos e processos da realização audiovisual para o festival. Nesta edição, nada mais óbvio do que avaliar as plataformas que foram em verdade ‘as grandes parceiras do público’ na pandemia que ainda segue. O público poderá acessar o site, entrar no concurso e votar para indicar a melhor plataforma de streaming em 2020 e 2021”. O encerramento do Gramado Film Market será dia 18, com o Fórum Nacional do Audiovisual.
Como já é tradição, a noite que antecede a abertura oficial do Festival de Cinema de Gramado é dedicada aos trabalhos do Programa Municipal Escola de Cinema, o Educavídeo. A iniciativa, que está em seu 11º ano, estimula a realização audiovisual aos alunos da rede municipal. Mesmo com a pandemia, os alunos se reinventaram e seguiram produzindo. Desta forma, parte do material que será exibido neste ano tem temáticas que retratam o momento sob o olhar dos jovens, que adaptaram as condições de produção para os meios digitais. A sessão do Educavídeo, que integra a programação do 49º Festival de Cinema de Gramado, será exibida na noite do dia 12 de agosto, quinta-feira, no site do evento e também no canal do YouTube do projeto.
Uma parceria entre Brasil e Estados Unidos irá encerrar a 49ª edição do festival. O longa Fourth Grade, do diretor Marcelo Galvão, premiado e reconhecido cineasta que já levou pra casa os kikitos de melhor filme por Colegas (2012) e melhor direção por A Despedida (2014), é um remake de Quarta B, primeiro filme do diretor em 2005.
Conheça os filmes selecionados para o Festival de Gramado 2021:
LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS
A Primeira Morte de Joana, de Cristiane Oliveira (RS) A Suspeita, de Pedro Peregrino (RJ) Álbum em Família, de Daniel Belmonte (RJ) Carro Rei, de Renata Pinheiro (PE) Homem Onça, de Vinícius Reis (RJ) Jesus Kid, de Aly Muritiba (PR) O Novelo, de Claudia Pinheiro (SP)
LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS
Gran Avenida, de Moises Sepulveda (Chile) La teoría de los vidrios rotos, de Diego Fernández Pujol (Uruguai/Brasil/Argentina) Planta permanente, de Ezequiel Radusky (Argentina/Uruguai) Pseudo, de Gory Patiño e Luis Reneo (Bolívia)
CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS
A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE) A Fome de Lázaro, de Diego Benevides (PB) Animais na Pista, de Otto Cabral (PB) Aonde vão os Pés, de Débora Zanatta (PR) Da Janela Vejo o Mundo, de Ana Catarina Lugarini (PR) Desvirtude, de Gautier Lee (RS) Entre Nós e o Mundo, de Fabio Rodrigo (SP) Eu não sou um robô, de Gabriela Lamas (RS) Fotos Privadas, de Marcelo Grabowsky (RJ) Memória de Quem (Não) Fui, de Thiago Kistenmacker (RJ) O que Há em Ti, de Carlos Adriano (SP) Per Capita, de Lia Leticia (PE) Quanto Pesa, de Breno Nina (MA) Stone Heart, de Humberto Rodrigues (AM)
CURTAS-METRAGENS GAÚCHOS
Brecha, de Helena Thofehrn Lessa (Pelotas) Cacicus, de Bruno Cabral e Gabriela Dullius (Santa Cruz do Sul) Comboio pra Lua, de Rebeca Francoff (Pelotas) Depois da Meia Noite, de Mirela Kruel (Caxias do Sul) Desvirtude, de Gautier Lee (Porto Alegre) Era uma Vez… uma Princesa, de Lisiane Cohen (Porto Alegre) Eu não sou um robô, de Gabriela Lamas (Porto Alegre) Fé, de Thais Fernandes (Porto Alegre) Hora Feliz, de Alex Sernambi (Porto Alegre) Isso me faz pensar, de Hopi Chapman (Porto Alegre) Jardim das Horas, de Matheus Piccoli (Porto Alegre) Love do Amor, de Fabrício Koltermann (Restinga Sêca) Não Sou Eu, de Theo Tajes (Porto Alegre) Nave Mãe, de Gisa Galaverna e Wagner Costa (Sapucaia do Sul) Nilson filho do campeão, de Diego Tafarel (Santa Cruz do Sul) Noite Macabra, de Felipe Iesbick (Canoas) Para Colorir, de Juliana Costa (Porto Alegre) Rota, de Mariani Ferreira (São Leopoldo) Rufus, de Eduardo Reis (São Leopoldo) Solilóquio, de Marcelo Stifelman (Porto Alegre) Tom, de Felippe Steffens (Porto Alegre) Tormenta, de Emiliano Cunha e Vado Vergara (Porto Alegre) Trem do Tempo, de Vitor Rezende Mendonça (Pelotas) Um dia de primavera, de Lisi Kieling (Porto Alegre)
LONGAS-METRAGENS GAÚCHOS
A Colmeia, de Gilson Vargas (Porto Alegre) Cavalo de Santo, de Mirian Fichtner e Carlos Caramez (Porto Alegre) Extermínio, de Mirela Kruel (Cachoeira do Sul)
No próximo ano, o Festival de Gramado completa 50 edições ininterruptas e já dá pistas de como será a celebração: “Começamos esse trabalho há dez anos, quando reformulamos a equipe de trabalho e a curadoria. Tivemos avanços significativos ao longo deste período, seja no nosso desenvolvimento internacional, marcando presença nos principais festivais do Brasil, das Américas e da Europa, seja abrindo caminhos para o mercado audiovisual com o Gramado Film Market. Tínhamos um cronograma de trabalho que precisou ser mexido devido à pandemia, mas que demonstrou a força que temos como equipe e como evento. Criamos uma maneira inovadora de se realizar um festival do porte de Gramado. A edição 50 será uma ode ao cinema brasileiro, latino e à cidade de Gramado”, comenta Rosa Helena Volk.
