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Conheça os vencedores do Festival de Sundance 2020

por: Cinevitor

sundance2020vencedoresA cineasta americana Heidi Ewing na cerimônia: premiada.

Foram anunciados neste sábado, 01/02, em Park City, Utah, nos Estados Unidos, os vencedores do Festival Sundance de Cinema 2020, conhecido por destacar produções independentes em sua programação. Neste ano, o evento contou com 128 longas-metragens e 74 curtas selecionados entre mais de 15.100 inscrições.

Dos 28 prêmios concedidos nesta edição, de 25 filmes, incluindo o trabalho de 29 cineastas, 48% foram dirigidos por uma ou mais mulheres; 40% foram dirigidos por uma ou mais pessoas de cor; e 8% foram dirigidos por uma pessoa que se identifica como LGBTQ +.

Os vencedores deste ano representam novas conquistas na narrativa independente global. Histórias ousadas, íntimas e humanizadoras prevaleceram em todas as categorias: “Acreditamos que a arte pode romper o ruído e a polarização. Em tempos voláteis como esses, democracia e narrativa não são separadas: elas estão indissociavelmente ligadas”, disse Keri Putnam, diretora executiva do Sundance Institute.

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Entre os jurados deste ano, vale destacar a presença do ator brasileiro Wagner Moura na Competição Internacional de Drama, World Cinema Dramatic. Além disso, ele também apresentou no festival o filme Sergio, fora de competição. Dirigido por Greg Barker, o longa conta a história de Sergio Vieira de Mello, que dedicou a maior parte de sua carreira como diplomata da ONU trabalhando nas regiões mais instáveis do mundo, negociando habilmente com presidentes, revolucionários e criminosos de guerra para proteger a vida de pessoas comuns.

Outros nomes que fizeram parte dos júris foram: Rodrigo Garcia, Ethan Hawke, Dee Rees, Isabella Rossellini, Wash Westmoreland, Kimberly Reed, Rachel Rosen, Courtney Sexton, E. Chai Vasarhelyi, Noland Walker, Haifaa Al Mansour, Alba Rohrwacher, Eric Hynes, Rima Mismar, Nanfu Wang e Gregg Araki.

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O Brasil também aparece entre os premiados: o drama Nine Days, dirigido e escrito pelo brasileiro Edson Oda (foto), foi premiado na categoria de melhor roteiro da Competição Americana. O longa traz no elenco Bill Skarsgård, Winston Duke, Zazie Beetz, Tony Hale, Benedict Wong, Geraldine Hughes, entre outros.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Sundance 2020:

COMPETIÇÃO AMERICANA | DRAMA

Grande Prêmio do Júri: Minari, de Lee Isaac Chung
Melhor Direção: Radha Blank, por The 40-Year-Old Version
Prêmio Waldo Salt | Melhor Roteiro: Nine Days, escrito por Edson Oda
Prêmio Especial do Júri | Melhor Elenco: Charm City Kings
Prêmio Especial do Júri | Auteur Filmmaking: Shirley, de Josephine Decker
Prêmio Especial do Júri | Neo-Realism: Never Rarely Sometimes Always, de Eliza Hittman
Prêmio do Público: Minari, de Lee Isaac Chung

COMPETIÇÃO AMERICANA | DOCUMENTÁRIO

Grande Prêmio do Júri: Boys State, de Jesse Moss e Amanda McBaine
Melhor Direção: Garrett Bradley, por Time
Prêmio Especial do Júri | Direção Revelação: Arthur Jones, por Feels Good Man
Prêmio Especial do Júri | Inovação em narrativa não-ficcional: Dick Johnson Is Dead, de Kirsten Johnson
Prêmio Especial do Júri | Social Impact Filmmaking: The Fight, de Elyse Steinberg, Josh Kriegman e Eli Despres
Prêmio Especial do Júri | Edição: Welcome to Chechnya, por Tyler H. Walk
Prêmio do Público: Crip Camp, de Nicole Newnham e Jim LeBrecht

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DRAMA

Grande Prêmio do Júri: Yalda, a Night for Forgiveness, de Massoud Bakhshi (Irã/França/Alemanha/Suíça/Luxemburgo)
Melhor Direção: Maïmouna Doucouré, por Cuties (Mignonnes) (França)
Prêmio Especial do Júri | Visionary Filmmaking: Lemohang Jeremiah Mosese, por This Is Not a Burial, It’s a Resurrection (Lesoto)
Prêmio Especial do Júri | Melhor Roteiro: Identifying Features (Sin Señas Particulares), escrito por Fernanda Valadez e Astrid Rondero
Prêmio Especial do Júri | Atuação: Ben Whishaw, por Surge
Prêmio do Público: Identifying Features (Sin Señas Particulares), de Fernanda Valadez (México/Espanha)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DOCUMENTÁRIO

Grande Prêmio do Júri: Epicentro, de Hubert Sauper (Áustria/França)
Melhor Direção: Iryna Tsilyk, por The Earth Is Blue as an Orange (Ucrânia/Lituânia)
Prêmio Especial do Júri | Creative Storytelling: The Painter and the Thief, por Benjamin Ree
Prêmio Especial do Júri | Fotografia: Acasa, My Home, por Mircea Topoleanu e Radu Ciorniciuc
Prêmio Especial do Júri | Edição: Softie, por Mila Aung-Thwin, Sam Soko e Ryan Mullins
Prêmio do Público: The Reason I Jump, de Jerry Rothwell (EUA/Reino Unido)

CURTAS-METRAGENS

Grande Prêmio do Júri: So What If The Goats Die, de Sofia Alaoui (França/Marrocos)
Prêmio do Júri | Ficção | Competição Americana: -Ship: A Visual Poem, de Terrance Daye
Prêmio do Júri | Ficção | Competição Internacional: The Devil’s Harmony, de Dylan Holmes Williams (Reino Unido)
Prêmio do Júri | Não ficção: John Was Trying to Contact Aliens, de Matthew Killip (EUA)
Prêmio do Júri | Animação: Daughter, de Daria Kashcheeva (República Checa)
Prêmio Especial do Júri | Acting: Exam, de Sonia K. Hadad (Irã)
Prêmio Especial do Júri | Direção: Michael Arcos, por Valerio’s Day Out (Colômbia/EUA)

OUTROS PRÊMIOS

PRÊMIO DO PÚBLICO | NEXT: I Carry You With Me, de Heidi Ewing (EUA/México)
NHK AWARD: Kirsten Tan, por Higher (Singapura)
NEXT Innovator Prize: I Carry You With Me, de Heidi Ewing
PRÊMIO ALFRED P. SLOAN: Tesla, de Michael Almereyda (EUA)
AMAZON STUDIOS PRODUCERS AWARDS | DOCUMENTÁRIO: Whirlybird, de Matt Yoka
AMAZON STUDIOS PRODUCERS AWARDS | FICÇÃO: Farewell Amor, de Ekwa Msangi
ADOBE MENTORSHIP AWARD | EDIÇÃO | DOCUMENTÁRIO: Carla Guttierez
ADOBE MENTORSHIP AWARD | EDIÇÃO | FICÇÃO: Affonso Gonçalves

Fotos: Getty Images North America.

