Vencedor de quatro prêmios no Festival Sundance de Cinema deste ano, entre eles, melhor filme segundo o júri e o público, No Ritmo do Coração, no original CODA, dirigido por Siân Heder, estreia no dia 23 de setembro no Brasil com distribuição da Diamond Films.
A comédia dramática aborda a relação da jovem Ruby Rossi, interpretada por Emilia Jones, com a família e os seus sonhos. Ruby é a única pessoa que não é surda em sua família e, por isso, assumiu o importante papel de intérprete dos pais e do irmão mais velho. Ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios da adolescência e os dilemas da família, Ruby descobre seu grande talento para cantar. Com a mentoria do professor de música Bernardo Villalobos, interpretado por Eugenio Derbez, decidido a ajudá-la a alcançar seu verdadeiro potencial e treinando-a para uma importante audição na universidade de música Berklee, em Boston, Ruby se vê dividida entre seguir o amor pela música e o medo de precisar abandonar os pais.
O título original CODA vem da sigla da organização internacional Children of Deaf Adults, e o nome também é usado no Brasil para se referir às pessoas que são ouvintes e têm pais surdos. O filme alcançou o marco de venda mais cara da história do Festival de Sundance para uma exibição híbrida no exterior.
O elenco, parte ouvinte e parte surdo, conta também com Troy Kotsur, Daniel Durant, Ferdia Walsh-Peelo, Amy Forsyth e Marlee Matlin. O longa é baseado no premiado filme francês A Família Bélier, de Éric Lartigau.
Chico Diaz em Homem Onça, de Vinícius Reis: selecionado.
Foram anunciados nesta terça-feira, 13/07, em uma coletiva de imprensa transmitida pela TV Educativa RS e pela internet, os filmes selecionados e detalhes da 49ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 13 e 21 de agosto.
O momento continua sendo de resistência, por isso o festival se orgulha, mais uma vez, de manter sua realização, dando oportunidade e visibilidade para os realizadores do audiovisual brasileiro e latino. Em 2021, o maior evento de cinema do país e o único a acontecer ininterruptamente desde 1973, segue sendo exibido pela internet, televisão por assinatura (Canal Brasil) e televisão aberta (TVE-RS).
Nesta edição, 893 filmes foram inscritos para as mostras competitivas e 52 foram selecionados: quatro longas-metragens estrangeiros, sete longas brasileiros, três longas-metragens gaúchos, 14 curtas-metragens brasileiros e 24 curtas-metragens gaúchos. Os números indicam que, apesar da falta de incentivos e crise do setor, os produtores seguem resistindo.
Produções do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e São Paulo integram a mostra nacional de longas, que traz por trás das câmeras estreantes e outros nomes já conhecidos de Gramado, com destaque para a presença feminina mais valorizada do que nunca com três diretoras em competição. Já entre os estrangeiros, Argentina, Bolívia, Chile e Uruguai marcam presença na tela: “Em tempos tão complexos, ter uma qualidade e uma quantidade tão empolgantes de filmes, do Brasil e do exterior no Festival, nos deixa muito felizes e esperançosos. Produções inéditas que aguardavam com ansiedade, como nós, esta edição do Festival de Gramado para conectar-se com as audiências. Representam o melhor da garra, da resistência e do talento que emerge do audiovisual contemporâneo”, analisa Marcos Santuario, que ao lado da atriz argentina Soledad Villamil formam a curadoria do evento.
Quatorze filmes irão concorrer aos kikitos da categoria de curtas brasileiros e, mais uma vez, os espectadores poderão ver na tela temas recorrentes nas discussões sociais e muita representatividade: “Olhamos para o fazer cinematográfico, considerando a sua qualidade técnica e criativa, com atenção especial para filmes cujas narrativas elaborassem questões pertinentes às discussões sociais tão presentes nos dias de hoje. A representatividade também foi uma constante entre os filmes inscritos, tanto na frente quanto atrás das câmeras. Nesse sentido, buscamos um equilíbrio, e olhamos com mais atenção para filmes que trouxessem para cena corpos de diferentes cores, gêneros, tamanhos e idades, bem como filmes dirigidos por mulheres. E já que estávamos selecionando obras para a competição de curtas brasileiros, pensamos também numa cartela de filmes que incluísse representantes dos mais diversos estados, ultrapassando as fronteiras do eixo Rio-São Paulo”, explica a atriz, roteirista e professora Thaís Cabral, integrante da comissão de seleção da categoria.
Ao lado dela, tiveram a difícil missão de selecionar os filmes para competição a produtora de cinema e artes visuais e curadora audiovisual Jaqueline Beltrame, o jornalista e crítico de cinema Matheus Pannebecker e a cineasta brasileira especializada no mercado chinês Milena de Moura.
Em 2021, os realizadores gaúchos serão ainda mais valorizados. Em parceria com a Gramadotur, a Secretaria Estadual de Cultura oferece o Prêmio Sedac/IECINE aos longas-metragens gaúchos, com valores em dinheiro em diversas categorias. A iniciativa pretende valorizar a resistência do Festival de Gramado em um período difícil para o cinema brasileiro, dando protagonismo ao audiovisual gaúcho. Além de destacar os talentos da safra anual de audiovisual, a iniciativa vem valorizar também o olhar curatorial e artístico da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, que assume o júri da premiação juntamente com o Instituto Estadual de Cinema e a Gramadotur.
Serão 24 filmes concorrentes no Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas e outras três produções na categoria de longas-metragens feitas no Rio Grande do Sul. Responsável pela seleção dos concorrentes entre os longas, o programador da Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, Leonardo Bonfim, destaca a quantidade de documentários inscritos e a temática em comum das produções selecionadas: “Todos os filmes têm a questão do medo, do perigo, da ameaça, da perseguição… isso aparece em diferentes contextos. Essa é uma tônica que aparece em todos os três filmes e cada filme dá uma resposta diferente e encontra seus sinais de vida, de existência, de diferentes personagens, de pessoas e histórias no Rio Grande do Sul”.
Gloria Pires no longa A Suspeita, de Pedro Peregrino: na disputa pelo kikito.
A mostra de curtas gaúchos traz uma seleção bastante heterogênea para o festival, que costura olhares, temáticas, formatos e abordagens variadas, mas que revela, vista em conjunto, aproximações e interesses comuns: “Os filmes lidam, cada um ao seu modo, com diversos eixos narrativos, formas e discursos. Carregam, de forma menos ou mais radical, o peso evidente do tempo de suas produções: o do cenário político nacional e das diversas formas de violência que insistem em machucar nosso país. A inescapável presença fantasmática dessa tensão política, bem como seus inúmeros conflitos sociais, raciais e econômicos estão acentuadas em muitas obras. A seleção evidencia essa urgência e a amarra a registros intimistas que convocam o público a mobilizar também outras sensibilidades, mas que guardam, como gesto político, formas narrativas e estéticas vivas e pulsantes”, analisa o realizador, roteirista e diretor de arte Richard Tavares, integrante da comissão de seleção junto com a atriz Amanda Grimaldi, a jornalista e cineasta Camila de Moraes, o diretor Leo Tabosa e o jornalista e crítico de cinema Pedro Henrique Gomes.
Este ano, a cerimônia de premiação do Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas acontece no último sábado do evento, às 16h, com transmissão ao vivo pela TVE-RS, na televisão, direto de Gramado.
Um dos momentos mais tradicionais e esperados do Festival de Cinema de Gramado é a entrega dos troféus aos homenageados de cada edição. Ao longo desse tempo já foram destacadas 74 personalidades ou entidades de todas as áreas do audiovisual com os troféus Oscarito, Eduardo Abelin, Kikito de Cristal e Cidade de Gramado. Em 2021, o evento decide fazer não uma homenagem isolada, mas sim destacar todos à frente ou atrás das telas que tiveram a missão de arejar e de nos abrir janelas, nos levando a tantos lugares e tantas viagens através do cinema ao longo dos anos e, especialmente neste momento tão delicado para o segmento.
“Com essa atitude, propomos uma reflexão sobre a relevância e impacto do cinema nas diferentes culturas. Uma reflexão sobre a importância desse trabalho que nos leva a tantos mundos e emoções, e também sobre o momento que vivemos e os novos rumos. Entendemos que cada pessoa envolvida em uma produção merece nesse ano difícil nossa profunda gratidão e admiração, queremos simbolicamente entregar nossos troféus a toda classe realizadora do Brasil e da América Latina. Nossa homenagem é ampla como nossa esperança de que em 2022 estaremos novamente juntos entregando esses troféus na mão de cada homenageado no palco do nosso Palácio dos Festivais”, explica Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur.