Elenco do filme Confissões de Uma Garota Excluída: em breve na Netflix.
A Netflix anunciou nesta terça-feira, 13/07, diversas produções brasileiras para o segundo semestre. A partir de julho, será disponibilizado um conteúdo brasileiro inédito, todo mês, com exclusividade no serviço de streaming; de séries ficcionais e documentários a filmes e reality shows.
Para os fãs de filmes nacionais, a Netflix revelou novidades. Além de liberar cenas hilárias de Confissões de Uma Garota Excluída, filme baseado no livro de Thalita Rebouças, o serviço de streaming divulgou as primeiras fotos do elenco, que revelam novos integrantes como Júlia Rabello, Stepan Nercessian e Rosane Gofman. Lucca Picon, Gabriel Lima, Marcus Bessa e Caio Cabral também se juntam a Klara Castanho, Julia Gomes, Fernanda Concon e Kiria Malheiros.
A Netflix também apresentou dois novos filmes para o segundo semestre: Amor Sem Medida, comédia romântica com Leandro Hassum, que dá vida a um homem de baixa estatura apaixonado por um mulherão; e Diários de Intercâmbio, protagonizado por Larissa Manoela e Thati Lopes. Depois do grande sucesso Modo Avião, que decolou em mais de 28 milhões de lares no mundo, Larissa agora interpreta uma adolescente que decide fazer um intercâmbio junto com uma amiga, na esperança de resolver todos os seus problemas.
“Nós, brasileiros, temos algo único, que é o calor humano, a forma intensa de nos doarmos para as experiências, para as sensações, os sentimentos. E o filme fala sobre isso, trazendo esse desejo de aprender sobre outras culturas, além da vontade de se desafiar e se testar em situações pouco confortáveis, em outro idioma”, comentou Larissa.
Sobre séries documentais, foram revelados os bastidores de É o Amor: Família Camargo. A produção mostra o cotidiano e a intimidade da família de um dos maiores ícones da música sertaneja Zezé Di Camargo, em sua fazenda, enquanto ele e a filha Wanessa Camargo produzem um novo disco. “Foi realmente uma experiência inusitada e maravilhosa gravar a série. Até agora, estou bastante impressionado com a excelência desta produção, uma produção brasileira, o que é muito bom! Jamais imaginei que seria capaz de fazer um trabalho como esse, em formato documental, mostrando nossa rotina, nossa intimidade em casa e como lidamos com situações adversas e emoções”, celebrou Zezé.
Série documental sobre a família Camargo: em breve!
Na esteira das produções documentais, João de Deus, que conta história do homem conhecido mundialmente por suas cirurgias espirituais e por ter protagonizado o maior escândalo de assédio sexual do Brasil, se soma às já anunciadas Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime e Emicida: AmarElo – Ao Vivo, íntegra do show do artista no Theatro Municipal de São Paulo.
A Netflix também adiantou novidades sobre a aguardada segunda temporada da série Sintonia com dois novos personagens: Tally, paquera de Doni, vivida por Gabriela Mag; e Levi, da turma da igreja, vivido por Bruno Gadiol. Os três amigos, Doni, Rita e Nando, continuam com suas trajetórias na busca por espaço em meio aos desafios que enfrentam na comunidade periférica de São Paulo, em que vivem. “Abrir essa janela e mostrar para o mundo como vivemos e como nos articulamos é muito importante para mostrar que o Brasil é um país diverso em seu DNA; que seu povo e suas histórias são muito mais que estereótipos”, celebra o ator Christian Malheiros, intérprete de Nando na série.
