56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Helena Ignez e Cauã Reymond no curta Helena de Guaratiba, de Karen Black

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em parceria com a organização da sociedade civil Amigos do Futuro, anunciou, nesta quarta-feira, 29/11, a programação oficial da 56ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Referência nacional, o mais longevo festival de cinema do país ocupará mais uma vez o Cine Brasília, entre os dias 9 e 16 de dezembro, exibindo produções realizadas em todas as cinco regiões do Brasil marcadas pela diversidade de vozes, de narrativas e de estéticas, desde o cinema indígena à produção urbana periférica e dos interiores do Brasil.

Neste ano, o veterano ator Antonio Pitanga será o grande homenageado da 56ª edição e receberá, na noite de abertura, o Troféu Candango pelo conjunto de sua obra. A trajetória do artista, assim como a do Festival de Brasília, remete a uma linha do tempo de resistência na produção audiovisual, dos anos 1960 até os dias de hoje. Antonio e o festival permanecem fundamentais para o imaginário artístico do país.

Após bater recorde de filmes inscritos (1.269 títulos, sendo 984 curtas e 285 longas), o 56º Festival de Brasília apresenta seis longas-metragens e 12 curtas na Mostra Competitiva Nacional; quatro longas e oito curtas do 25º Troféu Câmara Legislativa – Mostra Brasília, voltado para as produções do Distrito Federal; e mais de 20 títulos nas mostras paralelas (Outros Olhares, Coproduções e Festivalzinho).

Sob a direção artística da cineasta, curadora e atriz Anna Karina de Carvalho, o Festival de Brasília 2023 reúne uma programação vasta com filmes que refletem a diversidade narrativa e estética de expressões brasileiras. Os selecionados para as mostras competitivas nacionais serão remunerados com cachê de seleção nos valores de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. Na Mostra Brasília, o audiovisual candango concorre a R$ 240 mil reais em prêmios concedidos pelo 25º Troféu Câmara Legislativa. “A programação fecha o ano de 2023 com um suco narrativo de ‘Brasis’, que pouco foram exibidos nas telas do país e que dão um panorama real da produção atual”, atesta a diretora artística.

A grande novidade desta edição é a incorporação de tecnologia 4K para todas as exibições, iniciativa da organização da sociedade civil Amigos do Futuro, que aproxima a projeção das maiores tendências do mercado exibidor audiovisual mundo afora. Além da alta definição em tela, outro investimento técnico incorpora o uso de processadores de áudio e servidores Dolby, o que garantirá qualidade nunca antes vista para o público frequentador do evento.

De acordo com o presidente da 56ª edição, Fernando Borges, “o investimento na atualização tecnológica do festival foi prioritário para este momento pulsante que o cinema brasileiro vive. O Festival de Brasília sempre impulsionou tendências do mercado nacional, e os investimentos em tecnologia de ponta em 2023 colocam mais uma vez o evento no rol dos mais importantes festivais no país”.

Cena do documentário No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut

A programação do festival também será composta por oficinas on-line, seminários e encontros setoriais, masterclass e atividades de aceleração de projetos para o mercado. As cinco oficinas formativas serão conduzidas de maneira virtualmente, por meio da plataforma Zoom. Já as atividades do Ambiente de Mercado, como a Clínica de Projetos, os encontros com players, os pitchings e as Rodadas de Negócios ocorrem de forma presencial. A programação contará também com Seminários e Encontros Setoriais, assim como uma masterclass com o realizador mineiro Gabriel Martins, diretor do premiado Marte Um.

Nesta edição, Brasília aposta também em acessibilidade 360. Além da tradução para Libras nas cerimônias de abertura e encerramento, o festival disponibilizará um receptivo especializado para atender e guiar as pessoas com deficiência que chegarem para assistir aos filmes. As sessões das mostras Competitiva Nacional e Brasília terão legendagem descritiva para pessoas surdas e audiodescrição para pessoas cegas, acessíveis por aplicativo de celular; o festival investe ainda em sessões exclusivas com acessibilidade no Festivalzinho.

A seleção oficial da Mostra Competitiva Nacional do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terá na programação longas-metragens de cineastas estreantes e consagrados, além de importantes representações do cinema produzido por mulheres, indígenas, LGBTQIA+ e pessoas pretas. Deste modo, a programação foi pensada para representar a diversidade brasileira em tela.

