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Turma da Mônica – Lições: teaser oficial apresenta dois novos personagens

por: Cinevitor

turmamonicalicoesteaser1Tina e Rolo: dos quadrinhos para os cinemas!

Dirigido por Daniel Rezende, Turma da Mônica – Lições, o aguardado filme com as aventuras da turminha do Bairro do Limoeiro, acaba de revelar, em seu primeiro teaser oficial, dois novos personagens muito conhecidos e queridos pelo público dos quadrinhos. O lançamento do vídeo acontece na véspera do Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos, comemorado no dia 30 de janeiro.

No teaser, a professora, interpretada por Malu Mader, explica o que é metamorfose, ciclo de crescimento e transformação da lagarta em borboleta. A Turminha formada por Mônica (Giulia Benite), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira) também está crescendo e precisa lidar com os desafios da passagem da infância para a pré-adolescência.

Na nova aventura, eles se esquecem de fazer o dever de casa e decidem fugir da escola, mas nem tudo sai como o esperado. O vídeo também apresenta Tina caracterizada pela primeira vez, vivida por Isabelle Drummond, e Rolo, papel de Gustavo Merighi. A dupla conta para Mônica que é possível crescer sem deixar de ser criança. No elenco também estão Monica Iozzi, que vive Dona Luísa, mãe da Mônica, e Paulo Vilhena, Seu Cebola, o pai do Cebolinha.

O filme é uma adaptação da graphic novel homônima, escrita e desenhada pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi. O primeiro longa live-action, Turma da Mônia – Laços, levou mais de dois milhões de espectadores aos cinemas.

Confira o teaser de Turma da Mônica – Lições, que tem estreia prevista para 2021:

Foto: Serendipity Inc.

Entrevista: Edilson Silva fala sobre Mirador, de Bruno Costa, exibido na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor

miradortiradentes01Protagonista: boxeador na ficção.

Protagonizado por Edilson Silva e dirigido por Bruno Costa, o longa paranaense Mirador, integra a Mostra Praça da 24ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes. Diante dos desafios impostos pela pandemia, o encontro ao vivo e as calorosas trocas na praça tiveram que ser adaptados para a esfera virtual. Mesmo que o presencial não seja possível, a essência permanece com sessões de longas e curtas que trazem um apelo popular e a mobilização de importantes debates em relação ao contemporâneo.

No filme, também selecionado para o Festival de Havana, Maycon é um boxeador que treina para retornar aos ringues enquanto divide seu tempo com dois subempregos. Pai de Malu, fruto de uma relação casual que teve com Michele, ele tem sua vida revirada quando se vê na situação de ter que cuidar da filha sozinho. Entre a rotina exaustiva de treinos e bicos para sobreviver, a maior luta de Maycon ainda está por ser vencida: tornar-se pai.

O elenco conta também com Stephanie Fernandes, Luiz Pazello, Léa Albuquerque, Victor Haygert, Jordan Machado, Rafaelle Becker, Giovana Soar e Sandro Tueros.

Para falar mais sobre Mirador, entrevistamos o protagonista Edilson Silva por e-mail. Confira:

Sua carreira traz trabalhos bem marcantes em filmes como O Porteiro do Dia, Bacurau, Divino Amor, Azougue Nazaré, entre outros. Como surgiu o convite para interpretar o Maycon em Mirador?

O Bruno [Costa, diretor] entrou em contato comigo via Facebook. Primeiramente, ele se apresentou, falou que era amigo da Nathália Tereza, que eles foram da mesma turma de cinema na faculdade e que tinha assistido ao filme dela [De Tanto Olhar o Céu Gastei Meus Olhos] no qual eu participei e protagonizei junto com a atriz Maria Eny; e que tinha visto o filme através da indicação do William [Biagioli, roteirista], que tinha assistido no Curta Brasília, e que estava com um projeto de longa-metragem e gostaria de me apresentar. Se possível, gostaria muito que eu fizesse o personagem principal. Então, fomos conversando e ele foi me falando do Mirador.

Como foi sua preparação para esse protagonista? Você já tinha alguma experiência com boxe?

