F. W. Murnau terá retrospectiva no 6º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

por: Cinevitor

nosferatucuritibaMax Schreck em Nosferatu: exibição especial.

Curitiba recebe, de 7 a 14 de junho, o festival que já é uma marca registrada da agenda audiovisual da cidade, o 6º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Mantendo a programação variada, o evento é uma possibilidade de trazer o que há de novo na produção de cinema no mundo, apresentando novas filmografias ao público paranaense e discutindo o audiovisual com realizadores, críticos e gestores.

Neste ano, a comissão de seleção conta com a participação de Antônio Junior e Marisa Merlo, responsáveis pelo festival desde sua primeira edição, e de novos nomes bem conhecidos da crítica e da curadoria em outros festivais brasileiros, como Eduardo Valente, Carol Almeida, Carla Italiano e Aaron Cutler, que, além da seleção da mostra competitiva de longas-metragens, também está responsável pelas mostras Olhar Retrospectivo e Foco.

Além da Mostra Competitiva, entre as mostras programadas para este ano estão as já tradicionais Olhar Retrospectivo, que traz uma retrospectiva com um grande nome do cinema mundial; Foco, que apresenta novos autores ao público; Exibições Especiais, que redescobre filmes especiais e revisita mestres do cinema; Novos Olhares, com filmes que tem uma maior radicalidade em sua proposta estética; Outros Olhares, que busca um panorama do que vem sendo realizado no mundo e a Mirada Paranaense, quem tem como objetivo apresentar a produção do estado. Nesta edição, a novidade fica por conta da mostra Pequenos Olhares, dedicada a crianças e adolescentes.

Na mostra Olhar Retrospectivo, o renomado cineasta alemão F.W. Murnau é o homenageado desta edição. A retrospectiva contará com cópias em DCP, feitas recentemente, de 10 filmes do Murnau, 8 dessas nunca exibidas no Brasil. A seleção inclui as obras-primas mais celebradas do diretor: Nosferatu (1922), A Última Gargalhada (1924), e Aurora (1927), além de outros filmes não tão conhecidos. A restauração do filme mais antigo de Murnau que existe intacto, Caminhada Noite Adentro (1921), feito pelo Munich Film Museum, é uma perfeita combinação entre as quatro bobinas do negativo da câmera original sobreviventes com material de outras fontes. Oito das dez cópias são fornecidas pela Fundação Friedrich Wilhelm Murnau, um arquivo que guarda importantes filmes de vários diretores alemães.

“Murnau é a primeira retrospectiva do Olhar de Cinema de um mestre pertencente ao período mudo do cinema”, diz o diretor e diretor de programação do festival, Antônio Junior. “Ele é um cineasta que joga sua luz dentro da escuridão de uma arte expressionista, reflexo de um tempo sombrio de pós Primeira Guerra Mundial. Murnau, profundo conhecedor da técnica e estética da arte cinematográfica, deu a câmera uma função de refletir os sentimentos de seus personagens e as atmosferas de seus filmes. Ele carregava consigo uma verdadeira fé no poder da criação de imagens e tinha convicção que com elas criaria obras potentes. Assim, Murnau, com a narrativa e o simbolismo de sua arte e sua vida, é um nome que apresentamos na tentativa de dialogar com o momento obscuro que vivemos“.

O 6º Olhar de Cinema acontecerá entre os dias 7 e 14 de junho.

Foto: Divulgação.

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