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Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles divulga lista com os melhores de 2020

por: Cinevitor

smallaxelosangelesMicheal Ward e Amarah-Jae St. no episódio Lovers Rock, da série Small Axe.

Fundada em 1975, a Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles é composta por profissionais especializados em crítica cinematográfica que trabalham em veículos impressos e virtuais da cidade. Como de costume, os melhores da sétima arte, segundo os membros da LAFCA, são anunciados sempre em dezembro.

Em sua 46ª edição, a série Small Axe, dirigida por Steve McQueen, se destacou e ocupou o primeiro lugar na categoria de melhor filme. A produção apresenta cinco filmes que contam histórias distintas sobre a vida dos imigrantes das Índias Ocidentais em Londres durante os anos 1960 e 1970. Em comunicado oficial, a jornalista Claudia Puig, presidente da LAFCA, disse: “Estamos muito entusiasmados em homenagear o inédito, ressonante e magistral Small Axe, um quinteto de filmes de Steve McQueen”.

Neste ano, o cineasta, roteirista e produtor Hou Hsiao-Hsien, de Mestre das Marionetes, A Assassina, Três Tempos, Café Lumière e Um Tempo para Viver, um Tempo para Morrer foi homenageado pelo conjunto da obra. O ator e ativista Harry Belafonte, vencedor do Emmy pela série The Revlon Revue, e o ator Norman Lloyd também foram honrados.

Conheça os vencedores de 2020, segundo a Los Angeles Film Critics Association:

MELHOR FILME
Small Axe, de Steve McQueen
2º lugar: Nomadland, de Chloé Zhao

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Time, de Garrett Bradley
2º lugar: Collective, de Alexander Nanau

MELHOR DIREÇÃO
Chloé Zhao, por Nomadland
2º lugar: Steve McQueen, por Small Axe

MELHOR ROTEIRO
Promising Young Woman, escrito por Emerald Fennell
2º lugar: Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre, escrito por Eliza Hittman

MELHOR ATOR
Chadwick Boseman, por A Voz Suprema do Blues
2º lugar: Riz Ahmed, por O Som do Silêncio

MELHOR ATRIZ
Carey Mulligan, por Promising Young Woman
2º lugar: Viola Davis, por A Voz Suprema do Blues

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Glynn Turman, por A Voz Suprema do Blues
2º lugar: Paul Raci, por O Som do Silêncio

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Youn Yuh-Jung, por Minari
2º lugar: Amanda Seyfried, por Mank

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Mank, por Donald Graham Burt
2º lugar: Uma Mulher Alta, por Sergey Ivanov

MELHOR EDIÇÃO
The Father, por Yorgos Lamprinos
2º lugar: Time, por Gabriel Rhodes

MELHOR FOTOGRAFIA
Small Axe, por Shabier Kirchner
2º lugar: Nomadland, por Joshua James Richards

MELHOR TRILHA SONORA
Soul, por Jon Batiste, Trent Reznor e Atticus Ross
2º lugar: Lovers Rock, por Mica Levi

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Uma Mulher Alta, de Kantemir Balagov (Rússia)
2º lugar: Martin Eden, de Pietro Marcello (Itália/França/Alemanha)

MELHOR ANIMAÇÃO
Wolfwalkers, de Tomm Moore e Ross Stewart
2º lugar: Soul, de Pete Docter e Kemp Powers 

PRÊMIO NEW GENERATION
Radha Blank, por The Forty-Year-Old Version

DOUGLAS EDWARDS INDEPENDENT/EXPERIMENTAL FILM/VIDEO
Her Socialist Smile, de John Gianvito

PRÊMIO CARREIRA
Harry Belafonte
Hou Hsiao-Hsien

Foto: Divulgação/Amazon.

Morre, aos 87 anos, a atriz Nicette Bruno

por: Cinevitor

morrenicettebrunoA atriz, em 2011, quando foi homenageada no Cine Ceará.

Morreu neste domingo, 20/12, aos 87 anos, a atriz Nicette Bruno. A informação foi divulgada pela Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, onde estava internada em estado grave. Segundo o boletim médico, ela estava sedada, com ventilação mecânica e faleceu por complicações decorrentes da Covid-19.

Nascida Nicete Xavier Miessa, em Niterói, começou a carreira artística muito cedo por influência de seus familiares, que se dedicavam à arte. Aos quatro anos, declamava e cantava em um programa infantil da Rádio Guanabara. Ainda criança, estudou piano no Conservatório Nacional e, logo depois, fez parte do balé do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Aos quatorze anos, já profissional do teatro depois de estudar em várias escolas, foi contratada pela Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais.

Em 1952, conheceu o ator Paulo Goulart, durante a peça Senhorita Minha Mãe, de Louis Verneuil, com quem se casou em 1954. Eles tiveram três filhos: Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho, que seguiram a carreira dos pais. Com 56 anos de casamento, ficou viúva em 2014, quando Paulo faleceu em decorrência de um câncer.

Sua estreia oficial nos palcos aconteceu em 1947, na peça A Filha de Iório, de Gabriel D’Annunzio. O trabalho lhe rendeu uma medalha de ouro de atriz revelação pela ABCT, Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Aos dezessete anos, fundou, em São Paulo, o Teatro de Alumínio, na Praça das Bandeiras, edifício sede do Teatro Íntimo Nicette Bruno, companhia criada em 1953.

Seu primeiro papel de destaque na TV foi no seriado Dona Jandira em Busca da Felicidade, na TV Continental, no qual interpretou a protagonista. Sua primeira telenovela foi Os Fantoches, de Ivani Ribeiro, na TV Excelsior, em 1967. Nos anos 1960, nas extintas emissoras TV Excelsior e Rede Tupi, atuou em novelas de sucesso, como: A Muralha, O Meu Pé de Laranja Lima, Rosa dos Ventos, Papai Coração, Éramos Seis e Como Salvar Meu Casamento.

nicettesitiopicapauDona Benta: nos bastidores das gravações de Sítio do Picapau Amarelo.

Na Rede Globo, estreou em 1981 no seriado Obrigado, Doutor. Depois disso, realizou diversos trabalhos marcantes na emissora ao longo dos anos, como: a Dona Benta, em Sítio do Picapau Amarelo; Tenda dos Milagres, Selva de Pedra, Bebê a Bordo, Rainha da Sucata, Perigosas Peruas, Mulheres de Areia, A Próxima Vítima, Alma Gêmea, Salve Jorge, Joia Rara, Órfãos da Terra, entre muitos outros. Seu último trabalho na emissora foi este ano em uma participação especial no remake de Éramos Seis como Madre Joana.

Considerada pioneira da televisão brasileira e uma das referências na história da teledramaturgia do país, Nicette Bruno também se destacou nas telonas. Seu primeiro trabalho no cinema foi na comédia romântica Querida Susana, de Alberto Pieralisi, em 1947. Depois disso, atuou em: O Canto da Saudade, de Humberto MauroEsquina da Ilusão, de Ruggero JacobbiA Marcha, de Oswaldo Sampaio; o curta Vila Isabel, de Isabel DieguesZoando na TV, de José Alvarenga Jr.; Seja o Que Deus Quiser!, de Murilo Salles; A Guerra dos Rocha, de Jorge Fernando; o curta A Casa das Horas, de Heraldo Cavalcanti; Doidas e Santas, de Paulo Thiago; e O Avental Rosa, de Jayme Monjardim.

Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios, entre eles: Prêmio Molière de melhor atriz pela peça O Efeito dos Raios Gama Sobre as Margaridas do Campo; três vezes o Troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, como melhor atriz pela peça Somos Irmãs e pelas novelas Éramos Seis e Como Salvar Meu Casamento; Prêmio Shell ao lado da família Goulart e também pela peça Somos Irmãs; junto com seu esposo, recebeu a comenda da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo; entre outros.

Também foi homenageada com o Troféu Eusélio Oliveira na 21ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, em 2011. No Festival de Cinema da Lapa, recebeu o Troféu Tropeiro; em 2016, foi honrada no 19º Brazilian International Press Awards. No ano seguinte, foi agraciada no Prêmio Cesgranrio de Teatro por seus setenta anos de carreira. Em 2018, recebeu o Troféu Mário Lago pelo conjunto da obra.

Fotos: Rogerio Resende/Divulgação.

14º For Rainbow: conheça os vencedores

por: Cinevitor

inabitaveisforrainbowCena do curta Inabitáveis, de Anderson Bardot: dois prêmios.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 18/12, em uma cerimônia transmitida pelo YouTube e apresentada por Deydianne Piaf e Aby Rodrigues, os vencedores da 14ª edição do For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero, que acontece em Fortaleza. Porém, por conta da pandemia de Covid-19, este ano foi realizado em formato on-line e gratuito.

