A curadoria dos longas e curtas-metragens foi realizada por Beatriz Saldanha, Carlos Primati e Yasmine Evaristo, que selecionaram 60 produções. A programação contou com quatro mostras competitivas e os vencedores foram contemplados com o Troféu Quibungo, criado pelo artista plástico e escultor cearense Alex Oliver.
Melhor longa-metragem: Follow Her, de Sylvia Caminer (EUA) Melhor curta-metragem internacional: La Nourrice (The Wet Nurse), de Arnold Pascau (França) Melhor curta-metragem brasileiro: Abdução, de Marcelo Lin (MG)
TROFÉU QUIBUNGO | CURTA-METRAGEM Júri: Raiane Ferreira e Diego Benevides
Melhor Filme Norte/Nordeste: Sideral, de Carlos Segundo (RN) Menção Honrosa: Pop Ritual, de Mozart Freire (CE) Melhor Direção: Marie Heyse, por Le Varou Menção Honrosa: Gabriela Alcântara, por Quando Chegar a Noite, Pise Devagar Melhor Roteiro: Os Últimos Românticos do Mundo, escrito por Henrique Arruda Menção Honrosa: Abdução, escrito por Marcelo Lin
PRÊMIO LABATUT
Prêmio Diversidade: Ar, de Marcelo Oliveira e William Oliveira (PE) Melhor criatura: Pop Ritual, de Mozart Freire (CE) Melhor cena de luta: Sayonara, de Chris Tex (SP)
Edmilson Filho no curta Única Saída, de Sérgio Malheiros.
A quarta edição do Cine Açude Grande – Festival de Cinema de Cajazeiras aconteceu entre os dias 10 e 13 de agosto no Sertão Paraibano com o melhor da produção nacional, paraibana, feminina e infantil.
O evento, que realizou sua última edição em 2019, é uma iniciativa que oferece uma ampla diversidade de produções cinematográficas, com a proposta de democratizar o acesso a filmes de produções regionais e nacionais, por meio de sessões públicas e gratuitas na cidade de Cajazeiras, na Paraíba.
A curadoria do Cine Açude Grande 2022 foi assinada por Ana Isaura Diniz, Eripetson Lucena e Marcílio Garcia de Queiroga. Além do voto popular, o festival, que é coordenado por Thalyta Lima e Veruza Guedes, teve um time de jurados para a escolha dos vencedores do troféu Mulher Rendeira: Ana Célia Gomes, Karuá Tapuia-Tarairiú e Daniel Dantas na Mostra Nacional; Neidinha Alves, Tainara Silva e Aline Ramos na Mostra Feminina; Lucas Japhet, Bruno Soares e Vitória Saenz na Mostra Paraibana; e por alunos das escolas municipais na Mostra Infantil.
Conheça os vencedores do IV Cine Açude Grande:
JÚRI POPULAR | MELHOR FILME
Mostra Nacional: Única Saída, de Sérgio Malheiros (RJ) Mostra Feminina: A Velhice Ilumina o Vento, de Juliana Segóvia (MT) Mostra Paraibana: Regresso ou Alguma Coisa que Criamos Sobre Nós, de Maycon Carvalho Mostra Infantil: Queen+, de Maria Luiza (PB)
MOSTRA NACIONAL | JÚRI TÉCNICO
Melhor Direção: Pedro Fiuza, por Vai Melhorar Melhor Roteiro: Casa com Parede, escrito por Dênia Cruz Melhor Ator: Ruan Aguiar, por Juízo, Menino… Melhor Atriz: Cássia Damasceno, por Vai Melhorar Melhor Montagem: Eu Espero o Dia da Nossa Independência, por Bruna Carvalho Almeida Melhor Fotografia: Juízo, Menino…, por Diogo Leobons Melhor Som: Vai Melhorar, por Eduardo Pinheiro, Pedro Osinski e Luiz Lepchak Melhor Direção de Arte: Única Saída, por Julio Cesar Carvalho e Bárbara Herrero
MOSTRA FEMININA | JÚRI TÉCNICO
Melhor Direção: Dênia Cruz, por Vila de Bilros Melhor Roteiro: Diriti de Bdè Burè, escrito por Silvana Beline Melhor Ator: Carlos Bruno, por Maia Melhor Atriz: Amanda Lebeis, por Maia Melhor Montagem: Miragem, por Vitor Celso Melhor Fotografia: Diriti de Bdè Burè, por Matheus Leandro Melhor Som: Vila de Bilros, por Marina de Lourdes e Icone Studio Melhor Direção de Arte: Diriti de Bdè Burè, por Silvana Beline
MOSTRA PARAIBANA | JÚRI TÉCNICO
Melhor Direção: Maycon Carvalho, por Regresso ou Alguma Coisa que Criamos Sobre Nós Melhor Roteiro: Joana, escrito por Pattrícia de Aquino Melhor Ator: Walbert Mattos, por Regresso ou Alguma Coisa que Criamos Sobre Nós Melhor Atriz: Maria Alice Pereira Santos, por Nem Todas as Manhãs são Iguais Melhor Montagem: Regresso ou Alguma Coisa que Criamos Sobre Nós, por Alhandra Campos Melhor Fotografia: Dance, por Érica Rocha Melhor Som: Aqueles que Estamos Esquecendo, por Luã Brito Melhor Direção de Arte: Confins, por Carlos Mosca
A diretora brasileira Julia Murat com o Leopardo de Ouro.
Foram anunciados neste sábado, 13/08, os vencedores da 75ª edição do Festival de Cinema de Locarno, considerado um dos principais festivais de cinema autoral do mundo. O Leopardo de Ouro, prêmio máximo do evento, foi entregue para o brasileiro Regra 34, de Julia Murat, da Competição Internacional de longas.
O longa conta a história de Simone, interpretada por Sol Miranda, uma jovem advogada, negra, que pagou a faculdade de direito com performances on-line de sexo. Ela acabou de passar em um concurso para defensora pública e, sua nova rotina, consiste em aulas em um curso preparatório para defensoria, o acompanhamento de sessões de acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica e aulas de kung fu.
Com o objetivo de despertar novamente o desejo sexual de Simone, Natália, papel de Isabela Mariotto, uma amiga de infância, envia um link de um vídeo de uma mulher negra praticando sadomasoquismo. O vídeo parece provocar em Simone tanto um desejo sexual quanto os seus medos mais profundos, em um misto de nojo e fascinação. Gradualmente, Simone entra em uma jornada de conhecimento das práticas de BDSM (Bondage, Discipline and Sadomasochist) com sua amiga Lucia, vivida por Lorena Comparato, e seu roommate Coyote, papel de Lucas Andrade. Porém, Lucia começa a se sentir desconfortável com a violência, qualificando o desejo de Simone como um reflexo do machismo da sociedade, expondo a contradição que essas práticas tem com o trabalho de defensoria pública em que ela atua. Simone precisa decidir se segue sua busca sozinha, descobrindo os limites entre o risco, o desejo e a obsessão.
Sobre a consagração do filme no festival, a diretora disse: “Ganhar esse prêmio nesse momento em que a extrema direita detém o poder no país, valoriza um filme que representa tudo o que eles odeiam e tentam exterminar”. Para Murat, esse é um filme sobre afeto, escuta e consensualidade; Regra 34 competiu no evento com 16 produções de diferentes países.