Além disso, dois reality shows que conquistaram milhões de fãs ao redor do mundo, ganham versões 100% nacionais: Casamento às Cegas Brasil, comandado pelo casal Camila Queiroz e Klebber Toledo mostra se o amor é mesmo cego numa experiência inacreditável; e Brincando com Fogo Brasil, com estreia no próximo dia 21 de julho, testa os impulsos e desejos de homens e mulheres em um cenário paradisíaco.
Assista ao vídeo com cenas inéditas dos lançamentos brasileiros:
Dona Naninha no curta O Amor Veste Preto, da Oficina Documentando.
Além dos seis longas-metragens e 33 curtas que compõem a competição principal do VI Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim, anunciados anteriormente, outros 46 filmes integram as cinco mostras paralelas desta edição.
As exibições acontecem gratuitamente entre os dias 16 e 28 de agosto pelo site oficial (clique aqui). O curta-metragem melhor avaliado pelo público em cada panorama vencerá o prêmio do Júri Popular. As obras foram selecionadas a partir de 680 curtas-metragens inscritos para a sexta edição do festival.
Seis curtas nacionais fazem parte da Mostra Diversidade de Voos, que homenageia a atriz Roberta Gretchen Coppola com histórias sobre pessoas transgêneros, e oito participam da Mostra Revoada, que discute memória, preservação e identidade cultural. Tanto a Mostra Rotas de Migração, com abordagens variadas para um público jovem, quanto a Mostra Voo Livre, que apresenta mulheres como protagonistas de suas próprias histórias, trazem nove curtas-metragens cada. Por fim, a Mostra Passarinho é formada por filmes para a infância e reúne, em sua maioria, animações.
A programação da Mostra Passarinho também será exibida na TV PE com filmes dessa edição e outros títulos que já passaram pelo Cine Jardim. As sessões acontecem a partir do dia 18 de julho, sempre aos domingos, às 16h, com classificação indicativa livre. “Será uma prévia da programação do festival antes do início das exibições oficiais no dia 16 de agosto. Durante o Cine Jardim também teremos duas sessões de curtas-metragens pernambucanos que serão exibidos na TV PE, nos dias 15 e 22 de agosto, às 16h”, afirma Leo Tabosa, produtor do festival.
Conheça os filmes selecionados para as mostras paralelas do VI Cine Jardim:
MOSTRA DIVERSIDADE DE VOOS
Batom Vermelho Sangue, de R.B. Lima (PB) Bonde, de Asaph Lucas (SP) Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE) Modelo Morto, Modelo Vivo, de Iuri Bermudes e Leona Jhovs (SP) Piu Piu, de Alexandre Figueirôa (PE) Vinde Como Estais, de Rafael Ribeiro e Galba Gogóia (RJ)
MOSTRA ROTAS DE MIGRAÇÃO
A Roda da Fortuna, de Luciano Porto (DF) Ando me Perguntando, de Clara Leal (RN) Aperto, de Alexandre Estevanato (SP) As Viajantes, de Davi Mello (SP) Elevador, de Heleno Florentino (PB) Kabuum, de Sílvio Toledo (PB) O Calendário, de Val Rocha e Emílio Neto (SP) O Menino das Estrelas, de Irmãos Christofoli (RS) Terceiro Andar, de Deuiton B. Júnior (PE)
MOSTRA VOO LIVRE
Azul, de Tauana Uchôa (PE) Filhas de Lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza (DF) Júlia Porrada, de Igor Ribeiro (RN) Labirinteiras, de Renata Alves (RN) Nadir, de Fábio Rogério (SE) O Amor Veste Preto, de Marlom Meirelles e Oficina Documentando (CE) Pega-se Facção, de Thais Braga (PE) Rasga Mortalha, de Pattrícia de Aquino (PB) Rosário, de Juliana Soares Lima e Igor Travassos (PE)
MOSTRA REVOADA
A Última Feira, de Tharciele Santiago (PE) A Última Videolocadora, de Paulo Leonardo (PE) A Viagem do Seu Arlindo, de Sheila Altoé (ES) A Volta para Casa, de Diego Freitas (SP) Açude Nº 50, de Wagner Ferreira e Paulo Conceição (PE) Etnomídia Indígena Brasileiro, de Icaro Cooke Vieira (GO) Hoje Sou Felicidade, de João Luís e Tiago Aguiar (PE) Tupinambá Subiu a Serra, de Mário Cabral e Daniel Neves (SP)
MOSTRA PASSARINHO