Para esta edição, que apresentou o tema Revolucione-se, doze longas-metragens disputaram o Troféu Elke Maravilha em várias categorias; desta seleção, o dobro da edição anterior, cinco são brasileiros. Entre os curtas-metragens, foram selecionadas 32 produções, sendo 23 brasileiras. Além dos prêmios principais, o evento também entrega o Prêmio João Nery, que reconhece produções que abordam a militância LGBTQIA+ e o reflexo positivo dessa atuação na vida das pessoas. Há também o Troféu Artur Guedes, que reconhece pessoas que lutam pelos direitos humanos, dentre estes, o respeito à diversidade sexual e de gênero; nesta edição, foi entregue para: Dalviane Pires, Natasha Faria e Casa Transformar.

Com direção executiva de Verônica Guedes, a curadoria foi realizada por Émerson Maranhão, jornalista e cineasta; Andrei Bessa, diretor, ator, pesquisador e professor de teatro; e Eunice Gutman, cineasta, roteirista e editora.

Neste ano, o júri de longas-metragens foi formado por: Bertrand Lira, Diego Benevides, Karla Bessa e Roberta Marques; para os curtas, o time contou com: Kiko Alves, Arthur Leite, Andréia Pires e Amanda Pontes. Já o Júri da Crítica foi formado por Arthur Gadelha, Ailton Monteiro e Thiago Sampaio, membros da Aceccine, Associação Cearense de Críticos de Cinema.

Conheça os vencedores do For Rainbow 2020:

LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme Brasileiro: Mães do Derick, de Dê Kelm
Melhor Filme Estrangeiro: El Laberinto de las Lunas, de Lucrecia Mastrangelo (Argentina)
Melhor Direção: Limiar, por Coraci Ruiz
Melhor Roteiro: Limiar, escrito por Coraci Ruiz e Luiza Fagá
Melhor Atriz: Maria Eduarda Maia, por Advento de Maria
Melhor Ator: Antoine Herbez, por 7 Minutes
Melhor Fotografia: Limiar, por Coraci Ruiz 
Melhor Direção de Arte: Advento de Maria, por Thiago Nery
Melhor Edição: Mães do Derick, por Aristeu Araújo
Melhor Trilha Sonora Original: Mães do Derick, por Grupo Taiobas
Melhor Desenho Sonoro: Limiar, por Guile Martins

CURTAS-METRAGENS

Melhor Filme Brasileiro | Ficção: Inabitáveis, de Anderson Bardot (ES)
Melhor Filme Brasileiro | Documentário: O que Pode um Corpo?, de Victor de Marco e Marcio Picoli (RS)
Melhor Filme Estrangeiro: A Filha de Deus Dança (God’s Daughter Dances), de Sungbin Byun (Coreia do Sul)
Melhor Direção: Os Últimos Românticos do Mundo, por Henrique Arruda
Melhor Roteiro: O Mistério da Carne, escrito por Rafaela Camelo
Melhor Atriz: Xan Marçal, por Iauaraete
Melhor Ator: Lucas Galvino, por Fotos Privadas
Melhor Direção de Arte: Os Últimos Românticos do Mundo, por Carlota Pereira
Melhor Fotografia: Inabitáveis, por Igor Pontini
Melhor Trilha Sonora Original: O Mistério da Carne, por Eduardo Canavezes
Melhor Edição: Balizando 2 de Julho, por Rick Caldas
Melhor Desenho Sonoro: Balizando 2 de Julho, por Marcio Lima e Fabíola Aquino
Menção Honrosa: Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Vita Pereira e Stheffany Fernanda (SP) e Homens Invisíveis, de Luis Carlos de Alencar (RJ)

PRÊMIO DA CRÍTICA

Melhor longa-metragem brasileiro: Mães do Derick, de Dê Kelm (PR)
Melhor curta-metragem brasileiro: De Vez em quando eu Ardo, de Carlos Segundo (RN)

PRÊMIO JOÃO NERY

Melhor longa-metragem: As Cores do Divino, de Victor Costa Lopes (Brasil)
Melhor curta-metragem: Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Vita Pereira e Stheffany Fernanda

Foto: Divulgação.

New York Film Critics Circle Awards 2020: Bacurau está entre os melhores do ano

por: Cinevitor

criticosNYbacurauThomás Aquino e Silvero Pereira em Bacurau: cinema brasileiro.

O New York Film Critics Circle Awards conta com um seleto e respeitado grupo de jornalistas que elege as melhores produções do ano, tornando-se um termômetro para a temporada de premiações. O evento surgiu com o objetivo de defender filmes que poderiam ser desprezados pelo público e também pela indústria do entretenimento.

Os críticos de Nova York elegem os melhores do cinema desde 1935 e, inicialmente, eram conhecidos por premiar filmes que de certa forma eram injustiçados pelo Oscar, que realizou sua primeira cerimônia em 1929. Cidadão Kane, de Orson Welles, por exemplo, foi eleito o melhor filme de 1941 pelos críticos e não recebeu a famosa estatueta dourada da Academia. O mesmo aconteceu com Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, em 1971; Os Bons Companheiros, de Martin Scorsese, em 1990; entre outros.

Neste ano, vale destacar a presença do brasileiro Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, eleito o melhor filme estrangeiro de 2020. Esta é a terceira vez que o Brasil aparece na lista dos críticos de Nova York: a primeira foi em 1981 com Pixote: A Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco; e depois com Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, em 2003.

Premiado no Festival de Cannes do ano passado, Bacurau tem se destacado em diversas listas e premiações internacionais. Recentemente, foi citado entre os melhores do ano em publicações como: The New York Times, IndieWire, The Hollywood Reporter, The Guardian, Rolling Stone, entre outras. Além disso, apareceu também na tradicional lista de melhores ano de Barack Obama.

Confira a lista completa com os vencedores do New York Film Critics Circle Awards 2020:

MELHOR FILME
First Cow, de Kelly Reichardt

MELHOR DIREÇÃO
Chloé Zhao, por Nomadland

MELHOR ROTEIRO
Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre, escrito por Eliza Hittman

MELHOR ATRIZ
Sidney Flanigan, por Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre

MELHOR ATOR
Delroy Lindo, por Destacamento Blood

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Maria Bakalova, por Borat: Fita de Cinema Seguinte

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Chadwick Boseman, por Destacamento Blood

MELHOR FOTOGRAFIA
Small Axe, por Shabier Kirchner

MELHOR ANIMAÇÃO
Wolfwalkers, de Tomm Moore e Ross Stewart

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Time, de Garrett Bradley

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (Brasil)

MELHOR PRIMEIRO FILME
The Forty-Year-Old Version, de Radha Blank

PRÊMIO ESPECIAL
Kino Lorber; Kino Marquee Virtual Cinema
Spike Lee; New York New York Love Letter

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

Novo Cine PE 2020: conheça os vencedores

por: Cinevitor

mulheroceanovencecinepeMulher Oceano, de Djin Sganzerla: quatro prêmios.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 18/12, os vencedores da 24ª edição do Novo Cine PE – Festival do Audiovisual. Em um ano totalmente atípico por conta da pandemia de Covid-19, o evento foi realizado exclusivamente pelo Canal Brasil na televisão e na internet, por meio da plataforma de streaming Canais Globo, além da TV Pernambuco.

Os seis longas e 31 curtas exibidos este ano passaram pelo crivo dos onze jurados selecionados para o Júri Oficial: Bianca de Felippes, Sérgio Rezende, Paula Barreto, Paulo Mendonça e Beto Rodrigues na mostra de longas; Ilona Wirth, Vitor Búrigo e Cacá Soares na mostra de curtas nacionais; e Adriano Portela, Kalyne Almeida e Sandra Ribeiro na mostra de curtas pernambucanos.

O Novo Cine PE consagrou o filme Mulher Oceano como melhor longa-metragem escolhido pelo júri oficial do evento. A ficção da paulistana Djin Sganzerla, que também atua como protagonista, conta a história de duas mulheres brasileiras que têm uma profunda ligação com o mar: uma escritora que está vivendo em Tóquio e uma atleta de travessia oceânica no Rio de Janeiro. As histórias se cruzam quando, sem perceber, a nadadora estranhamente tem seu corpo transformado em uma espécie de oceano interior. O longa também rendeu o prêmio de melhor atriz para Djin Sganzerla e levou ainda o Calunga de Prata de melhor montagem e direção de arte.

O documentário gaúcho O que pode um corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli, ganhou quatro prêmios na mostra de curta nacional, entre eles, o de melhor filme. Enquanto que na Mostra Competitiva de curtas pernambucanos o vencedor foi Nimbus, animação dirigida por Marcos Buccini.

O Canal Brasil, que nesta edição foi o exibidor oficial do Novo Cine PE, concedeu o Prêmio Canal Brasil de Curtas ao filme Manaus Hot City, uma ficção do estado do Amazonas e do diretor Rafael Ramos. O prêmio tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. A escolha do vencedor desse prêmio foi feita por um júri convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados. O melhor curta recebe o Troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$15 mil. Além disso, o Prêmio do Público contou com 108.312 votantes no site e no aplicativo do festival.

A diretora do Cine PE, Sandra Bertini, destaca que foi um ano difícil para quem empreende na área de economia criativa e audiovisual, mas comemora o sucesso de mais uma edição: “Foi um ano de incertezas e desafios, mas acho que foi um modelo que funcionou bem e que foi muito bem abraçado tanto pelos realizadores quanto pelo público”.