Com distribuição da Imovision, o filme conta também com Georgette Fadel, Márcio Vito, Rodrigo Bolzan, Dani Ornellas, Babu Santana, Lucas Gouvêa, Mc Carol, Simone Mazzer, Raquel Karro, Marcos Damigo, Julia Bernat, Marina Merlino, Samuel Toledo, Luiza Rolla e Yakini Kalid no elenco. O roteiro é assinado por Gabriela Capello, Julia Murat, Rafael Lessa e Roberto Winter.
O júri da Competição Internacional foi presidido pelo produtor Michel Merkt e contou também com: Prano Bailey-Bond, cineasta galês; Alain Guiraudie, diretor e roteirista francês; William Horberg, produtor americano; e Laura Samani, cineasta italiana.
Giovanni Venturini e o produtor Justin Pechberty com o Leopardo de Ouro.
Além disso, o curta-metragem Big Bang, de Carlos Segundo, uma coprodução entre Brasil e França, foi premiado com o Leopardo de Ouro da mostra Pardi di domani Concorso Corti d’autore. Com Giovanni Venturini e Aryadne Amâncio no elenco, o filme narra a história de Chico, um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Solitário, ele vive um conflito interno contínuo, resultado do sentimento do abandono familiar, principalmente o paterno, e da exclusão social que o persegue. Mas, Chico irá pouco a pouco descobrir uma forma de resistência e, por que não, de vingança. O curta uma produção da Les Valseurs e da Sopro do Tempo; a distribuição no Brasil é da Casa da Praia Filmes.
Giovanni Venturini, protagonista do filme, subiu ao palco e fez um discurso emocionante: “Hoje, estar aqui é significativo para mim. Talvez essa seja a primeira vez que uma pessoa com deficiência recebe esse prêmio. Sou ator há quinze anos, tenho fugido de personagens estereotipadas por anos. Eu estava num momento bastante desmotivado com a indústria brasileira de cinema quando veio o convite para protagonizar Big Bang e me encheu de esperança novamente. Muito obrigado ao diretor e meu amigo Carlos Segundo, pelo presente que foi esse filme. Obrigado à produtora francesa Les Valseurs. Esse prêmio não é apenas nosso, mas para todos os corpos invisíveis na sociedade. Que Big Bang cause uma grande explosão e revolução de ideias na criação de protagonistas de filmes, dando voz a diversidade que existe na nossa sociedade. Eu estou muito feliz, muito obrigado, Locarno!”.
Já o Leopardo de Ouro de melhor curta-metragem internacional foi para a produção cubana Soberane (Sovereign), dirigida e protagonizada por Wara, de Fortaleza, indígena e não-binária, que estuda na EICTV, Escuela Internacional de Cine y Televisión. Na trama, Hakan não deseja voltar ao Brasil, mas não sabe como dizer a Lissy que não pode mais lhe oferecer uma vida dos sonhos fora de Cuba. Hakan luta contra a indecisão quando Lissy descobre que ele escondeu dela a chance de sair da ilha. Fora das opções que lhes permitem ficar, Hakan deve aceitar a nova pessoa que ele se tornou para voltar para casa.
O júri da Pardi di domani foi formado por: Walter Fasano, montador italiano; Azra Deniz Okyay, cineasta turca; e Ada Solomon, produtora romena.
Outro destaque brasileiro foi É Noite na América, de Ana Vaz, uma coprodução entre Itália, França e Brasil. A obra recebeu Menção Especial no Pardo Verde WWF, prêmio ambiental do festival; o documentário retrata a batalha entre a expansão urbana de Brasília e o deslocamento de sua fauna local.
Conheça os vencedores do 75º Festival de Cinema de Locarno:
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
Leopardo de Ouro | Melhor Filme: Regra 34, de Julia Murat (Brasil/França) Prêmio Especial do Júri: Gigi la legge, de Alessandro Comodin (Itália/França/Bélgica) Melhor Direção: Valentina Maurel, por Tengo sueños eléctricos Melhor Atriz: Daniela Marín Navarro, por Tengo sueños eléctricos Melhor Ator: Reinaldo Amien Gutiérrez, por Tengo sueños eléctricos
MOSTRA CINEASTI DEL PRESENTE
Leopardo de Ouro | Melhor Filme: Svetlonoc (Nightsiren), de Tereza Nvotová (Eslováquia/República Checa) Prêmio Especial do Júri: Yak Tam Katia? (How is Katia?), de Christina Tynkevych (Ucrânia) Melhor Direção Emergente: Juraj Lerotić, por Sigurno mjesto (Safe Place) Melhor Atriz: Anastasia Karpenko, por Yak Tam Katia? (How is Katia?) Melhor Ator: Goran Marković, por Sigurno mjesto (Safe Place) Menção Especial: Den siste våren (Sister, What Grows Where Land Is Sick?), de Franciska Eliassen (Noruega)
PARDI DI DOMANI | COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
Leopardo de Ouro | Melhor curta-metragem internacional: Soberane (Sovereign), de Wara (Cuba) Leopardo de Prata: Buurman Abdi (Neighbour Abdi), de Douwe Dijkstra (Holanda) Melhor Direção: Total Refusal, por Hardly Working Medien Patent Verwaltung AG Award: Mulika, de Maisha Maene (República Democrática do Congo) Menção Especial: Madar tamame rooz doa mikhanad (Mother Prays All Day Long), de Hoda Taheri (Alemanha) Curta-metragem indicado ao European Film Awards: Buurman Abdi, de Douwe Dijkstra (Holanda)
PARDI DI DOMANI | Concorso Corti d’autore | Leopardo de Ouro: Big Bang, de Carlos Segundo (Brasil/França)
PRIMEIRO FILME
Melhor Primeiro Filme: Sigurno mjesto (Safe Place), de Juraj Lerotić (Croácia) Menção Especial: Love Dog, de Bianca Lucas (Polônia/México/EUA) e De noche los gatos son pardos, de Valentin Merz (Suíça)
PRÊMIO FIPRESCI: Stone Turtle, de Ming Jin Woo (Malásia/Indonésia) PRÊMIO ECUMÊNICO: Hikayat elbeit elorjowani (Tales of the Purple House), de Abbas Fahdel (Líbano/Iraque/França) PRÊMIO EUROPA CINEMAS LABEL: Nação Valente (Tommy Guns), de Carlos Conceição (Portugal/França/Angola)
Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores do Festival de Locarno 2022.
Fotos: Locarno Film Festival/Ti-Press/Massimo Pedrazzini e Samuel Golay.
Cena do curta Nazaré: do Verde ao Barro, de Juraci Júnior.
A segunda edição da Mostra Sumé de Cinema acontecerá entre os dias 2 e 4 de setembro na Praça José Américo, em Sumé, no Cariri paraibano, com exibições de filmes e videoclipes, além de diversas atividades paralelas.
Para esta edição, 569 obras, de 24 estados brasileiros, foram inscritas. A curadoria foi assinada por: Amanda Ramos, produtora e educadora; Virgínia Gualberto, cineasta, poetisa e professora; e Yanara Galvão, educadora audiovisual, cineclubista e professora.
Além dos filmes, a Mostra Sumé de Cinema, idealizada e coordenada por Ana Célia Gomes, contará com atividades como: debate Cinema Paraibano e os desafios da Produção Audiovisual: Caminhos e Perspectivas; oficina Documentando, ministrada por Marlom Meirelles; exposição Backpack4life, do cineasta e fotógrafo Marcelo Paes de Carvalho; entre outras.