Em sua 5ª edição, o Gramado Film Market é o espaço na programação do Festival de Cinema de Gramado voltado ao mercado do cinema e audiovisual, e neste ano também segue com suas ações acontecendo de forma virtual. As discussões deste ano irão versar sobre o difícil momento para o audiovisual brasileiro com a presença de entidades e acadêmicos do setor. Nos dias 14 e 15 de agosto, serão realizados os debates do HUB Universidades, com Forcine Sul, Forcine Nacional e Federação Iberoamericana das Escolas do Audiovisual. Nas mesmas datas acontece a IV Mostra de Filmes Universitários, que este ano irá receber premiação através de votação interativa para o melhor filme. A curadoria da mostra é do Coletivo de Cinema Sigma com apoio do Forcine.
Ainda na programação, como vem acontecendo nos últimos anos, haverá um concurso interativo, como explica a coordenadora do Conexões Gramado Film Market, Gisele Hiltl: “O concurso interativo tem sido mais uma forma de abrir espaço e trazer novos conteúdos, formatos e processos da realização audiovisual para o festival. Nesta edição, nada mais óbvio do que avaliar as plataformas que foram em verdade ‘as grandes parceiras do público’ na pandemia que ainda segue. O público poderá acessar o site, entrar no concurso e votar para indicar a melhor plataforma de streaming em 2020 e 2021”. O encerramento do Gramado Film Market será dia 18, com o Fórum Nacional do Audiovisual.
Como já é tradição, a noite que antecede a abertura oficial do Festival de Cinema de Gramado é dedicada aos trabalhos do Programa Municipal Escola de Cinema, o Educavídeo. A iniciativa, que está em seu 11º ano, estimula a realização audiovisual aos alunos da rede municipal. Mesmo com a pandemia, os alunos se reinventaram e seguiram produzindo. Desta forma, parte do material que será exibido neste ano tem temáticas que retratam o momento sob o olhar dos jovens, que adaptaram as condições de produção para os meios digitais. A sessão do Educavídeo, que integra a programação do 49º Festival de Cinema de Gramado, será exibida na noite do dia 12 de agosto, quinta-feira, no site do evento e também no canal do YouTube do projeto.
Uma parceria entre Brasil e Estados Unidos irá encerrar a 49ª edição do festival. O longa Fourth Grade, do diretor Marcelo Galvão, premiado e reconhecido cineasta que já levou pra casa os kikitos de melhor filme por Colegas (2012) e melhor direção por A Despedida (2014), é um remake de Quarta B, primeiro filme do diretor em 2005.
Conheça os filmes selecionados para o Festival de Gramado 2021:
LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS
A Primeira Morte de Joana, de Cristiane Oliveira (RS) A Suspeita, de Pedro Peregrino (RJ) Álbum em Família, de Daniel Belmonte (RJ) Carro Rei, de Renata Pinheiro (PE) Homem Onça, de Vinícius Reis (RJ) Jesus Kid, de Aly Muritiba (PR) O Novelo, de Claudia Pinheiro (SP)
LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS
Gran Avenida, de Moises Sepulveda (Chile) La teoría de los vidrios rotos, de Diego Fernández Pujol (Uruguai/Brasil/Argentina) Planta permanente, de Ezequiel Radusky (Argentina/Uruguai) Pseudo, de Gory Patiño e Luis Reneo (Bolívia)
CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS
A Beleza de Rose, de Natal Portela (CE) A Fome de Lázaro, de Diego Benevides (PB) Animais na Pista, de Otto Cabral (PB) Aonde vão os Pés, de Débora Zanatta (PR) Da Janela Vejo o Mundo, de Ana Catarina Lugarini (PR) Desvirtude, de Gautier Lee (RS) Entre Nós e o Mundo, de Fabio Rodrigo (SP) Eu não sou um robô, de Gabriela Lamas (RS) Fotos Privadas, de Marcelo Grabowsky (RJ) Memória de Quem (Não) Fui, de Thiago Kistenmacker (RJ) O que Há em Ti, de Carlos Adriano (SP) Per Capita, de Lia Leticia (PE) Quanto Pesa, de Breno Nina (MA) Stone Heart, de Humberto Rodrigues (AM)
CURTAS-METRAGENS GAÚCHOS
Brecha, de Helena Thofehrn Lessa (Pelotas) Cacicus, de Bruno Cabral e Gabriela Dullius (Santa Cruz do Sul) Comboio pra Lua, de Rebeca Francoff (Pelotas) Depois da Meia Noite, de Mirela Kruel (Caxias do Sul) Desvirtude, de Gautier Lee (Porto Alegre) Era uma Vez… uma Princesa, de Lisiane Cohen (Porto Alegre) Eu não sou um robô, de Gabriela Lamas (Porto Alegre) Fé, de Thais Fernandes (Porto Alegre) Hora Feliz, de Alex Sernambi (Porto Alegre) Isso me faz pensar, de Hopi Chapman (Porto Alegre) Jardim das Horas, de Matheus Piccoli (Porto Alegre) Love do Amor, de Fabrício Koltermann (Restinga Sêca) Não Sou Eu, de Theo Tajes (Porto Alegre) Nave Mãe, de Gisa Galaverna e Wagner Costa (Sapucaia do Sul) Nilson filho do campeão, de Diego Tafarel (Santa Cruz do Sul) Noite Macabra, de Felipe Iesbick (Canoas) Para Colorir, de Juliana Costa (Porto Alegre) Rota, de Mariani Ferreira (São Leopoldo) Rufus, de Eduardo Reis (São Leopoldo) Solilóquio, de Marcelo Stifelman (Porto Alegre) Tom, de Felippe Steffens (Porto Alegre) Tormenta, de Emiliano Cunha e Vado Vergara (Porto Alegre) Trem do Tempo, de Vitor Rezende Mendonça (Pelotas) Um dia de primavera, de Lisi Kieling (Porto Alegre)
LONGAS-METRAGENS GAÚCHOS
A Colmeia, de Gilson Vargas (Porto Alegre) Cavalo de Santo, de Mirian Fichtner e Carlos Caramez (Porto Alegre) Extermínio, de Mirela Kruel (Cachoeira do Sul)
No próximo ano, o Festival de Gramado completa 50 edições ininterruptas e já dá pistas de como será a celebração: “Começamos esse trabalho há dez anos, quando reformulamos a equipe de trabalho e a curadoria. Tivemos avanços significativos ao longo deste período, seja no nosso desenvolvimento internacional, marcando presença nos principais festivais do Brasil, das Américas e da Europa, seja abrindo caminhos para o mercado audiovisual com o Gramado Film Market. Tínhamos um cronograma de trabalho que precisou ser mexido devido à pandemia, mas que demonstrou a força que temos como equipe e como evento. Criamos uma maneira inovadora de se realizar um festival do porte de Gramado. A edição 50 será uma ode ao cinema brasileiro, latino e à cidade de Gramado”, comenta Rosa Helena Volk.
Elenco do filme Confissões de Uma Garota Excluída: em breve na Netflix.
A Netflix anunciou nesta terça-feira, 13/07, diversas produções brasileiras para o segundo semestre. A partir de julho, será disponibilizado um conteúdo brasileiro inédito, todo mês, com exclusividade no serviço de streaming; de séries ficcionais e documentários a filmes e reality shows.
Para os fãs de filmes nacionais, a Netflix revelou novidades. Além de liberar cenas hilárias de Confissões de Uma Garota Excluída, filme baseado no livro de Thalita Rebouças, o serviço de streaming divulgou as primeiras fotos do elenco, que revelam novos integrantes como Júlia Rabello, Stepan Nercessian e Rosane Gofman. Lucca Picon, Gabriel Lima, Marcus Bessa e Caio Cabral também se juntam a Klara Castanho, Julia Gomes, Fernanda Concon e Kiria Malheiros.
A Netflix também apresentou dois novos filmes para o segundo semestre: Amor Sem Medida, comédia romântica com Leandro Hassum, que dá vida a um homem de baixa estatura apaixonado por um mulherão; e Diários de Intercâmbio, protagonizado por Larissa Manoela e Thati Lopes. Depois do grande sucesso Modo Avião, que decolou em mais de 28 milhões de lares no mundo, Larissa agora interpreta uma adolescente que decide fazer um intercâmbio junto com uma amiga, na esperança de resolver todos os seus problemas.
“Nós, brasileiros, temos algo único, que é o calor humano, a forma intensa de nos doarmos para as experiências, para as sensações, os sentimentos. E o filme fala sobre isso, trazendo esse desejo de aprender sobre outras culturas, além da vontade de se desafiar e se testar em situações pouco confortáveis, em outro idioma”, comentou Larissa.