A Casa e o Medo, de Eduardo Aliberti, Henrique Truffi e Valentina Salvestrini (SP) A Galinha Ruiva, de Irson Jr (ES) A Pedra Queima, de Felipe Nepomuceno (RJ) Ailin En La Luna, de Claudia Ruiz (Argentina) Arlequim, de Brenda Reyes (SP) As Aventuras de Pety, de Anahí Borges (SP) Dia do Manguezal, de Alunos do Projeto Animação, Estudantes da Rede de Ensino Público Fundamental do Espírito Santo (ES) Hornzz, de Lena Franzz (RJ) O Celaticomus, de Marcelo Tannure (MG) O Gato Sem Botas, de Paula de Abreu (MG) Pinguinics – O Ataque Vem do Polo!, de Sérgio Martinelli (GO) Quando a Chuva Vem?, de Jefferson Batista (PE) Trincheira, de Paulo Silver (AL) Vento Viajante, de Alunos do Projeto Animação Ambiental, Escolas Municipais de Icapuí/Ce (CE)
O Cine Jardim – Festival Latino-Americano de Cinema de Belo Jardim é uma janela destinada à divulgação da produção cinematográfica latino-americana, à profissionalização de jovens por meio do audiovisual e à democratização dos bens culturais. O festival, de caráter competitivo, visa premiar filmes latino-americanos de curtas-metragens e longas-metragens brasileiros das mostras competitivas. Uma importante janela aberta no interior, especialmente para compreender e apreciar outros mundos reais e possíveis, que na mágica tela branca projetam-se infinitas possibilidades de encontros e intercâmbios com um único compromisso, fazer deste mundo um mundo mais humano e mais perto de todos nós.
Jodie Foster em O Mauritano, de Kevin Macdonald: premiada no Globo de Ouro.
Em dezembro do ano passado, a direção do Festival do Rioanunciou que a edição de 2020 seria adiada e reformulada em decorrência das dificuldades financeiras e sanitárias por conta da pandemia de Covid-19. Agora, o evento, um dos mais tradicionais e prestigiados festivais de cinema da América Latina, se une ao Telecine, hub de cinema mais completo do país, para uma edição on-line com filmes inéditos e exclusivos.
Entre os dias 17 e 31 de julho, o Festival do Rio ganha o Brasil por intermédio da plataforma de streaming do Telecine e do Telecine Cult. Serão 15 filmes internacionais aclamados de nove países, incluindo vencedores do Oscar e do Globo de Ouro 2021. O evento faz parte de uma Edição Especial do Festival do Rio, que se prepara para 2021. Em abril, no Canal Brasil, foram exibidos filmes brasileiros ganhadores da Premiére Brasil. Em maio, o Canal Curta realizou uma mostra de documentários brasileiros premiados em festivais anteriores. Agora, em julho, o Festival do Rio segue firme no Telecine.
A plataforma de streaming do Telecine será a sala principal de exibições desta edição especial. A cada dia, um filme inédito e exclusivo irá estrear no serviço à 0h e ficará disponível para o play por apenas 24 horas. Aos sábados, o Telecine Cult reexibirá, sempre às 22h, alguns dos principais longas da seleção.
A abertura do Festival do Rio no Telecine será com Druk – Mais uma Rodada, no sábado, 17 de julho. O longa foi vencedor do Oscar 2021 de melhor filme internacional. A comédia dramática traz quatro professores que decidem testar a teoria de que ao manter um teor constante de álcool no sangue serão mais felizes e bem-sucedidos. A produção dinamarquesa tem Thomas Vinterberg na direção e Mads Mikkelsen como protagonista.
No dia 20/07, é a vez do drama O Mauritano, no original The Mauritanian. O filme é baseado na história real do mauritano Mohamedou Ould Slahi, detido em Guantánamo logo após os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos. Preso por 14 anos, sem acusações concretas ou julgamento, ele enfrenta diversos obstáculos em busca de liberdade. O filme rendeu à Jodie Foster o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante, além de uma indicação de melhor ator em drama para Tahar Rahim, que vive o prisioneiro.
Carey Mulligan em Bela Vingança: destaque da programação.
Longa da Bósnia-Hezergovina indicado ao Oscar de melhor filme internacional, Quo Vadis, Aida? é o filme do dia 22/07. No drama de Jasmila Žbanić, Aida é uma tradutora de uma equipe de manutenção da paz. Quando o exército sérvio toma conta da cidade, sua família é detida junto dos milhares de cidadãos bósnios e procura abrigo no acampamento em que ela trabalha.