Conheça os títulos selecionados para a 2ª Mostra Sumé de Cinema:
MOSTRA BRASIL
A Tradicional Família Brasileira Katu, de Rodrigo Sena (RN) Avôa, de Lucas Mendes (PB) Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio (PE) Eu Sou Raiz, de Cíntia Lima e Lílian de Alcântara (PE) Joana, de Pattrícia de Aquino (PB) Kikazaru, de Matheus Cabral (ES) Nazaré: do Verde ao Barro, de Juraci Júnior (RO) O Caminho das Águas, de Antonio Fargoni e Karla Ferreira (PE) Os Congos, de Raquel Cardoso da Silva (RN) Quanto Mais?, de Lucas de Jesus (BA) Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN) Vendo Boto, de Nonato Tavares (AM)
MOSTRA PARAÍBA
Aluísio, o Silêncio e o Mar, de Luiz Carlos Vasconcelos (João Pessoa) Anjos Cingidos, de Laercio Ferreira Filho e Maria Tereza Azevedo (Aparecida) Cercas, de Ismael Moura (Cuité) Confins, de Carlos Mosca (Lagoa Seca) Filhos de Sumé, de Allison Costa Cardoso (Sumé) Mais que 1000 Palavras, de Eduardo Moreira (Cabedelo) Nem Todas as Manhãs São Iguais, de Fabi Melo (Campina Grande) Remoinho, de Tiago A. Neves (Ingá) Terra Vermelha, de Allan Marcus e Leonardo Gonçalves (Alagoa Grande) Um Som de Resistência, de Genilson de Coxixola (Coxixola)
MOSTRA RITMOS
Aonde For Eu Vou, de Dom Pepo; direção: Matheus Gepeto e Bernardo Silvino (videoclipe) (MG) Chacal, de Vamo Vovó Big Band; direção: Júlia Rodrigues e Fernanda Scudeller (videoclipe) (SP) Chorar, de Karola Nunes e Pacha Ana feat. Curumin; direção: Juliana Segóvia (videoclipe) (MT) Cidade Fantasma, de Bloco do Caos e Marina Peralta; direção: Rodrigo Rímoli (videoclipe) (SP) Cordel da Mulher Paraibana, de Mayana Neiva; direção: Kennel Roggis (PB) Dona do Gozo, de Caburé feat. Val Donato; direção: Yuri da Costa (videoclipe) (PB) Faz-se Book, de Os Maninhos; direção: Rodrigo Soares Chaves (videoclipe) (MG/AM) Jodele, de Primavera Blue; direção: Ana Diniz (videoclipe) (PB) Meu Amorzim, de PC Silva; direção: Tiago Martins Rêgo (videoclipe) (PE) Não Podem Parar, de Udi Santos feat B.ART; direção: Udi Santos (videoclipe) (BA) Oyá Ê, de Naná Martins; direção: Anderson Rufino (videoclipe) (AL) Rufar, de Big Black; direção: Big Black e Vila Ventura Filmes (videoclipe) (BA) Translúcido, de Marcos Reis (experimental) (RJ) Trapped in Our Bones, de Severino Aires; direção: Eduardo Moreira (videoclipe) (PB) Tudo Passa, de Elô; direção: Pedro Olaia (videoclipe) (videoclipe) (PA) Vem pra Roda, de Maracatech; direção: Vitor Hugo Sales (videoclipe) (SP)
Elenco do longa Ela e Eu, de Gustavo Rosa de Moura.
Foram anunciados nesta quinta-feira, 11/08, os selecionados para as mostras competitivas da 45ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, que acontecerá entre os dias 23 e 30 de setembro, em formato híbrido, em São Luís, no Maranhão, e ações em plataformas digitais.
Os filmes abrangem as cinco regiões do país, representadas por 14 estados da federação. A mostra com o maior número de obras é a de videoclipes, com 26 produções. Também serão exibidos 21 curtas-metragens nacionais, dez curtas maranhenses, oito longas nacionais, sete reportagens, quatro filmes publicitários e três longas maranhenses. Além das mostras competitivas, o festival realizará mostras paralelas, que não concorrem à premiação; as obras desta programação serão divulgadas no dia 12 de agosto.
Os selecionados para as mostras competitivas e paralelas passaram pela avaliação de cineastas e pesquisadores importantes do audiovisual local e nacional. A comissão de pré-seleção foi formada por Camila de Moraes, Erly Vieira Jr, Isa Albuquerque, Manoel Leite, Marcus Túlio, Rafaela Gonçalves e Stella Lindoso, que coordenou a equipe. Em carta, os membros da comissão afirmam que: “as obras selecionadas são todas produções do seu tempo, que refletem temas latentes, passando pelos mais diversos gêneros e formatos e que prometem entreter, divertir, informar e intrigar os mais diversos públicos”.
Toda a programação do Guarnicê será disponibilizada gratuitamente. Ainda em agosto, o festival deve anunciar quais espaços receberão as exibições em São Luís. Na data de realização, os filmes também estarão disponíveis no site oficial e no aplicativo CineGuarnicê.
Conheça os títulos selecionados para o 45º Festival Guarnicê de Cinema:
LONGA-METRAGEM | NACIONAL
A Matéria Noturna, de Bernard Lessa (ES) A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry (CE) Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida (BA) Ela e Eu, de Gustavo Rosa de Moura (SP) Germino Pétalas no Asfalto, de Coraci Ruiz e Julio Matos (SP) Manguebit, de Jura Capela (PE) Máquina do Desejo, de Joaquim Castro e Lucas Weglinski (SP) Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho (AC)
CURTA-METRAGEM | NACIONAL
A Lista, de Luciana de Oliveira (RJ) Amai-vos, de Ralph Campos (RJ) Angu Recheado de Senzala, de Stanley Albano (MG) Ava Kuña, Aty Kuña; Mulher Indígena, Mulher Política, de Fabiane Medina, Julia Zulian e Guilherme Sai (SP/MS) Benzedeira, de San Marcelo e Pedro Olaia (PA) Bianca – Olhe, Ame, Cuide. Trans São Joias, de Marcos Castro (PE) Cantos Caboclos, de Bruno Saphira (BA) Cem Pilum: A História do Dilúvio, de Thiago Morais (AM) Central de Memórias, de Rayssa Coelho e Filipe Gama (BA) Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP) Cidade Sempre Nova, de Jefferson Cabral (RN) Como Respirar Fora D’água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros (SP) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ) Maktub, de Joaquim Haickel e Coi Belluzzo (MA/SP) Maués – A Garça, de Isabelle Amsterdam (AC) Nome Sujo, de Artur Roraimana (RR) O Ovo, de Rayane Teles (BA) Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS) Romeu e Julieta, de Adriana Somacal (RS) Sideral, de Carlos Segundo (RN) Terra 333, de Keyci Martins (MA)
LONGA-METRAGEM | MARANHENSE
Curupira – O Demônio da Floresta, de Erlanes Duarte Medéia Sub Imersa, de Fáilon Aletos Os Fãs Mais Rebeldes que a Banda, de Chris Araujo, João Luciano e Tamires Cecim (MA/PA)
CURTA-METRAGEM | MARANHENSE