A direção do festival estuda fazer um evento presencial no dia 13 de março de 2021, caso o cenário de saúde pública seja favorável, para entregar os troféus pessoalmente aos vencedores das mostras competitivas: “Em 2021, voltaremos com a edição presencial do evento, no final de julho, comemorando 25 anos de história. Vai ser a edição do abraço, de volta ao Cinema São Luiz com seis dias de competição, com a presença do público, os homenageados, a mostra infantil e tantas outras ideias que estamos bolando para esta edição comemorativa”, adianta Sandra.

Confira a lista completa com os vencedores do Novo Cine PE 2020:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: Mulher Oceano, de Djin Sganzerla (SP)
Melhor Direção: Memórias Afro-Atlânticas, por Gabriela Barreto
Melhor Roteiro: Memórias Afro-Atlânticas, escrito por Cassio Nobre e Xavier Vatin
Melhor Fotografia: Nós, que ficamos, por Beto Martins
Melhor Montagem: Mulher Oceano, por Karen Akerman
Melhor Edição de Som: Ioiô de Iaiá, por Caio Barreto, Alexandre Griva e Melhor do Mundo Estúdios
Melhor Direção de Arte: Mulher Oceano, por Isabela Azevedo
Melhor Trilha Sonora: Nós, que ficamos, por Nicolau Domingues e Caio Domingues
Melhor Ator: Guili Arenzon, por Mudança
Melhor Atriz: Djin Sganzerla, por Mulher Oceano
Melhor Ator Coadjuvante: Erom Cordeiro, por O Buscador
Melhor Atriz Coadjuvante: Débora Duboc, por O Buscador

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

Melhor Filme: O Que pode um corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Melhor Direção: O Que pode um corpo?, por Victor Di Marco e Márcio Picoli
Melhor Roteiro: Vigia – Um Olhar Para a Morte, escrito por Victor Marinho
Melhor Fotografia: O Que pode um corpo?, por Bruno Polidoro
Melhor Montagem: Vigia – Um Olhar Para a Morte, por Victor Marinho
Melhor Edição de Som: Eu.tempo, por Paulo Umbelino
Melhor Direção de Arte: Ex-Humanos, por Lia Letícia
Melhor Trilha Sonora: O Que pode um corpo?, por Casemiro Azevedo e Vitório O. Azevedo
Melhor Ator: Paulo Copioba, por Reagente
Melhor Atriz: Cássia Damasceno, por Vai Melhorar
Menção HonrosaEu.tempo, de Thaíse Moura (PE); o júri concedeu menção honrosa aos personagens do filme por suas histórias e vivências inspiradoras, carisma, emoção e pela maneira como tratam o tempo de forma subjetiva em uma crônica audiovisual lírico-afetiva.

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Melhor Filme: Nimbus, de Marcos Buccini
Melhor Direção: O Menino que morava no som, por Felipe Soares
Melhor Roteiro: Nimbus, escrito por Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão e Marcos Buccini
Melhor Fotografia: Mata, por Amanda Lira, Jefferson Nascimento, Marlom Meirelles, Patrícia Lindoso e Raphael Ferreira
Melhor Montagem: Presente de Deus, por Daniel Barros
Melhor Edição de Som: O Menino que morava no som, por Adam Matschulat
Melhor Direção de Arte: O Quarto Negro, por Thiago Amaral
Melhor Trilha Sonora: O Mundo de Clara, por Antônio Nogueira
Melhor Ator: Maycon Douglas, por O Menino que morava no som
Melhor Atriz: Zezita Matos, por O Quarto Negro
Menção Honrosa: Cozinheiras do Terreiro, de Tauana Uchôa; pela narrativa feminina que unida à força do tema evoca uma brilhante reflexão sobre fé, serviço e sagrado.

JÚRI POPULAR

Melhor longa-metragem: Memórias Afro-Atlânticas, de Gabriela Barreto (BA)
Melhor curta-metragem nacional: Eu.tempo, de Thaíse Moura (PE)
Melhor curta-metragem pernambucano: Cozinheiras de Terreiro, de Tauana Uchôa

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS: Manaus Hot City, de Rafael Ramos (AM)

PRÊMIO DA CRÍTICA | ABRACCINE
Júri: Júlio Bezerra, Marco Tomazzoni e Maria Caú

Melhor longa-metragem: Memórias Afro-Atlânticas, de Gabriela Barreto
Justificativa: por se debruçar sobre uma história riquíssima e pouco conhecida de documentação dos terreiros de candomblé de Salvador e do Recôncavo Baiano (retratando a herança e memória linguísticas de personalidades religiosas como Mãe Menininha do Gantois, Joãozinho da Goméia e Manoel Falefá) e traçar uma espécie de quebra-cabeça em torno desse achado com a ajuda de personagens interessantes e carismáticos, revelando como essa tradição oral sobrevive e a importância de documentá-la.

Melhor curta-metragem nacional: Eu.tempo, de Thaíse Moura
Justificativa: por construir uma espécie de ensaio-crônica sobre o tempo, conjugando uma certa simplicidade formal com um lirismo afetivo marcado por impressões e memórias, conduzido por paisagens e entrevistados (não especialistas que revelam a profundidade de suas vivências ditas comuns).

Foto: André Guerreiro Lopes.

24ª Mostra de Cinema de Tiradentes acontecerá em formato on-line e presencial

por: Cinevitor

tiradentes2021onlineProgramação em ambiente virtual e presencialmente, com ações pontuais na cidade mineira.

O programa Cinema sem Fronteiras inaugura sua temporada 2021 e abre o calendário audiovisual brasileiro com a realização da 24ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 22 e 31 de janeiro. Pela primeira vez, o evento será realizado em formato on-line e presencial, pelo site e com ações pontuais na histórica cidade mineira.

Ao longo de nove dias, será oferecida uma programação intensa, diversificada e gratuita, que inclui a exibição de mais de 100 filmes brasileiros em pré-estreias nacionais e mostras temáticas, homenagem, realização do 24º Seminário do Cinema Brasileiro, composto por debates, mesas temáticas, diálogos audiovisuais, além da série Encontro com os filmes, que reúne anualmente críticos de cinema, acadêmicos, pesquisadores, diretores, profissionais do audiovisual, imprensa e público.

Integram também a programação do evento ações formativas, visando à formação e capacitação para o mercado de cinema e criando oportunidades para novas gerações de atores e realizadores, com oficinas para adultos e jovens que certificarão mais de 200 alunos; a Mostrinha de Cinema que garante muita diversão para a criançada e toda família em exibições voltadas ao público infantojuvenil e ainda atrações artísticas, exposições, live shows e performances com artistas de destaque na cena mineira e nacional, relacionados de alguma forma às temáticas e debates propostos durante toda a programação.

Respeitando os protocolos de saúde pública vigentes por conta da pandemia de Covid-19, a maior parte da programação desta edição acontecerá de maneira on-line no site oficial do evento.

Sobre a temática desta edição, Vertentes da criação, os curadores de longas Francis Vogner dos Reis e Lila Foster falaram sobre a escolha em um texto publicado no site da Mostra Tiradentes: “Quais são os desejos que guiam/dão origem os filmes? O que, afinal, dá forma ao filme? Como se criam métodos particulares para liberar experiências particulares? Como pensar os processos de artesania– a construção dos personagens, do espaço, a escrita, a montagem?  O que se faz com as mãos, os olhos, os corpos e o coração quando se está criando uma imagem? O convite a esse exercício de pensar esses caminhos do cinema pode criar (ou não) um léxico, novas palavras, acionar o campo de expressão das experiências particulares do trabalho de criação, um trabalho que não está isolado dos processos mais amplos do mundo (econômicos, técnicos, políticos), mas dele toma parte ativa com mais proximidade ou com uma calculada (e necessária) distância”.

E mais: “Vertentes da criação não busca enquadrar, não procura dar respostas ou tecer conclusões mais categóricas sobre o cinema brasileiro contemporâneo. Mas indica o desejo de entender, de dar a ver, de botar na roda o que leva, guia e movimenta quando se cria imagens e sons”. Clique aqui e leia o texto completo. Vale destacar também que a curadoria de curtas foi formada por: Camila Vieira, Tatiana Carvalho Costa e Felipe André Silva.

jerusatiradentes2Seminário Encontro com os filmes da edição passada.

Já nos preparativos para a 24ª edição, a Mostra Tiradentes divulgou a relação de cinco estudantes universitários selecionados para o Júri Jovem. O grupo vai analisar os longas-metragens da mostra Olhos Livres e escolherá um deles para ganhar o Troféu Carlos Reichenbach.

Os universitários foram selecionados entre os participantes da Oficina Análise de Estilos Cinematográficos, ministrada pelo crítico, programador e professor Victor Guimarães durante a 14ª CineBH. O objetivo da atividade foi desenvolver uma análise crítica e estética de filmes brasileiros contemporâneos. Para a seleção dos integrantes do Júri Jovem foram utilizados como critérios a clareza e a articulação de fala e escrita, a capacidade de análise e reflexão, o olhar atento e coerência na expressão.

