Milos Forman, diretor de Um Estranho no Ninho e Amadeus, morre aos 86 anos

por: Cinevitor

morremilosformanCineasta premiado e carreira prestigiada.

Morreu na noite desta sexta-feira, 14/04, aos 86 anos, o cineasta checo Milos Forman. A causa da morte não foi revelada, mas foi confirmada por seu agente Dennis Aspland.

Nascido Jan Tomáš Forman, em Čáslav, na República Checa, Forman era filho de protestantes que morreram durante a ocupação nazista. No período da Segunda Guerra Mundial, morou com parentes e passou a maior parte de sua juventude em um colégio interno para órfãos da guerra.

No início da década de 1950, estudou Cinema na Universidade de Praga. Integrante de um grupo formado por jovens cineastas checos, se destacou ao realizar documentários em curta-metragem ao lado de seus colegas. Dirigiu seu primeiro longa de ficção, Pedro, O Negro, em 1964. Um ano depois, ganhou repercussão internacional com a comédia dramática Os Amores de uma Loira, que foi exibido no Festival de Veneza e indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.

Mudou-se para os Estados Unidos em 1968 e foi indicado novamente ao prêmio da Academia com O Baile dos Bombeiros, realizado em 1967, mas perdeu para Guerra e Paz, de Sergey Bondarchuk, representante da União Soviética.

Em 1971, participou da Competição Oficial do Festival de Cannes com Procura Insaciável, e levou o Grande Prêmio do Júri. A comédia musical, protagonizada por Lynn Carlin, Buck Henry e Georgia Engel, também foi indicada ao BAFTA e ao WGA Awards, prêmio do Sindicato dos Roteiristas da América.

Com uma carreira já prestigiada, dirigiu, em 1975, o aclamado Um Estranho no Ninho, protagonizado por Jack Nicholson. O longa rendeu o Oscar de melhor direção para Milos Forman e levou mais quatro estatuetas douradas, incluindo a de melhor filme. O cineasta ainda foi premiado no Globo de Ouro, BAFTA, National Board of Review e no DGA Awards, prêmio do Sindicato dos Diretores da América.

milosnicholson Jack Nicholson e Forman nos bastidores de Um Estranho no Ninho.

Milos dirigiu também o musical Hair, em 1979, e o drama Na Época do Ragtime, indicado ao Oscar em oito categorias. Em 1984, levou para os cinemas a história dos compositores Wolfgang Amadeus Mozart e Antonio Salieri em Amadeus, filme vencedor de oito estatuetas douradas no prêmio da Academia, incluindo melhor direção.

Com O Povo Contra Larry Flynt, ganhou o Urso de Ouro de melhor direção no Festival de Berlim, em 1997, e foi indicado ao Oscar, mas perdeu para Anthony Minghella, de O Paciente Inglês. A comédia dramática O Mundo de Andy, cinebiografia de Andy Kaufman e protagonizada por Jim Carrey, acabou lhe rendendo o segundo Urso de Ouro na Berlinale.

Forman também se aventurou em frente às câmeras como ator e participou de alguns filmes, como: A Difícil Arte de Amar (1986), Tenha Fé (2000) e Bem Amadas (2011), com Catherine Deneuve e Chiara Mastroianni.

Além disso, também dirigiu Visions of Eight, Valmont – Uma História de Seduções, Sombras de Goya e o musical Dobre placená procházka, ao lado de seu filho Petr Forman, e seu último trabalho como diretor.

Fotos: Bryan Bedder e Divulgação.

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