Amo, Poeta e Cantador: Murais da Memória pelo Maranhão, de Jonas Sakamoto Batalhas da Ilha, de Lucas Silva Caminhos da Invenção, de Laylla Bianca dos Santos Pereira Cidade Entre Rios, de Leonardo Mendes e Weslley Oliveira (MA/PI) Eneida e as Entranhas do Desterro, de Claudia Marreiros Filhos da Barriguda, de Thais Lima Sangue’s, de Rose Panet Skylark, de D’glan Ramon Vôs do Munim, de Claudia Marreiros ZBM: Entre Risos e Amarguras, de Vanessa Travincas
VIDEOCLIPES
4 Por 4, de Enme; direção: Enme Paixão e Jessica Lauane A Dona do Fuxico, de Alexandra Nicolas; direção: Thais Lima Amola Coco, de Tássio Serêjo; Direção: Tássio Serêjo Apuros, de Milena Mourão; direção: Milena Mourão Audaz, de Vicente Melo; direção: César Barata Balança, de Gugs; direção: Gugs Brilho do Sol, de Doka (Dornele França), EuMudo (Cleiton Santos); direção: Cleiton Santos e Weslley Oliveira Chega de Dizer que não dá, de Normando França; direção: César Barata Coração do Loko Part. II, de Bruno Loko; direção: Douglas Moraes Ribeiro Curare, de Beto Ehong; direção: Beto Ehong e Inácio Araújo Dama da Quebrada, de Enme; direção: Jefferson Carvalho e Enme Paixão Deixa Eu Te Falar, de Aline Roberta; direção: Waldemar Castro Em Chama, de Inxama; direção: Victor Rivera, Pedro Sarfatti e Marley Moraes Eu Entendo Belchior, de Emilio Sagaz; direção: Emilio Sagaz Feira da Praia Grande, de Helf; direção: Gabi Moraes Lost My Mind, de Luisa Dam; direção: Waldemar Castro Magia Negra, de Enme feat. Bixarte; direção: Enme Paixão Me Conheça, de Aslan; direção: Jefferson Carvalho Menina, de PP, Poeta Marginal; direção: Jhonatan SIlva e Pietra de Ofá Não Precisei Dizer Mais Nada, de Banda Aroeira; direção: Daniel Torres No Pain, No Gain, de Jadsuel Monteiro; direção: Jadsuel Monteiro Oração Latina, de Michael Mesquita; direção: Michael Mesquita Quatro Cantos da Ilha, de Tony Soubler; direção: Manlio Macchiavello Surto, de Vitor Pazin; direção: Daniel Torres e Vitor Pazin Unlived Life, de Hugão Away; direção: Marcelo Cunha Virada da Década, de Marco Gabriel; direção: Jessica Lauane, Renata Fortes e Wesley Oliveira
FILMES PUBLICITÁRIOS
Aniversário de São Luís, de Vicente Simão Jr. Cartavô, de Marcelo Cunha Demodê Manifesto, de Fábio Barros, Maria Zeferina e Áurea Maranhão Feira do Empreendedor, de Paula Veloso
REPORTAGENS AUDIOVISUAIS
15 Anos Sem Gerô – Campanha #22Dias de Combate a Tortura e pelo Desencarceramento; repórter e direção: Dicy Rocha (SMDH) 20 anos do CCN – Negro Cosme de Imperatriz – MA; repórter: Domingos de Almeida; direção: Suzete Gaia (Prosa de Pret@) Histórias e Versões da Fundação de São Luís; repórter: Natália Macedo; direção: Glaucione Pedrozo (TV Assembleia) Personalidades Maranhenses: Lilah Lisboa; repórter: Marcia Carvalho Quilombo Urbano: Diversidade Cultural do Bairro da Liberdade; repórter: Márcia Carvalho (TV Assembleia) Série Autismo: Saiba as Principais Características de uma Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; repórter: Ananda Fontenele; direção: Sophia Lustosa (TV Assembleia) Série Personalidades Maranhenses: Os Bastidores da História de Apolônia Pinto; repórter: Marcia Carvalho; direção: Ananda Fontenele (TV Assembleia)
Maeve Jinkings no longa Carvão, de Carolina Markowicz.
Considerado o mais importante festival de cinema da Espanha e um dos mais antigos da Europa, o Festival Internacional de Cinema de San Sebastián é também um dos mais prestigiados do mundo. Seu principal prêmio, a Concha de Ouro, é entregue ao melhor filme em competição da Seleção Oficial.
Nesta 70ª edição, que acontecerá entre os dias 16 e 24 de setembro, o cinema brasileiro ganha destaque na mostra Horizontes Latinos com Carvão, de Carolina Markowicz; a seção apresenta uma seleção de longas-metragens ainda não lançados na Espanha, produzidos na América Latina, dirigidos por cineastas de origem latina ou que abordem temas sobre comunidades latinas no resto do mundo.
No filme, que também foi selecionado recentemente para o Festival de Toronto, Maeve Jinkings interpreta Irene que, com seu marido, Jairo, papel de Rômulo Braga, tem uma pequena carvoaria no quintal de casa. Eles têm um filho pequeno, Jean, vivido por Jean Costa, e o pai dela não sai mais da cama, não fala e não ouve. A família recebe uma boa proposta, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa, numa pequena cidade no interior. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar; nem sempre para melhor.
O Brasil também marca presença na mostra WIP LATAM, que traz seis filmes latino-americanos em fase de pós-produção, que serão exibidos para um público de profissionais especializados. Todos os títulos concorrem ao WIP Latam Industry e ao EGEDA Platino Industria Awards, e também são elegíveis ao Prêmio Projeto Paradiso. Aqui, o cinema nacional aparece com Casa no Campo, de Davi Pretto; e Estranho Caminho, de Guto Parente, uma coprodução com Portugal.
Paralelo ao festival, o cinema brasileiro também se destaca no 10º Prêmio Sebastian Latino, que elege o melhor longa latino-americano que representa a defesa das demandas e valores da comunidade LGTBI em toda a extensão do continente. Os títulos nacionais que estão na disputa são: Marte Um, de Gabriel Martins; e Coração Errante, de Leonardo Brzezicki, coprodução entre Argentina, Brasil, Holanda e Chile. O vencedor será anunciado ainda em agosto e escolhido por um júri formado por membros da GEHITU, Associação Basca de Gays, Lésbicas, Transexuais e Bissexuais; no ano passado, o brasileiro Medusa, de Anita Rocha da Silveira, foi o grande vencedor.
Enquanto isso, na disputa pela Concha de Ouro, prêmio máximo do evento, vale destacar a presença de Pornomelancolía, de Manuel Abramovich, uma coprodução entre Argentina, França, Brasil (representado por Rachel Daisy Ellis, da Desvia Filmes) e México.
Neste ano, o cineasta canadense David Cronenberg e a atriz francesa Juliette Binoche, que estampa o pôster do festival, serão homenageados com o Donostia Award. Além disso, a programação contará também com uma retrospectiva do cineasta francês Claude Sautet e a exibição da série inédita Apagón, de cinco episódios, dirigida por Rodrigo Sorogoyen, Raúl Arévalo, Isa Campo, Alberto Rodríguez e Isaki Lacuesta.