O instrutor Victor Guimarães destaca que “a oficina foi uma ótima experiência de interlocução entre jovens críticas e críticos de todo o país, que se mostraram muito abertos ao diálogo, ao encontro com os filmes e às experiências de leitura e escrita”. De acordo com Guimarães, “o perfil deste Júri Jovem é mais diverso do que em outros anos, sobretudo devido à falta de uma limitação territorial, que permitiu que pessoas de muitos lugares pudessem participar. Acredito que essa diversidade regional – além da diversidade de gênero e racial entre as pessoas selecionadas – será um ganho e tanto para as discussões durante o festival”.

Victor afirma perceber no perfil deste Júri Jovem uma abertura para filmes menos hegemônicos, mais experimentais, menos dependentes do modelo dominante do longa-metragem de ficção: “Acredito que entre as pessoas selecionadas há uma abertura para o novo, para o encontro com o desconhecido, para o deslocamento a partir dos filmes. Essa é uma característica fundamental para quem irá se deparar com os filmes da mostra Olhos Livres”, ressalta.

Conheça os cinco integrantes do Júri Jovem da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes:

Anália Alencar: 25 anos, estudante 9° período de Comunicação Social, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Lorenna Rocha: 24 anos, estudante 10º período da Licenciatura em História, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Ana Júlia Silvino: 20 anos, estudante 3º período de Rádio, TV e Internet, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Rodrigo Sampaio Cauhi: 20 anos, estudante 6º período do curso de Cinema e Audiovisual, da PUC Minas
Manu Zilveti: 24 anos, estudante do 5° período de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Pelotas (UFpel)

Em breve outras novidades serão anunciadas, assim como a seleção dos filmes.

Fotos: Leo Lara e Netun Lima/Universo Produção.

Candango: Memórias do Festival: Lino Meireles fala sobre o documentário que conta a história do Festival de Brasília

por: Cinevitor

festbrasiliadoc1Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: memória cultural do país.

Dirigido pelo brasiliense Lino Meireles e realizado com recursos próprios, Candango: Memórias do Festival é um documentário que reúne depoimentos de cineastas, atores, organizadores, jornalistas e profissionais da arte e da fotografia para contar a história do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 pelo crítico de cinema Paulo Emílio Sales Gomes.

As filmagens somaram 65 horas de entrevistas realizadas em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Ruy Guerra, Neville D’Almeida, Lúcia Murat, Helena Ignez, Vladimir Carvalho e Cacá Diegues, além de outros veteranos e nomes da nova geração de diretores e atrizes como Maeve Jinkins, José Eduardo Belmonte, Juliano Cazarré, Claudio Assis e Rodrigo Santoro falaram da importância do festival para o cinema brasileiro e relataram experiências vividas em suas respectivas participações no evento.

Candango: Memórias do Festival é um projeto de autoria de Lino Meireles que contempla um livro de mesmo título, lançado há três anos na 50ª edição do festival, e um banco de dados com informações de todas as edições do evento. Meireles espera que a história do Festival de Brasília continue sendo narrada por profissionais que se interessem pela memória cultural do país e considera que o primeiro volume do seu livro é apenas o início de um trabalho que deve ter prosseguimento.

festbrasiliadoc3Lino Meireles: cineasta brasiliense.

Em 1965, um ano após o início da ditadura militar brasileira, um oásis de liberdade foi inaugurado na capital do país: o Festival de Cinema de Brasília, marco da resistência cultural e política. Este documentário conta a trajetória do evento a partir de relatos das pessoas que construíram a história do festival, entre elas a cineasta e atriz Helena Ignez, o diretor de fotografia Walter Carvalho, o ator Antonio Pitanga e o crítico Rubens Ewald Filho. O filme propõe o resgate da memória do que se passou em mais de 50 anos de celebração do cinema brasileiro pelas lembranças de mais de 50 entrevistados.

Para falar mais sobre o longa, que integra a seleção da 53ª edição do Festival de Brasília, conversamos com o diretor por e-mail. Confira os melhores momentos:

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sempre foi considerado um dos mais importantes entre tantos eventos ligados ao cinema no país. Como surgiu a ideia de contar a história do festival?

Engraçado, tive a ideia durante o festival de 2016. Um amigo ia reexibir seu primeiro curta-metragem, de 1996, durante uma tarde. Aquele filme, Depois do Escuro, foi o primeiro trabalho do Rodrigo Santoro para cinema. Quem imaginaria isso? Que a carreira dele no cinema começou em Brasília? Comecei a imaginar, quantas histórias não aconteceram durante estes anos todos que, hoje em dia, poderiam adquirir uma importância muito maior devido aos seus efeitos posteriores? Fora a importância histórica do próprio festival. Era um projeto que eu poderia dedicar à minha cidade.

Sendo brasiliense, qual sua ligação com o evento? Você sempre participou? Quais suas histórias pessoais mais marcantes do festival?

Minha relação sempre foi como espectador. Participei com meu primeiro curta-metragem, em 2010, da Mostra Brasília, exclusiva para filmes da capital mas que, naquele ano, incluía todos os inscritos. Acho que só por isso entrei; hoje tem uma curadoria. Lamento dizer que não tenho nada de marcante exceto os filmes… e aquela sala do Cine Brasília entupida. Nunca houve algo como aquilo, tem um trecho do filme sobre isso. Ficava sem um centímetro quadrado livre em todas as superfícies. Talvez por ser um mero espectador, pude fazer o filme pronto para ouvir as histórias dos outros.

O filme funciona muito bem como um registro histórico não só do festival, mas também do cinema brasileiro. Ao longo da projeção, percebemos a evolução da nossa filmografia: primeiro a forte presença masculina entre os selecionados e premiados; depois a ascensão das mulheres; a interferência da censura; a consagração de outras produções fora do eixo Rio/São Paulo, como o cinema pernambucano; o surgimento de novos realizadores promissores; entre outros momentos marcantes. Como funcionou e quanto tempo durou sua pesquisa para traçar essa linha narrativa e cronológica?

Eu conhecia isso, e por isso mesmo sabia que daria um filme. Se for bom ou ruim depende da expectativa de cada espectador, mas a importância do filme é garantida por explicitar essa movimentação que você identifica. A história do festival é a história do nosso Cinema. Em cada época procuramos episódios que pudessem falar da época como um todo e a história do festival fala do nosso cinema como um todo também. A pesquisa foi longa e a busca por material de arquivo extensa. Dois anos. Por isso saiu mais coisa: um livro e uma enciclopédia digital do festival, provavelmente a única no país, disponível on-line. Clique aqui.

festbrasiliadoc2Cine Brasília: local de muitas histórias e momentos inesquecíveis.

O documentário traz um time importante e consagrado de entrevistados. Com tantas histórias narradas (desde as vaias no Cine Brasília, encontros no Hotel Nacional, discursos potentes, brigas, festas, convidados ilustres), como foi feita a escolha dos entrevistados? E como funcionou o processo de montagem? Ao total, quantas horas de material foram filmadas?

A busca por entrevistados foi um tiroteio glorioso, pra todos os lados. A preocupação era gravar depoimentos para a posterioridade sem pensar em como montar tudo depois. Eu tinha um intervalo de tempo para fazer, fomos formando equipes nas cidades onde passamos, e topávamos tudo. Por isso, num futuro próximo, as entrevistas ficarão disponíveis via internet, na íntegra. Tínhamos 61 horas de entrevistas e 40 de material de arquivo. Foi esse material de arquivo que ditou o rumo do filme. Primeiro fizemos uma busca abrangente e, à medida em que focávamos nas histórias que seriam contadas, renovávamos a pesquisa. Eu não consigo assistir trechos do que ficou de fora. É doído.

O documentário, super informativo, traz um sentimento de nostalgia, principalmente pra quem já participou presencialmente, e também resgata a essência do festival. Fala-se dos filmes, da importância do público, da crítica, dos realizadores e de como ser premiado em Brasília alavancava a carreira de uma obra. Exibido em alguns festivais, Candango chega agora ao próprio Festival de Brasília. Como você acha e/ou espera que o filme reverbere nos espectadores? Qual sua expectativa?

É um momento propício para este filme. Um momento de desmonte, de pandemia… A perspectiva histórica que ele traz é de refletir o poder e a resistência do nosso cinema. De que ele já passou por isso e se reconstrói, levando o tempo que precisar. Vale a pena fazer cinema aqui. Com essa mensagem, torço para que o filme alcance o máximo de pessoas possível, mas sempre mantenho minhas expectativas tímidas por uma característica minha. O filme pode ecoar por muito tempo. A própria identidade do festival, de resistência, parecia antiquada dez anos atrás, e hoje é mais necessária do que nunca. Minha realização pessoal é ter feito o filme. Ele estará por aí por bastante tempo.

*O filme pode ser visto entre os dias 15 e 20 de dezembro na plataforma Canais Globo.

Entrevista e edição: Vitor Búrigo.
Fotos: Divulgação.

