Conheça os vencedores do 27º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários

por: Cinevitor
Helena Petta e Ana Petta, diretoras de Quando Falta o Ar: filme premiado.

Foram anunciados neste domingo, 10/04, no Espaço Itaú Augusta, em São Paulo, os vencedores do 27º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, principal evento dedicado à cultura do documentário na América Latina, fundado e dirigido por Amir Labaki.

A programação exibiu um total de 78 longas e curtas-metragens em competição e hors-concours, de forma gratuita, em plataformas de streaming disponíveis em todo o território brasileiro. Além disso, neste ano, o festival retomou suas sessões presenciais, que aconteceram em São Paulo e no Rio de Janeiro. A cerimônia de encerramento contou também com a exibição de O Território, de Alex Pritz, uma coprodução entre Brasil, Dinamarca e EUA, que foi premiada no Festival de Sundance deste ano.

Os ganhadores dos prêmios de melhor longa-metragem brasileiro e internacional terão novas exibições entre os dias 11 e 12 de abril, às 21h, respectivamente, na plataforma É Tudo Verdade Play. Os curtas vencedores das mostras competitivas também serão exibidos na plataforma, a partir das 12h de 11/04, respeitando o limite de visionamentos.

O júri das competições brasileiras foi composto pela historiadora Eloá Chouzal; o diretor e fotógrafo de cinema e televisão Carlos Ebert; e o escritor, roteirista e cineasta Renato Terra. Dirigido por Ana Petta e Helena Petta, Quando Falta o Ar foi eleito o vencedor da Competição Brasileira de Longas e Médias-Metragens, e recebeu como prêmio R$ 20.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. O filme tem como tema a pandemia, destacando o trabalho de enfrentamento de médicas, enfermeiras, agentes de saúde, trazendo uma face da luta coletiva contra a Covid-19.

Já o melhor curta-metragem brasileiro, eleito pelo mesmo júri, foi Cantos de um Livro Sagrado, de Cesar Gananian e Cassiana Der Haroutiounian, que recebeu como prêmio R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. Além disso, o júri também ressaltou: “Na seleção de curtas, houve uma amplitude da temática negra refletida pelos olhares de autores negros. Os filmes Alágbedé, de Safira Moreira, e Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade, trazem novos ares para o pensamento cinematográfico brasileiro”.

Para as competições internacionais, o júri foi formado pelo cineasta e escritor brasileiro Luiz Bolognesi; pelo escritor, jornalista e designer uruguaio Hugo Burel; e pela cineasta norte-americana Megan Mylan. O grande vencedor da Competição Internacional de longas ou médias foi o polonês O Filme da Sacada, de Pawel Lozinski. No documentário, o diretor entrevista, da sacada do seu apartamento, em Varsóvia, pessoas que passam ali em frente. A partir desse dispositivo, traz histórias singulares e tratam dos modos como lidamos com a vida na condição de indivíduos; o longa recebeu R$ 12.000 e o Troféu É Tudo Verdade. Como Se Mede Um Ano?, de Jay Rosenblatt (EUA), foi escolhido pelo júri como melhor curta da competição e recebeu R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade.

Na cerimônia também foram anunciados alguns prêmios paralelos, como o Prêmio Canal Brasil de Curtas no valor de quinze mil reais; o vencedor, escolhido pelo júri formado por Flavia Guerra, Hannah Sloboda e Vitor Búrigo, foi Cadê Heleny?, de Esther Vital. E mais: o Prêmio Mistika, no valor de R$ 8.000,00 em serviços de pós-produção digital, foi anunciado junto ao prêmio oficial de melhor curta-metragem brasileiro; e teve também o Prêmio EDT, da Associação de Profissionais de Edição Audiovisual, para a melhor montagem de um curta e um longa.

Reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA como um festival classificatório para o Oscar, o É Tudo Verdade qualifica automaticamente as produções vencedoras nas competições brasileira e internacional de longas e médias e também de curtas-metragens para inscrição direta visando a disputa das estatuetas douradas.

Conheça os vencedores do É Tudo Verdade 2022:

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Quando Falta o Ar, de Ana Petta e Helena Petta

MENÇÃO HONROSA
Sinfonia de um Homem Comum, de José Joffily

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Cantos de um Livro Sagrado, de Cesar Gananian e Cassiana Der Haroutiounian

MENÇÃO HONROSA
Cadê Heleny?, de Esther Vital

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
O Filme da Sacada (Film Balkonowy/The Balcony Movie), de Pawel Lozinski (Polônia)

MENÇÃO HONROSA
Ultravioleta e as Gangues Cuspidoras de Sangue (Ultraviolette et le Gang des Cracheuses de Sang), de Robin Hunzinger (França)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Como se Mede um Ano? (How Do You Measure a Year?), de Jay Rosenblatt (EUA)

MENÇÃO HONROSA
Ali e Sua Ovelha Milagrosa (Ali and his Miracle Sheep), de Maythem Ridha (Iraque/Reino Unido)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Cadê Heleny?, de Esther Vital

PRÊMIO EDT (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual)
Melhor Montagem | Longa: Sinfonia de um Homem Comum, de José Joffily
Melhor Montagem | Curta: Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade

Foto: Marcos Finotti.

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