Conheça os filmes selecionados para o 70º Festival de San Sebastián:
SELEÇÃO OFICIAL
El Sostre Groc, de Isabel Coixet (Espanha) (fora de competição) El suplente, de Diego Lerman (Argentina/Espanha/Itália/México/França) Girasoles silvestres, de Jaime Rosales (Espanha/França) Great Yarmouth: Provisional Figures, de Marco Martins (Portugal/França/Reino Unido) Hyakka (A Hundred Flowers), de Genki Kawamura (Japão) Il Boemo, de Petr Václav (República Checa/Itália/Eslováquia) La consagración de la primavera, de Fernando Franco (Espanha) La Maternal, de Pilar Palomero (Espanha) La (très) grande évasion (Tax Me If You Can), de Yannick Kergoat (França) (fora de competição) Le Lycéen, de Christophe Honoré (França) Los reyes del mundo, de Laura Mora (Colômbia/Luxemburgo/França/México/Noruega) Modelo 77, de Alberto Rodríguez (Espanha) (filme de abertura) (fora de competição) Pornomelancolía, de Manuel Abramovich (Argentina/França/Brasil/México) Resten af livet (Forever), de Frelle Petersen (Dinamarca) Runner, de Marian Mathias (EUA/Alemanha/França) Sparta, de Ulrich Seidl (Áustria/França/Alemanha) Suro, de Mikel Gurrea (Espanha) The Wonder, de Sebastián Lelio (Reino Unido/Irlanda) Top (Walk Up), de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
NEW DIRECTORS
A los libros y a las mujeres canto, de Maria Elorza (Espanha) CARBON, de Ion Borș (Moldávia/Romênia/Espanha) Den Store Stilhed (The Great Silence), de Katrine Brocks (Dinamarca) Fifi, de Jeanne Aslan e Paul Saintillan (França) Foudre (Thunder), de Carmen Jaquier (Suíça) Garbura (Carbide), de Josip Žuvan (Croácia) Grand Marin, de Dinara Drukarova (França) Jeong-sun, de Ji-hye Jeong (Coreia do Sul) La hija de todas las rabias, de Laura Baumeister (Nicarágua/México/Holanda/Alemanha/França/Noruega/Espanha) Miyamatsu to Yamashita (Roleless), de Masahiko Sato, Yutaro Seki e Kentaro Hirase (Japão) Nagisa, de Takeshi Kogahara (Japão) Pokhar ke dunu paar (On Either Sides of the Pond), de Parth Saurabh (Índia) Secaderos (Tobacco Barns), de Rocío Mesa (Espanha/EUA)
HORIZONTES LATINOS
1976, de Manuela Martelli (Chile) Carvão, de Carolina Markowicz (Brasil) Dos Estaciones, de Juan Pablo González (México/França/EUA) El caso Padilla, de Pavel Giroud (Espanha/Cuba) La jauría, de Andrés Ramírez Pulido (França/Colômbia) La piel pulpo, de Ana Cristina Barragán (Equador/Grécia/México/Alemanha/França) (filme de encerramento) Mi país imaginario, de Patricio Guzmán (França/Chile) (filme de abertura) Ruido, de Natalia Beristain (México) Sublime, de Mariano Biasin (Argentina) Tengo sueños eléctricos, de Valentina Maurel (Bélgica/França/Costa Rica) Un varón, de Fabián Hernández (Colômbia/França/Holanda/Alemanha) Vicenta B., de Carlos Lechuga (Cuba/França/EUA/Colômbia/Noruega)
ZABALTEGI TABAKALERA
Cerdita (Piggy), de Carlota Pereda (Espanha/França) Cuerdas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha) El agua (The Water), de Elena López Riera (Suíça/França/Espanha) Hirugarren koadernoa (The Third Notebook), de Lur Olaizola (Espanha)
PERLAK
As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen (Espanha/França) Los renglones torcidos de Dios, de Oriol Paulo (Espanha) (filme de encerramento) Un año, una noche, de Isaki Lacuesta (Espanha/França)
PRÊMIO DONOSTIA | EXIBIÇÕES
Avec amour et acharnement, de Claire Denis (França) Crimes of the Future, de David Cronenberg (Canadá/Grécia)
VELODROME
Black is Beltza II: Ainhoa, de Fermin Muguruza (Espanha) Rainbow, de Paco León (Espanha) Sintiéndolo mucho, de Fernando León de Aranoa (Espanha/México)
10º SEBASTIAN LATINO AWARD
Coração Errante, de Leonardo Brzezicki (Argentina/Brasil/Holanda/Chile) Marte Um, de Gabriel Martins (Brasil) Petit Mal, de Ruth CaudelI (Colômbia) Sublime, de Mariano Biasin (Argentina) Un Varón, de Fabián Hernández (Colômbia/França/Holanda/Alemanha)
Wagner Moura no palco: oito prêmios para Marighella.
Foram anunciados nesta quarta-feira, 10/08, os vencedores da 21ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que consagrou o longa Marighella, de Wagner Moura, com oito troféus Grande Otelo, entre eles, o de melhor longa-metragem de ficção; o filme liderava a lista com 17 indicações.
Com apresentação de Camila Pitanga e Silvero Pereira, a cerimônia, que marcou a volta ao formato presencial, foi realizada na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, e apresentou imagens de produções que marcaram a história do audiovisual brasileiro; o ator também interpretou três canções durante a noite: Sujeito de Sorte, de Belchior, Maria Maria, de Milton Nascimento, e Dias Melhores Virão, de Rita Lee e Roberto de Carvalho.
Com direção de Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes, o evento foi transmitido ao vivo pelo YouTube da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais e pelo Canal Brasil, com sinal aberto para não assinantes no Globoplay, que apresentou um aquecimento com comentários de Simone Zuccolotto e Karine Teles.
Ao todo, foram anunciados 32 prêmios escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema. Além disso, os indicados nas categorias de melhor longa-metragem de ficção, melhor longa documental e melhor longa-metragem de comédia concorreram ao disputado prêmio de melhor filme pelo Júri Popular; o vencedor foi O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte.
Neste ano, a Academia fez uma homenagem coletiva às mulheres produtoras de cinema, além de celebrar os 60 anos do filme O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, único longa-metragem brasileiro a conquistar a Palma de Ouro no Festival de Cannes; Anibal Massaini Neto, filho do produtor Osvaldo Massaini, subiu ao palco ao lado do ator Antonio Pitanga.
Com sede no Rio de Janeiro e representatividade nacional, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é uma entidade independente criada no dia 20 de maio de 2002 com a finalidade, entre outras, de instituir o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e contribuir para a discussão, promoção e fortalecimento da indústria audiovisual em todo o Brasil.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é presidida por Renata Almeida Magalhães e a diretoria é composta por Paulo Mendonça (vice-presidente), Bárbara Paz (diretora secretária) e três novos membros: Jeferson De (diretor de comunicação), Ariadne Mazzetti (diretora financeira) e Allan Deberton (diretor social).
Conheça os vencedores do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:
MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO Marighella, de Wagner Moura
MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA Depois a Louca Sou Eu, de Julia Rezende
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO A Última Floresta, de Luiz Bolognesi
MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL Turma da Mônica – Lições, de Daniel Rezende
MENÇÃO HONROSA | LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral
MELHOR FILME | JÚRI POPULAR O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte
MELHOR DIREÇÃO Daniel Filho, por O Silêncio da Chuva
MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM Wagner Moura, por Marighella
MELHOR ATRIZ Dira Paes, por Veneza
MELHOR ATOR Seu Jorge, por Marighella
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Zezé Motta, por Doutor Gama
MELHOR ATOR COADJUVANTE Rodrigo Santoro, por 7 Prisioneiros
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Deserto Particular, escrito por Henrique dos Santos e Aly Muritiba
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Marighella, escrito por Felipe Braga e Wagner Moura
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA Marighella, por Adrian Teijido
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE Marighella, por Frederico Pinto
MELHOR FIGURINO Marighella, por Verônica Julian
MELHOR MAQUIAGEM Veneza, por Martín Macías Trujillo
MELHOR EFEITO VISUAL Contos do Amanhã, por Pedro de Lima Marques
MELHOR MONTAGEM | FICÇÃO Piedade, por Karen Harley
MELHOR MONTAGEM | DOCUMENTÁRIO A Última Floresta, por Ricardo Farias
MELHOR SOM Marighella, por George Saldanha, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato
MELHOR TRILHA SONORA Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, por André Abujamra e Márcio Nigro
MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO Mitos Indígenas em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO Yaõkwa, Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli
MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO Ato, de Bárbara Paz
MELHOR FILME IBERO-AMERICANO Ema, de Pablo Larraín; distribuidora brasileira: Imovision (Chile)
MELHOR FILME INTERNACIONAL Nomadland, de Chloé Zhao; distribuidora brasileira: Disney (EUA)
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA | ANIMAÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT Angeli The Killer (2ª temporada) (Canal Brasil); Produtora: Coala Produções Audiovisual; Direção Geral: Cesar Cabral
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA | DOCUMENTÁRIO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT Transamazônica – Uma Estrada para o Passado (1ª temporada) (HBO e HBO Go); Produtora: Ocean Films; Direção Geral: Jorge Bodanzky
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT Dom (1ª temporada) (Amazon Prime Video); Produtora: Conspiração; Direção Geral: Breno Silveira
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV ABERTA Sob Pressão (4ª temporada) (Globo); Produtora: Conspiração; Direção Geral: Andrucha Waddington
A 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que começa nesta sexta-feira, 12/08, e segue até 20 de agosto, revelou os nomes dos profissionais que escolherão os vencedores dos kikitos deste ano.