Conheça os vencedores do 40º London Critics’ Circle Film Awards

por: Cinevitor

parasitalondonvenceParasita, de Bong Joon Ho: dois prêmios.

Foram anunciados nesta quinta-feira, 30/01, os vencedores do London Critics’ Circle Film Awards, prêmio realizado pela The Critics’ Circle, associação que conta com os principais críticos do Reino Unido que se dividem entre teatro, música, filme, dança, artes visuais e livros.

Nesta 40ª edição, o sul-coreano Parasita, de Bong Joon Ho, foi consagrado com dois prêmios: melhor filme e melhor direção. A cerimônia foi apresentada pela atriz Sally Phillips no May Fair Hotel, em Londres.

Além disso, a cineasta Sally Potter, de A Festa, e a figurinista Sandy Powell, vencedora do Oscar por Shakespeare Apaixonado, O Aviador e A Jovem Rainha Vitória, foram homenageadas com o Prêmio Dilys Powell.

Conheça os vencedores do 40º London Critics’ Circle Film Awards:

FILME DO ANO:
Parasita

FILME ESTRANGEIRO DO ANO:
Retrato de uma Jovem em Chamas, de Céline Sciamma (França)

DOCUMENTÁRIO DO ANO:
For Sama, de Waad Al-Kateab e Edward Watts

FILME BRITÂNICO OU IRLANDÊS DO ANO | PRÊMIO ATTENBOROUGH:
The Souvenir, de Joanna Hogg

DIREÇÃO DO ANO:
Bong Joon Ho, por Parasita

ROTEIRISTA DO ANO:
Noah Baumbach, por História de um Casamento

ATRIZ DO ANO:
Renée Zellweger, por Judy: Muito Além do Arco-íris

ATOR DO ANO:
Joaquin Phoenix, por Coringa

ATRIZ COADJUVANTE DO ANO:
Laura Dern, por História de um Casamento

ATOR COADJUVANTE DO ANO:
Joe Pesci, por O Irlandês

ATRIZ BRITÂNICA/IRLANDESA DO ANO:
Florence Pugh, por Lutando pela Família, Midsommar: O Mal Não Espera a Noite e Adoráveis Mulheres

ATOR BRITÂNICO/IRLANDÊS DO ANO:
Robert Pattinson, por O Farol, High Life e O Rei

ATOR/ATRIZ JOVEM BRITÂNICO/IRLANDÊS DO ANO:
Honor Swinton Byrne, por The Souvenir

DIRETOR E/OU ROTEIRISTA BRITÂNICO/IRLANDÊS REVELAÇÃO DO ANO | PRÊMIO PHILIP FRENCH:
Mark Jenkin, por Bait

CURTA-METRAGEM BRITÂNICO/IRLANDÊS DO ANO:
The Devil’s Harmony, de Dylan Holmes Williams

TECHNICAL ACHIEVEMENT AWARD:
Era Uma Vez em… Hollywood, por Barbara Ling (design de produção)

PRÊMIO DILYS POWELL | EXCELÊNCIA EM FILME:
Sally Potter
Sandy Powell

40th ANNIVERSARY AWARD:
Aardman

Foto: Divulgação/Pandora Filmes.

18º VES Awards: conheça os vencedores do prêmio que elege os melhores efeitos visuais do cinema

por: Cinevitor

alitaVESAlita: Anjo de Combate, de Robert Rodriguez: premiado.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 29/01, os vencedores do VES Awards, prêmio realizado pela Visual Effects Society, que reconhece os melhores efeitos visuais e a inovação em filmes, animações, programas de TV, comerciais e videogames.

Com mais de 3.300 membros, de 30 países, a VES reúne profissionais de efeitos visuais, incluindo artistas, tecnólogos, modelistas, educadores, executivos de estúdio, supervisores, especialistas em marketing e produtores.

A cerimônia, apresentada pelo ator e comediante Patton Oswalt, contou também com homenagens: o cineasta Martin Scorsese recebeu o VES Lifetime Achievement Award; o produtor e cineasta Roland Emmerich foi contemplado com o VES Visionary Award; e Sheena Duggal, supervisora de efeitos visuais, recebeu o VES Award for Creative Excellence.

Conheça os vencedores do 18º Visual Effects Society Awards nas categorias de cinema:

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM FILME FOTOREALISTA:
O Rei Leão, por Robert Legato, Tom Peitzman, Adam Valdez e Andrew R. Jones

MELHORES EFEITOS VISUAIS DE APOIO EM FILME FOTOREALISTA:
O Irlandês, por Pablo Helman, Mitchell Ferm, Jill Brooks, Leandro Estebecorena e Jeff Brink

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM ANIMAÇÃO:
Link Perdido, por Brad Schiff, Travis Knight, Steve Emerson e Benoit Dubuc

MELHOR PERSONAGEM ANIMADO EM FILME FOTOREALISTA:
Alita, em Alita: Anjo de Combate

MELHOR PERSONAGEM ANIMADO EM ANIMAÇÃO:
Susan, em Link Perdido

MELHOR AMBIENTE CRIADO EM FILME FOTOREALISTA:
The Pridelands, em O Rei Leão

MELHOR AMBIENTE CRIADO EM ANIMAÇÃO:
Antiques Mall, em Toy Story 4

MELHOR FOTOGRAFIA VIRTUAL EM CG PROJECT:
O Rei Leão, por Robert Legato, Caleb Deschanel, Ben Grossmann e AJ Sciutto

MELHOR MODELO EM PROJETO FOTOREALISTA OU ANIMADO:
The Sin e The Razorcrest, em The Mandalorian

MELHOR SIMULAÇÃO DE EFEITOS EM FILME FOTOREALISTA:
Star Wars: A Ascensão Skywalker

MELHOR SIMULAÇÃO DE EFEITOS EM FILME DE ANIMAÇÃO:
Frozen 2

MELHOR COMPOSIÇÃO EM FILME FOTOREALISTA:
O Irlandês, por Nelson Sepulveda, Vincent Papaix, Benjamin O’Brien e Christopher Doerhoff

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS PRÁTICOS EM FILME FOTOREALISTA OU ANIMADO:
O Cristal Encantado: A Era da Resistência

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM PROJETO ESTUDANTIL:
The Beauty, por Marc Angele, Aleksandra Todorovic, Pascal Schelbli e Noel Winzen

Foto: Divulgação/20th Century Fox.

O Oficial e o Espião, de Roman Polanski, lidera indicações ao César 2020, o Oscar francês

por: Cinevitor

oficialespiaocesarJean Dujardin e Louis Garrel em O Oficial e o Espião, de Roman Polanski.