Minha preparação para o Maycon foi através de muitos treinos na academia, vendo referências que o Bruno me mandava e assistindo lutas de boxe para ir me preparando com o que eu ia encontrar quando chegasse em Curitiba. Até então, eu nunca havia praticado nenhum tipo de esporte de luta. Meu único esporte era o futebol.

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Impossível não perguntar: como foi atuar ao lado da carismática Maria Luiza da Costa, que encanta qualquer espectador?

Rapaz… trabalhar com a Malu foi um grande presente que ganhei! A Maria Luiza é um ser maravilhoso! Sabemos que trabalhar com crianças em set nunca é fácil. Já tinha atuado antes com uma outra criança e já tinha passado pela experiência de que crianças são imprevisíveis. Com a Malu não foi diferente. Tinha horas que ela não queria ficar na posição em que a direção gostaria e fazia umas birrinhas (risos). Mas, a gente ia se adequando ao momento dela e, muitas vezes, aproveitando as reações e as expressões que ela fazia, as coisas aconteciam magicamente. Ela é muito talentosa!

Seu personagem retrata a vida real de diversos brasileiros. Você se inspirou em alguma situação ou em alguém para criar o universo de Maycon?

Eu me inspirei na minha própria história de vida, que desde muito jovem tive que batalhar bastante para ajudar minha mãe nas obrigações de casa, assim que meu pai faleceu. Na época, eu tinha apenas 12 anos de idade. E minha história tem um pouco a ver com a de Maycon. Eu tenho uma filha de 14 anos de idade, fruto de um primeiro relacionamento que eu tive (aos 20 anos de idade), e quando eu me separei da mãe da minha filha, ela tinha quase dois anos. Até hoje ela mora comigo e com minha mãe.

É interessante ver em Mirador esse encontro entre os diversos cinemas que o Brasil nos proporciona com obras tão marcantes e elogiáveis; seja na escolha do gênero, locações, sotaques, histórias. Na equipe, por exemplo, temos uma diversidade que soma ainda mais para o resultado final. Como você enxerga a produção audiovisual no Brasil nos dias de hoje, mesmo sendo ameaçada constantemente?  

É inegável que a demanda de projetos cinematográficos caíram muito e, mesmo com tantas ameaças que o setor vem sofrendo, eu vejo o mercado do audiovisual como um mercado sólido, que diante das dificuldades, e de tudo que estamos vivendo, como a falta de incentivos, redução de investimentos na área artística, um governo que é contra a cultura, etc…. ainda se produz muitos filmes e séries. E isso se dá porque temos uma vasta diversidade de ótimos profissionais espalhados por esse Brasil inteiro.

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Como você espera que Mirador chegue no espectador e de que maneira o filme pode tocá-lo?

Eu espero que Mirador chegue da melhor forma e possa ser acessado e assistido pelo máximo de pessoas possíveis; que o espectador possa ver e se identificar com a trama. Tenho certeza que muitas mulheres vão se identificar com a história do Maycon e Malu.

Para encerrar, como está sendo participar da Mostra Tiradentes? Como você avalia a repercussão do filme nessa edição on-line (que possibilita uma abrangência maior de público)?

Participar da mostra Tiradentes é sempre uma honra. Acho que essa é a terceira vez que estou participando e quero parabenizar a todos os envolvidos(as) nessa super produção que organizam tão bem essa grande janela que é a Mostra. E o feedback sobre o filme está incrível. Tenho recebido várias mensagens falando muito bem. E esse ano, já que a Mostra não está acontecendo presencialmente por conta da pandemia de Covid-19, teve um ponto positivo: mais pessoas estão tendo a oportunidade de assistir aos filmes em primeira mão, algo que normalmente levaria mais tempo.

Mirador fica disponível até às 23h59 do dia 30 de janeiro no site do festival. Clique aqui.

Entrevista e edição: Vitor Búrigo
Fotos: Ana Málaga/Divulgação.

13º Curta Canoa: conheça os vencedores

por: Cinevitor

curtacanoavencedoresAne Oliva e Wanderlândia Melo no curta alagoano A Barca, de Nilton Resende.