Entre os longas-metragens selecionados, A Transformação de Canuto, produção pernambucana e paulista dirigida pelo cineasta indígena Ariel Kauray Ortega e por Ernesto de Carvalho, aborda a comunidade Mbyá-Guarani na divisa brasileira com a Argentina por meio de uma reconstituição cinematográfica sobre a lenda de um homem que se transformou em onça.

Do Distrito Federal, Cartório de Almas é a estreia do diretor brasiliense Leo Bello na Mostra Competitiva Nacional. Premiado por obras anteriores no gênero do cinema fantástico, este seu segundo longa-metragem de ficção narra a história da mais nova funcionária contratada pelo tal cartório do além. Aos 126 anos, ela tem como função protocolar as motivações de quem renunciou à eternidade. Em Nós Somos o Amanhã, ficção de São Paulo, Lufe Steffen, referência do cinema LGBTQIA+, mergulha numa viagem no tempo que leva uma professora de música de volta aos anos 1980 para ensinar as pessoas a lutarem contra o bullying, a perseguição e a intolerância racial, de gênero e de sexualidade na sociedade da época.

Carlos Jordão, Silvero Pereira e Cicero Andrade em Nós Somos o Amanhã, de Lufe Steffen

A seleção de longas traz de volta à capital nomes já consagrados no festival. A cineasta carioca Sandra Kogut, jurada na 54ª edição do evento, conhecida pelos longas Mutum (2007), Campo Grande (2015) e Três Verões (2019); o premiado diretor carioca Allan Ribeiro, vencedor do Candango de melhor direção de arte e edição por Esse Amor que Nos Consome, em 2012; e o diretor mineiro André Novais Oliveira, que participa pela quarta vez do festival, após sagrar-se grande vencedor da 51ª edição com o longa Temporada (2018).

Nesta edição, Sandra Kogut apresenta o documentário No Céu da Pátria Nesse Instante, um olhar sobre os turbulentos meses do período eleitoral de 2022, que culminaram na invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano. Allan Ribeiro mais uma vez recorre à linguagem poética para refletir sobre o cotidiano em Mais um Dia, Zona Norte, no qual mostra as transformações na rotina de trabalhadores da periferia do Rio. E André Novais Oliveira traz sua nova ficção ambientada em Contagem, Minas Gerais, O Dia que Te Conheci, sobre a vida do bibliotecário Zeca, cuja rotina é interrompida após conhecer uma moça chamada Luisa.

Na seleção de curtas-metragens, o 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro reforça sua vocação para trazer questões urgentes da sociedade, sob as mais diversas perspectivas geográficas, de gênero e de raça. Dois curtas do Distrito Federal documentam comunidades autóctones: A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida é uma coprodução entre Amazonas e DF que acompanha o reencontro de uma família Yanomami; e Vão das Almas, dirigido por Edileuza Penha e Santiago Dellape, mergulha no imaginário do Quilombo Kalunga na região de Cavalcante, em Goiás.

Do Espírito Santo, vem o premiado Remendo, de Roger Ghil (GG Fákọ̀làdé), que evoca a espiritualidade anticolonial; de Alagoas, a ficção Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim, que aborda a estética queer ambientada no litoral do estado; e do Rio Grande do Sul, Pastrana, de Gabriel Motta e da skatista Melissa Brogni, que documenta uma homenagem ao amigo e parceiro de rampas que dá nome ao filme, revivendo suas memórias a partir de amigos e familiares. A temática da espiritualidade ainda aparece em outros dois curtas: Axé Meu Amor, produção paraibana dirigida por Thiago Costa, ficção sobre uma mãe de santo em busca do sagrado, e Dona Beatriz Ñsîmba Vita, dirigido pelo artista mineiro Catapreta, em que uma mulher singular tenta cumprir uma missão divina, inspirada no legado da heroína congolesa Kimpa Vita.

Três produções mergulham nas idiossincrasias da vida urbana para contar histórias de ficção das mais distintas. Erguida, dirigido e estrelado pela atriz e diretora Jhonnã Bao, do Coletivo Contraplano, acompanha a resistência de uma jovem poeta da periferia de São Paulo; enquanto Cidade By Motoboy, outra produção paulista, mostra as intempéries de um motoboy do interior do estado. Cáustico, curta brasiliense de Wesley Gondim, por sua vez, se divide entre realidade e fantasia para narrar a história de mãe e filha em busca de cura para uma misteriosa doença.

Lucas Carvalho e Luciano Pedro Jr. no curta Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim

Completam a lista de postulantes aos troféus Candangos de curta-metragem os curtas cariocas O Nada, do poeta e dramaturgo André Ladeia, que adapta um conto do autor russo Leonid Andreiev; e Helena de Guaratiba, de Karen Black, estrelado pela diretora, produtora e atriz Helena Ignez, no papel de uma senhora que encontra o amor em um bairro pesqueiro do Rio.