A Academia de Artes e Técnicas do Cinema (l’Académie des Arts et Techniques du Cinéma) anunciou nesta quarta-feira, 29/01, os indicados ao prêmio César 2020, conhecido como o Oscar francês. Os nomes foram escolhidos por 4.313 membros votantes da Academia.

O drama O Oficial e o Espião, no original J’accuse, de Roman Polanski, lidera a lista com 12 indicações. A história se passa no final do século XIX e é baseada no Caso Dreyfus, um escândalo político causado por um erro judicial na França, que demorou mais de dez anos para ser resolvido.

O pôster desta 45ª edição é estampado pela atriz dinamarquesa Anna Karina, que morreu em dezembro de 2019, e ficou conhecida por diversos trabalhos ao lado do cineasta Jean-Luc Godard, tornando-se um dos maiores nomes da Nouvelle Vague.

Os vencedores serão anunciados no dia 28 de fevereiro, no Salle Pleyel, em Paris, e a cerimônia será apresentada pela atriz e comediante Florence Foresti.

Conheça os indicados ao César 2020:

MELHOR FILME:
Graças a Deus
Hors normes
La Belle Époque
O Oficial e o Espião
Os Miseráveis
Retrato de uma Jovem em Chamas
Roubaix, une lumière

MELHOR DIREÇÃO:
Arnaud Desplechin, por Roubaix, une lumière
Céline Sciamma, por Retrato de uma Jovem em Chamas
Éric Toledano e Olivier Nakache, por Hors normes
François Ozon, por Graças a Deus
Ladj Ly, por Os Miseráveis
Nicolas Bedos, por La Belle Époque
Roman Polanski, por O Oficial e o Espião

MELHOR ATRIZ:
Adèle Haenel, por Retrato de uma Jovem em Chamas
Anaïs Demoustier, por Alice et le maire
Chiara Mastroianni, por Quarto 212
Doria Tillier, por La Belle Époque
Eva Green, por Proxima
Karin Viard, por Chanson douce
Noémie Merlant, por Retrato de uma Jovem em Chamas

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE:
Fanny Ardant, por La Belle Époque
Hélène Vincent, por Hors normes
Josiane Balasko, por Graças a Deus
Laure Calamy, por Seules les bêtes
Sara Forestier, por Roubaix, une lumière

MELHOR ATOR:
Damien Bonnard, por Os Miseráveis
Daniel Auteuil, por La Belle Époque
Jean Dujardin, por O Oficial e o Espião
Melvil Poupaud, por Graças a Deus
Reda Kateb, por Hors normes
Roschdy Zem, por Roubaix, une lumière
Vincent Cassel, por Hors normes

MELHOR ATOR COADJUVANTE:
Benjamin Lavernhe, por Amor à Segunda Vista
Denis Ménochet, por Graças a Deus
Grégory Gadebois, por O Oficial e o Espião
Louis Garrel, por O Oficial e o Espião
Swann Arlaud, por Graças a Deus

ATRIZ REVELAÇÃO:
Céleste Brunnquell, por Les éblouis
Lyna Khoudri, por Papicha
Luàna Bajrami, por Retrato de uma Jovem em Chamas
Mama Sané, por Atlantique
Nina Meurisse, por Camille

ATOR REVELAÇÃO:
Alexis Manenti, por Os Miseráveis
Anthony Bajon, por Au nom de la terre
Benjamin Lesieur, por Hors normes
Djibril Zonga, por Os Miseráveis
Liam Pierron, por La vie scolaire

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL:
Graças a Deus, escrito por François Ozon
Hors normes, escrito por Éric Toledano e Olivier Nakache
La Belle Époque, escrito por Nicolas Bedos
Os Miseráveis, escrito por Ladj Ly, Giordano Gederlini e Alexis Manenti
Retrato de uma Jovem em Chamas, escrito por Céline Sciamma

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO:
Adults in the Room, escrito por Costa-Gavras
O Oficial e o Espião, escrito por Roman Polanski e Robert Harris
Perdi Meu Corpo, escrito por Jérémy Clapin e Guillaume Laurant
Roubaix, une lumière, escrito por Arnaud Desplechin e Léa Mysius
Seules les bêtes, escrito por Dominik Moll e Gilles Marchand

MELHOR DOCUMENTÁRIO:
68, mon père et les clous, de Samuel Bigiaoui
La cordillère des songes, de Patricio Guzmán
Lourdes, de Thierry Demaizière e Alban Teurlai
M, de Yolande Zauberman
Wonder Boy, Olivier Rousteing, né sous X, de Anissa Bonnefont

MELHOR FILME ESTRANGEIRO:
Coringa, de Todd Phillips (Canadá/EUA)
Dor e Glória, de Pedro Almodóvar (Espanha)
Era Uma Vez em… Hollywood, de Quentin Tarantino (EUA/Reino Unido/China)
Lola vers la mer, de Laurent Micheli (Bélgica/França)
O Jovem Ahmed, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne (Bélgica/França)
O Traidor, de Marco Bellocchio (Itália/França/Alemanha/Brasil)
Parasita, de Bong Joon-Ho (Coreia do Sul)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO:
Longa-metragem:
La fameuse invasion des ours en Sicile
Os Olhos de Cabul
Perdi Meu Corpo
Curta-metragem:
Ce magnifique gâteau!
Je sors acheter des cigarettes
La nuit des sacs plastiques
Make It Soul

MELHOR FILME DE ESTREIA:
Alerta Lobo, de Antonin Baudry
Atlantique, de Mati Diop
Au nom de la terre, de Edouard Bergeon
Os Miseráveis, de Ladj Ly
Papicha, de Mounia Meddour

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL:
Atlantique, por Fatima Al Qadiri
O Oficial e o Espião, por Alexandre Desplat
Os Miseráveis, por Marco Casanova, Kim Chapiron (para o grupo Pink Noise)
Perdi Meu Corpo, por Dan Lévy
Roubaix, une lumière, por Grégoire Hetzel

MELHOR SOM:
Alerta Lobo
La Belle Époque
O Oficial e o Espião
Os Miseráveis
Retrato de uma Jovem em Chamas

MELHOR FOTOGRAFIA:
La Belle Époque, por Nicolas Bolduc
O Oficial e o Espião, por Paweł Edelman
Os Miseráveis, por Julien Poupard
Retrato de uma Jovem em Chamas, por Claire Mathon
Roubaix, une lumière, por Irina Lubtchansky

MELHOR EDIÇÃO:
Graças a Deus, por Laure Gardette
Hors normes, por Dorian Rigal-Ansous
La Belle Époque, por Anny Danché e Florent Vassault
O Oficial e o Espião, por Hervé de Luze
Os Miseráveis, por Flora Volpelière

MELHOR FIGURINO:
Cyrano mon amour, por Thierry Delettre
Jeanne, por Alexandra Charles
La Belle Époque, por Emmanuelle Youchnovski
O Oficial e o Espião, por Pascaline Chavanne
Retrato de uma Jovem em Chamas, por Dorothée Guiraud

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO:
Alerta Lobo, por Benoît Barouh
Cyrano mon amour, por Franck Schwarz
La Belle Époque, por Stéphane Rosenbaum
O Oficial e o Espião, por Jean Rabasse
Retrato de uma Jovem em Chamas, por Thomas Grézaud

MELHOR CURTA-METRAGEM:
Beautiful Loser, de Maxime Roy
Chien bleu, de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh
Le chant d’Ahmed, de Foued Mansour
Nefta Football Club, de Yves Piat
Pile poil, de Lauriane Escaffre e Yvonnick Muller

Foto: Divulgação/Califórnia Filmes.