Foram anunciados nesta quinta-feira, 28/01, os vencedores da 13ª edição do Curta Canoa – Festival latino-americano de Cinema de Canoa Quebrada, em uma transmissão pelo canal do evento no YouTube.

Os vencedores foram agraciados com o Troféu Lua Estrela, confeccionado a partir de reaproveitamento florestal e tecido de algodão, em uma criação de Juan Carlos Bartolucci, Pedro Nogueira, Iara Bartolucci e Neurivania da Silva Nogueira, todos artesãos de Canoa Quebrada.

O festival concedeu Menção Honrosa pela Contribuição Cultural ao documentário Sacada – A Lenda, de Toninho Duarte, do Amapá. O filme, baseado em fatos reais, retrata a história da vida de Raimundo dos Santos Souza, homem que se tornou respeitado através do domínio na manipulação de plantas e ervas da Amazônia.

Uma Menção Honrosa pela Contribuição Histórica também foi entregue ao filme Fatinha, do cearense Alexandre Fleming Câmara Vale. O documentário conta a história de Maria da Silva, conhecida como Fatinha, natural de Canoa Quebrada. Ela foi adotada aos 14 anos por membros de uma equipe de produção francesa que filmava, em Majorlândia e Canoa Quebrada, o longa-metragem de ficção Operação Tumulto (Le Grabuge), de Edouart Luntz. Nos idos de 1967, Canoa ainda era uma praia longínqua e desconhecida. A história de Fatinha transformou-se na narrativa fundadora do processo de internacionalização de Canoa.

O Júri Oficial deste ano foi formado por: Estevan Silveira, diretor e produtor curitibano; Marcelo Ikeda, professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará; e Marilha Naccari, diretora do Congresso Brasileiro de Cinema.

Nesta edição, o Festival Curta Canoa teve pela primeira vez o prêmio de melhor filme pelo Júri da Crítica, que foi formado por Daniel Araújo, Diego Benevides e Thiago Cesar, todos membros da Aceccine, Associação Cearense de Críticos de Cinema. Rompendo a tradição de reconhecer apenas um filme entre tantos, o júri decidiu outorgar dois Prêmios da Crítica. A decisão foi tomada ao repensar a relação que se tem com as imagens em um período em que o estímulo imagético ultrapassa a própria compreensão do modo como nos relacionamos no mundo. É mais que um desafio individual do artista contemporâneo, é um ato político de reafirmação da subjetividade humana.

O festival aconteceu entre os dias 23 e 28 de janeiro, com programação totalmente on-line por conta da pandemia de Covid-19. Durante o evento, foram exibidas 24 produções entre ficções, documentários e experimentais de 14 estados.

Conheça os vencedores do 13º Curta Canoa:

MELHOR FILME
Contrastes – Impressões de Israel, de Jackson Abacatu (MG)

MELHOR DIREÇÃO
A Barca, por Nilton Resende

MELHOR ROTEIRO
O Malabarista, escrito por Iuri Moreno

MELHOR FOTOGRAFIA
Marie, por Petrus Cariry

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Tambor ou Bola, por Wilson Santos e Orquestra de Tambores

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Marie, por Isabela Stampanoni

MELHOR ATOR
Rômulo Braga, por Marie

MELHOR ATRIZ
Jennifer Vieira, por Terceiro Dia

MELHOR SOM
Contrastes – Impressões de Israel, por Jackson Abacatu

MELHOR MONTAGEM
Tambor ou Bola, por Glauber Xavier

MENÇÃO HONROSA | CONTRIBUIÇÃO CULTURAL
Sacada – A Lenda, de Toninho Duarte

MENÇÃO HONROSA | CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA
Fatinha, de Alexandre Fleming Câmara Vale

PRÊMIOS DA CRÍTICA
Introdução aos Estudos Oníricos, de Amanda Pontes
Pequenas Considerações Sobre o Espaço-Tempo, de Michelline Helena

Foto: Vanessa Mota.

