Djon África, de Filipa Reis e João Miller Guerra, abre o 7º Olhar de Cinema

por: Cinevitor

djonaberturaolharOs diretores do filme de abertura com Antônio Junior, diretor geral e artístico do festival.

Exibido no Festival Internacional de Cinema de Roterdã, Djon África abriu a sétima edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba nesta quarta-feira, 06/06. Dirigido por Filipa Reis e João Miller Guerra, o longa trabalha com questões de identidade e nacionalidade ao acompanhar a jornada de Miguel Moreira, também conhecido como Tibars ou Djon África, em sua volta a Cabo Verde, numa busca por informações sobre o pai que ele nunca conheceu.

Esse é o primeiro longa de ficção da dupla de documentaristas, que já conhecia o personagem principal, Miguel Moreira, de seu filme anterior Li ké terra, um documentário sobre os cabo-verdianos que vivem ilegalmente em Portugal.

Djon África, uma coprodução entre Portugal, Brasil e Cabo Verde, mostra uma jornada cheia de desvios e encontros, ao mesmo tempo melancólica e instigante, em que o protagonista busca suas origens mas sempre é lembrado de que segue um estrangeiro seja onde for.

“A ideia do filme surgiu depois da morte do meu pai e eu percebi que o Miguel [Moreira] tinha uma história universal para ser contada sobre ir em busca das suas origens. É tudo inspirado na vida dele”, contou João em entrevista exclusiva para o CINEVITOR. “O roteiro foi escrito pelo Pedro Pinho com informações que passamos pra ele sobre a vida do Miguel”, completou.

Além disso, Filipa falou sobre o circuito de festivais, abertura do 7º Olhar de Cinema e coprodução com o cineasta brasileiro Gabriel Mascaro: “Estar em qualquer festival é muito importante porque é um circuito onde o cinema de autor começa sua carreira. Abrir o Olhar de Cinema teve um significado especial porque o filme é uma coprodução brasileira realizada pelo Gabriel Mascaro. E eu vejo muito do Brasil no longa”.

Ao final da entrevista, a diretora falou sobre a estreia de Djon África nos cinemas brasileiros: “Estou ansiosa para a estreia em circuito comercial [no Brasil será distribuído pela Vitrine Filmes, ainda sem data de lançamento] porque esses filmes nem sempre conseguem um alcance maior. Estamos contentes”, finalizou Filipa.

*O CINEVITOR está em Curitiba a convite do evento e você acompanha a cobertura do festival por aqui e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Gabriel Neto.

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