Festival de Berlim 2020: Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, está na disputa pelo Urso de Ouro

por: Cinevitor

todosmortosberlimMawusi Tulani e Agyei Augusto em Todos os Mortos.

A 70ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 20 de fevereiro e 1º de março, acaba de anunciar os filmes selecionados para a Competição, que disputarão o cobiçado Urso de Ouro, prêmio máximo do evento. Neste ano, o ator britânico Jeremy Irons comandará o júri e a atriz Helen Mirren será homenageada com o Urso de Ouro honorário.

Em comunicado oficial, Carlo Chatrian, diretor artístico da Berlinale, disse: “Os filmes da Competição contam histórias íntimas e impressionantes, individuais e coletivas, que têm um efeito duradouro e ganham impacto com a interação com o público. Se houver predominância de tons escuros, isso pode ser porque os filmes que selecionamos tendem a olhar para o presente sem ilusão, não para causar medo, mas porque querem abrir nossos olhos. A confiança que o cinema deposita na humanidade, esses seres manipuladores, sofridos e maltratados, é ininterrupta; tão ininterrupta que os vê consistentemente como seus protagonistas”.

Entre os dezoito filmes selecionados, vale destacar a presença do brasileiro Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra. No longa, ambientado em São Paulo entre 1899 e 1900, duas famílias, uma branca, os Soares, e outra negra, os Nascimento, guiam a trama, que se passa onze anos após o fim do período escravista; passado recente que ainda mantém os decadentes Soares presos à ideia de superioridade e posse.

A história é conduzida pelas mulheres das famílias, interpretadas por Mawusi Tulani, Clarissa Kiste, Carolina Bianchi e Thaia Perez. O jovem Agyei Augusto é um dos protagonistas do filme, que também tem participações especiais da cantora Alaíde Costa, da atriz portuguesa Leonor Silveira, Thomás Aquino, Rogério Brito, Andrea Marquee e Gilda Nomacce. A trilha sonora é composta por Salloma Salomão, músico, historiador e educador com profunda pesquisa no cruzamento entre a música brasileira e as tradições da cultura e da música africanas. Assinam a produção: Sara Silveira e Maria Ionescu, da Dezenove Som e Imagens, e Clément Duboin e Florence Cohen, da Good Fortune Films.

A sinopse diz: na São Paulo de 1899, os fantasmas do passado ainda caminham entre os vivos. As mulheres da família Soares, antigas proprietárias de terra, tentam se agarrar ao que resta de seus privilégios. Para Iná Nascimento, que viveu muito tempo escravizada, a luta para reunir seus entes queridos em um mundo hostil a conduz a um questionamento de suas próprias vontades. Entre o passado conturbado do Brasil e seu presente fraturado, essas mulheres tentam construir um futuro próprio.

O festival também anunciou novos filmes da mostra Berlinale Special: “Esta seção fornece uma plataforma para filmes que cativam um grande público. Nós os chamamos de imagens em movimento porque movem o público com sua expressividade e seus artistas brilhantes e corajosos. As estreias de gala cumprem o desejo pelas estrelas, brilho e glamour que fazem parte de todos os grandes festivais. A Berlinale Special se apresenta como um fórum de debate e discussão e constrói pontes entre o público e o cinema”, disse Carlo Chatrian.

Confira os novos filmes selecionados para o Festival de Berlim 2020:

COMPETIÇÃO

Berlin Alexanderplatz, de Burhan Qurbani (Alemanha/Holanda)
DAU. Natasha, de Ilya Khrzhanovskiy e Jekaterina Oertel (Alemanha/Ucrânia/Reino Unido/Rússia)
Domangchin yeoja (The Woman Who Ran), de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
Effacer l’historique (Delete History), de Benoît Delépine e Gustave Kervern (França/Bélgica)
El prófugo (The Intruder), de Natalia Meta (Argentina/México)
Favolacce (Bad Tales), de Damiano e Fabio D’Innocenzo (Itália/Suíça)
First Cow, de Kelly Reichardt (EUA)
Irradiés (Irradiated), de Rithy Panh (França/Camboja)
Le sel des larmes (The Salt of Tears), de Philippe Garrel (França/Suíça)
Never Rarely Sometimes Always, de Eliza Hittman (EUA)
Rizi (Days), de Tsai Ming-Liang (Taiwan)
The Roads Not Taken, de Sally Potter (Reino Unido)
Schwesterlein (My Little Sister), de Stéphanie Chuat e Véronique Reymond (Suíça)
Sheytan vojud nadarad (There Is No Evil), de Mohammad Rasoulof (Alemanha/República Checa/Irã)
Siberia, de Abel Ferrara (Itália/Alemanha/México)
Todos os Mortos (All the Dead Ones), de Caetano Gotardo e Marco Dutra (Brasil/França)
Undine, de Christian Petzold (Alemanha/França)
Volevo nascondermi (Hidden Away), de Giorgio Diritti (Itália)

BERLINALE SPECIAL GALA

Onward, de Dan Scanlon (EUA)
Curveball, de Johannes Naber (Alemanha)
DAU. Degeneratsia (DAU. Degeneration), de Ilya Khrzhanovskiy e Ilya Permyakov (Alemanha/Ucrânia/Reino Unido/Rússia)
Speer Goes to Hollywood, de Vanessa Lapa (Israel)

Foto: Hélène Louvart.

Sindicato dos Figurinistas anuncia vencedores do 22º Costume Designers Guild Awards

por: Cinevitor

malevolaCDGADavid Gyasi e Michelle Pfeiffer em Malévola: Dona do Mal.

Foram anunciados nesta terça-feira, 28/01, os vencedores do CDG Awards, premiação anual realizada pelo Sindicato dos Figurinistas, Costume Designers Guild, que elege os melhores figurinos da TV e do cinema. A cerimônia, que aconteceu no Beverly Hilton, foi apresentada pela atriz Mindy Kaling.

Até agora, desde o início da premiação, em 1999, dez produções consagradas no CDG Awards também foram contempladas com o Oscar de melhor figurino: Pantera Negra, Mad Max: Estrada da Fúria, O Grande Hotel Budapeste, Anna Karenina, Alice no País das Maravilhas, A Jovem Rainha Vitória, A Duquesa, Memórias de uma Gueixa, O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei e Chicago.