Sobre séries documentais, foram revelados os bastidores de É o Amor: Família Camargo. A produção mostra o cotidiano e a intimidade da família de um dos maiores ícones da música sertaneja Zezé Di Camargo, em sua fazenda, enquanto ele e a filha Wanessa Camargo produzem um novo disco. “Foi realmente uma experiência inusitada e maravilhosa gravar a série. Até agora, estou bastante impressionado com a excelência desta produção, uma produção brasileira, o que é muito bom! Jamais imaginei que seria capaz de fazer um trabalho como esse, em formato documental, mostrando nossa rotina, nossa intimidade em casa e como lidamos com situações adversas e emoções”, celebrou Zezé.
Série documental sobre a família Camargo: em breve!
Na esteira das produções documentais, João de Deus, que conta história do homem conhecido mundialmente por suas cirurgias espirituais e por ter protagonizado o maior escândalo de assédio sexual do Brasil, se soma às já anunciadas Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime e Emicida: AmarElo – Ao Vivo, íntegra do show do artista no Theatro Municipal de São Paulo.
A Netflix também adiantou novidades sobre a aguardada segunda temporada da série Sintonia com dois novos personagens: Tally, paquera de Doni, vivida por Gabriela Mag; e Levi, da turma da igreja, vivido por Bruno Gadiol. Os três amigos, Doni, Rita e Nando, continuam com suas trajetórias na busca por espaço em meio aos desafios que enfrentam na comunidade periférica de São Paulo, em que vivem. “Abrir essa janela e mostrar para o mundo como vivemos e como nos articulamos é muito importante para mostrar que o Brasil é um país diverso em seu DNA; que seu povo e suas histórias são muito mais que estereótipos”, celebra o ator Christian Malheiros, intérprete de Nando na série.
Além disso, dois reality shows que conquistaram milhões de fãs ao redor do mundo, ganham versões 100% nacionais: Casamento às Cegas Brasil, comandado pelo casal Camila Queiroz e Klebber Toledo mostra se o amor é mesmo cego numa experiência inacreditável; e Brincando com Fogo Brasil, com estreia no próximo dia 21 de julho, testa os impulsos e desejos de homens e mulheres em um cenário paradisíaco.
Assista ao vídeo com cenas inéditas dos lançamentos brasileiros:
Dona Naninha no curta O Amor Veste Preto, da Oficina Documentando.
Além dos seis longas-metragens e 33 curtas que compõem a competição principal do VI Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim, anunciados anteriormente, outros 46 filmes integram as cinco mostras paralelas desta edição.
As exibições acontecem gratuitamente entre os dias 16 e 28 de agosto pelo site oficial (clique aqui). O curta-metragem melhor avaliado pelo público em cada panorama vencerá o prêmio do Júri Popular. As obras foram selecionadas a partir de 680 curtas-metragens inscritos para a sexta edição do festival.
Seis curtas nacionais fazem parte da Mostra Diversidade de Voos, que homenageia a atriz Roberta Gretchen Coppola com histórias sobre pessoas transgêneros, e oito participam da Mostra Revoada, que discute memória, preservação e identidade cultural. Tanto a Mostra Rotas de Migração, com abordagens variadas para um público jovem, quanto a Mostra Voo Livre, que apresenta mulheres como protagonistas de suas próprias histórias, trazem nove curtas-metragens cada. Por fim, a Mostra Passarinho é formada por filmes para a infância e reúne, em sua maioria, animações.
A programação da Mostra Passarinho também será exibida na TV PE com filmes dessa edição e outros títulos que já passaram pelo Cine Jardim. As sessões acontecem a partir do dia 18 de julho, sempre aos domingos, às 16h, com classificação indicativa livre. “Será uma prévia da programação do festival antes do início das exibições oficiais no dia 16 de agosto. Durante o Cine Jardim também teremos duas sessões de curtas-metragens pernambucanos que serão exibidos na TV PE, nos dias 15 e 22 de agosto, às 16h”, afirma Leo Tabosa, produtor do festival.
Conheça os filmes selecionados para as mostras paralelas do VI Cine Jardim:
MOSTRA DIVERSIDADE DE VOOS
Batom Vermelho Sangue, de R.B. Lima (PB) Bonde, de Asaph Lucas (SP) Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE) Modelo Morto, Modelo Vivo, de Iuri Bermudes e Leona Jhovs (SP) Piu Piu, de Alexandre Figueirôa (PE) Vinde Como Estais, de Rafael Ribeiro e Galba Gogóia (RJ)
MOSTRA ROTAS DE MIGRAÇÃO
A Roda da Fortuna, de Luciano Porto (DF) Ando me Perguntando, de Clara Leal (RN) Aperto, de Alexandre Estevanato (SP) As Viajantes, de Davi Mello (SP) Elevador, de Heleno Florentino (PB) Kabuum, de Sílvio Toledo (PB) O Calendário, de Val Rocha e Emílio Neto (SP) O Menino das Estrelas, de Irmãos Christofoli (RS) Terceiro Andar, de Deuiton B. Júnior (PE)
MOSTRA VOO LIVRE
Azul, de Tauana Uchôa (PE) Filhas de Lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza (DF) Júlia Porrada, de Igor Ribeiro (RN) Labirinteiras, de Renata Alves (RN) Nadir, de Fábio Rogério (SE) O Amor Veste Preto, de Marlom Meirelles e Oficina Documentando (CE) Pega-se Facção, de Thais Braga (PE) Rasga Mortalha, de Pattrícia de Aquino (PB) Rosário, de Juliana Soares Lima e Igor Travassos (PE)
MOSTRA REVOADA
A Última Feira, de Tharciele Santiago (PE) A Última Videolocadora, de Paulo Leonardo (PE) A Viagem do Seu Arlindo, de Sheila Altoé (ES) A Volta para Casa, de Diego Freitas (SP) Açude Nº 50, de Wagner Ferreira e Paulo Conceição (PE) Etnomídia Indígena Brasileiro, de Icaro Cooke Vieira (GO) Hoje Sou Felicidade, de João Luís e Tiago Aguiar (PE) Tupinambá Subiu a Serra, de Mário Cabral e Daniel Neves (SP)
MOSTRA PASSARINHO
A Casa e o Medo, de Eduardo Aliberti, Henrique Truffi e Valentina Salvestrini (SP) A Galinha Ruiva, de Irson Jr (ES) A Pedra Queima, de Felipe Nepomuceno (RJ) Ailin En La Luna, de Claudia Ruiz (Argentina) Arlequim, de Brenda Reyes (SP) As Aventuras de Pety, de Anahí Borges (SP) Dia do Manguezal, de Alunos do Projeto Animação, Estudantes da Rede de Ensino Público Fundamental do Espírito Santo (ES) Hornzz, de Lena Franzz (RJ) O Celaticomus, de Marcelo Tannure (MG) O Gato Sem Botas, de Paula de Abreu (MG) Pinguinics – O Ataque Vem do Polo!, de Sérgio Martinelli (GO) Quando a Chuva Vem?, de Jefferson Batista (PE) Trincheira, de Paulo Silver (AL) Vento Viajante, de Alunos do Projeto Animação Ambiental, Escolas Municipais de Icapuí/Ce (CE)
O Cine Jardim – Festival Latino-Americano de Cinema de Belo Jardim é uma janela destinada à divulgação da produção cinematográfica latino-americana, à profissionalização de jovens por meio do audiovisual e à democratização dos bens culturais. O festival, de caráter competitivo, visa premiar filmes latino-americanos de curtas-metragens e longas-metragens brasileiros das mostras competitivas. Uma importante janela aberta no interior, especialmente para compreender e apreciar outros mundos reais e possíveis, que na mágica tela branca projetam-se infinitas possibilidades de encontros e intercâmbios com um único compromisso, fazer deste mundo um mundo mais humano e mais perto de todos nós.
Jodie Foster em O Mauritano, de Kevin Macdonald: premiada no Globo de Ouro.
Em dezembro do ano passado, a direção do Festival do Rioanunciou que a edição de 2020 seria adiada e reformulada em decorrência das dificuldades financeiras e sanitárias por conta da pandemia de Covid-19. Agora, o evento, um dos mais tradicionais e prestigiados festivais de cinema da América Latina, se une ao Telecine, hub de cinema mais completo do país, para uma edição on-line com filmes inéditos e exclusivos.
Entre os dias 17 e 31 de julho, o Festival do Rio ganha o Brasil por intermédio da plataforma de streaming do Telecine e do Telecine Cult. Serão 15 filmes internacionais aclamados de nove países, incluindo vencedores do Oscar e do Globo de Ouro 2021. O evento faz parte de uma Edição Especial do Festival do Rio, que se prepara para 2021. Em abril, no Canal Brasil, foram exibidos filmes brasileiros ganhadores da Premiére Brasil. Em maio, o Canal Curta realizou uma mostra de documentários brasileiros premiados em festivais anteriores. Agora, em julho, o Festival do Rio segue firme no Telecine.