Como de costume, realizadores, produtores, atores e atrizes, pesquisadores, acadêmicos, profissionais do audiovisual e críticos de cinema têm a missão de escolher quem leva os prêmios do Festival de Cinema de Gramado. Cada categoria tem um júri próprio que define os vencedores, além do Júri da Crítica, que escolhe os melhores do ponto de vista dos jornalistas especializados.
Os membros do júri de longas-metragens brasileiros são: a cineasta Sabrina Fidalgo, a produtora Renata Almeida Magalhães, a atriz Bete Mendes, o diretor Luiz Carlos Lacerda e o ator Tarcísio Filho. O júri de longas-metragens estrangeiros é composto por: Gisela Pérez, programadora, Hebe Tabachnik, produtora, Emiliano Cunha, cineasta, Renata de Almeida, programadora, e pelo apresentador e jornalista Zeca Camargo.
Os vencedores da nova mostra competitiva de longas-metragens documentais serão escolhidos pelo fotógrafo Gilberto Perin e pelos cineastas Edu Felistoque e Susanna Lira. O júri de longas-metragens gaúchos é composto pela produtora Clélia Bessa, pelo sócio-diretor da Vitrine e Manequim Filmes, Felipe Lopes e pela programadora Monica Kanitz; o ator gaúcho Sirmar Antunes, que faleceu no último sábado, 06/08, integraria o júri ao lado de Clélia, Felipe e Monica.
O diretor Ariel de Souza Ferreira, o montador Germano de Oliveira, o ator Nando Cunha, a atriz Hermila Guedes e o diretor Paulo Tavares são os nomes que formam o júri de curtas-metragens brasileiros. O júri de curtas-metragens gaúchos é composto pelo diretor Léo Tabosa, pela produtora Letícia Friedrich, pela professora e crítica de cinema Maria Caú, pelo diretor Bhig Villas Bôas e pela roteirista, produtora e realizadora Thaís Vidal.
O Júri da Crítica é formado pelos críticos de cinema Victor Hugo Furtado, Ivonete Pinto, Carlos Helí de Almeida, Barbara Demerov e Luiz Carlos Merten.
O resultado da escolha dos jurados será revelado no dia 20 de agosto, sábado, na grande noite de premiação do 50º Festival de Cinema de Gramado, que será realizada no Palácio dos Festivais.
Joana Darc Furtado em Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta.
A 47ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontecerá entre os dias 8 e 18 de setembro, divulgou, ao longo da semana, novos títulos e novidades para este ano; o evento é considerado um dos mais importantes do cinema mundial e conhecido como um termômetro para o Oscar.
Nas mostras Discovery, Midnight Madness e Wavelengths são 54 títulos de cineastas representando 26 países: “Para o público que conhece o TIFF, esses três aventureiros programas recompensam o espectador por assumir riscos. Seja a descoberta de um novo autor audacioso, um trabalho visionário brilhante que reimagina a narrativa ou a experiência cinematográfica mais perversa que você já teve, é aqui que você encontrará”, disse Anita Lee, diretora de programação do TIFF.
A mostra Discovery é considerada uma vitrine de cinema e talento do mundo todo, com trabalhos ousados e distintos: “O programa deste ano oferece 24 filmes que nos chocaram profundamente, nos encheram de alegria, partiram nossos corações e, o mais importante, nos lembraram que o futuro é brilhante”, disse Dorota Lech, programadora internacional do TIFF.
Já sobre o programa Midnight Madness, Peter Kuplowsky, curador, disse: “Este ano, os fãs do estranho e do cruel passarão a maior parte do TIFF vivendo em um paraíso”. Ele também destacou o filme de abertura Weird: The Al Yankovic Story, de Eric Appel, cinebiografia de Alfred Matthew Yankovic, mais conhecido como “Weird Al” Yankovic, e protagonizada por Evan Rachel Wood e Daniel Radcliffe.
Apresentando uma mistura de autores e artistas visuais consagrados e cineastas emergentes, a mostra Wavelengths deste ano traz oito longas, dois programas de curtas e uma exposição, colocando obras atemporais e duradouras ao lado de projetos de extrema urgência contemporânea. Aqui, o cinema brasileiro marca presença com Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, uma coprodução entre Brasil e Portugal, com Joana Darc Furtado, Léa Alves, Andreia Vieira, Débora Alencar e Gleide Firmino no elenco; o filme foi exibido no Festival de Berlim e premiado no IndieLisboa.
Com fotografia de Joana Pimenta, montagem de Cristina Amaral e trilha sonora da banda Muleka 100 Calcinha, a sinopse diz: no ano de 2013, a Polícia Militar do Distrito Federal desencadeou uma grande operação de combate ao tráfico de drogas em Ceilândia, periferia de Brasília, desarticulando várias pequenas redes de comércio ilegal. Dezesseis homens foram presos. Um ano depois, as companheiras destes homens assumem o negócio. Rapidamente elas estabelecem o seu próprio espaço de ação, impondo novos códigos, reorganizando modos de produção e criando novas relações de trabalho. Sua disputa por poder econômico, simbólico e territorial lentamente se transforma numa guerra. Elas clamam espaço para o corpo feminino periférico e seus próprios códigos de ação. Elas são o mapa de um novo território.
Andréa Picard, curadora sênior do TIFF, comentou sobre a mostra Wavelengths: “A programação deste ano reinventa as possibilidades do cinema de maneira inspiradora e rejuvenescedora. O próprio programa continua a defender o cinema como arte em um clima cada vez mais desafiador para trabalhos não comerciais e não convencionais. Os cineastas e artistas da edição deste ano expandem a linguagem do filme e do vídeo, empregando abordagens narrativas, documentais, híbridas e formalistas para afirmar o status do filme como uma forma de arte autônoma e o próprio cinema como uma experiência essencial e comunitária”.
Outra novidade revelada foi a seleção da mostra Primetime, que traz sete séries de televisão atraentes e instigantes de todo o mundo, incluindo cinco estreias mundiais: “O TIFF reconhece a narrativa serializada como um dos meios criativos mais inovadores da atualidade”, disse Anita Lee.
Além disso, Cameron Bailey, CEO do TIFF, anunciou que Dalíland, cinebiografia de Salvador Dalí, dirigida por Mary Harron, será o filme de encerramento desta edição. O longa é protagonizado por Ben Kingsley e conta também com Barbara Sukowa, Ezra Miller, Christopher Briney, Rupert Graves e Andreja Pejic no elenco.