Na Mostra Brasília, a seleção reúne desde diretores estreantes do Distrito Federal a cineastas veteranos e premiados. Os quatro longas que concorrem nesta categoria são: Ecos do Silêncio, o retorno de André Luiz Oliveira, consagrado diretor baiano radicado em Brasília, ao cinema de ficção; Não Existe Almoço Grátis, documentário de estreia de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, que acompanha uma das cozinhas solidárias do MTST durante a posse de Lula em 2023; O Sonho de Clarice, animação surrealista dirigida por Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho; e Rodas de Gigante, o aguardado documentário afetivo da atriz e diretora Catarina Accioly sobre um dos maiores personagens da cultura brasiliense, o diretor teatral e multiartista uruguaio Hugo Rodas.

Na seleção de curtas, a Mostra Brasília repete a diversidade de linguagens e temas. São quatro documentários: A Chuva do Caju, do premiado Alan Schvasberg, de Ninguém Nasce no Paraíso; Estrela da Tarde, uma espécie de autobiografia de Francisco Rio; Glitter Carnavalesco: A História do Bloco das Montadas, registro de Marla Galdino sobre o primeiro bloco de drag queens do DF; e Só Quem Tem Raiz, ambientado no Gama e dirigido por Josianne Diniz. Os outros quatro curtas selecionados para a Mostra Brasília são de ficção: Instante, da diretora Paola Veiga; a animação A Menina Corina em: Quantos Mundos Cabem em um Mundo Só?, de Luciellen Castro; Malu e a Máquina, de Ana Luíza Meneses, voltado ao público infantojuvenil; e Nada se Perde, uma distopia ambientada em Águas Claras, de Renan Montenegro.

Além das mostras competitivas, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apresenta três mostras paralelas que complementam o panorama de filmes exibidos nesta edição. São elas: Mostra Outros Olhares, Mostra Coproduções e Festivalzinho, tradicional programação infantil, cuja curadoria foi realizada em parceria com a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.

Cena do longa Sem Coração, de Nara Normande e Tião

Na Mostra Outros Olhares, quatro títulos apontam para um panorama da produção nacional. Entre os longas: A Batalha da Rua Maria Antônia, vencedor do prêmio de melhor filme no Festival do Rio. A obra, dirigida pela cineasta paulista Vera Egito, propõe uma reimaginação da resistência do movimento estudantil aos ataques dos militares à USP, em 1968. Outra produção que compõe a mostra, Uma Carta para Papai Noel sagra o retorno do cineasta gaúcho Gustavo Spolidoro ao Festival de Brasília, no qual estreou como diretor em 1998. Do Rio de Janeiro, integra a mostra paralela Crônicas de uma Jovem Família Preta, de Davidson D. Candanda, produção que estreou no Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul. E completa a seleção o novo filme da cineasta e produtora cultural indígena Graciela Guarani, com codireção de Alice Gouveia, Sekhdese.

Com objetivo de estimular e sensibilizar novos públicos, as crianças poderão assistir uma sessão com onze curtas-metragens. Destaques para Brincando de Imaginar, documentário paranaense sobre uma escola em meio a uma floresta; e as animações: Os Pelúcias, sobre dois bichinhos de pelúcia que ganham vida; Pipas Coloridas, sobre as férias dos materiais escolares; e Tom Tamborim, história de um garoto inquieto e cheio de suingue que só quer saber de batucar.

Além das mostras paralelas, o público poderá assistir a outras duas sessões hors concours. No dia 10 de dezembro, às 18h, será apresentado Utopia Tropical, documentário de João Amorim, que traz conversas entre o diplomata Celso Amorim e o escritor, filósofo e ativista norte-americano Noam Chomsky. E, na sessão de encerramento, antes da premiação, o público poderá assistir ao documentário Raoni: Uma Amizade Improvável, dirigido pelo cineasta belga Jean-Pierre Dutilleux, mostrando sua história de amizade com o cacique Kaiapó Raoni ao longo de 50 anos, após as filmagens de Raoni (1978), longa com Marlon Brando indicado ao Oscar, que projetou o cacique como a mais importante liderança indígena brasileira para o mundo.