A plataforma de streaming do Telecine será a sala principal de exibições desta edição especial. A cada dia, um filme inédito e exclusivo irá estrear no serviço à 0h e ficará disponível para o play por apenas 24 horas. Aos sábados, o Telecine Cult reexibirá, sempre às 22h, alguns dos principais longas da seleção.
A abertura do Festival do Rio no Telecine será com Druk – Mais uma Rodada, no sábado, 17 de julho. O longa foi vencedor do Oscar 2021 de melhor filme internacional. A comédia dramática traz quatro professores que decidem testar a teoria de que ao manter um teor constante de álcool no sangue serão mais felizes e bem-sucedidos. A produção dinamarquesa tem Thomas Vinterberg na direção e Mads Mikkelsen como protagonista.
No dia 20/07, é a vez do drama O Mauritano, no original The Mauritanian. O filme é baseado na história real do mauritano Mohamedou Ould Slahi, detido em Guantánamo logo após os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos. Preso por 14 anos, sem acusações concretas ou julgamento, ele enfrenta diversos obstáculos em busca de liberdade. O filme rendeu à Jodie Foster o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante, além de uma indicação de melhor ator em drama para Tahar Rahim, que vive o prisioneiro.
Carey Mulligan em Bela Vingança: destaque da programação.
Longa da Bósnia-Hezergovina indicado ao Oscar de melhor filme internacional, Quo Vadis, Aida? é o filme do dia 22/07. No drama de Jasmila Žbanić, Aida é uma tradutora de uma equipe de manutenção da paz. Quando o exército sérvio toma conta da cidade, sua família é detida junto dos milhares de cidadãos bósnios e procura abrigo no acampamento em que ela trabalha.
Já no domingo, 25/07, é a vez do vencedor do Oscar deste ano de melhor roteiro original, Bela Vingança. Na trama, Cassie trabalha como atendente de um café e toda noite finge estar bêbada nos bares para se vingar de homens mal-intencionados que se aproximam com a desculpa de ajudar. O filme é dirigido por Emerald Fennell e protagonizado por Carey Mulligan.
Outros destaques da programação são: Caros Camaradas! – Trabalhadores em Luta (Dear Comrades!), de Andrei Konchalovsky, premiado no Festival de Veneza; Slalom – Até o Limite, de Charlène Favier; Edifício Gagarine, de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh; De Volta à Itália (Made In Italy), de James D’Arcy, com Liam Neeson; Dias Melhores (Shaonian De Ni), de Derek Tsang, indicado ao Oscar de melhor filme internacional; A Boa Esposa, de Martin Provost, com Juliette Binoche; DNA, de Maïwenn, com Louis Garrel e Fanny Ardant, e indicado ao César Awards; Ainda Há Tempo (Falling), de Viggo Mortensen, premiado no Festival de San Sebastián; A Candidata Perfeita, de Haifaa Al-Mansour, exibido em Veneza; Verão de 85, de François Ozon; e Noite de Reis (La Nuit Des Rois), de Philippe Lacôte, premiado nos festivais de Chicago, Roterdã e Toronto.
O Festival do Rio é o maior da América Latina. Desde sua criação, foram exibidos 7 mil longas, incluindo filmes recém premiados em festivais e mostra internacionais como Cannes, Berlim, Toronto, Veneza e outros. Formador de público mas também de mão de obra, o Festival do Rio capacitou mais de 7 mil profissionais. Anualmente, o festival reúne os filmes exibidos nos mais importantes festivais mundiais, além de mostras temáticas e sessões populares. Distribuídos em diferentes mostras, incluindo a competitiva Premiére Brasil, os filmes nacionais compõem também parte importante do festival, que é a maior vitrine da cinematografia brasileira.
Para assistir aos filmes inéditos e exclusivos da edição on-line do Festival do Rio, baixe o aplicativo ou acesse o site (clique aqui) e assine o serviço; os primeiros 30 dias de acesso são gratuitos para novos assinantes.
Cena de O Empregado e o Patrão, de Manuel Nieto Zas.
O lançamento do filme Chico Ventana Também Queria Ter um Submarino, de Alex Piperno, nesta quinta-feira, 08/07, marca a estreia da Sessão Vitrine, que ganhou uma segunda edição em 2021 como parte das comemorações dos 10 anos do projeto, com o apoio do ProAC.
O longa é o primeiro de quatro filmes que serão lançados pela Sessão ao longo do segundo semestre. Entre eles, A Noite de Fogo, selecionado para a mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes, e O Empregado e o Patrão, que terá première mundial na Quinzena dos Realizadores, também em Cannes. Completa a lista o documentário Deus Tem AIDS, dirigido por Fábio Leal e Gustavo Vinagre. O valor dos ingressos nos cinemas será até R$ 12 (inteira).
Em cartaz nos cinemas, Chico Ventana Também Queria Ter um Submarino é o primeiro longa dirigido por Alex Piperno, que foi exibido na mostra Forum do Festival de Berlim do ano passado e recebeu o Tagesspiegel Reader’s Award. A coprodução entre Brasil, Argentina, Uruguai, Filipinas e Holanda gira em torno de um jovem marinheiro que descobre uma porta misteriosa no navio de cruzeiro onde trabalha, levando-o a um apartamento em Montevidéu. Enquanto isso, longe dali, um grupo de camponeses encontra uma cabana abandonada na colina, perto de uma pequena aldeia rural nas Filipinas, cuja porta também leva para um lugar distante.
A Noite de Fogo, de Tatiana Huezo, é uma adaptação livre do romance homônimo de 2014 da americana Jennifer Clement. O longa é ambientado em uma cidade solitária situada nas montanhas mexicanas, onde três amigas ocupam as casas daqueles que fugiram e se vestem de mulheres quando ninguém está olhando. Enquanto no próprio universo impenetrável delas magia e alegria abundam, suas mães treinam as três garotas para se protegerem dos grupos sequestradores que atuam na região, até que um evento altera a rotina do povoado.
Coprodução entre Uruguai, Brasil, Argentina e França, O Empregado e o Patrão, de Manuel Nieto Zas, aborda um drama familiar e social ambientado num faroeste nos pampas da América do Sul, que cruza fronteiras e coloca em xeque as relações de trabalho tradicionais entre patrão e empregado. O filme é estrelado por Nahuel Pérez Biscayart, vencedor do Prêmio César, em 2018, na categoria melhor ator revelação por 120 Batimentos por Minuto, Cristian Borges, Justina Bustos, Fatima Quintanilla e Jean Pierre Noher.
Em Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre, sete artistas e um médico ativistas dão seus depoimentos e trazem novas perspectivas sobre como lidar com a sorofobia no Brasil, quarenta anos depois do início da epidemia da AIDS.
Desde seu início em 2011, o projeto Sessão Vitrine já lançou mais de 50 longas, realizando a distribuição de filmes nacionais e coproduções internacionais com um recorte da produção audiovisual contemporânea. Com o objetivo de levar ao público uma produção de qualidade, que retrata a realidade brasileira em diversos aspectos, o projeto fomenta uma relação entre os públicos e o cinema, através de lançamentos e debates que aprofundam a discussão sobre os temas propostos, contribuindo assim para a formação de novas plateias e para a democratização do acesso ao cinema brasileiro, fortalecendo o circuito audiovisual como um todo.
Foi sob o selo da Sessão Vitrine que filmes de cineastas como Gabriel Mascaro, Leandra Leal, Juliana Antunes e Adirley Queirós foram lançados, consolidando assim o projeto como uma vitrine de estreantes e renomadas realizadoras e realizadores. A curadoria prioriza filmes brasileiros e coproduções internacionais que despertem interesse no público, seja pela inovação do seu processo criativo, pelo seu viés autoral ou pela sua qualidade e originalidade. A escolha dos filmes visa também abraçar temáticas, gêneros e propostas estéticas diferentes e produções de diversos estados brasileiros, proporcionando uma programação diversificada para o público em geral.
Estreia na direção de um filme de ficção em língua estrangeira.
O cineasta brasileiro Karim Aïnouz, de O Céu de Suely e Praia do Futuro, anunciou nesta quarta-feira, 07/07, a realização de seu primeiro filme de ficção em língua estrangeira: Firebrand, cinebiografia de Catarina Parr, a sexta e última esposa de Henrique VIII e Rainha Consorte do Reino da Inglaterra e Reino da Irlanda de 1543 até 1548.