Bailey também revelou que o TIFF Tribute Award for Performance deste ano será entregue para o elenco de My Policeman, filme dirigido por Michael Grandage, que conta com Harry Styles, Emma Corrin, Gina McKee, Linus Roache, David Dawson e Rupert Everett.
Conheça os novos filmes selecionados para o 47º Festival de Toronto:
DISCOVERY
A Gaza Weekend, de Basil Khalil (Reino Unido/Palestina) A Long Break, de Davit Pirtskhalava (Geórgia) Aristotle and Dante Discover the Secrets of the Universe, de Aitch Alberto (EUA) Baby Ruby, de Bess Wohl (EUA) Carmen, de Benjamin Millepied (Austrália/França) I Like Movies, de Chandler Levack (Canadá) La Hija de todas las Rabias, de Laura Baumeister (Nicarágua) Pussy, de Joseph Amenta (Canadá) Return to Seoul, de Davy Chou (Coreia do Sul/França/Alemanha/Bélgica) ROSIE, de Gail Maurice (Canadá) Runner, de Marian Mathias (EUA/França/Alemanha) SHIMONI, de Angela Wanjiku Wamai (Quênia) Snow and the Bear, de Selcen Ergun (Turquia/Alemanha/Sérvia) Something You Said Last Night, de Luis De Filippis (Canadá/Suíça) Susie Searches, de Sophie Kargman (EUA) Sweet As, de Jub Clerc (Austrália) The Inspection, de Elegance Bratton (EUA) (filme de abertura) The Taste of Apples is Red, de Ehab Tarabieh (Israel/Alemanha) The Young Arsonists, de Sheila Pye (Canadá) This Place, de V.T. Nayani (Canadá) Unruly (Ustyrlig), de Malou Reymann (Dinamarca) Until Branches Bend, de Sophie Jarvis (Canadá) When Morning Comes, de Kelly Fyffe-Marshall (Canadá)
MIDNIGHT MADNESS
Leonor Will Never Die, de Martika Ramirez Escobar (Filipinas) (filme de encerramento) Pearl, de Ti West (EUA) Project Wolf Hunting, de Kim Hongsun (Coreia do Sul) Sick, de John Hyams (EUA) Sisu, de Jalmari Helander (Finlândia) The Blackening, de Tim Story (EUA) The People’s Joker, de Vera Drew (EUA) V/H/S 99, de Flying Lotus, Johannes Roberts, Maggie Levin, Tyler MacIntyre, Vanessa & Joseph Winter (EUA) Venus, de Jaume Balagueró (Espanha) Weird: The Al Yankovic Story, de Eric Appel (EUA) (filme de abertura)
WAVELENGTHS | LONGAS-METRAGENS
Concrete Valley, de Antoine Bourges (Canadá) De Humani Corporis Fabrica, de Véréna Paravel e Lucien Castaing-Taylor (França/Suíça) Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues (Portugal/França) Horse Opera, de Moyra Davey (EUA) Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Portugal/Brasil) Pacifiction, de Albert Serra (França/Espanha/Alemanha/Portugal) Queens of the Qing Dynasty, de Ashley McKenzie (Canadá) Unrest (Unrueh), de Cyril Schäublin (Suíça)
WAVELENGTHS | CURTAS-METRAGENS
After Work, de Céline Condorelli e Ben Rivers (Reino Unido) Bigger on the Inside, de Angelo Madsen Minax (EUA) EVENTIDE, de Sharon Lockhart (EUA) F1ghting Looks Different 2 Me Now, de Fox Maxy (Mesa Grande Reservation/EUA) Fata Morgana, de Tacita Dean (Reino Unido/EUA) Hors-titre, de Wiame Haddad (França) I Thought the World of You, de Kurt Walker (Canadá) Moonrise, de Vincent Grenier (EUA/Canadá) Puerta a Puerta, de Jessica Sarah Rinland e Luis Arnías (México/EUA/Venezuela) The Newest Olds, de Pablo Mazzolo (Argentina/Canadá) The Time That Separates Us, de Parastoo Anoushahpour (Canadá/Jordânia/Palestina) What Rules the Invisible, de Tiffany Sia (EUA)
PRIMETIME PROGRAMME
1899, de Baran bo Odar e Jantje Friese (Alemanha/EUA) Dear Mama, de Allen Hughes (EUA) High School, de Clea DuVall e Laura Kittrell (EUA/Canadá) LIDO TV, de Lido Pimienta e Sean O’Neill (Canadá) Mystery Road: Origin, de Dylan River (Austrália) The Handmaid’s Tale (5ª temporada), de Bruce Miller e Elisabeth Moss (EUA) The Kingdom Exodus, de Lars von Trier (Dinamarca)
Foto: Divulgação/Cinco da Norte/Terratreme Filmes.
Drama e ação nas telonas: inspirado em fatos reais.
Dirigido por Flavio Frederico, do documentário Em um Mundo Interior, o filme de ação Assalto na Paulista é livremente inspirado em um dos maiores assaltos a bancos privados no Brasil: o assalto à agência 0262 do Banco Itaú, na Avenida Paulista, em São Paulo, centro financeiro do país.
Em um sábado à noite, sem ser incomodada, uma quadrilha passou quase dez horas dentro da agência e roubou 170 cofres particulares localizados no subsolo. Em apenas três deles, obteve cerca de R$ 10 milhões em joias e dinheiro. A estimativa é de que o assalto da Avenida Paulista tenha rendido mais de R$ 100 milhões aos assaltantes. O que chama atenção é que, após uma semana, pouquíssimos clientes prestaram queixa, num indicativo de que a maioria dos cofres continha bens não declarados oficialmente.
Para o longa, os personagens foram totalmente ficcionados, assim como os fatos e encadeamento das ações, porém o modus operandi, ou seja, como os bandidos conseguiram driblar o esquema de segurança do banco e a polícia foram inspirados nos eventos reais. O assalto acontece no presente da narrativa e o filme mostra os detalhes da preparação da ação: o planejamento, como se dá a articulação entre os assaltantes durante o processo de entrada no banco, como os cofres particulares vão sendo arrombados e, finalmente, como acontece a fuga. Na medida em que o conteúdo dos cofres se revela, aspectos da vida de Rubens, interpretado por Eriberto Leão, e de Leônia, papel de Bianca Bin, aparecem em flashbacks, que começam sempre ligando um objeto encontrado com o passado de um deles.
Com referências como Domingo Sangrento, de Paul Greengrass, a linha narrativa do filme revela os dramas pessoais e a deterioração das relações humanas deste grupo durante esta noite no interior do banco e nos dias subsequentes.
A trilha sonora original composta por BiD é climática, densa, mas também moderna e ágil nos momentos de ação, mesclando elementos de pop e rock e trazendo uma forte influência dos westerns de Sergio Leone. Ela é mesclada com diversos fonogramas de diferentes gêneros da música brasileira, escolhidos pela própria roteirista Mariana Pamplona; há desde um grande clássico sertanejo, assim como o auge do rock nacional dos anos 1980, como Plebe Rude e mestres da MPB como Belchior e Gal Costa.
Com fotografia de Carlos André Zalasik, o longa conta também com Adriano Bolshi, Daniela Nefussi, Kauê Telloli, Luciano Riso, Jefferson Brasil, Kiko Marques, Ademir Emboava e Helo Santos no elenco.