Nesta 22ª edição, além dos premiados, importantes personalidades da indústria cinematográfica e televisiva foram homenageados: o figurinista Michael Kaplan, de Blade Runner, O Caçador de Androides, Armageddon e vários filmes da saga Star Wars, recebeu o Career Achievement Award pelo conjunto da obra; a atriz Charlize Theron recebeu o Spotlight Award; o roteirista Adam McKay foi homenageado com o Distinguished Collaborator; e a figurinista Mary Ellen Fields recebeu o Distinguished Service.

Conheça os vencedores do Costume Designers Guild Awards 2020 nas categorias de cinema:

EXCELÊNCIA EM FILME CONTEMPORÂNEO:
Entre Facas e Segredos, por Jenny Eagan

EXCELÊNCIA EM FILME DE ÉPOCA:
Jojo Rabbit, por Mayes C. Rubeo

EXCELÊNCIA EM FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA OU FANTASIA:
Malévola: Dona do Mal, por Ellen Mirojnick

Foto: Divulgação/Disney Enterprises.

Um Dia com Jerusa: diretora Viviane Ferreira e equipe falam sobre o filme exibido na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor

jerusatiradentes2Mulheres do audiovisual participam de debate.

Depois de dirigir o curta-metragem O Dia de Jerusa, a cineasta Viviane Ferreira resolveu expandir a história e realizar o longa Um Dia com Jerusa, que foi exibido no domingo, 26/01, na 23ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes dentro da programação da mostra A imaginação como potência.

O filme conta o encontro da sensitiva Silvia, interpretada por Débora Marçal, uma jovem pesquisadora de mercado que enfrenta as agruras do subemprego enquanto aguarda o resultado de um concurso público, e da graciosa Jerusa, papel de Léa Garcia, uma senhora de 77 anos, testemunha ocular do cotidiano vivido no bairro do Bixiga, recheado de memórias ancestrais. No dia do aniversário de Jerusa, enquanto espera sua família para comemorar, o encontro entre suas memórias e a mediunidade de Silvia lhes proporciona transitar por tempos e realidades comuns às suas ancestralidades.

No dia seguinte à exibição do longa, a diretora Viviane Ferreira participou do seminário Encontro com os filmes ao lado das atrizes Léa Garcia e Débora Marçal e da diretora de fotografia Lílis Soares. O bate-papo foi mediado por Lila Foster, curadora, com a participação de Letícia Bispo, crítica convidada.

Confira os melhores momentos da conversa e clique aqui para assistir ao programa especial com entrevista com a atriz Léa Garcia:

O FILME

“Um Dia com Jerusa é um processo que nasceu expandido e é importante que a gente possa expandir a direção dos olhares. Eu preciso ser muito honesta com vocês e talvez até correndo o risco de ser pretensiosa, e se for peço desculpas antecipadas: não é um filme para todo mundo. Não é um filme para ser compreendido por todo mundo. Não é um filme para agradar gregos e troianos. Quiçá, não é nem um filme para festivais. Porque a nossa preocupação em propor essa narrativa, dessa forma, é outra. É um filme para conectar pessoas no mundo que trazem em um corpo uma memória coletiva. Às vezes, a gente não consegue explicar a origem dessas memórias e o motivo de se reconhecer na existência do outro, no olhar do outro, no toque. Mas, os marcadores históricos de nossas memórias coletivas ancoram esse sentir”, comentou a diretora.

“O roteiro não está preocupado com as regras da narrativa clássica do audiovisual e não é por não ter estudado ou por não saber. É exatamente por permitir que a gente pudesse, em grupo, experimentar e romper com uma fórmula de fazer, que a gente também não teve a possibilidade de aprender porque não tivemos acesso aos recursos necessários. De certa forma, é um filme que se alicerça na generosidade de Jerusa em compartilhar toda a sua memória e toda a sua vivência com Silvia. Ele se alicerça na generosidade de uma equipe que saiu de diversos lugares do Brasil para morar em São Paulo e garantir que o filme acontecesse”, completou.

“Nunca tivemos tanta oportunidade de criar e pensar imagens. Estamos em um período da humanidade em que nunca se consumiu tanta imagem. Então, nunca foi tão necessário falar sobre estética, sobre representação, e sobretudo, sobre repercussão de estética branca, que o crime nos desvaloriza, que nos subjuga. Como criadora de imagens, eu sempre penso em todos esses fatores e, principalmente, no processo fílmico como uma oportunidade de estabelecer relações não tão hierárquicas e opressoras”, disse a diretora de fotografia Lílis Soares.

E completou: “No Brasil é sempre tudo muito complicado e incerto. De 2016 pra cá houve uma abertura que propiciou que pessoas com o meu perfil pudessem ter um pouco mais de oportunidade. A Vivi [diretora] me deu essa oportunidade de construir algo que é o meio de um processo longo de estudo, de ver filmes, de se sentir incomodada, mas também de pensar em novas estéticas, cores, texturas”.

jerusatiradentes1A diretora Viviane Ferreira durante o bate-papo.

REALIZAÇÃO

“O que eu senti fazendo esse filme é que não só o desenvolvimento da subjetividade das personagens, mas da gente enquanto mulher preta no lugar que estamos hoje. Eu fiquei pensando sobre precisar criar uma outra forma de fazer porque a forma que existe é pensada e construída a partir de homens brancos”, disse a atriz Débora Marçal.

“Quando a gente se vê na TV ou no cinema, e eu falo muito de TV porque fui criada em frente à televisão, as referências que tenho são essas personagens que vocês também tem. São só as mesmas e são repetições: mulheres escravizadas, em situações subalternizadas marginalizadas, sexualizadas. E quando a gente cresce, a gente entende que só pode ocupar esses lugares. Nossa construção imagética passa por aí. E quem constrói isso? Quem constrói isso, constrói a partir dessas ferramentas que já existem. Então, estar em um set, com 90% da equipe de mulheres negras é bem revolucionário. Chega um momento que parece que você não está naquele lugar. Parece um sonho, mas não é. A forma que foi construída e como as escolhas foram executadas caminham para um lugar de reinvenção. A ferramenta está ali e precisa ser reorganizada e reinventada a partir da gente. Eu entendi esse filme com uma sutileza que sei que vou ser respeitada como artista, como produtora de conhecimento, de estética e de poética negra”, completou.

“Nós, mulheres negras, somos extremamente diferentes, variadas, plurais. Eu estou pensando numa assinatura que é minha, mas eu não posso falar que é de todas. No entanto, eu sei que eu posso impulsionar outras a estarem naquele lugar e como é importante estar nesse lugar. E como é importante respeitar as pessoas que estão conosco e ver o potencial de cada uma. Fotografar a Léa é uma honra de um tamanho inimaginável na minha trajetória. Eu estou muito feliz. Esse filme representa tudo isso, é tudo misturado, é tudo junto. Pra mim, não é o processo que silencia e nem termina nele, é o meio mesmo. Pra gente debater, contar e direcionar coisas”, comentou Lílis Soares.