Conheça os vencedores do 15º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

por: Cinevitor

aruanda15vencedoresCerimônia de encerramento presencial, em João Pessoa, na Paraíba. 

Os vencedores da 15ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro foram anunciados nesta quarta-feira, 16/12, em cerimônia presencial no Cinépolis Manaíra Shopping, em João Pessoa. Os melhores curtas e longas, escolhidos pelo júri especializado e por júri popular, foram apresentados ao público. Neste ano, foram entregues também R$ 47 mil em premiação.

Na Mostra Competitiva Nacional de longa-metragem, o grande vencedor foi o documentário Glauber, Claro, de César Meneghetti, premiado em cinco categorias, entre elas, a de melhor filme, além de R$ 8 mil. Neste ano, o júri oficial não atribuiu prêmio de direção de arte.

Entre os curtas, A Profundidade da Areia, de Hugo Reis, e A Pontualidade dos Tubarões, de Raysa Prado, empataram na categoria de melhor filme, além do prêmio de R$ 4 mil. Neste ano, o júri não atribuiu prêmio de melhor figurino.

Na mostra Sob o Céu Nordestino, o pernambucano King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante, foi consagrado em sete categorias, entre elas, melhor filme, além de R$ 5mil. O curta paraibano Remoinho, de Tiago A. Neves foi escolhido pelo júri e levou o prêmio de R$ 3 mil.

O Júri da Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, formando por Marcelo Milici, Suzana Uchôa Itiberê e Bertrand Lira, concedeu o prêmio de melhor curta-metragem para A Profundidade da Areia, de Hugo Reis, pela abordagem fantástica de um tema urgente, com significativo trabalho de som e ousadia narrativa. O vencedor do prêmio de melhor longa-metragem foi Codinome Clemente, de Isa Albuquerque, pelo resgate de um personagem ímpar que abraçou a luta armada em um dos momentos mais tenebrosos da história recente do Brasil.

O Prêmio Mistika, em serviços de produção, de conformação, correção de cor, finalização, aplicação de letreiros, masterização de DCP e arquivos digitais (com validade por 1 ano) foi entregue para o melhor longa nacional e o melhor longa da mostra Sob o Céu Nordestino no valor de 20 mil reais; para os curtas nacionais e nordestinos, foram entregues 5 mil reais.

Nesta edição comemorativa, que aconteceu em formato híbrido, três nomes foram homenageados. Pela contribuição como diretor de fotografia ao audiovisual paraibano, João Carlos Beltrão foi o primeiro homenageado da noite. Helena Solberg, a segunda homenageada da noite, foi agraciada pelo conjunto da obra como cineasta, produtora e roteirista. Vânia Perazzo foi homenageada pelo conjunto da obra e pioneirismo no cinema paraibano.

O Comitê de Seleção de Curtas-Metragens da Mostra Competitiva Nacional foi formado por: Amilton Pinheiro, Marcus Mello e Suyene Correia. O Júri Oficial da Mostra Competitiva de Longas e Curtas contou com Susanna Lira e Helena Solberg; já o júri da Mostra Competitiva de Longas e Curtas Sob o Céu Nordestino teve Danny Barbosa no comando.

Confira a lista completa com os vencedores do Fest Aruanda 2020:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: Glauber, Claro, de César Augusto Meneghetti (SP)
Melhor Filme | Júri Popular: Codinome Clemente, de Isa Albuquerque (RJ)
Melhor Direção: José Barahona, por Nheengatu – A Língua da Amazônia
Melhor Roteiro: Glauber, Claro, escrito por César Meneghetti
Melhor Personagem Feminino: Kátia Silvério, por Chico Rei Entre Nós
Melhor Personagem Masculino: Glauber Rocha, por Glauber, Claro
Melhor Fotografia: Glauber, Claro, por Eugenio Barcelloni
Melhor Desenho de Som: Nheengatu – A Língua da Amazônia, por José Barahona e Damião Lopes
Melhor Edição: Glauber, Claro, por Willem Dias
Melhor Trilha Sonora: Chico Rei Entre Nós, por Sérgio Pererê

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS-METRAGENS

Melhor Filme: A Profundidade da Areia, de Hugo Reis (ES)
Melhor Filme | Júri Popular: Recôncavo, de Pedro Henrique Barbosa (DF)
Melhor Direção: À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente, de Bruna Barros e Bruna Castro
Melhor Roteiro: A Profundidade da Areia, escrito por Hugo Reis
Melhor Atriz: Zezita Matos, por Remoinho
Melhor Ator: André Morais, por Pranto
Melhor Desenho de Som: A Profundidade da Areia, por Hugo Reis
Melhor Fotografia: A Profundidade da Areia, por Igor Pontini
Melhor Edição: À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente, por Bruna Barros e Bruna Castro
Melhor Trilha Sonora: Rasga Mortalha, por João Simas, Thierry Castelo, Jales Carvalho, Viviane Vazzi, Pedro e André Lucap
Melhor Direção de Arte: Rasga Mortalha, por Raul Luna
Menção Honrosa: A Pontualidade dos Tubarões, de Raysa Prado (PB)
Menção Honrosa: Mãtãnãg, a Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)

MOSTRA SOB O CÉU NORDESTINO | LONGAS

Melhor Filme: King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante (PE)
Melhor Filme | Júri Popular: King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante
Melhor Direção: Camilo Cavalcante, por King Kong en Asunción
Melhor Roteiro: King Kong en Asunción, escrito por Camilo Cavalcante
Melhor Atriz: Rejane Arruda, por As Órbitas da Água
Melhor Ator: Antonio Saboia, por As Órbitas da Água
Melhor Fotografia: King Kong en Asunción, por Camilo Soares
Melhor Edição: A Jangada de Welles, por Petrus Cariry e Firmino Holanda
Melhor Desenho de Som: Swingueira, por João Martins e Juliana Gurgel
Melhor Trilha Sonora: King Kong en Asunción, por Shaman Herrera
Melhor Direção de Arte: Aponta pra Fé – Ou Todas as Músicas da Minha Vida, por Helder Nóbrega
Melhor Figurino: King Kong en Asunción, por Luján Riquelme, Lia González e Paulo Ricardo

MOSTRA SOB O CÉU NORDESTINO | CURTAS

Melhor Filme: Remoinho, de Tiago A. Neves
Melhor Filme | Júri Popular: Makinaria, de Igor Tadeu
Melhor Direção: Tiago A. Neves, por Remoinho
Melhor Roteiro: Cura-me, escrito por Eduardo Varandas Araruna
Melhor Atriz: Ingrid Trigueiro, por Cura-me
Melhor Ator: André Morais, por Pranto
Melhor Fotografia: Reinado Imaginário, por Tiago A. Neves
Melhor Edição: Makinaria, por João Paulo Palitot
Melhor Desenho de Som: Pranto, por Edson Lemos
Melhor Trilha Sonora: A Pontualidade dos Tubarões, por Paulo Ramon
Melhor Direção de Arte: Pranto, por Ju Escorel
Melhor Figurino: E Agora Você?, por JR Nessim

PRÊMIO ABRACCINE

Melhor Curta: A Profundidade da Areia, de Hugo Reis
Melhor Longa: Codinome Clemente, de Isa Albuquerque

OUTROS PRÊMIOS

Prêmio Laboratório Aruanda/Energisa de Projetos – Susanna Lira

1º lugar + R$ 2 mil: Anna Diniz; projeto: Feminicídio na Paraíba
2º lugar: Maycon de Carvalho Sousa; projeto: Fosséis
3º lugar: Bruna Dias e Carine Fiúza; projeto: Um Oceano Inteiro

MOSTRA TV UNIVERSITÁRIA
*Júri: Lucia Caus, Ana Lúcia Medeiros e Alberto Ricardo Pessoa

Documentário: Em Palcos Televisivos, de Fabiano Diniz (TV UFPB)
Programa de TV: Entremeios, de Danielle Huebra (TV UFPB)
Interprograma: Conheça a história do eclipse que colocou o Brasil no centro da ciência mundial, de Ruth Andrade (TVU Rio Grande do Norte)
Reportagem: o júri considerou que os trabalhos não atingiram a pontuação necessária para a premiação

PRÊMIOS PARAIBANOS

Videoclipe: Terezinha, da Banda Permeia
Lyric Vídeo: Ingsson Vasconcelos e Poet, Banda Sky Boon/Lyric Vídeo – Yuri da Costa
TCC: Urbano Sertão, de João Victor Torres

*Clique aqui e confira nossa entrevista com Lucio Vilar, diretor executivo do festival, sobre essa edição especial.

Foto: Mano de Carvalho.

Festival Sundance de Cinema 2021: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor

lucianainabitavelsundanceLuciana Souza no curta brasileiro Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho.

A 43ª edição do Festival Sundance de Cinema, um dos eventos mais importantes do cinema independente, que acontecerá entre os dias 28 de janeiro e 3 de fevereiro de 2021, anunciou nesta terça-feira, 15/12, sua seleção oficial.