Sob a direção artística de Anna Karina de Carvalho, a equipe de curadoria foi composta por três comissões com profissionais renomados do audiovisual brasileiro. A seleção da Mostra Brasília contou com: a professora de Audiovisual Denise Moraes, a atriz e produtora cultural Wol Nunnes, a atriz e arte-educadora Kika Sena, o fotógrafo André Macedo e o professor e cineasta Érico Monnerat. Na comissão de curtas da Mostra Competitiva Nacional estão: o artista e realizador Antonio Balbino, a produtora Bella Medeiros, a crítica de cinema Cecilia Barroso, o cineasta e jornalista Marcio de Andrade, o cineasta, jornalista e ativista indígena Marcelo Cuhexê e a produtora Anamaria Mühlenberg.

Para os longas da Mostra Competitiva Nacional formaram a comissão de seleção: o cineasta e presidente da ABCV Péterson Paim, a diretora e produtora executiva Camila de Moraes e as críticas de cinema Flavia Guerra e Lorenna Montenegro. A seleção privilegiou obras inéditas, finalizadas entre 2022 e 2023, excluindo filmes que já se inscreveram em edições anteriores.

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2023:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS

A Transformação de Canuto, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho (PE/SP)
Cartório das Almas, de Leo Bello (DF)
Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ)
No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut (DF/RJ/SC/SP)
Nós Somos o Amanhã, de Lufe Steffen (SP)
O Dia que te Conheci, de André Novais Oliveira (MG)

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS

A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida (AM/DF)
Axé Meu Amor, de Thiago Costa (PB)
Cáustico, de Wesley Gondim (DF)
Cidade By Motoboy, de Mariana Vita (SP)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
Erguida, de Jhonnã Bao (SP)
Helena de Guaratiba, de Karen Black (RJ)
O Nada, de André Ladeia (RJ)
Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (RS)
Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim (AL)
Remendo, de Roger Ghil (GG Fákọ̀làdé) (ES)
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF/GO)

MOSTRA BRASÍLIA | LONGAS-METRAGENS

Ecos do Silêncio, de André Luiz Oliveira
Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel
O Sonho de Clarice, de Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho
Rodas de Gigante, de Catarina Accioly

MOSTRA BRASÍLIA | CURTAS-METRAGENS

A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg
A Menina Corina em: Quantos Mundos Cabem em um Mundo Só?, de Luciellen Castro
Estrela da Tarde, de Francisco Rio
Glitter Carnavalesco: A História do Bloco das Montadas, de Marla Galdino
Instante, de Paola Veiga
Malu e a Máquina, de Ana Luíza Meneses
Nada se Perde, de Renan Montenegro
Só Quem Tem Raiz, de Josianne Diniz

MOSTRA PARALELA | OUTROS OLHARES

A Batalha da Rua Maria Antônia, de Vera Egito (SP)
Crônicas de uma Jovem Família Preta, de Davidson D. Candanda (RJ)
Sekhdese, de Graciela Guarani e Alice Gouveia (PE)
Uma Carta Para Papai Noel, de Gustavo Spolidoro (RS)

MOSTRA COPRODUÇÕES

Levante, de Lillah Halla (RJ/SP)
O Livro dos Prazeres, de Marcela Lordy (RJ/SP)
Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat (Argentina/Alemanha/Brasil/França/Itália)
Sem Coração, de Nara Normande e Tião (PE)

FESTIVALZINHO

A Baleia Mágica, de Douglas Alves Ferreira (SP)
Agosto dos Ventos, de Paulo Antunes (MG)
Anacleto, O Balão, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR)
Brincando de Imaginar, de Otavio Zucon e Nélio Spréa (PR)
Contos Mirabolantes: O Olho do Mapinguari, de Andrei Miralha (PA)
Cora e os Corais, de Levi Luz e Bia Hetzel (BA)
Os Pelúcias, de Vivian Altman e Sergio Pizza (SP)
Palavras Mágicas, de Carlon Hardt (PR)
Pipas Coloridas, de Alunos do 2º Ano da Escola Carlitos, Fábio Yamaji e Patrícia Sá (SP)
Tom Tamborim, de Maria Carolina e Igor Souza (BA)
Vovô Joel, de Douglas Gomes (RJ)

FILME DE ABERTURA
Ninguém Sai Vivo Daqui, de André Ristum (SP)

SESSÃO ESPECIAL HORS CONCOURS | ENCERRAMENTO
Raoni: Uma Amizade Improvável, de Jean-Pierre Dutilleux (RJ)

SESSÃO BENEFICENTE
Utopia Tropical, de João Amorim (DF)

Fotos: Divulgação/Amanda Môa.

Comentários