Já no domingo, 25/07, é a vez do vencedor do Oscar deste ano de melhor roteiro original, Bela Vingança. Na trama, Cassie trabalha como atendente de um café e toda noite finge estar bêbada nos bares para se vingar de homens mal-intencionados que se aproximam com a desculpa de ajudar. O filme é dirigido por Emerald Fennell e protagonizado por Carey Mulligan.
Outros destaques da programação são: Caros Camaradas! – Trabalhadores em Luta (Dear Comrades!), de Andrei Konchalovsky, premiado no Festival de Veneza; Slalom – Até o Limite, de Charlène Favier; Edifício Gagarine, de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh; De Volta à Itália (Made In Italy), de James D’Arcy, com Liam Neeson; Dias Melhores (Shaonian De Ni), de Derek Tsang, indicado ao Oscar de melhor filme internacional; A Boa Esposa, de Martin Provost, com Juliette Binoche; DNA, de Maïwenn, com Louis Garrel e Fanny Ardant, e indicado ao César Awards; Ainda Há Tempo (Falling), de Viggo Mortensen, premiado no Festival de San Sebastián; A Candidata Perfeita, de Haifaa Al-Mansour, exibido em Veneza; Verão de 85, de François Ozon; e Noite de Reis (La Nuit Des Rois), de Philippe Lacôte, premiado nos festivais de Chicago, Roterdã e Toronto.
O Festival do Rio é o maior da América Latina. Desde sua criação, foram exibidos 7 mil longas, incluindo filmes recém premiados em festivais e mostra internacionais como Cannes, Berlim, Toronto, Veneza e outros. Formador de público mas também de mão de obra, o Festival do Rio capacitou mais de 7 mil profissionais. Anualmente, o festival reúne os filmes exibidos nos mais importantes festivais mundiais, além de mostras temáticas e sessões populares. Distribuídos em diferentes mostras, incluindo a competitiva Premiére Brasil, os filmes nacionais compõem também parte importante do festival, que é a maior vitrine da cinematografia brasileira.
Para assistir aos filmes inéditos e exclusivos da edição on-line do Festival do Rio, baixe o aplicativo ou acesse o site (clique aqui) e assine o serviço; os primeiros 30 dias de acesso são gratuitos para novos assinantes.
Elenco: Sadie Sink, Emily Rudd, Ryan Simpkins, McCabe Slye, Ted Sutherland, Jordana Spiro, Gillian Jacobs, Kiana Madeira, Benjamin Flores Jr., Ashley Zukerman, Olivia Scott Welch, Chiara Aurelia, Jordyn DiNatale, Meghan Packer, Matthew Zuk, Brandon Spink, Marcelle LeBlanc, Eden Campbell, Michael Provost, Drew Scheid, Jacqi Vene, Sam Brooks, Jason Edwards, Paul Teal, Alex Huff, Dylan Gage, Jayden Griffin, Kevin Waterman, Emily Brobst, Keil Oakley Zepernick, Michael Chandler, Lana Spraley, Ja’rell Anderson, Elizabeth Scopel, Kenneth Trujillo, Julia Rehwald, Fred Hechinger, Jana Allen, Klepper Dakota, Todd Allen Durkin, Quasheem D. Herring, Chase Ledgerwood, Morgan Monroe, Gracen Newton, Alejandra Stack, Christopher Talbert, Kaylie Turner, Melanie Weeks.
Ano: 2021
Sinopse: Shadyside, 1978. As aulas chegaram ao fim e as atividades no Acampamento Nightwing estão prestes a começar. Mas quando outro Shadysider é possuído pelo desejo de matar, a diversão se torna uma terrível luta pela sobrevivência. Baseado na aclamada série de terror de R.L. Stine.
Cena de O Empregado e o Patrão, de Manuel Nieto Zas.
O lançamento do filme Chico Ventana Também Queria Ter um Submarino, de Alex Piperno, nesta quinta-feira, 08/07, marca a estreia da Sessão Vitrine, que ganhou uma segunda edição em 2021 como parte das comemorações dos 10 anos do projeto, com o apoio do ProAC.
O longa é o primeiro de quatro filmes que serão lançados pela Sessão ao longo do segundo semestre. Entre eles, A Noite de Fogo, selecionado para a mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes, e O Empregado e o Patrão, que terá première mundial na Quinzena dos Realizadores, também em Cannes. Completa a lista o documentário Deus Tem AIDS, dirigido por Fábio Leal e Gustavo Vinagre. O valor dos ingressos nos cinemas será até R$ 12 (inteira).