Por conta da pandemia de Covid-19, o evento será em formato híbrido: presencial e on-line. Algumas sessões estão programadas para o Ray Theatre, em Utah; outras estarão disponíveis virtualmente e também em drive-in em 24 estados americanos.

Neste ano, serão 72 longas-metragens na programação. Entre os curtas, foram selecionados 50, de 27 países, entre 9.933 inscrições. Nesta mostra, o Brasil está representado pelo premiado Inabitável, curta pernambucano dirigido por Matheus Farias e Enock Carvalho.

O curta é protagonizado pela baiana Luciana Souza e conta também com as atrizes pernambucanas Sophia WilliamErlene Melo, Laís Vieira e Eduarda Lemos; e os atores Val Júnior e Carlos Eduardo Ferraz. O filme narra a história de Marilene, que procura por sua filha desaparecida depois de não retornar de uma festa. “Estamos muito felizes com o fato de o filme estar na seleção oficial do Festival de Sundance porque isso significa que muitas pessoas descobrirão Inabitável a partir de agora. Isso gera uma nova onda de pensamentos em torno do filme, novos debates e críticas. Sundance é uma maravilhosa vitrine para o cinema mundial e o filme toca em questões sobre o Brasil que são muito importantes”, afirma Enock Carvalho.

Outro representante brasileiro é o longa gaúcho A Nuvem Rosa, de Iuli Gerbase e produzido por Patricia Barbieri, que aparece na Competição Internacional de Drama. Na trama, uma nuvem rosa tóxica surge em diversos países, forçando todos a ficarem confinados. Giovana está presa em um apartamento com Yago, um cara que havia recém conhecido em uma festa. Enquanto esperam a nuvem passar, eles precisam viver como um casal. Ao longo dos anos, Yago vive sua própria utopia, enquanto Giovana sente-se cada vez mais aprisionada. O elenco conta com Renata de Lélis, Eduardo Mendonça, Helena Becker, Kaya Rodrigues e Girley Brasil Paes.

nuvemrosasundanceCena do longa A Nuvem Rosa, de Iuli Gerbase: selecionado.

Sobre a edição de 2020, Tabitha Jackson, diretora do Festival de Sundance, disse: “Apesar dos desafios que este ano trouxe, nada poderia nos impedir de celebrar o cinema independente, artistas visionários, perspectivas únicas e você, nosso público aventureiro. Então, pela primeira vez, estamos trazendo o festival até você; tanto on-line quanto no mundo real. O coração do nosso festival é a nossa comunidade. A união de artistas e público forma algo verdadeiramente extraordinário”.

A programação deste ano conta com 50% dos filmes dirigidos por uma ou mais mulheres. Além disso, 4% são dirigidos por um ou mais indivíduos não binários; 15% dirigidos por uma ou mais pessoas que se identificam como LGBTQIA+; e 51% dirigidos por um ou mais artistas negros.

Na Competição Americana, destacam-se ficções e documentários inéditos de novos nomes do cinema independente americano; na Competição Internacional, produções dirigidas por talentos emergentes do cinema mundial oferecem novas perspectivas e estilos inventivos; na Mostra Next, filmes americanos considerados ousados e criativos completam a programação; na seção Premieres, destacam-se algumas das estreias mais esperadas para o próximo ano; em Midnight, uma seleção que vai do horror à comédia, com obras que desafiam a classificação de gênero; em Spotlight, é possível rever alguns filmes consagrados no ano anterior; em Indie Series, uma vitrine dedicada para criadores emergentes de conteúdo produzido de forma independente para plataformas de transmissão, web e streaming; na mostra Shorts, uma seleção de curtas de vários países; e a New Frontier apresenta uma vitrine para trabalhos dinâmicos e inovadores entre cinema, arte e tecnologia.

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Sundance 2021:

COMPETIÇÃO AMERICANA | DRAMA

Coda, de Siân Heder
I Was a Simple Man, de Christopher Makoto Yogi
Jockey, de Clint Bentley
John and the Hole, de Pascual Sisto
Mayday, de Karen Cinorre
On the Count of Three, de Jerrod Carmichael
Passing, de Rebecca Hall
Superior, de Erin Vassilopoulos
Together Together, de Nikole Beckwith
Wild Indian, de Lyle Mitchell Corbine Jr.

COMPETIÇÃO AMERICANA | DOCUMENTÁRIO

Ailey, de Jamila Wignot
All Light, Everywhere, de Theo Anthony
At the Ready, de Maisie Crow
Cusp, de Parker Hill e Isabel Bethencourt
Homeroom, de Peter Nicks
Rebel Hearts, de Pedro Kos
Rita Moreno: Just a Girl Who Decided to Go For It, de Mariem Pérez Riera
Summer Of Soul (…Or, When The Revolution Could Not Be Televised), de Ahmir “Questlove” Thompson
Try Harder!, de Debbie Lum
Users, de Natalia Almada (EUA/México)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DRAMA

The Dog Who Wouldn’t Be Quiet, de Ana Katz (Argentina)
El Planeta, de Amalia Ulman (EUA/Espanha)
Fire in the Mountains, de Ajitpal Singh (Índia)
Hive, de Blerta Basholli (Kosovo/Suíça/Macedônia/Albânia)
Human Factors, de Ronny Trocker (Alemanha/Itália/Dinamarca)
Luzzu, de Alex Camilleri (Malta)
One for the Road, de Baz Poonpiriya (China/Hong Kong/Tailândia)
A Nuvem Rosa (The Pink Cloud), de Iuli Gerbase (Brasil)
Pleasure, de Ninja Thyberg (Suécia/Holanda/França)
Prime Time, de Jakub Piątek (Polônia)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DOCUMENTÁRIO

Faya Dayi, de Jessica Beshir (Etiópia/EUA)
Flee, de Jonas Poher Rasmussen (Dinamarca/França/Suécia/Norugea)
Inconvenient Indian, de Michelle Latimer (Canadá)
Misha and the Wolves, de Sam Hobkinson (Reino Unido/Bélgica)
The Most Beautiful Boy in the World, de Kristina Lindström e Kristian Petri (Suécia)
Playing With Sharks, de Sally Aitken (Austrália)
President, de Camilla Nielsson (Dinamarca/EUA/Noruega)
Sabaya, de Hogir Hirori (Suécia)
Taming the Garden, de Salomé Jashi (Suíça/Alemanha/Geórgia)
Writing With Fire, de Rintu Thomas e Sushmit Ghosh (Índia)

NEXT

The Blazing World, de Carlson Young (EUA)
Cryptozoo, de Dash Shaw (EUA)
First Date, de Manuel Crosby e Darren Knapp (EUA)
Ma Belle, My Beauty, de Marion Hill (EUA/França)
R#J, de Carey Williams (EUA)
Searchers, de Pacho Velez (EUA)
Son of Monarchs, de Alexis Gambis (México/EUA)
Strawberry Mansion, de Albert Birney e Kentucker Audley (EUA)
We’re All Going to the World’s Fair, de Jane Schoenbrun (EUA)

PREMIERES

Amy Tan: Unintended Memoir, de James Redford (EUA)
Bring Your Own Brigade, de Lucy Walker (EUA)
Eight for Silver, de Sean Ellis (EUA/França)
How it Ends, de Daryl Wein e Zoe Lister-Jones (EUA)
In The Earth, de Ben Wheatley (Reino Unido)
In The Same Breath, de Nanfu Wang (EUA)
Land, de Robin Wright (EUA)
Marvelous and The Black Hole, de Kate Tsang (EUA)
Mass, de Fran Kranz (EUA)
My Name is Pauli Murray, de Betsy West e Julie Cohen (EUA)
Philly D.A., criado por Ted Passon, Yoni Brook e Nicole Salazar (EUA)
Prisoners of the Ghostland, de Sion Sono (EUA)
The Sparks Brothers, de Edgar Wright (Reino Unido)
Street Gang: How We Got To Sesame Street, de Marilyn Agrelo (EUA)

MIDNIGHT

Censor, de Prano Bailey-Bond (Reino Unido)
Coming Home in the Dark, de James Ashcroft (Nova Zelândia)
A Glitch in the Matrix, de Rodney Ascher (EUA)
Knocking, de Frida Kempff (Suécia)
Mother Schmuckers, de Lenny Guit e Harpo Guit (Bélgica)
Violation, de Madeleine Sims-Fewer e Dusty Mancinelli (Canadá)

SPOTLIGHT

Night of the Kings, de Philippe Lacôte (França/Costa do Marfim/Canadá/Senegal)
The World to Come, de Mona Fastvold (EUA)

SPECIAL SCREENINGS

Life in a Day 2020, de Kevin Macdonald (Reino Unido/EUA)