O Cerco

por: Cinevitor

ocercoposter1Direção: Aurélio Aragão, Gustavo Bragança, Rafael Spínola

Elenco: Liliane Rovaris, Geovanna Lopes, Marco Lopes, Matheus Lopes, Alberto Moura Jr, Breno Nina, Aurélio Aragão, Gustavo Bragança, Rafael Spínola, Lobo Mauro, Fabricio Menicucci, Filipe Cretton, Iara Maria, Lindembergue Bragança, Lucas Nascimento, Lucas Santana, Doralice Maria, Valter Couto, Benjamim Aragão, Antonio Pedro Coutinho, Emanuel Aragão, Gabriel Pardal, Marina Provenzzano, Renato Linhares, Rossini Vianna Jr., Stella Rabello.

Ano: 2020

Sinopse: Ana está cercada. No apartamento debaixo, os fantasmas do passado e no terraço, os fantasmas do futuro. Mas ela resiste.

*Filme visto na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Oscar 2021: 93 países disputam o prêmio de melhor filme internacional

por: Cinevitor

barbarahectoroscar2021Brasil na disputa com Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou nesta quinta-feira, 28/01, a lista oficial com os filmes elegíveis que estão na disputa pela estatueta dourada de melhor filme internacional no Oscar 2021, categoria antes chamada de melhor filme estrangeiro.

Para esta 93ª edição, 93 países foram classificados, entre eles, Lesoto, Sudão e Suriname, candidatos pela primeira vez. No início deste ano, o Conselho de Governadores da Academia votou para expandir a lista de pré-selecionados de 10 para 15 filmes. Os membros da Academia, de todos os ramos, são convidados a participar da rodada preliminar de votação e devem atender a um requisito mínimo de visualização para serem elegíveis para votar na categoria. A lista com os 15 filmes escolhidos será anunciada no dia 9 de fevereiro. Desse grupo saem os cinco finalistas que serão revelados no dia 15 de março.

A cerimônia, que foi adiada por conta da pandemia de Covid-19, acontecerá no dia 25 de abril, em Los Angeles; o Brasil está na disputa com Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz. O longa, que traça um paralelo entre a arte e a doença do cineasta Hector Babenco, recebeu o prêmio de melhor documentário da mostra Venice Classics do Festival de Veneza do ano passado.

Vale lembrar que um longa-metragem internacional é definido como um longa-metragem (mais de 40 minutos) produzido fora dos Estados Unidos com uma faixa de diálogo predominantemente (mais de 50%) não falada em inglês.

E mais: o filme de Bárbara Paz também foi qualificado para concorrer na categoria de melhor documentário. Em comunicado oficial, a Academia divulgou que 238 longas-metragens foram inscritos para o prêmio, sendo assim, também podem se qualificar para outras categorias, incluindo melhor filme. A partir de agora, membros específicos do ramo documental votam para determinar a lista final. Outros seis títulos brasileiros também estão na disputa: Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil, de Carol Benjamin; Dentro da Minha Pele, de Toni Venturi e Val Gomes; Protocolo da Morte, de André Di Mauro; Libelu – Abaixo a Ditadura, de Diógenes Muniz; Meu Querido Supermercado, de Tali Yankelevich; e Narciso em Férias, de Renato Terra e Ricardo Calil.

Confira a lista completa com os 93 filmes estrangeiros candidatos ao Oscar 2021:

ÁFRICA DO SUL: Toorbos, de Rene van Rooyen
ALBÂNIA: Open Door (Derë e hapur), de Florenc Papas
ALEMANHA: Und morgen die ganze Welt (And Tomorrow the Entire World), de Julia von Heinz
ARÁBIA SAUDITA
: Sayidat Al Bahr (Scales), de Shahad Ameen
ARGENTINA: Los sonámbulos, de Paula Hernández
ARMÊNIA: Songs of Solomon, de Arman Nshanyan
ÁUSTRIA: Quando a Vida Acontece (Was wir wollten), de Ulrike Kofler
BANGLADESH: Sincerely Yours, Dhaka (Iti, Tomari Dhaka), de Tanvir Ahsan, Saleh Sobhan Auneem, Mir Mukarram Hossain, Golam Kibria, Abdullah Al Noor, Robiul Alam Robi, Krishnendu Chattopadhyay, Nuhash Humayun, Mahmudul Islam, Rahat Rahman e Syed Ahmed Shawki
BÉLGICA: Filles de joie (Working Girls), de Frédéric Fonteyne e Anne Paulicevich
BOLÍVIA: Chaco, de Diego Mondaca
BÓSNIA E HERZEGOVINA: Quo Vadis, Aida?, de Jasmila Zbanic
BRASIL: Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz
BULGÁRIA: Bashtata (The Father), de Kristina Grozeva e Petar Valchanov
CAMARÕES: The Fisherman’s Diary, de Enah Johnscot
CAMBOJA: Fathers, de Huy Yaleng
CANADÁ: 14 jours, 12 nuits, de Jean-Philippe Duval
CAZAQUISTÃO
: The Crying Steppe, de Marina Kunarova
CHILE: Agente Duplo (El Agente Topo), de Maite Alberdi
CHINA: Leap, de Peter Chan
COLÔMBIA: El olvido que seremos, de Fernando Trueba
COREIA DO SUL: The Man Standing Next (Namsanui bujangdeul), de Woo Min-ho
COSTA DO MARFIM: La nuit des rois (Night of the Kings), de Philippe Lacôte
COSTA RICA: Terra das Cinzas (Ceniza Negra), de Sofia Quiros
CROÁCIA: Dopunska Nastava (Extracurricular), de Ivan-Goran Vitez
CUBA: Buscando a Casal, de Jorge Luis Sánchez
DINAMARCA: Druk (Another Round), de Thomas Vinterberg
EQUADOR: Vacío, de Paúl Venegas
EGITO: When We’re Born, de Tamer Ezzat
ESLOVÁQUIA: The Auschwitz Report, de Peter Bebjak
ESLOVÊNIA: Histórias do Bosque de Castanhas (Zgodbe iz kostanjevih gozdov), de Gregor Božič
ESPANHA: A Trincheira Infinita (La trinchera infinita), de Aitor Arregi, Jon Garaño e Jose Mari Goenaga
ESTÔNIA: Viimeiset (The Last Ones), de Veiko Õunpuu
FILIPINAS: Mindanao, de Brillante Mendoza
FINLÂNDIA: Tove, de Zaida Bergroth
FRANÇA: Nós Duas (Deux), de Filippo Meneghetti
GEÓRGIA: Beginning, de Dea Kulumbegashvili
GRÉCIA: Mila (Apples), de Christos Nikou
GUATEMALALa llorona, de Jayro Bustamante
HONG KONG: Shaonian de ni (Better Days), de Derek Tsang
HOLANDA: Buladó, de Eché Janga
HONDURAS: Días de luz (Days of Light), de Gloria Carrión Fonseca, Julio López Fernández, Enrique Medrano, Mauro Borges Mora, Enrique Pérez Him e Sergio Ramírez 
HUNGRIA: Felkészülés meghatározatlan ideig tartó együttlétre (Preparations to Be Together for an Unknown Period of Time), de Lili Horvát
ÍNDIA: Jallikattu, de Lijo Jose Pellissery
INDONÉSIA: Perempuan Tanah Jahanam (Impetigore), de Joko Anwar
IRÃ: Crianças do Sol (Khorshid), de Majid Majidi
IRLANDA: Arracht, de Tom Sullivan
ISLÂNDIA: Agnes Joy, de Silja Hauksdóttir
ISRAEL: Asia, de Ruthy Pribar
ITÁLIA: Notturno, de Gianfranco Rosi
JAPÃO: Mães de Verdade (True Mothers), de Naomi Kawase
JORDÂNIA: 200 Meters, de Ameen Nayfeh
KOSOVO: Exil, de Visar Morina
LESOTOIsso Não é um Enterro, é uma Ressurreição (This Is Not a Burial, It’s a Resurrection), de Lemohang Jeremiah Mosese
LETÔNIA: Dveselu putenis (Blizzard of Souls), de Dzintars Dreibergs
