6º Lanterna Mágica: conheça os filmes selecionados para o Festival Internacional de Animação

por: Cinevitor
Cena do curta pernambucano Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio

A sexta edição do Lanterna Mágica – Festival Internacional de Animação acontecerá entre os dias 19 e 24 de março no CineX, cinema que fica no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia. A lista dos filmes selecionados e a programação completa foram anunciadas em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 26/02.

O festival, que promove exibições de filmes de todo o mundo, palestras, debates, oficinas e consultoria para projetos, conta com programação gratuita. A novidade desta edição é que, além das mostras, o festival conta com uma série de outras ações. O calendário de atividades foi dividido em três eixos principais: exibição, que inclui as mostras; mercado, com o Lanterna Film Market, que irá promover estudos de casos, palestras, debates e encontros entre profissionais da animação; e o Lanterna Educa, com atividades de formação e exibições educativas em escolas públicas da capital.

O festival também anuncia como novidade a criação do Prêmio da Imprensa, um convite aos jornalistas e críticos de cinema a votarem após cada exibição das mostras competitivas. Com a intenção de divulgar o mercado brasileiro e mundial de animação, promover encontros e conexões entre outros estados e países, ocupar espaços e fomentar o acesso à cultura, o Lanterna Mágica chega em 2024 consolidado como um dos principais festivais do gênero e celebra sua sexta edição com um grande encontro entre realizadores ao longo da programação.

Desta vez, todos os realizadores nacionais estarão presentes no festival, além de alguns nomes internacionais selecionados para as mostras: “Essa é uma edição muito marcante para mim. Além de ser a primeira em que eu assumo a direção sozinha, também é a primeira vez que tenho condições de trazer todos os realizadores para o festival. Um festival é feito não só de exibição de filmes, mas também de encontros, de networking, de momentos de trocas com quem está fazendo esse tipo de produção em Estados diferentes e em outros lugares do mundo”, destaca Camila Nunes, idealizadora e diretora do Lanterna Mágica.

Pela primeira vez, o Lanterna Mágica inclui uma vertente inteiramente voltada para ações educativas. A exibição de mostras especiais para escolas da rede pública de ensino já aconteceu anteriormente, mas nesta edição o projeto conta com atividades de formação específicas. Uma delas é a Oficina de Storyboard, com o diretor e roteirista Guto Bicalho, realizador dos curtas premiados Sangro e Fuga Animada. A oficina, com quatro encontros, irá ensinar sobre narrativa e conceitos básicos de cinema, além de desenvolver na prática o storyboard completo de um filme.

Já a Oficina de Produção de Animação tem como público-alvo professores da rede pública e será ministrada por Isabela Veiga, que atua em edição, animação, produção executiva e assistência de direção. A atividade visa capacitar professores para que possam trazer para a sala de aula a linguagem do cinema e da animação, despertando novos olhares criativos em seus alunos. Também faz parte do Lanterna EducaHospital de Projetos, que irá servir como um laboratório de desenvolvimento de animações, com consultorias e mentorias para os trabalhos inscritos.

Em busca da promoção de intercâmbios intercontinentais, o Lanterna Mágica apresenta a Mostra de Animação Africana em parceria com o Festival Animage, de Pernambuco: “O que mais me chamou atenção e me fez admirar o Animage foi essa mostra de animação africana. É muito do que eu acredito, do que eu pesquiso, do que eu sou e do que trago como bagagem, que é essa conexão da diáspora da mulher negra”, diz Camila Nunes. Além disso, a diretora do festival destaca a Mostra Gondwana, que reúne filmes dos outros países de África e Américas, com foco na animação feita por pessoas racializadas nesses países, incluindo os povos originários: “Gondwana, então, significa a retomada da união desses dois territórios”, aponta.

Desde 2017 movimentando a cena do audiovisual goiano, o Lanterna Mágica ocupa diferentes espaços culturais da capital conectando produtores de animação e ampliando a visibilidade do gênero. Todos os anos, os filmes inscritos passam por uma curadoria oficial realizada por especialistas da área, integrando a programação de mostras competitivas, não competitivas e especiais.

Conheça os filmes selecionados para o 6º Lanterna Mágica:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL
A Cabeça e o Corpo, de Val Dobler e Mirian Miranda (SC)
Bug, de Andrey Oliver, Enzo Bonini, Julia Marques, Marina Lobo e Pedro Mancini (SP)
Carcinização, de Denis Souza (RS)
Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (PE)
Curacanga, de Mateus di Mambro (BA)
Diafragma, de Robson Cavalcante (AL)
Jussara, de Camila Ribeiro (BA)
Manu Sonha com Onças, de Daniel Oliveira Garcia (RJ)
Maréu, de Nicole Schlegel (RJ)
O Cacto, de Ricardo Kump (SP)
Palavras Mágicas, de Carlon Hardt (PR)
Quintal, de Mariana Netto (BA)
Tardes no Escarafuncha, de Fernando Ferreira Garróz (SP)

MOSTRA COMPETITIVA INTERNACIONAL
A Kind of Testament, de Stephen Vuillemin (França)
Brewberry Spell, de Annika Nimz (Alemanha)
Dead air, de Ronja Ehlers, Inês Filipa Palma Martins, Melissa Fabienne Klein e Lucía Artiles De Urioste (Espanha)
Europe por Bidon, de Samuel Albaric e Thomas Trichet (França)
Juliana, de Naomi van Heemst (Holanda)
Morrow, de Vladyslav Kalenskyy (Ucrânia)
Motus, de Nelson Fernandes (Portugal)
Ninety-five Senses, de Jerusha Hess e Jared Hess (EUA)
Penguins, de Viviane N. (EUA)
Shakespeare for all ages, de Hannes Rall (Alemanha)
Sileo, de Deméter Lorant (Hungria)
Symbiosis, de Nadja Andrasev (Noruega)
The Brightest Star, de Tompswell (Finlândia)
The Grand Book, de Arjan Brentjes (Holanda)
The w(hole), de Jiansu Wang (EUA)
Trasiego, de Amanda Woolrich Zárate (México)

MOSTRA AFRICANA
All From One Cell, de Marwa Abd Elmoneim (Egito)
Apacha, de Fortune D. Tsete (Congo)
Crazy in Quarantine, de Akram Kamya e Kizito S. Saviour (Uganda)
Grey Hulk, de Maram Gomaa (Egito)
Hisab, de Ezra Wube (Etiópia)
Jabari, de Francis Y Brown (Gana)
Kendila, de Nadia Rais (Tunísia)
Lightfall, de Hermann Kayode (Senegal)
The Kings Team, de Harry Dixon (África do Sul)
Tomati, de Esther K. Gbadamosi (Nigéria)
Ttula, de Mwesigwaa B. Enock (Uganda)
Überbot, de Isslem Attar (Tunísia)

MOSTRA DE VIDEOCLIPES
Cores, de Patrick Hanser (SP)
Love and Down, de Carlon Hardt, Márcio Juliano e Rômolo D’Hipólito (PR)
Miles Davis: O que o amor tem a ver com isso, de Irina Rubina (EUA)
O Futuro que me Alcance, de Nat Grego (SP)
Palavras Mágicas, de Carlos Hardt (PR)
Royal Blue, de Carlos Hardt (PR)

Foto: Divulgação/Arapuá Filmes.

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