CURTAS

FICÇÃO | U.S. Fiction

Ava From My Class, de Youmin Kang (EUA/Coreia do Sul)
Bambirak, de Zamarin Wahdat (EUA/Alemanha)
BJ’s Mobile Gift Shop, de Jason Park
Bruiser, de Miles Warren
Don’t Go Tellin’ Your Momma, de Topaz Jones (EUA/Alemanha/França/Itália)
Doublespeak, de Hazel McKibbin
i ran from it and was still in it, de Darol Olu Kae
In the Air Tonight, de Andrew Norman Wilson
LATA, de Alisha Mehta (EUA/Índia)
Raspberry, de Julian Doan
The Touch of the Master’s Hand, de Gregory Barnes
White Wedding, de Melody C Roscher
Wiggle Room, de Sam Guest e Julia Baylis
Yoruga, de Federico Torrado Tobón (EUA/Colômbia)
You Wouldn’t Understand, de Trish Harnetiaux (EUA)

FICÇÃO | INTERNACIONAL

The Affected, de Rikke Gregersen (Noruega)
Black Bodies, de Kelly Fyffe-Marshall (Canadá)
The Criminals, de Serhat Karaaslan (França/Romênia/Turquia)
Excuse Me, Miss, Miss, Miss, de Sonny Calvento (Filipinas)
Five Tiger, de Nomawonga Khumalo (África do Sul)
Flex, de Josefin Malmen e David Strindberg (Suécia)
Like the Ones I Used to Know, de Annie St-Pierre (Canadá)
Lizard, de Akinola Davies, Jr. (Reino Unido)
The Longest Dream I Remember, de Carlos Lenin (México)
Mountain Cat, de Lkhagvadulam Purev-Ochir (Mongólia/Reino Unido)
Inabitável (Unliveable), de Matheus Farias e Enock Carvalho (Brasil)
The Unseen River, de Phạm Ngọc Lân (Vietnã/Laos)
We’re Not Animals, de Noé Debré (França)

DOCUMENTÁRIO

A Concerto is a Conversation, de Ben Proudfoot e Kris Bowers (EUA)
Dear Philadelphia, de Renee Osubu (EUA/Reino Unido)
The Field Trip, de Meghan O’Hara, Mike Attie e Rodrigo Ojeda-Beck (EUA)
My Own Landscapes, de Antoine Chapon (França)
The Rifleman, de Sierra Pettengill (EUA)
Snowy, de Kaitlyn Schwalje e Alex Wolf Lewis (EUA)
Spirits and Rocks: an Azorean Myth, de Aylin Gökmen (Suíça/Portugal)
Tears Teacher, de Noemie Nakai (Japão)
This is the Way We Rise, de Ciara Lacy (EUA)
To Know Her, de Natalie Chao (EUA/Hong Kong)
When We Were Bullies, de Jay Rosenblatt (EUA/Alemanha)
Up at Night, de Nelson Makengo (República Democrática do Congo/Bélgica)

ANIMAÇÃO

The Fire Next Time, de Renaldho Pelle (Reino Unido)
Forever, de Mitch McGlocklin (EUA)
The Fourfold, de Alisi Telengut (Canadá)
Ghost Dogs, de Joe Cappa (EUA)
GNT, de Sara Hirner e Rosemary Vasquez-Brown (Austrália)
KKUM, de Kang-min Kim (Coreia do Sul/EUA)
Little Miss Fate, de Joder von Rotz (Suíça)
Misery Loves Company, de Sasha Lee (EUA/Coreia do Sul)
Souvenir Souvenir, de Bastien Dubois (França)
Trepanation, de Nick Flaherty (EUA)

INDIE SERIES PROGRAM

4 Feet High, de María Belén Poncio e Rosario Perazolo Masjoan (Argentina/França)
Seeds of Deceit, de Miriam Guttmann (Holanda)
These Days, de Adam Brooks (EUA)
Would You Rather, criado por Lise Akoka e Romane Guéret (França/Alemanha)

*Clique aqui e confira a programação completa.

Foto: Gustavo Pessoa.

Entrevista: Lucio Vilar fala sobre a 15ª edição do Fest Aruanda, formato híbrido, curadoria e repercussão

por: Cinevitor

festaruanda2020lucioLucio Vilar, diretor executivo do festival, na edição do ano passado.

A 15ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que começou na quinta-feira, 10/12, e segue até o dia 17 de dezembro, precisou passar por mudanças para comemorar seus 15 anos e também os 60 anos do filme que dá nome ao evento, o curta-metragem Aruanda, de Linduarte Noronha, lançado em 1960.

A realidade imposta pela Covid-19, com os cinemas fechados ou ainda com muitas restrições, levou os eventos audiovisuais para a internet e esses foram os fatores que também levaram o diretor executivo do Fest Aruanda, Lucio Vilar, a pensar novos caminhos. Por fim, prevaleceu a decisão final da realização em formato híbrido: presencial e on-line. Assim, serão duas sessões presenciais, respeitando todos os protocolos sanitários já seguidos pela rede Cinépolis, no Brasil, com metade da lotação da sala, uso de máscaras, entre outros: sessão de abertura, que já aconteceu em João Pessoa, na Paraíba, e de encerramento.

As demais sessões seguem totalmente on-line através de uma plataforma especial (clique aqui). A linha curatorial do festival, assinada pelo jornalista Amilton Pinheiro, “transita, esse ano, por temas que estão na ordem do dia, no Brasil, como as questões indígenas, pautas identitárias, raciais, intolerância, ditadura militar e suas implicações nos anos 70 e o país, hoje, em turbulência com ameaças à sua jovem democracia”, aponta Vilar. Como sempre, a programação está distribuída entre curtas e longas das mostras Competitiva Nacional e Sob o Céu Nordestino, somando 42 filmes que poderão ser acessados a partir da plataforma para todo o Brasil e mundo.

festaruanda2020parte2Sala lotada para a sessão de abertura da edição passada.

Para falar mais sobre a realização desta 15ª edição do Fest Aruanda, conversamos virtualmente com Lucio Vilar, diretor executivo do evento, sobre a preparação do festival on-line, dificuldades, curadoria, cinema nordestino, plataforma especial e saldo final. Confira os melhores momentos:

PREPARATIVOS

“Quando você está fazendo a prestação de contas de uma edição, já começa a pensar na próxima. No caso, a próxima tinha toda essa simbologia dos 15 anos do festival, os 60 anos de Aruanda e os 90 anos do Linduarte Noronha se estivesse vivo. Já tínhamos isso muito claro, que o caráter do festival seria de efeméride. Porém, em março fomos surpreendidos pela pandemia, mas ainda tínhamos a doce ilusão que as coisas poderiam estar mais calmas no final do ano. Ninguém tinha noção exata da dimensão de tudo isso. Então, fomos nos adequando. Foi um processo muito doloroso, de muita angústia e a situação se complicando; os outros festivais sendo prorrogados e já adotando o on-line. Até então, eu acreditava que poderia fazer presencial no final do ano. Com isso, continuamos trabalhando na curadoria com o Amilton Pinheiro sempre presente”.

FILME DE ABERTURA

“A primeira vez que eu falei com o Roberto Berliner [diretor do documentário Os Quatro Paralamas], disse que queria fazer a abertura na praia. Ele vibrou, achou o máximo e ainda cogitou a presença do Herbert Vianna. Não deu certo, mas mantivemos o filme na abertura do festival e foi importante. Obedecemos todos os protocolos. A própria Cinépolis, nossa parceira há seis anos, já vem fazendo isso desde a reabertura das salas”.

REPERCUSSÃO VIRTUAL

“O mais bacana que tenho percebido é que as visualizações das mesas e dos debates vão aumentando com o passar dos dias porque fica tudo gravado. Fizemos um painel, por exemplo, que fiquei impressionado [Aruanda, 60 Anos Depois, com mediação de Maria do Rosário Caetano e participação dos cineastas Jorge Bodanzky e Vladimir Carvalho]. Foi uma aula magna com revelações sobre os bastidores e também sobre o processo de formação do Bodanzky falando sobre o quanto o filme foi importante ele”. Clique aqui e assista.

“Os debates presenciais ficavam muito restritos ao público presente. Acredito que o debate é a coisa mais importante de um festival, pois é um momento de aprendizado para todos; é um momento muito rico. E o festival oferece isso desde o início, assim como a requalificação profissional com as oficinas. No virtual, ganha-se ainda mais com muitas visualizações”.

aruandafilmeCena de Aruanda, de Linduarte Noronha: clássico do cinema brasileiro.

PLATAFORMA ESPECIAL

“Uma coisa que começamos a vislumbrar é que essa plataforma possa servir para outros fins. Por exemplo, os curtas não ganham tanto espaço de tela. De repente, podemos ter um aparato que possa democratizar isso. Essa plataforma foi pensada para o festival, mas já começo a vislumbrar para outras possibilidades. Eu ainda não sei como será, mas já é algo muito positivo”.

“A Paraíba é um dos estados com a mais intensa e consistente produção de curtas-metragens, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo. Esses conteúdos às vezes se perdem porque ficam só em festivais, sem outro destino. Mais do que nunca, essa ideia de seguir com a plataforma, sendo vitrine para essa produção local e regional, ou até mesmo como uma Cinemateca do próprio festival, é muito positiva. São ideias que vamos pautar”.