“O trabalho da Vivi com esse filme é pegar essa realidade que a gente sonha e colocar isso na tela. É um choque muito grande. É como se fosse um depoimento. Fui criada vendo televisão com Xuxa, Mara, Angélica e todas essas atrizes globais, maravilhosas e brancas, e de repente você tá numa tela de cinema, vendo sua cara em um tamanho que você nem consegue imaginar. É surreal. É muito importante, é um presente. Eu agradeço por ter feito parte de tudo isso. Foi um processo incrível de viver outras possibilidades”, revelou Débora.

jerusatiradentes3A atriz Léa Garcia em cena.

O PROCESSO

“Tomamos decisões bem arriscadas ao longo do processo. E decisões orientadas pela ancestralidade. Eu conversei muito com uma galera branca, que é amiga, generosa e troca experiência. Pedi conselhos de como eu poderia conduzir o processo, afinal de contas, seria meu primeiro longa-metragem de ficção. E quem nunca teve medo da primeira vez? Teve um conselho que eu recebi, de quase todo mundo, que já estava ali no seu terceiro, quarto longa; estou falando das amigas brancas que tiveram mais acesso ao recurso. A galera me dizia que eu tinha uma oportunidade única na mão, uma atriz fabulosa e que eu precisava de um diretor de fotografia foda, um diretor de arte e de produção fodão, pessoas que trabalharam em doze longas. Primeiro, eram todas indicações masculinas e brancas. E todas elas me diziam que no final eu me sentiria muito segura porque essas pessoas têm muita experiência e vão garantir um set fantástico pra você. Eu agradecia, voltava pra casa desesperada e pensava: ‘Se eu chamar essa galera, que horas eu vou dirigir? Se todo mundo sabe tanto, já fez tanto, qual vai ser o meu momento de experimentar?’. E aí virou a chave de tudo que eu ouvi. Acolhi muitos dos conselhos que recebi, esse eu não precisava. Esse eu escolhi não usar”, revelou a diretora.

“Decidimos compor uma equipe recheada de primeiras vezes. Temos muitas mulheres negras na chefia de equipes, assumindo seus lugares em um longa-metragem de ficção pela primeira vez, inclusive eu. Isso pra gente foi importante durante o processo porque todo o tempo a gente relembrava do nosso direito de errar”, completou.

“Era um filme que tínhamos consciência que a descrença era muito maior do que a crença, inclusive da nossa possibilidade de fazer. Eu sempre dizia que não podíamos assumir a responsabilidade de entregar uma obra-prima porque é o nosso primeiro e não existe gênio na cinematografia que não tenha tido a possibilidade de experimentar. A gente se exigiu experimentar e respeitar o nosso direito de errar. A partir daí, acertamos bastante. Eu sou muito feliz com a família que se constituiu em torno do filme e com o resultado que a gente conseguiu chegar. E aí a gente só pode agradecer ao orixá”, finalizou Viviane.

*O CINEVITOR está em Tiradentes a convite do evento e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Netun Lima, Universo Produção/Divulgação.

Bruno Safadi fala sobre Sofá, filme exibido na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor

safaditiradentesO cineasta durante o bate-papo com o público.

Em 2008, o cineasta Bruno Safadi foi premiado na Mostra de Cinema de Tiradentes com o filme Meu Nome é Dindi, seu primeiro longa-metragem, que foi exibido na mostra Aurora. Protagonizado por Djin Sganzerla, o filme foi contemplado com o prêmio do Júri da Crítica.

Neste ano, na 23ª edição, Safadi exibiu Sofá na mostra A imaginação como potência. Com Ingrid Guimarães e Chay Suede, o filme é denominado como uma paródia tropical. Na trama, Joana D’Arc, ex-professora da rede pública de ensino do Rio de Janeiro, tenta recuperar a ex-casa, perdida para a prefeitura. A trajetória é compartilhada pelo pirata Pharaó, da Baía de Guanabara. Nizo Neto, Laura Neiva, João Pedro Zappa, Guilherme Piva, Bruce Gomlevsky, Gustavo Novaes e Luli Carvalho completam o elenco.

No dia seguinte à exibição no Cine-Tenda, que aconteceu no sábado, 25/01, o cineasta participou ao lado de Bruno Keusen, diretor assistente, do seminário Encontro com os filmes, mediado pelo crítico Pedro Butcher e com a presença de Daniel Schenker, crítico convidado.

Confira os melhores momentos do bate-papo:

O FILME

“Eu banquei esse filme com uma parte de uma rescisão contratual, então não tinha compromisso com nada, a não ser comigo mesmo. Era a hora de se jogar em um abismo. E se der certo, deu; se não der, sem problemas. A questão está na realização, principalmente na pessoal, sobre o que você aprende com isso, de como foi esse processo imenso de aprendizado através desse uso das cores ou das dificuldades de relacionamento e emoções que isso traz. Aqui está a beleza do negócio e eu fui atrás da incongruência. Você começa a achar que talvez o filme não passe em lugar nenhum, mas agora está aqui em Tiradentes e passou lá fora [no Festival de Torino]. Saíram textos lindos”, disse o diretor.

PARCERIA COM JULIO BRESSANE

“Como o próprio Bressane diz, temos uma longa conversa que já dura vinte anos. Em junho de 2000 eu fui fazer Dias de Nietzsche em Turim com ele e nunca mais nos distanciamos. Eu estou no meio de uma filmagem [do longa Lilith] e ontem ele foi no set, junto com o Rodrigo Lima. Temos um coletivo que não é uma empresa, é afetivo. Até temos a TB Produções, mas a nossa conversa é diária, de amigo, de vontade de estar junto e fazer coisas juntos. Nesse filme [Sofá], ele nem teve um trabalho direto. Mas eles [Bressane e Rodrigo] são as pessoas com quem eu falo todos os dias. Temos uma troca diária”, comentou Safadi.

“A herança dele [Bressane] é gigantesca. Se você pegar a história do cinema brasileiro, o que mais influencia os jovens de hoje é esse cinema. Não vejo ninguém aqui falando de cineastas do Cinema Novo, por exemplo. Não vejo falando de Paulo César Saraceni, Walter Lima Jr., Leon Hirszman. É uma pena. Mas eu vejo sempre as pessoas falando de Bressane, Rogério Sganzerla, Andrea Tonacci, Ozualdo Candeias. Tem um interesse muito grade na cinefilia internacional e brasileira sobre o trabalho desses diretores. É natural que estimule qualquer jovem; é a possibilidade de pegar uma câmera, fazer e potencializar. O Bressane diz que o cinema é uma produção de forma simbólica. Continua sendo estimulante pra mim. Quando eu o conheci fiquei fascinado”, completou.

sofafilmetiradentesChay Suede e Ingrid Guimarães em cena.