Em cartaz nos cinemas, Chico Ventana Também Queria Ter um Submarino é o primeiro longa dirigido por Alex Piperno, que foi exibido na mostra Forum do Festival de Berlim do ano passado e recebeu o Tagesspiegel Reader’s Award. A coprodução entre Brasil, Argentina, Uruguai, Filipinas e Holanda gira em torno de um jovem marinheiro que descobre uma porta misteriosa no navio de cruzeiro onde trabalha, levando-o a um apartamento em Montevidéu. Enquanto isso, longe dali, um grupo de camponeses encontra uma cabana abandonada na colina, perto de uma pequena aldeia rural nas Filipinas, cuja porta também leva para um lugar distante.
A Noite de Fogo, de Tatiana Huezo, é uma adaptação livre do romance homônimo de 2014 da americana Jennifer Clement. O longa é ambientado em uma cidade solitária situada nas montanhas mexicanas, onde três amigas ocupam as casas daqueles que fugiram e se vestem de mulheres quando ninguém está olhando. Enquanto no próprio universo impenetrável delas magia e alegria abundam, suas mães treinam as três garotas para se protegerem dos grupos sequestradores que atuam na região, até que um evento altera a rotina do povoado.
Coprodução entre Uruguai, Brasil, Argentina e França, O Empregado e o Patrão, de Manuel Nieto Zas, aborda um drama familiar e social ambientado num faroeste nos pampas da América do Sul, que cruza fronteiras e coloca em xeque as relações de trabalho tradicionais entre patrão e empregado. O filme é estrelado por Nahuel Pérez Biscayart, vencedor do Prêmio César, em 2018, na categoria melhor ator revelação por 120 Batimentos por Minuto, Cristian Borges, Justina Bustos, Fatima Quintanilla e Jean Pierre Noher.
Em Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre, sete artistas e um médico ativistas dão seus depoimentos e trazem novas perspectivas sobre como lidar com a sorofobia no Brasil, quarenta anos depois do início da epidemia da AIDS.
Desde seu início em 2011, o projeto Sessão Vitrine já lançou mais de 50 longas, realizando a distribuição de filmes nacionais e coproduções internacionais com um recorte da produção audiovisual contemporânea. Com o objetivo de levar ao público uma produção de qualidade, que retrata a realidade brasileira em diversos aspectos, o projeto fomenta uma relação entre os públicos e o cinema, através de lançamentos e debates que aprofundam a discussão sobre os temas propostos, contribuindo assim para a formação de novas plateias e para a democratização do acesso ao cinema brasileiro, fortalecendo o circuito audiovisual como um todo.
Foi sob o selo da Sessão Vitrine que filmes de cineastas como Gabriel Mascaro, Leandra Leal, Juliana Antunes e Adirley Queirós foram lançados, consolidando assim o projeto como uma vitrine de estreantes e renomadas realizadoras e realizadores. A curadoria prioriza filmes brasileiros e coproduções internacionais que despertem interesse no público, seja pela inovação do seu processo criativo, pelo seu viés autoral ou pela sua qualidade e originalidade. A escolha dos filmes visa também abraçar temáticas, gêneros e propostas estéticas diferentes e produções de diversos estados brasileiros, proporcionando uma programação diversificada para o público em geral.
Elenco: Scarlett Johansson, Florence Pugh, Rachel Weisz, David Harbour, Ray Winstone, Ever Anderson, Violet McGraw, O-T Fagbenle, William Hurt, Olga Kurylenko, Ryan Kiera Armstrong, Liani Samuel, Michelle Lee, Lewis Young, C.C. Smiff, Nanna Blondell, Simona Zivkovska, Erin Jameson, Shaina West, Yolanda Lynes, Claudia Heinz, Fatou Bah, Jade Ma, Jade Xu, Lucy Jayne Murray, Lucy Cork, Eniko Fulop, Lauren Okadigbo, Agel Aurélia, Zhane Samuels, Shawarah Battles, Tabby Bond, Madeleine Nicholls, Yasmin Riley, Fiona Griffiths, Georgia Curtis, Svetlana Constantine, Ione Butler, Aubrey Cleland, Kurt Yue, Doug Robson, Zoltan Nagy, Marcel Dorian, Liran Nathan, Judit Varga-Szathmary, Noel Krisztian Kozak, Martin Razpopov, Olivier Richters, Nina Novich, Andrew Byron, Cali Nelle, Robert Pralgo, Jacinte Blankenship, Josh Henry, Jose Miguel Vasquez, Valentina Herrera, Danielle Jalade, Aria Brooks, Sophie Colgrove, Caister Choi, Shane Askam, Ahmed Bakare, Jason Christopher, Jordyn Curet, Julia Louis-Dreyfus.