“Nesta primeira experiência, tivemos alguns percalços e as próprias pessoas não estavam acostumadas. Mas agora, a máquina já está mais azeitada, pois demos o suporte e ensinamos o passo a passo. Isso faz parte do processo. Nunca fizemos e é uma experiência absolutamente nova. A empresa é a mesma que fez a plataforma do Olhar de Cinema [que aconteceu em outubro]. Ainda não temos os números oficiais, mas essa plataforma gera relatórios que serão muito importantes para avaliar o festival e o seu alcance para futuras edições, considerando que ainda não teremos a certeza do que virá”.

CINEMA NORDESTINO

“Para mim, esse viés nordestino no Fest Aruanda é um dos nossos maiores acertos. Em 2018, quando tivemos uma grande quantidade de longas, a mostra ganhou caráter competitivo. Foi uma virada de página na Paraíba. Acredito que a repercussão é a melhor possível, pois garantimos esse espaço de legitimação do curta-metragem nordestino e paraibano dentro do Aruanda. Em dados ainda não oficiais, o longa metragem paraibano Aponta Pra Fé – Ou Todas as Músicas da Minha Vida, de Kalyne Almeida, uma jovem diretora, foi um dos mais requisitados na sessão de ontem [domingo, 13/12]. Você começa a perceber uma procura e um interesse em conhecer a produção paraibana”.

aruandainscricoes2020Equipe do filme paraibano Desvio, de Arthur Lins: grande vencedor do ano passado.

REDES SOCIAIS

“Estamos com as redes sociais muito mais ativas do que nos anos anteriores. Sendo um festival híbrido, não teria como ficar só nas mídias tradicionais. Sabemos que quem dá o gás hoje em dia é a rede social. Precisávamos de gente jovem e com perfil para fazer isso. Estamos com uma equipe muito boa. Foi uma decisão acertada”.

CURADORIA E SALDO FINAL

“Acredito que com todas as dificuldades, angústias e incertezas que tivemos, já é uma grande vitória realizar nessas condições. Nos sentimos vitoriosos por ter realizado uma abertura digna. Foi muito válido. No sentido de, mais uma vez, reafirmar a importância do cinema paraibano, que vem desde 1960 e muita gente desconhece. Vocês precisam conhecer o filme Aruanda, que está disponível no YouTube, porque isso é a nossa história e é um filme que não envelheceu. É um clássico! Colocamos em debate, através dos filmes, um conjunto da obra da curadoria que permeia todos os filmes conectados. Há uma coesão e uma coerência do ponto de vista curatorial. Há uma linha que liga todos eles, é impressionante”.

“Aruanda, que abriu o festival, traz a temática negra colocada a partir do ponto de vista de um diretor branco, mas que revoluciona a maneira de fazer documentário no Brasil. O filme influenciou Glauber Rocha, que escreveu um artigo no suplemente dominical do Jornal do Brasil, que se tornou uma peça célebre, falando sobre introduzir o moderno no documentário brasileiro. Esses filmes todos, essas escolhas e as mesas, já permitem, nesse momento do festival, uma avaliação muito positiva de vitória. Esse é o sentimento diante todas as incertezas que vivemos. Quinze anos não poderiam passar em branco e tínhamos que manter o festival em pé. Ainda com duas sessões presenciais para manter o gostinho do calor da plateia; a abertura foi muito emocionante e o encerramento também promete pelas surpresas que sempre acontecem”, finalizou.

*Clique aqui e conheça os selecionados para a 15ª edição do Fest Aruanda, que segue até o dia 17 de dezembro.

Fotos: Mano de Carvalho/Divulgação.

Boston Society of Film Critics: conheça os melhores de 2020

por: Cinevitor

acabarcomtudobostonJesse Plemons e Jessie Buckley em Estou Pensando em Acabar com Tudo.

A Sociedade de Críticos de Cinema de Boston, Boston Society of Film Critics, foi fundada em 1981 com a proposta de que a perspectiva crítica de Boston seja ouvida em nível nacional e internacional, premiando os melhores filmes e cineastas do ano, cinemas locais e sociedades cinematográficas que oferecem excelentes programações.

Neste ano atípico para os cinemas, a BSFC dedica sua seleção de melhores do ano em solidariedade e apoio aos cinemas locais, trabalhadores da área e todos aqueles que perseveram em apoiar a indústria de exibição de filmes durante estes tempos difíceis.

Na edição passada, o drama Adoráveis Mulheres, de Greta Gerwig, venceu em quatro categorias, entre elas, melhor filme e melhor atriz para Saoirse Ronan. Em 2020, a cineasta chinesa Chloé Zhao foi consagrada com Nomadland.

Conheça os melhores de 2020 segundo os críticos de Boston:

MELHOR FILME
Nomadland, de Chloé Zhao

MELHOR ATOR
Anthony Hopkins, por The Father

MELHOR ATRIZ
Sidney Flanigan, por Nunca Raramente Às Vezes Sempre

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Paul Raci, por Sound of Metal

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Youn Yuh-jung, por Minari

MELHOR DIREÇÃO
Chloé Zhao, por Nomadland

MELHOR ROTEIRO
Estou Pensando em Acabar com Tudo, escrito por Charlie Kaufman

MELHOR FOTOGRAFIA
Nomadland, por Joshua James Richards

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Collective, de Alexander Nanau

MELHOR FILME INTERNACIONAL
La Llorona, de Jayro Bustamante (Guatemala/França)

MELHOR ANIMAÇÃO
A Casa Lobo, de Joaquín Cociña e Cristóbal León

MELHOR EDIÇÃO
Estou Pensando em Acabar com Tudo, por Robert Frazen

MELHOR ELENCO
A Voz Suprema do Blues

MELHOR TRILHA SONORA
Minari, por Emile Mosseri

REVELAÇÃO | DIREÇÃO
Florian Zeller, por The Father

Foto: Divulgação/Netflix.

European Film Awards 2020: conheça os vencedores

por: Cinevitor

anotherroundEFA2020Another Round, de Thomas Vinterberg: quatro prêmios.

Foram anunciados neste sábado, 12/12, em uma cerimônia virtual, os vencedores do 33º European Film Awards, premiação criada pela European Film Academy que elege as melhores produções cinematográficas europeias. Os premiados são escolhidos pelos membros da EFA, que conta com mais de 3.800 integrantes.

Por conta da pandemia de Covid-19, a cerimônia que aconteceria na Islândia teve que ser cancelada e foi realizada em Berlim. Segundo o comunicado oficial, a capital islandesa sediará o evento no próximo ano. Os indicados deste ano também foram anunciados virtualmente, diretamente da Espanha.

Dirigido por Thomas Vinterberg e protagonizado por Mads Mikkelsen, a comédia dramática Another Round (Druk) se destacou na premiação e venceu em quatro categorias, entra elas, a de melhor filme.

Confira a lista completa com os vencedores do European Film Awards 2020:

MELHOR FILME EUROPEU
Another Round (Druk), de Thomas Vinterberg (Dinamarca/Suécia/Holanda)

MELHOR DIREÇÃO
Thomas Vinterberg, por Another Round (Druk)

MELHOR ATRIZ EUROPEIA
Paula Beer, por Undine

MELHOR ATOR EUROPEU
Mads Mikkelsen, por Another Round (Druk)

MELHOR ROTEIRO
Another Round (Druk), escrito por Thomas Vinterberg e Tobias Lindholm

MELHOR FILME EUROPEU DE COMÉDIA
The Big Hit (Un triomphe), de Emmanuel Courcol (França)

MELHOR DOCUMENTÁRIO EUROPEU
Colectiv (Collective), de Alexander Nanau (Romênia/Luxemburgo)

MELHOR FILME EUROPEU DE ANIMAÇÃO
Josep, de Aurel (França/Espanha/Bélgica)

EUROPEAN DISCOVERY | PRÊMIO FIPRESCI
Sole, de Carlo Sironi (Itália/Polônia)

MELHOR CURTA-METRAGEM EUROPEU
All Cats Are Grey in the Dark, de Lasse Linder (Suíça)

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
La trinchera infinita, por Yolanda Piña, Félix Terrero e Nacho Díaz

MELHOR TRILHA SONORA
Berlin Alexanderplatz, por Dascha Dauenhauer

MELHOR SOM
Pequena Garota, por Yolande Decarsin e Kristian Selin Eidnes Andersen

MELHOR FOTOGRAFIA
A Vida Solitária de Antonio Ligabue, por Matteo Cocco

MELHOR EDIÇÃO
Il Varco – Once More Unto the Breach, por Maria Fantastica Valmori

MELHORES EFEITOS VISUAIS
O Poço, por Iñaki Madariaga

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
A Vida Extraordinária de David Copperfield, por Cristina Casali

MELHOR FIGURINO
A Vida Solitária de Antonio Ligabue, por Ursula Patzak

Eurimages Co-Production Award: Luís Urbano
European University Film Award: Saudi Runaway, de Susanne Regina Meures (Suíça)
European Film Award for Innovative Storytelling: Women Make Film: A New Road Movie Through Cinema, de Mark Cousins (Reino Unido)

Foto: Divulgação.