ELENCO

“É um pouco isso: juntar as pessoas e fazer. E também deslocar. O Sganzerla fazia muito isso. Pegava figuras como o Zé Bonitinho [personagem do ator Jorge Loredo] e deslocava para um outro lugar. Eu me identifico muito com isso, até mais com o Rogério [Sganzerla]. O Prefeito [lançado em 2015] já teve isso de pegar uma figura da Escolinha do Professor Raimundo [o ator Nizo Neto, que interpretava o personagem Seu Ptolomeu no programa] e botar nesse filme. E agora também no Sofá, como pegar uma Ingrid Guimarães e colocá-la num outro lugar”, revelou Safadi.

CORES

“Eu nunca tinha pensado em Pop Art, mas é interessante porque tem essa relação do que é arte e do que é vida; e você consegue mudar a escala, mudar a cor e criar um novo sentindo. Repensar elementos tão básicos. A questão da percepção da cor tem muito a ver. Uma referência pra mim foi o Paul Schrader na questão de como uma cor afeta a outra”, disse Bruno Keusen sobre o uso de diversas cores em cenas aleatórias, experimento realizado na pós-produção. “O cinema nasce experimental e vai ser sempre um experimento”, completou Safadi.

Captura de Tela 2020-01-31 às 03.16.48Os participantes no bate-papo realizado no SESI Centro Cultural Yves Alves.

EQUIPE

“É muito familiar e a gente tem o gosto de ser caseiro. Nesse meu próximo filme [Lilith] eu fiz questão de fazer a produção na minha casa até onde deu; com o filho tocando o terror na sala e com ensaios lá também. Tudo pra ter essa marca do caseiro, do íntimo, das pessoas realizando várias funções com o gosto de botar a mão na massa. E, com isso, você adquire um conhecimento que ninguém tem. Esse envolvimento é um exemplo para cada um aqui”, disse o diretor.

“Eu estou trabalhando com eles há pouco tempo, mas é uma aula de cinema pra mim essa ideia de filmar em quatro ou cinco dias ou levar uma tarde inteira pra fazer um só plano. É necessário ter um certo cuidado e ao mesmo tempo ter um carinho de família. Sempre que eu participei de set com eles era essa sensação de família”, revelou Bruno Keusen.

“Não dependemos de um milhão de reais da Ancine pra sobreviver, que é ótimo quando tem, mas se não tiver a gente continua fazendo. Essa não é a natureza do negócio”, finalizou Safadi.

*O CINEVITOR está em Tiradentes a convite do evento e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Netun Lima, Universo Produção/Divulgação.

Antonio Pitanga e Camila Pitanga são homenageados na abertura da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor

pitangastiradentes2020Emoção: trajetórias celebradas.

A abertura da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes aconteceu nesta sexta-feira, 24/01, no Cine-Tenda, com a apresentação da temática do evento: A imaginação como potência, pautada na valorização da cultura como setor estratégico da economia e da identidade de um país. A cerimônia contou com uma performance audiovisual com a presença da atriz Camila Morena e das cantoras Josi Lopes, Júlia Ribas e Lira Ribas.

Depois do discurso de Raquel Hallak, diretora da Universo Produção, que destacou a importância do evento, que, anualmente, contrata 250 empresas mineiras e gera mais de 2,5 mil empregos diretos e indiretos, além de injetar cerca de R$ 10 milhões na economia local e beneficiar mais de 35 mil pessoas, o público se emocionou com a entrega do Troféu Barroco aos homenageados deste ano: os atores Antonio e Camila Pitanga.

Pai e filha, homem e mulher, negro e negra, 80 e 42 anos. Ícones de seus próprios tempos, por motivos e trajetórias distintas, Antonio e Camila emulam em seus corpos e suas posturas a brasilidade mais original e singular, o talento e a presença de quem vivencia as contradições do país por dentro. Entre a centralidade de Antonio Pitanga na revolução do Cinema Novo, entre o final dos anos 1950 e meados dos anos 1970, e a constância de Camila Pitanga no imaginário da TV e do cinema nas últimas duas décadas, estão a diversidade e a força de duas formas de trabalhar e mapear uma história do audiovisual brasileiro que atravessa ambos.

No palco, os homenageados foram ovacionados pelo público e receberam os troféus das mãos de familiares, como Benedita da Silva, esposa de Antonio Pitanga. Em seu discurso, Camila disse: “Eu escrevi um texto, mas deixa o coração dizer aqui e agora. Esse coração que está transbordando de alegria. Quero agradecer minha família aqui presente: Benedita da Silva, mulher que eu amo; minhas filhas, minhas sobrinhas, minha namorada. Quero agradecer também à ela que não tá aqui, mas está muito aqui, Vera Manhães, minha mãe. Que honra, Tiradentes!”.

E continuou: “O mundo não está bonito, ele está escuro, mas cada um de nós é a luz e temos a urgência de olhar para a frente, de resistir como vem resistindo a ancestralidade preta há tantos séculos. Precisamos mirar no que queremos construir: um Brasil democrático, anti-racista e feminista”.

Emocionado, Antonio Pitanga frisou que o Brasil passa por tempos difíceis e falou: “A cultura é o instrumento de todas as civilizações”. Além disso, em seu discurso, o ator relembrou a geração do Cinema Novo com a qual trabalhou, citando nomes como Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman e Carlos Diegues: “Foram os fundadores da originalidade brasileira no audiovisual”.

A cerimônia se concluiu com a exibição do longa-metragem, em pré-estreia mundial, Os Escravos de Jó, do diretor cearense Rosemberg Cariry. Filmado na cidade de Ouro Preto, o filme tem Antonio Pitanga como um livreiro sobrevivente de campos de concentração da Alemanha nazista.

Aperte o play e assista aos melhores momentos da homenagem:

Foto: Netun Lima/Universo Produção.

Dor e Glória, de Pedro Almodóvar, é o grande vencedor do Prêmio Goya 2020, o Oscar espanhol

por: Cinevitor

almodovarvencegoya2020Pedro Almodóvar: grande vencedor da noite.

A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha realiza, desde 1987, o Prêmio Goya (ou Premios Goya), evento que elege os melhores filmes e profissionais do cinema e é conhecido como o Oscar espanhol. Neste sábado, 25/01, foram revelados os vencedores da 34ª edição, que aconteceu em Málaga, no sul da Espanha, em cerimônia apresentada pelo humorista Andreu Buenafuente e pela atriz Sílvia Abri.

O drama Mientras dure la guerra, de Alejandro Amenábar, que liderava a lista com 17 indicações, levou cinco prêmios. Dor e Glória, de Pedro Almodóvar, se consagrou como o grande vencedor da noite em sete categorias, entre elas, a de melhor filme.

Neste ano, a atriz e cantora Pepa Flores recebeu o Goya honorário por suas performances inesquecíveis e por ser uma das atrizes mais queridas e lembradas pelo público. Fenômeno dos anos 1960 e 1970, a artista conhecida como Marisol fez cantar, dançar e sorrir nas comédias musicais de sucesso e populares em que atuou.