O longa será estrelado por Michelle Williams, que já foi indicada ao Oscar quatro vezes pelos filmes Brokeback Mountain, Namorados para Sempre, Sete Dias com Marilyn e Manchester à Beira-Mar. Além disso, a atriz foi premiada no Globo de Ouro ao interpretar Marilyn Monroe nas telonas e no Emmy Awards pela série Fosse/Verdon.
O diretor divulgou a notícia durante o Festival de Cannes, onde exibirá, na sexta-feira, O Marinheiro das Montanhas, seu mais novo longa-metragem, que foi selecionado para a mostra Sessões Especiais. Em 2019, Karim foi premiado com A Vida Invisível na mostra Un Certain Regard. Além disso, o cineasta também já passou por Cannes com Madame Satã, em 2002, e O Abismo Prateado, em 2011.
A premiada atriz está confirmada no elenco.
Sua estreia em um filme de ficção em língua estrangeira será produzida por Gabrielle Tana, de A Escavação, e terá o roteiro assinado pelas irmãs Henrietta e Jessica Ashworth, da série Killing Eve: “Eu não poderia estar mais entusiasmado por levar às telonas a desconhecida biografia de Catarina Parr, uma mulher absurdamente brilhante que me inspira profundamente, cuja história tem sido quase invisível, no mínimo sub-representada, na história do Reino Unido. Muito se sabe sobre o reinado tirânico de Henrique VIII e aqueles que morreram e sofreram por seus atos cruéis, mas meu foco aqui é numa mulher que não somente conseguiu sobrevier, mas também resplandecer. É uma reimaginação de um filme de época, um thriller psicológico, uma história de intrigas, de ação e sobrevivência ambientado na côrte dos Tudor. Ter a Michelle Williams, uma atriz sublime e de enorme talento, é a realização de um sonho”, disse o diretor.
A equipe de produção do filme contará ainda com a diretora de fotografia Hélène Louvart, que reedita a parceria com Karim iniciada no aclamado longa A Vida Invisível; com a diretora de arte Maria Djurkovic, indicada ao Oscar pelo filme O Jogo da Imitação; a figurinista Lisa Duncan, de Small Axe; e a produtora de elenco Nina Gold.
Sobre as filmagens, a produtora Gabrielle Tana revelou: “Eu amo todos os filmes do Karim. Estou muito animada por trabalhar com ele e tenho certeza que Michelle fará um trabalho esplendoroso. Vamos rodar o filme no início do ano que vem e já começamos a montar um time espetacular”.
Fotos: Getty Images Europe/Noam Galai/Getty Images North America.
Tavinho Teixeira no curta Mansão do Amor, de Renata Pinheiro.
A sexta edição do Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim acontecerá entre os dias 9 e 28 de agosto e a competição principal exibirá seis longas-metragens nacionais e 33 curtas-metragens realizados no Brasil, Argentina, México e Espanha. O evento, que acontece anualmente na cidade de Belo Jardim, no interior pernambucano, desta vez será realizado de forma remota pelo site oficial e na plataforma Cardume, sempre com acesso gratuito.
De acordo com o cineasta Leo Tabosa, produtor do festival, foram inscritos 732 filmes, sendo 52 longas-metragens e 680 curtas: “O compromisso do Cine Jardim é levar o melhor da produção audiovisual dos últimos anos para o interior de Pernambuco. Nossa preocupação está além das exibições, por isso sempre promovemos encontros, debates e atividades de formação para jovens que complementam a experiência de cinema que pensamos ser transformadora. Por conta da pandemia, esse ano não teremos programação presencial, mas acreditamos no alcance que teremos com uma edição virtual que investe na diversidade de temáticas, gêneros e formatos dos filmes selecionados”.
A abertura do Cine Jardim será marcada pela homenagem aos 25 anos do filme Corisco e Dadá, dirigido pelo premiado realizador cearense Rosemberg Cariry, que conversará com o público em uma live transmitida para o canal de YouTube e perfil do Facebook do festival. Com o tema central Cinema e Educação, o Cine Jardim ainda promoverá outras cinco mostras paralelas de curtas-metragens, que serão divulgadas nos próximos dias, assim como a programação de oficinas de formação.
Conheça os filmes selecionados para a competição principal do VI Cine Jardim:
LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS | COMPETITIVA
A Mulher da Luz Própria, de Sinai Sganzerla (SP) As Órbitas da Água, de Frederico Machado (MA) Casa, de Letícia Simões (PE) Vermelha, de Getúlio Ribeiro (GO) Vil, Má, de Gustavo Vinagre (SP) Sertânia, de Geraldo Sarno (CE/BA)
CURTAS-METRAGENS LATINO-AMERICANOS | COMPETITIVA
23 Minutos, de Rodrigo Beetz e Wesley Figueiredo (MG) Ailin En La Luna, de Claudia Ruiz (Argentina) Angela, de Marília Nogueira (MG) Aquele Casal, de William de Oliveira (PR) Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Lucas H. Rossi dos Santos e Henrique Amud (RJ) Baile, de Cíntia Domit Bittar (SC) Cabeça de Rua, de Angélica Lourenço (MG) Cadeia Alimentar, de Raphael Medeiros (RJ) Caranguejo Rei, de Enock Carvalho e Matheus Farias (PE) Carne, de Camila Kater (Brasil/Espanha) Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva (PE) Como Ficamos da Mesma Altura, de Laís Santos Araújo (AL) Êles, de Roberto Burd (RS) Epirenov, de Alejandro Ariel Martin (Argentina) Ex-humanos, de Mariana Porto (PE) Ilhas de Calor, de Ulisses Arthur (AL) Interrogação (ou Psicopata Legalizado), de Moisés Pantolfi (SP) La Última y nos Vamos, de Susy López P. (México) Mansão do Amor, de Renata Pinheiro (PE) Memórias de Quintal, de Lorena D’avila e Simony Leite Siqueira (ES) Migrante, de Esteban Ezequiel Dalinger e Daniel Iezzi (Argentina) Nilson, Filho do Campeão, de Diego Tafarel (RS) Nimbus, de Marcos Buccini (PE) Nome de Batismo – Frances, de Tila Chitunda (PE) Rebento, de Vinícius Eliziário (BA) Receita de Caranguejo, de Issis Valenzuela (SP) Ruído Branco, de Gabriel Fonseca (SP) Sangro, de Tiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto Br (SP) Sem Asas, de Renata Martins (SP) Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR) Severines, de Eduardo Monteiro (PE) Teoria Sobre um Planeta Estranho, de Marco Antonio Pereira (MG) Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN)
*O Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim é uma realização da Pontilhado Cinematográfico, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal. Conta com o patrocínio da Moura e parcerias do Instituto Conceição Moura, da Universidade Católica de Pernambuco, através da Pró-Reitoria Comunitária, do Instituto Humanitas da Unicap, do Armazém Coral Acha Aqui, Mistika, CiaRio, Elo Company, TV PE e Vou Ver Acessibilidade.
Silvero Pereira no curta Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli.
Foram anunciados nesta quinta-feira, 01/07, os filmes selecionados para a 74ª edição do Festival de Cinema de Locarno, que acontecerá entre os dias 4 e 14 de agosto. Com uma programação eclética, o evento é considerado um dos principais festivais de cinema autoral do mundo.
Neste ano, o Brasil está representado com dois filmes em competição na mostra Pardi di domani, território de experimentação expressiva e poesia formal inovadora, que exibe curtas e médias-metragens em estreia mundial ou internacional. A seção consiste em três concursos: Concorso internazionale, com trabalhos de cineastas emergentes de todo o mundo; Concorso nazionale, para produções suíças; e Concorso Corti d’autore, com curtas obras de diretores consagrados.
Na competição internacional de curtas, o cinema brasileiro aparece com A Máquina Infernal, de Francis Vogner Dos Reis, que traz Carolina Castanho, Glauber Amaral, Carlos Escher, Talita Araujo, Maria Leite, Martha Guijarro, Carlos Francisco, Renan Rovida, Carlota Joaquina, Luis Chierotto e Allan Peterson dos Reis no elenco; além de Cristina Amaral na edição. Outro destaque nacional em competição é o curta Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli, que traz Dennis Pinheiro e Silvero Pereira no elenco.
Além disso, a cineasta brasileira Ivete Lucas, que hoje mora nos Estados Unidos, aparece com o curta Happiness Is a Journey, codirigido por Patrick Bresnan, na seção Pardi di domani: Concorso Corti d’autore.
Neste ano, a cineasta Eliza Hittman preside o júri da Competição Internacional, que apresenta filmes em estreias mundiais e que disputam o Leopardo de Ouro, prêmio máximo do evento. O time de jurados completa-se com Kevin Jerome Everson, Philippe Lacôte, Leonor Silveira e Isabella Ferrari.