Confira o trailer de Assalto na Paulista, que chega aos cinemas no dia 25 de agosto, com distribuição da Kinoscópio Cinematográfica e O2 Play:
Dirigido por Laís Bodanzky, A Viagem de Pedro, primeiro longa histórico da diretora, será exibido em uma sessão especial na 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado, fora de competição. O filme retrata o retorno de Dom Pedro I a Portugal para recuperar seu trono, no Brasil.
Bodanzky retorna a Gramado com seu novo projeto após receber seis kikitos com o longa Como Nossos Pais, em 2017, e de ser homenageada com o Troféu Eduardo Abelin, em 2020. Com direção e roteiro assinados por Laís, o filme é protagonizado por Cauã Reymond e aborda a vida privada de Dom Pedro I. Responsável por escrever em 1824 a primeira Constituição do Brasil imperial, considerada liberal e progressista para a época, o longa compreende o momento em que o ex-imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pela população brasileira, nove anos depois de proclamar a Independência do país.
A produção mostra uma reflexão do personagem a bordo da nau inglesa Warspite sobre sua vida no Brasil, desde a chegada de Portugal ao lado dos pais, em 1808, até sua abdicação, motivada por desdobramentos do seu exercício do Poder Moderador, pela rixa entre políticos conservadores e liberais, bem como pela rivalidade entre brasileiros e portugueses que estavam radicados no Brasil. O filme retrata o personagem em sua intimidade, tentando compreender a série de acontecimentos e o porquê de tudo dar errado quando parecia que iria dar certo.
O elenco conta também com a artista plástica Rita Wainer, em sua estreia como atriz, no papel de Domitila; Luise Heyer como Leopoldina; Francis Magee vivendo o Comandante Talbot e Welket Bungué interpretando o Contra Almirante Lars. No elenco português estão Victória Guerra, como Amélia; Luísa Cruz no papel de Carlota Joaquina; João Lagarto interpretando Dom João VI; Isac Graça vivendo Miguel; e Isabél Zuaa como Dira. Celso Frateschi, Gustavo Machado, Luiza Gattai, Dirce Thomas, Marcial Mancome e Sergio Laurentino completam o elenco.
A mudança na programação ocorre após a desclassificação do longa-metragem franco-espanhol La Boda de Rosa, da diretora Icíar Bollaín, que descumpriu o regulamento do 50° Festival de Cinema de Gramado, que prevê a obrigatoriedade de ineditismo dos filmes selecionados em território nacional, configurando a não exibição comercial e/ou pública dos títulos no Brasil. Com a decisão, o filme deixa a competição de longas-metragens estrangeiros e não terá exibição na programação do evento.
Morreu nesta segunda-feira, 08/08, aos 73 anos, a atriz e cantora Olivia Newton-John. Segundo informações divulgadas pelo marido, John Easterling, em um comunicado oficial, ela faleceu em um rancho no sul da Califórnia ao lado de amigos e familiares.
Olivia foi diagnosticada com câncer de mama em 1992 e, depois, revelou em entrevistas que lutou três vezes contra a doença. Em 2017, a situação se agravou quando o câncer se espalhou para os ossos e progrediu para o estágio IV. Com dores por conta das lesões ósseas metastáticas, defendeu o uso de óleo de cannabis para aliviar os sintomas.
No Facebook, o marido escreveu: “Pedimos a todos que respeitem a privacidade da família durante esse momento tão difícil. Olivia tem sido um símbolo de triunfos e esperança durante anos ao compartilhar sua jornada com o câncer de mama. Sua inspiração de cura e experiência pioneira com plantas medicinais continua com a Olivia Newton-John Foundation Fund, dedicada à pesquisa. Em vez de flores, a família pede que qualquer doação seja feita em sua memória para a Olivia Newton-John Foundation Fund”.
Nascida em Cambridge, no Reino Unido, em 26 de setembro de 1948, começou sua carreira artística aos quatorze anos quando formou uma banda, a Sol Four, com três amigas. Na década de 1960, participou do Sing, Sing, Sing, um programa televisivo de concurso de talentos, e ganhou a competição ao cantar Anyone Who Had A Heart e Everything’s Coming Up Roses.
Depois de estrelar um telefilme australiano independente, o Funny Things Happen Down Under, ao lado do então namorado Ian Turpie, mudou-se para a Inglaterra e ao lado de Pat Carroll fez uma turnê em clubes noturnos da Europa. Em 1966, já em carreira solo, gravou seu primeiro single: Till You Say You’ll Be Mine/Forever; quatro anos mais tarde, entrou no grupo Tommorrow, que não fez muito sucesso.
Em 1971, lançou seu primeiro álbum, que foi destaque internacional. Em 1973, com a música Let Me Be There, se consagrou nos Estados Unidos e levou seu primeiro Grammy. No ano seguinte, representou o Reino Unido no famoso programa Eurovision com a música Long Live Love e ficou em quarto lugar. Todas as seis canções gravadas por Olivia para a seleção britânica fizeram parte do álbum If You Love Me, Let Me Know. Com isso, foi premiada novamente no Grammy em duas categorias.
Com John Travolta no consagrado musical Grease: Nos Tempos da Brilhantina.
Já considerada um sucesso na música, ainda que tenha enfrentado alguns fracassos, foi convidada a protagonizar a adaptação cinematográfica do musical Grease: Nos Tempos da Brilhantina, que se destacava na Broadway. Ao lado de John Travolta, interpretou Sandy, uma jovem australiana que estava de férias nos Estados Unidos.
O filme, dirigido por Randal Kleiser, se tornou a maior bilheteria de 1978 e projetou o talento de Olivia para o mundo todo. A trilha sonora, a mais vendida de todos os tempos, ficou 12 semanas consecutivas em primeiro lugar no ranking da Billboard e rendeu três singles de sucesso: You’re The One That I Want, Hopelessly Devoted To You e Summer Nights. Por conta do sucesso nas telonas, Olivia foi indica ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz de comédia ou musical; Hopelessly Devoted To You foi indicada ao Oscar na categoria de melhor canção original.
Com o sucesso de Grease, Olivia decidiu transformar sua carreira de cantora ao trocar o estilo country pelo pop. Em novembro de 1978, lançou o álbum Totally Hot. Depois disso, voltou aos cinemas no musical Xanadu, de Robert Greenwald, ao lado de Gene Kelly. Mesmo com o fracasso do filme, fez sucesso com três músicas que faziam parte da trilha sonora: Magic, Xanadu e Suddenly.
Em 1981, lançou o single Physical, que ocupou o topo das paradas por dez semanas, movimentando mais de 1 milhão de cópias. No ano seguinte, levou o Grammy de melhor videoclipe do ano. Depois de Xanadu, atuou em outros filmes, que também não fizeram muito sucesso, como: Embalos a Dois, novamente com John Travolta; Ela Vai Ter um Bebê, Uma Mãe pelo Natal, A Última Festa, The Christmas Angel: A Story on Ice, Uma Família e Tanto, The Wilde Girls, Score: A Hockey Musical, Depois dos 30, Sharknado 5: Voracidade Global, entre outros.
Ao longo dos anos, conciliou as carreiras de atriz e cantora. Em 1981, ganhou sua estrela na Calçada da Fama, em Hollywood; foi premiada diversas vezes no American Music Awards e também no People’s Choice Awards.
Sobre a morte da artista, John Travolta escreveu em sua conta no Instagram: “Minha querida Olivia, você fez nossas vidas muito melhores. Seu impacto foi incrível. Eu te amo muito. Nos veremos na estrada e estaremos todos juntos novamente. Seu desde o primeiro momento em que te vi e para sempre! Seu Danny, seu John!”.