Conheça os vencedores do Prêmio Goya 2020:

MELHOR FILME:
Dor e Glória

MELHOR DIREÇÃO:
Pedro Almodóvar, por Dor e Glória

MELHOR ATOR:
Antonio Banderas, por Dor e Glória

MELHOR ATRIZ:
Belén Cuesta, por La trinchera infinita

MELHOR ATOR COADJUVANTE:
Eduard Fernández, por Mientras dure la guerra

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE:
Julieta Serrano, por Dor e Glória

MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE:
Belén Funes, por La hija de un ladrón

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL:
Dor e Glória, escrito por Pedro Almodóvar

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO:
Intemperie, escrito por Benito Zambrano, Daniel Remón e Pablo Remón

ATOR REVELAÇÃO:
Enric Auquer, por Quien a hierro mata

ATRIZ REVELAÇÃO:
Benedicta Sánchez, por O que Arde

MELHOR DIREÇÃO DE PRODUÇÃO:
Mientras dure la guerra, por Carla Pérez de Albéniz

MELHOR FOTOGRAFIA:
O que Arde, por Mauro Herce

MELHOR MONTAGEM:
Dor e Glória, por Teresa Font

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE:
Mientras dure la guerra, por Juan Pedro de Gaspar

MELHOR FIGURINO:
Mientras dure la guerra, por Sonia Grande

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO:
Mientras dure la guerra, por Ana López-Puigcerver, Belén López-Puigcerver e Nacho Díaz

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL:
Dor e Glória, por Alberto Iglesias

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL:
Intemperie, de Javier Ruibal (Intemperie)

MELHOR SOM:
La trinchera infinita, por Iñaki Díez, Alazne Ameztoy, Xanti Salvador e Nacho Royo-Villanova

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS:
El hoyo, por Mario Campoy e Iñaki Madariaga

MELHOR ANIMAÇÃO:
Buñuel en el laberinto de las tortugas

MELHOR DOCUMENTÁRIO:
Ara Malikian, una vida entre las cuerdas, de Nata Moreno

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO:
A Odisseia dos Tontos, de Sebastián Borensztein (Argentina/Espanha)

MELHOR FILME EUROPEU:
Os Miseráveis, de Ladj Ly (França)

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO:
Suc de Síndria, de Irene Moray

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO:
Nuestra vida como niños refugiados en Europa, de Silvia Venegas Venegas

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO:
Madrid 2120, de José Luís Quirós e Paco Sáez

Foto: Juan Naharro Gimenez/Getty Images Europe.

Conheça os vencedores do 72º DGA Awards, prêmio do Sindicato dos Diretores

por: Cinevitor

sammendesDGAO cineasta já tinha sido premiado pelo Sindicato com Beleza Americana.

Foram anunciados neste sábado, 25/01, no Ritz Carlton, em Los Angeles, os vencedores do 72º DGA Awards, prêmio organizado pelo Sindicato dos Diretores da América, Directors Guild of America, que elege os melhores diretores da TV e do cinema desde 1948.

A cerimônia, que consagrou o cineasta Sam Mendes, de 1917, foi apresentada pelo comediante Judd Apatow e contou também com as participações de Alfonso Cuarón, Leonardo DiCaprio, Al Pacino, Joe Pesci, Sam Rockwell, Katheryn Winnick, Constance Zimmer, entre outros. Vale lembrar que nos últimos seis anos, os vencedores do DGA Awards também foram premiados no Oscar.

Nesta edição, o produtor cinematográfico Duncan Henderson, indicado ao Oscar de melhor filme por Mestre dos Mares – O Lado Mais Distante do Mundo, recebeu o Frank Capra Achievement Award. Arthur E. Lewis, produtor televisivo, foi homenageado com o Franklin J. Schaffner Achievement Award.

Conheça os vencedores do 72º Directors Guild of America Awards nas categorias de cinema:

MELHOR DIREÇÃO | LONGA-METRAGEM:
Sam Mendes, por 1917

MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE | LONGA-METRAGEM:
Alma Har’el, por Honey Boy

MELHOR DIREÇÃO | DOCUMENTÁRIO:
Steven Bognar e Julia Reichert, por Indústria Americana

Foto: Kevork Djansezian/Getty Images North America.

Klaus é o grande vencedor do 47º Annie Awards, o Oscar da animação

por: Cinevitor

klausannieawardsKlaus: consagrado no Oscar da animação.

Foram anunciados neste sábado, 25/01, os vencedores da 47ª edição do Annie Awards, conhecido como o Oscar da animação, organizado pela ASIFA-Hollywood, International Animated Film Society.

Neste ano, a Disney liderava a lista com Frozen 2, que aparecia com oito indicações, e levou os prêmios de melhores efeitos animados e melhor dublagem. O grande vencedor deste ano foi Klaus, da Netflix, premiado em sete categorias.

Os homenageados desta edição foram: Jeanette Bonds, designer de produção, que recebeu o June Foray Award; os cineastas Satoshi Kon, Henry Selick, Ron Clements e John Musker receberam o Winsor McCay Award; e o cientista em computação Jim Blinn levou o Ub Iwerks Award for Technical Achievement.

Conheça os vencedores nas categorias de cinema do Annie Awards 2020:

MELHOR ANIMAÇÃO:
Klaus (Netflix)

MELHOR DIREÇÃO EM ANIMAÇÃO:
Sergio Pablos, por Klaus

MELHOR ANIMAÇÃO INDEPENDENTE:
Perdi Meu Corpo

MELHOR ROTEIRO EM ANIMAÇÃO:
Perdi Meu Corpo, escrito por Jérémy Clapin e Guillaume Laurant

MELHOR ANIMAÇÃO | CURTA-METRAGEM:
Tio Tomas: A Contabilidade dos Dias, de Regina Pessoa

MELHOR ANIMAÇÃO ESTUDANTIL:
The Fox & The Pigeon

MELHORES EFEITOS ANIMADOS EM ANIMAÇÃO:
Frozen 2

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGENS EM ANIMAÇÃO:
Klaus, por Sergio Martins

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGENS EM LIVE-ACTION:
Vingadores: Ultimato

MELHOR DESIGN DE PERSONAGENS EM ANIMAÇÃO:
Klaus, por Torsten Schrank

MELHOR MÚSICA EM ANIMAÇÃO:
Perdi Meu Corpo, por Dan Levy

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO EM ANIMAÇÃO:
Klaus, por Szymon Biernacki e Marcin Jakubowski

MELHOR STORYBOARDING EM ANIMAÇÃO:
Klaus, por Sergio Pablos

MELHOR DUBLAGEM EM ANIMAÇÃO:
Josh Gad, por Frozen 2

MELHOR EDIÇÃO EM ANIMAÇÃO:
Klaus, por Pablo García Revert

MELHOR PRODUÇÃO EM REALIDADE VIRTUAL:
Bonfire

Foto: Divulgação/Netflix.