Ano: 2021
Sinopse: Natasha Romanoff, também conhecida como Viúva Negra, precisa confrontar partes de sua história quando surge uma conspiração perigosa ligada ao seu passado. Perseguida por uma força que não irá parar até derrotá-la, Natasha terá que lidar com sua antiga vida de espiã, e também reencontrar parte de sua família que deixou para trás antes de se tornar uma Vingadora.
Estreia na direção de um filme de ficção em língua estrangeira.
O cineasta brasileiro Karim Aïnouz, de O Céu de Suely e Praia do Futuro, anunciou nesta quarta-feira, 07/07, a realização de seu primeiro filme de ficção em língua estrangeira: Firebrand, cinebiografia de Catarina Parr, a sexta e última esposa de Henrique VIII e Rainha Consorte do Reino da Inglaterra e Reino da Irlanda de 1543 até 1548.
O longa será estrelado por Michelle Williams, que já foi indicada ao Oscar quatro vezes pelos filmes Brokeback Mountain, Namorados para Sempre, Sete Dias com Marilyn e Manchester à Beira-Mar. Além disso, a atriz foi premiada no Globo de Ouro ao interpretar Marilyn Monroe nas telonas e no Emmy Awards pela série Fosse/Verdon.
O diretor divulgou a notícia durante o Festival de Cannes, onde exibirá, na sexta-feira, O Marinheiro das Montanhas, seu mais novo longa-metragem, que foi selecionado para a mostra Sessões Especiais. Em 2019, Karim foi premiado com A Vida Invisível na mostra Un Certain Regard. Além disso, o cineasta também já passou por Cannes com Madame Satã, em 2002, e O Abismo Prateado, em 2011.
A premiada atriz está confirmada no elenco.
Sua estreia em um filme de ficção em língua estrangeira será produzida por Gabrielle Tana, de A Escavação, e terá o roteiro assinado pelas irmãs Henrietta e Jessica Ashworth, da série Killing Eve: “Eu não poderia estar mais entusiasmado por levar às telonas a desconhecida biografia de Catarina Parr, uma mulher absurdamente brilhante que me inspira profundamente, cuja história tem sido quase invisível, no mínimo sub-representada, na história do Reino Unido. Muito se sabe sobre o reinado tirânico de Henrique VIII e aqueles que morreram e sofreram por seus atos cruéis, mas meu foco aqui é numa mulher que não somente conseguiu sobrevier, mas também resplandecer. É uma reimaginação de um filme de época, um thriller psicológico, uma história de intrigas, de ação e sobrevivência ambientado na côrte dos Tudor. Ter a Michelle Williams, uma atriz sublime e de enorme talento, é a realização de um sonho”, disse o diretor.
A equipe de produção do filme contará ainda com a diretora de fotografia Hélène Louvart, que reedita a parceria com Karim iniciada no aclamado longa A Vida Invisível; com a diretora de arte Maria Djurkovic, indicada ao Oscar pelo filme O Jogo da Imitação; a figurinista Lisa Duncan, de Small Axe; e a produtora de elenco Nina Gold.
Sobre as filmagens, a produtora Gabrielle Tana revelou: “Eu amo todos os filmes do Karim. Estou muito animada por trabalhar com ele e tenho certeza que Michelle fará um trabalho esplendoroso. Vamos rodar o filme no início do ano que vem e já começamos a montar um time espetacular”.
Fotos: Getty Images Europe/Noam Galai/Getty Images North America.
Tavinho Teixeira no curta Mansão do Amor, de Renata Pinheiro.
A sexta edição do Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim acontecerá entre os dias 9 e 28 de agosto e a competição principal exibirá seis longas-metragens nacionais e 33 curtas-metragens realizados no Brasil, Argentina, México e Espanha. O evento, que acontece anualmente na cidade de Belo Jardim, no interior pernambucano, desta vez será realizado de forma remota pelo site oficial e na plataforma Cardume, sempre com acesso gratuito.
De acordo com o cineasta Leo Tabosa, produtor do festival, foram inscritos 732 filmes, sendo 52 longas-metragens e 680 curtas: “O compromisso do Cine Jardim é levar o melhor da produção audiovisual dos últimos anos para o interior de Pernambuco. Nossa preocupação está além das exibições, por isso sempre promovemos encontros, debates e atividades de formação para jovens que complementam a experiência de cinema que pensamos ser transformadora. Por conta da pandemia, esse ano não teremos programação presencial, mas acreditamos no alcance que teremos com uma edição virtual que investe na diversidade de temáticas, gêneros e formatos dos filmes selecionados”.