A modelo e atriz francesa Laetitia Casta será a grande homenageada desta edição com o Excellence Award Davide Campari. E mais: a roteirista Gale Anne Hurd receberá o Prêmio Raimondo Rezzonico; Phil Tippett, especialista em efeitos especiais e vencedor do Oscar por Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros, receberá o Vision Award Ticinomoda; Dante Spinotti, cineasta italiano e diretor de fotografia, será honrado com o Pardo alla carriera; e o Pardo d’onore Manor será entregue para o cineasta John Landis.
A 74ª edição também marca o retorno da mostra Piazza Grande, realizada ao ar livre, e que não foi realizada no ano passado por conta da pandemia de Covid-19. Além disso, o evento fará uma retrospectiva do cineasta italiano Alberto Lattuada.
Conheça os filmes selecionados para o Festival de Locarno 2021:
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
After Blue (Paradis sale), de Bertrand Mandico (França) Al Naher (The River), de Ghassan Salhab (Líbano/França/Alemanha/Qatar) Espíritu sagrado (The Sacred Spirit), de Chema García Ibarra (Espanha/França/Turquia) Gerda, de Natalya Kudryashova (Rússia) I giganti (The Giants), de Bonifacio Angius (Itália) Jiao ma tang hui (A New Old Play), de Qiu Jiongjiong (Hong Kong/França) Juju Stories, de C.J. “Fiery” Obasi, Abba T. Makama e Michael Omonua (Nigéria/França) La Place d’une autre (Secret Name), de Aurélia Georges (França) Leynilögga (Cop Secret), de Hannes Þór Halldórsson (Islândia) Luzifer, de Peter Brunner (Áustria) Medea, de Alexander Zeldovich (Rússia) Nebesa (Heavens Above), de Srdjan Dragojević (Sérvia/Alemanha/Macedônia/Eslovênia/Croácia/Montenegro/Bósnia e Herzegovina) Petite Solange, de Axelle Ropert (França) Seperti Dendam, Rindu Harus Dibayar Tuntas (Vengeance Is Mine, All Others Pay Cash), de Edwin (Indonésia/Singapura/Alemanha) Sis dies corrents (The Odd-Job Men), de Neus Ballús (Espanha) Soul of a Beast, de Lorenz Merz (Suíça) Zeros and Ones, de Abel Ferrara (Alemanha/Reino Unido/EUA)
CONCORSO CINEASTI DEL PRESENTE
Actual People, de Kit Zauhar (EUA) Agia Emi (Holy Emy), de Araceli Lemos (Grécia/França/EUA) Amansa tiafi (Public Toilet Africa), de Kofi Ofosu-Yeboah (Gana) Brotherhood, de Francesco Montagner (República Tcheca/Itália) Bu yao zai jian a, Yu hua tang (Virgin Blue), de Xiaoyu Niu (China) Il legionario (The Legionnaire), de Hleb Papou (Itália/França) Kun maupay man it panahon (Whether the Weather Is Fine), de Carlo Francisco Manatad (Filipinas/França/Singapura/Indonésia/Alemanha/Qatar) L’Été l’éternité (Our Eternal Summer), de Émilie Aussel (França) Mis hermanos sueñan despiertos (My Brothers Dream Awake), de Claudia Huaiquimilla (Chile) Mostro, de José Pablo Escamilla (México) Niemand ist bei den Kälbern (No One’s with the Calves), de Sabrina Sarabi (Alemanha) Shankar’s Fairies, de Irfana Majumdar (Índia) Streams, de Mehdi Hmili (Tunísia/Luxemburgo/França) Wet Sand, de Elene Naveriani (Suíça/Geórgia) Zahorí, de Marí Alessandrini (Suíça/Argentina/Chile/França)
PARDI DI DOMANI | COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
A Máquina Infernal, de Francis Vogner Dos Reis (Brasil) And Then They Burn the Sea, de Majid Al-Remaihi (Qatar) Atrapaluz (Suncatcher), de Kim Torres (Costa Rica/México) Dōng dōng de shèng dàn jié (Christmas), de Fengrui Zhang (China/EUA) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (Brasil) FIRST TIME [The Time for All but Sunset – VIOLET], de Nicolaas Schmidt (Alemanha) Giochi (Playtime), de Simone Bozzelli (Itália) Imuhira (Home), de Myriam Uwiragiye Birara (Ruanda) In Flow of Words, de Eliane Esther Bots (Holanda) Layl (Night), de Ahmad Saleh (Alemanha/Qatar/Jordânia/Palestina) Les Démons de Dorothy (The Demons of Dorothy), de Alexis Langlois (França) Love, Dad, de Diana Cam Van Nguyen (República Tcheca/Eslováquia) Mask, de Nava Rezvani (Irã) Papyni krosivky (Dad’s Sneakers), de Olha Zhurba (Ucrânia) Somleng reatrey (Sound of the Night), de Chanrado Sok e Kongkea Vann (Camboja) Squish!, de Tulapop Saenjaroen (Tailândia/Singapura) Steakhouse, de Špela Čadež (Eslovênia/Alemanha/França) Strawberry Cheesecake, de Siyou Tan (Singapura) The Sunset Special, de Nicolas Gebbe (Alemanha) Yi yi (Time Flows in Strange Ways on Sundays), de Giselle Lin (Singapura)
PIAZZA GRANDE
Beckett, de Ferdinando Cito Filomarino (Itália) Clube dos Cafajestes, de John Landis (EUA) Free Guy, de Shawn Levy (EUA) Heat, de Michael Mann (EUA) Hinterland, de Stefan Ruzowitzky (Áustria/Luxemburgo) Ida Red, de John Swab (EUA) Monte Verità, de Stefan Jäger (Suíça/Áustria/Alemanha) O Exterminador do Futuro, de James Cameron (EUA/Reino Unido) Respect, de Liesl Tommy (Canadá/EUA) Rose, de Aurélie Saada (França) Sing-keu-hol (Sinkhole), de Kim Ji-hoon (Coreia do Sul) The Alleys, de Bassel Ghandour (Jordânia/Egito/Arábia Saudita/Qatar) Vortex, de Gaspar Noé (França/Bélgica/Mônaco) Yaya e Lennie – The Walking Liberty, de Alessandro Rak (Itália)
FUORI CONCORSO
Dal pianeta degli umani (From the Planet of the Humans), de Giovanni Cioni (Itália/Bélgica/França) Il mostro della cripta (The Crypt Monster), de Daniele Misischia (Itália) Mad God, de Phil Tippett (EUA) Pathos Ethos Logos, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel (Portugal) Rampart, de Marko Grba Singh (Sérvia) The Sadness, de Rob Jabbaz (Taiwan)
*Clique aqui e confira a programação completa com os filmes selecionados.
Emilly de Jesus no curta Baile, de Cíntia Domit Bittar: premiada.
Foram anunciados nesta quarta-feira, 30/06, os vencedores da sétima edição da Mostra Curta Vazantes: Cinema em Comunidade, que aconteceu em formato on-line e exibiu23 curtas-metragens, entre ficções, animações e documentários, realizados no Brasil, Espanha, México e França.
O curta pernambucano Inabitável, dirigido por Matheus Farias e Enock Carvalho, foi reconhecido pelo Júri Oficial como o melhor filme da programação. A trama conta a história de Marilene, que procura sua filha Roberta, uma mulher trans desaparecida. O Júri Oficial foi formado pelo cineasta e professor André Antônio, pelo cineasta, crítico de cinema e professor Alexandre Figueiroa e pela jornalista, fotógrafa, curadora e produtora cultural Priscila Urpia.
Em parceria com a Aceccine, Associação Cearense de Críticos de Cinema, o Júri da Crítica foi formado por Arthur Gadelha, Rafael M. Vasconcelos e Thiago Henrique Sena. Os críticos reconheceram o pensamento questionador do curta-metragem carioca Neguinho, de Marçal Vianna, e da produção cearense Terceiro Dia, de Jéssica Queiroz. Por meio de votação popular, os espectadores da Mostra Curta Vazantes elegeram Reexisto, dirigido por Lethicia Galo e Rodrigo Campos, como o melhor filme da edição.
Conheça os vencedores da VII Mostra Curta Vazantes:
JÚRI OFICIAL
Melhor Filme: Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE) Justificativa: Pela excelência na orquestração de todos os elementos fílmicos – atuação, som, figurino, direção, roteiro – que concorrem para criar uma narrativa emocionante e politicamente importante.
Melhor Direção: Marco Antônio Pereira, por 4 Bilhões de Infinitos Justificativa: Pelas belas soluções cênicas, pela decupagem delicada, pelo uso inteligente da luz e a ótima direção de atores.