A abertura do Cine Jardim será marcada pela homenagem aos 25 anos do filme Corisco e Dadá, dirigido pelo premiado realizador cearense Rosemberg Cariry, que conversará com o público em uma live transmitida para o canal de YouTube e perfil do Facebook do festival. Com o tema central Cinema e Educação, o Cine Jardim ainda promoverá outras cinco mostras paralelas de curtas-metragens, que serão divulgadas nos próximos dias, assim como a programação de oficinas de formação.
Conheça os filmes selecionados para a competição principal do VI Cine Jardim:
LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS | COMPETITIVA
A Mulher da Luz Própria, de Sinai Sganzerla (SP) As Órbitas da Água, de Frederico Machado (MA) Casa, de Letícia Simões (PE) Vermelha, de Getúlio Ribeiro (GO) Vil, Má, de Gustavo Vinagre (SP) Sertânia, de Geraldo Sarno (CE/BA)
CURTAS-METRAGENS LATINO-AMERICANOS | COMPETITIVA
23 Minutos, de Rodrigo Beetz e Wesley Figueiredo (MG) Ailin En La Luna, de Claudia Ruiz (Argentina) Angela, de Marília Nogueira (MG) Aquele Casal, de William de Oliveira (PR) Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Lucas H. Rossi dos Santos e Henrique Amud (RJ) Baile, de Cíntia Domit Bittar (SC) Cabeça de Rua, de Angélica Lourenço (MG) Cadeia Alimentar, de Raphael Medeiros (RJ) Caranguejo Rei, de Enock Carvalho e Matheus Farias (PE) Carne, de Camila Kater (Brasil/Espanha) Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva (PE) Como Ficamos da Mesma Altura, de Laís Santos Araújo (AL) Êles, de Roberto Burd (RS) Epirenov, de Alejandro Ariel Martin (Argentina) Ex-humanos, de Mariana Porto (PE) Ilhas de Calor, de Ulisses Arthur (AL) Interrogação (ou Psicopata Legalizado), de Moisés Pantolfi (SP) La Última y nos Vamos, de Susy López P. (México) Mansão do Amor, de Renata Pinheiro (PE) Memórias de Quintal, de Lorena D’avila e Simony Leite Siqueira (ES) Migrante, de Esteban Ezequiel Dalinger e Daniel Iezzi (Argentina) Nilson, Filho do Campeão, de Diego Tafarel (RS) Nimbus, de Marcos Buccini (PE) Nome de Batismo – Frances, de Tila Chitunda (PE) Rebento, de Vinícius Eliziário (BA) Receita de Caranguejo, de Issis Valenzuela (SP) Ruído Branco, de Gabriel Fonseca (SP) Sangro, de Tiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto Br (SP) Sem Asas, de Renata Martins (SP) Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR) Severines, de Eduardo Monteiro (PE) Teoria Sobre um Planeta Estranho, de Marco Antonio Pereira (MG) Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN)
*O Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim é uma realização da Pontilhado Cinematográfico, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal. Conta com o patrocínio da Moura e parcerias do Instituto Conceição Moura, da Universidade Católica de Pernambuco, através da Pró-Reitoria Comunitária, do Instituto Humanitas da Unicap, do Armazém Coral Acha Aqui, Mistika, CiaRio, Elo Company, TV PE e Vou Ver Acessibilidade.
Elenco: Kiana Madeira, Olivia Scott Welch, Benjamin Flores Jr., Julia Rehwald, Fred Hechinger, Ashley Zukerman, Maya Hawke, Darrell Britt-Gibson, Jordana Spiro, Jordyn DiNatale, Charlene Amoia, David W. Thompson, Noah Bain Garret, Jana Allen, Matt Burke, Christian Bridges, Matthew Zuk, Jeremy Ford, Jaime Matthis, Danyon Huntington, Elizabeth Scopel, Tayla Rogers, Maya Rogers, Diane Sellers, Eric Mendenhall, Todd Allen Durkin, Lloyd Pitts, Kevin Waterman, Emily Brobst, Keil Oakley Zepernick, Michael Chandler, Lacy Camp, Meghan Packer, Gillian Jacobs, Nathan W. Collins, Robert Bryan Davis, Alex Huff, Matt Markopoulos, Emily Rudd, Leslie Sides, Ryan Simpkins, Sadie Sink, McCabe Slye, Mary Blake Grant, Bethany Dixon, Alexis Lord, Natalie Maguire.
Ano: 2021
Sinopse: Em 1994, um grupo de adolescentes descobre que os incidentes aterrorizantes que assombram a cidade há gerações podem estar conectados; e que eles podem ser as próximas vítimas. Baseada na aclamada série de terror de R.L. Stine, a trilogia Rua do Medo conta a sinistra história da cidade de Shadyside.