Melhor Roteiro: De Vez Em Quando Eu Ardo, escrito por Carlos Segundo Justificativa: Pela forma sutil como o filme constrói aos poucos, através de uma protagonista que vai desvelando várias camadas, uma expectativa que ao mesmo tempo se quebra e desabrocha numa imagem onde a linguagem fotográfica e a cinematográfica se encontram.
Melhor Fotografia: A Barca, por Michel Rios Justificativa: Pela criação de um universo singular, com cores que beiram o fantástico e o alegórico e por nos proporcionar um passeio aquático pela noite iluminada pelo luar.
Melhor Interpretação: Emilly de Jesus, por Baile Justificativa: Por construir com naturalidade e ao mesmo tempo leveza uma personagem que está lidando pela primeira vez com questões humanas profundas sem abandonar o ponto de vista da infância.
Melhor Montagem: Piccolino – Una Aventura En La Ciudad, por Giovanni Maccelli Justificativa: Pela habilidade de unir fluidamente a animação stop motion com a filmagem de atores reais, além de manter o ritmo em habilidosos momentos de ação e perseguição.
Prêmio Especial do Júri: Manaus Hot City, de Rafael Ramos (AM) Justificativa: Pela apresentação de uma Manaus outra, construindo uma representação inusitada da cidade com referências estéticas pop, além de trazer personagens que lidam com as dores da vida com o cuidado e o afeto que vêm da amizade.
JÚRI DA CRÍTICA
Melhor Filme: Neguinho, de Marçal Vianna (RJ), e Terceiro Dia, de Jéssica Queiroz (CE) Justificativa: “Parece que tá todo mundo ouvindo e ninguém tá falando nada”. A frase composta por Arnaldo Antunes e Nando Reis parece sintetizar essa realidade em que estamos inseridos, apesar de todas as comunicações e novas ferramentas de ação promovidas neste século: um cenário de imobilidade, silenciamento e omissão. No Estado que estamos, pairam as dúvidas e os suspenses, mas também brotam as indignações, sensações que, cada vez mais, vêm sendo expressas por meio do cinema e suas infinitas possibilidades. Independente do espaço e do tempo em que essas imagens e sons se organizam, reações à mesma normalização do absurdo, à tragédia anunciada, à convivência com o desastre e ao ímpeto da resposta. Dessa forma, o júri acredita que a função da crítica vai além de uma análise técnica da obra, muitas das vezes propondo olhares que construam alternativas ao lugar-comum, abrindo janelas para um pensamento questionador e de como o cinema se relaciona com nossa realidade. A Aceccine, por meio de seu júri, premia no VII Curta Vazantes os filmes Neguinho e Terceiro Dia.
JÚRI POPULAR
Melhor Filme: Reexisto, de Lethicia Galo e Rodrigo Campos (SP)
Criada em 2013, a Mostra Curta Vazantes: Cinema em Comunidade pretende contribuir para a inclusão e a promoção social e cultural dos moradores da Comunidade de Vazantes e localidades vizinhas a partir da exibição de filmes produzidos em qualquer parte do mundo com a ideia de compreender, observar e fazer visível os processos sociais e culturais que se desenvolvem tanto no sul como no norte do planeta. Além da variedade de filmes, o evento promove oficinas, palestras e encontros que reflitam, discutam e divulguem a cultura presente na região.
*Clique aqui e aqui para assistir aos programas especiais que fizemos no IGTV sobre a sétima edição da Mostra Curta Vazantes com participações especiais.
Rafael Rudolf em Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre.
Entre os dias 15 e 25 de julho acontecerá a quinta edição do Festival ECRÃ, que apresenta um panorama de experimentações audiovisuais das mais variadas abordagens. Ainda longe de sua tradicional casa, a Cinemateca do MAM, no Rio de Janeiro, o evento será realizado novamente no formato on-line por conta da pandemia de Covid-19; o acesso é gratuito.
O Festival ECRÃ aproveita o sucesso da quarta edição, que registrou cerca de 30 mil visitantes únicos e 80 mil streamings, e traz novidades para este ano. Entre elas, está a presença de games na programação com cinco jogos disponíveis para o público aproveitar entre uma sessão e outra; quatro destes jogos são produções brasileiras produzidas entre 2020 e 2021. Outra novidade é o programa Novas Películas Espanholas, dedicado aos realizadores Elena Duque, Jorge Suárez-Quiñones Rivas e Valentina Alvarado Matos que produzem filmes em 16mm e Super 8 com curadoria de Gabriel Linhares Falcão.
O veterano diretor americano Ken Jacobs ganha janela especial com dois longas-metragens, incluindo o filme de abertura do evento, o ainda inédito no Brasil O Céu Socialista e sua continuação, O Céu Socialista: Arredores e Outtakes, realizado em 2019. Ken e Flo Jacobs conversarão com a realizadora Paula Gaitán sobre seus trabalhos no dia 17 de julho, às 19h.
Filmes exibidos em grandes festivais também estão na programação, como Canções Engarrafadas 1-4, de Chloé Galibert-Laîné e Kevin B. Lee, selecionado para o Festival de Roterdã; Venha Aqui, da tailandesa Anocha Suwichakornpong e Ste. Anne, de Rhayne Vermette, que foram selecionados para Berlim. E mais: Um Gato Sonha com o Norte, de Diogo Oliveira, que passou no FID Marseille; Liminal, de Phillipe Grandrieux, Lav Diaz, Manuela de La Borde e Óscar Henriquez e Icemeltland Park, de Liliana Colombo, que foram selecionados para o Festival de Locarno.
Mestres do cinema experimental como o austríaco Michael Pilz, os norte-americanos James Benning e Khalik Allah e o argentino Raúl Perrone também estão na lista de longas-metragens do ECRÃ com os filmes Com Amor, exibido em Roterdã; De Bakersfield Para Mojave, em estreia mundial; Eu Ando Sobre a Água, selecionado para o CPH: DOX; e S4D3, em estreia mundial. O videoartista israelense Guli Silberstein com Imagem da Percepção junto com Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, diretores de Saxifraga, Quatro Noites Brancas, selecionado para o Cinéma du Réel, completam a lista.
Entre os longas e médias-metragens nacionais, seis são estreias mundiais: Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre; Você nos queima, de Caetano Gotardo; Centro, de Peter Azen; A Última Imagem, de Benedito Ferreira; Natalis, de Raquel Monteiro; e Sombra, de João Pedro Faro. A lista inclui também Benjamin Zambraia e o Autopanóptico, de Felipe Cataldo, selecionado para o Festival de Brasília, e o média Apyãwa (Tapirapé) Iraxao Rarywa, projeto coletivo de Paula Grazielle Viana dos Reis, Luis Oliveira, Koria Tapirapé e Vandimar Marques Damas. O ECRÃ abre as portas para novos realizadores estrangeiros em longas, como é o caso da realizadora trans Frances Arpaia com 52 Filmes Curtos e a mexicana Mariana Dianela Torres com Mudando de Sonhos.
Na seleção de curtas-metragens, experimentos e texturas voltam aos holofotes em filmes selecionados para grandes festivais, de realizadores consagrados e novatos. Também integram a seleção cineastas conhecidos das edições anteriores: Fábio Andrade volta com Construção de uma Vista; Charlotte Clermont retorna aos objetos em super 8 com Lucina Annulata; Joshua Troxler expande o pavor filmado do cotidiano na cidade em Arsonista; Vinicius Romero traz suas texturas digitais agora em um curta, Bai gosti/eros afogado em lágrimas; e Leonardo Pirondi anima um sonho contado por James Benning em O Sonho de Benning.
A seleção de performances desta edição conta com artistas cuja inventividade se propõe a borrar ainda mais as fronteiras entre conceitos de presença e proximidade. Os oito trabalhos selecionados para esta edição modificam ideias de experiência e preenchem espaços antes considerados inférteis para modelos performáticos. As performances desta edição provam que a exploração do corpo, do espaço e da tela não cessa com a distância física e provam que a pandemia é mais um ambiente desafiador do que um cenário de infertilidade.
O 5° Festival ECRÃ desliza definições entre as suas diversas categorias. Os filmes e performances são acompanhados de remixes, vídeos em 360° e outras obras participativas que compõem a categoria de instalações e artes interativas. Uma seleção de nove trabalhos que exploram a imagem em movimento e sua relação de dependência com o público.
Além disso, os games expandem a edição do festival esse ano, abrindo um novo espaço para a exploração narrativa no festival. Durante o evento haverá uma mesa de debate sobre a conservação de game em parceria com a Cinemateca do MAM com a presença de Rafael Zamorano, Thays Pantuza, Rian Rezende com mediação de Ines Aisengart Menezes. E mais: o evento traz mais de trinta videoartes para o ambiente on-line, categoria na qual o festival ainda não teve a possibilidade de explorar em um ambiente físico.
O ECRÃ promoverá debates durante todo o evento com realizadores através de suas redes, além de uma mesa de debate sobre a edição para o cinema experimental promovida pela EDT.
Conheça os filmes selecionados para o 5º Festival ECRÃ:
LONGA E MÉDIA-METRAGEM
52 Filmes Curtos (52 Short Films), de Frances Arpaia (EUA) A Última Imagem, de Benedito Ferreira (Brasil/França) Apyãwa (Tapirapé) Iraxao Rarywa, de Paula Grazielle Viana dos Reis, Luis Oliveira, Koria Tapirapé e Vandimar Marques Damas (Brasil) Benjamin Zambraia e o Autopanóptico, de Felipe Cataldo (Brasil) Canções Engarrafadas 1-4 (Bottled Songs 1-4), de Chloé Galibert Lainé e Kevin B. Lee (Alemanha/França/EUA) Centro, de Peter Azen (Brasil) Com Amor: Volume 1 1987-1996 (With Love: Volume 1 1987-1996), de Michael Pilz (Áustria) De Bakersfield para Mojave (From Bakersfield To Mojave), de James Benning (EUA) Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre (Brasil) Edição Vídeos Digitais Com Adobe Première-Pro: Guia do Mundo Real para Configurações e Fluxo de Trabalho (그녀를지우는 시간), de Hong Seong-yoon (Coreia do Sul) Eu Ando Sobre a Água (Iwow: I Walk On Water), de Khalik Allah (EUA) Icemeltland Park, de Liliana Colombo (Itália) Imagem da Percepção (Image Of Perception), de Guli Silberstein (Reino Unido) Liminal, de Philipe Grandrieux, Lav Diaz, Manuela de Laborde e Óscar Henriquez (México/França/Filipinas) Mudando de Sonhos (Mudar de Sueños), de Mariana Dianela Torres (México) Natalis, de Raquel Monteiro (Brasil) O Céu Socialista (The Sky Socialist), de Ken Jacobs (EUA) O Céu Socialista: Arredores e Outtakes (The Sky Socialist: The Environs And Outtakes), de Ken Jacobs (EUA) S4d3, de Raúl Perrone (Argentina) Saxifraga, Quatro Noites Brancas (Saxifrages, Quatre Nuits Blanches), de Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval (França) Sombra, de João Pedro Faro (Brasil) Ste. Anne, de Rhayne Vermette (Canadá) Toda Luz que Podemos Ver (Toda La Luz que Podemos Ver), de Pablo Escoto (México) Um Gato Sonha com o Norte (Un Chat Revê Du Nord), de Diogo Oliveira (França) Venha Aqui (Jai Jumlong), de Anocha Suwichakornpong (Tailândia) Você nos Queima, de Caetano Gotardo (Brasil)
CURTA-METRAGEM
80.000 Anos (80.000 Ans), de Christelle Lheureux (França) A Casa é a Viagem, de Bárbara Bergamaschi (Brasil) A Memória Sitiada da Noite, de Ewerton Belico (Brasil) A Menina do Capim-limão (Lemongrass Girl), de Pom Bumservicha (Tailândia) Abutre Negro (Black Vulture), de Kevin Jerome Everson (EUA) Amostra de Corpos (Corps Samples), de Astrid de La Chapelle (França) Arsonista (Arsonist), de Joshua Troxler (EUA) As Guardiãs de Memórias (Prisiminim Nešjai), de Migl Križinauskait-Bernotien (Lituânia) Bai Gosti/Eros Afogado em Lágrimas, de Vinicius Romero (Brasil) Condor, de Kevin Jerome Everson (EUA) Construção de uma Vista, de Fábio Andrade (Brasil) Deep Blue, de Sebastian Wiedemann (Colômbia) Descompostura, de Alline Torres (Brasil) Fase Dupla (Double Phase), de Takashi Makino (Japão) Febre 40º, de Natália Reis (Brasil) Fronteiras II (Fronteras II), de Victoria Maréchal (Argentina) Lucina Annulata, de Charlotte Clermont (Canadá) Mil e Uma Tentativas de Se Tornar um Oceano (One Thousand And One Attempts To Become An Ocean), de Wang Yuhan (França/China) O Fim do Sofrimento (The End Of Suffering), de Jacqueline Lentzou (Grécia) O Sonho de Benning (Benning’s Dream), de Leonardo Pirond (EUA/Brasil) Os Mestres da Terra (Masters Of The Land), de Jan Locus (Bélgica) Restos e Memórias de Filmagem (Film-related Scrap And Wood Projects), de Alex Cox (EUA) Senhor Jean-Claude (Monsieur Jean-Claude), de Guillaume Vallée (Canadá) Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (Brasil) Te Vejo em Meus Sonhos (See You In My Dreams), de Shun Ikezoe (Japão) TV a Cabo (Ou Uma Noite na Vida) (Cable Box), de Rob Feulner (Canadá) Um Sol do Cão (Sundog), de Dorian Jespers (Bélgica) Usina Desejo Contra a Indústria do Medo, de Clarissa Ribeiro, Lorran Dias e Amanda Seraphico (Brasil) Vai!, de Bruno Christofoletti Barrenha (Brasil) Vitrines, de Coletivo Olhares (Brasil) Zona Abissal, de Darks Miranda e Luísa Marques (Brasil)
PROGRAMA NOVAS PELÍCULAS ESPANHOLAS
Coleção Privada (Colección Privada), de Elena Duque Doze Filmes Sazonais (Twelve Seasonal Films), de Jorge Suárez Quiñones-Rivas O Mar Penteou a Costa (El Mar Peinó a la Orilla), de Valentina Alvarado Matos Meihôdô, de Jorge Suárez Quiñones-Rivas Propriedades de uma Esfera Paralela (Propiedades de una Esfera Paralela), de Valentina Alvarado Matos Valdediós, de Elena Duque
O Festival ECRÃ não possui patrocinadores e seu acesso é gratuito. Para custear o festival, o ECRÃ criou uma campanha no site Benfeitoria que o público poderá ajudar o evento com valores e ganhar recompensas estipuladas pelo evento: clique aqui.
Cena do filme Canto de Família, de Paula Bessa Braz e Mihai Andrei Leaha.
Foram anunciados neste domingo, 27/06, em uma cerimônia virtual apresentada por Marcelo Aliche e Leonardo Kehdi, os vencedores da 13ª edição do In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical. Com mais de 50 títulos nacionais e internacionais, o evento contou também com uma homenagem ao aclamado cineasta D.A. Pennebaker, masterclass, debates, shows e encontros musicais.
O longa Alzira E. Aquilo que eu nunca perdi, de Marina Thomé, sobre a cantora, compositora e instrumentista Alzira E foi o grande vencedor da Competição Nacional segundo o Júri Oficial, que contou com a cineasta Lucia Murat, a jornalista, apresentadora e escritora Lorena Calábria, a jornalista e pesquisadora musical Kamille Viola e o diretor e produtor Cavi Borges.
Segundo o júri, “Alzira E é uma artista plural, que conjuga história, música e poesia com uma sensibilidade incomum. O filme de Marina Thomé articula todas as dimensões da personagem em uma narrativa enxuta e criativa, que flui entre o registro íntimo e o material de arquivo, o presente e a memória, o corriqueiro e o intangível, sem nunca perder o ritmo”.
O longa Toada Para José Siqueira, de Rodrigo T. Marques e Eduardo Consonni, recebeu o Prêmio Especial do Júri “pelo primoroso trabalho de pesquisa e tributo cinematográfico imponente a um nome lapidar da cultura brasileira que a ditadura militar de 1964 tentou apagar”. O júri dedicou ainda uma Menção Especial – Música que Transforma ao longa Canto de Família, de Paula Bessa Braz e Mihai Andrei Leaha, pela “autenticidade com que apresenta a música como semeadora de afetos, esperança e dignidade humana frente a realidades sociais cronicamente adversas”.
O festival ganha uma repescagem especial com a exibição dos premiados Aquilo que eu nunca Perdi, Toada Para José Siqueira e Canto de Família, além de filmes que se destacaram entre os mais assistidos nesta edição do festival. Os dez filmes ficam disponíveis gratuitamente até quarta, 30/06, na plataforma do evento. Toda a receita arrecadada pelo In-Edit Brasil 2021 será revertida em prol da Pastoral do Povo da Rua, coordenada pelo Padre Julio Lancellotti.
A partir de 28 de junho até 28 de setembro, o festival apresentará uma programação especial na Spcine Play com onze títulos que também foram destaques nesta edição, com acesso gratuito.