LÍBANO: Broken Keys, de Jimmy Keyrouz
LITUÂNIA: Nova Lituania, de Karolis Kaupinis
LUXEMBURGO: Cuentos del río (River Tales), de Julie Schroell
MACEDÔNIA DO NORTE: Willow, de Milcho Manchevski
MALÁSIA: Roh, de Emir Ezwan
MARROCOS: O Santo Desconhecido (The Unknown Saint), de Alaa Eddine Aljem
MÉXICO: Ya no estoy aquí, de Fernando Frias
MONGÓLIA: As Veias do Mundo (Die Adern der Welt), de Byambasuren Davaa
MONTENEGRO: Grudi (Breasts), de Marija Perovic
NIGÉRIA: The Milkmaid, de Desmond Ovbiagele
NORUEGA: Håp (Hope), de Maria Sødahl
PALESTINA: Gaza mon amour, de Arab Nasser e Tarzan Nasser
PANAMÁ: Causa Justa, de Luis Franco Brantley e Luis Pacheco
PAQUISTÃO: Zindagi Tamasha (Circus of Life), de Sarmad Sultan Khoosat
PARAGUAI
: Matar a un Muerto, de Hugo Giménez
PERU: Canção Sem Nome (Canción sin nombre), de Melina León
POLÔNIA: Sniegu juz nigdy nie bedzie (Never Gonna Snow Again), de Malgorzata Szumowska e Michal Englert
PORTUGAL: Vitalina Varela, de Pedro Costa
QUÊNIA: The Letter (Barua), de Chris King e Maia Lekow
QUIRGUISTÃO: Running to the Sky, de Mirlan Abdykalykov
REPÚBLICA CHECA: O Charlatão (Charlatan), de Agnieszka Holland
REPÚBLICA DOMINICANA: Mis 500 locos, de Leticia Tonos
ROMÊNIA: Collective (Colectiv), de Alexander Nanau
RÚSSIA: Dorogie tovarishchi (Dear Comrades), de Andrey Konchalovskiy
SENEGAL: Nafi’s Father (Baamum Nafi), de Mamadou Dia
SÉRVIA: Dara in Jasenovac, de Predrag Antonijević
SINGAPURA: Estação das Chuvas, de Anthony Chen
SUDÃO: You Will Die at 20, de Amjad Abu Alala
SUÉCIA: Charter, de Amanda Kernell
SUÍÇA: Minha Irmã (Schwesterlein), de Stéphanie Chuat e Véronique Reymond
SURINAME: Wiren, de Ivan Tai-Apin
TAIWAN: Yangguang puzhao (A Sun), de Mong-Hong Chung
TAILÂNDIA: Happy Old Year, de Nawapol Thamrongrattanarit
TUNÍSIA: The Man Who Sold His Skin, de Kaouther Ben Hania
TURQUIA: Milagre na Cela 7, de Mehmet Ada Öztekin
UCRÂNIA: Atlantis (Атлантида), de Valentyn Vasyanovych
URUGUAI: Alelí, de Leticia Jorge
VENEZUELA: Era Uma Vez na Venezuela (Once Upon a Time in Venezuela), de Anabel Rodriguez Rios
VIETNÃ: Dreamy Eyes, de Victor Vu

Foto: Divulgação.

Entrevista: Julia Katharine fala sobre Won’t You Come Out to Play?, curta exibido na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor

juliakatharinetiradentes2021Cineasta, roteirista e atriz: destaque em Tiradentes.

Em 2018, Julia Katharine recebeu o Prêmio Helena Ignez de destaque feminino na Mostra de Cinema de Tiradentes por seu trabalho no longa Lembro Mais dos Corvos, de Gustavo Vinagre. No ano seguinte, exibiu seu primeiro curta-metragem como diretora, Tea for Two, na Mostra Foco. Na edição do ano passado, ministrou a oficina Roteiro Colaborativo, ao lado de Thais de Almeida Prado, com destaque na criação de um roteiro ficcional colaborativo.

Agora, nesta 24ª edição, participa com Won’t You Come Out to Play? na Mostra Panorama, que apresenta um conjunto amplo e diversificado da produção de curtas-metragens realizados em 2020. Propostas experimentais, construções ficcionais e olhares documentais são lançados por realizadores de diferentes territórios do país.

Em entrevista ao CINEVITOR, a cineasta falou sobre a edição de 2021 da Mostra Tiradentes: “Ter sido selecionada mais uma vez, e em um ano tão atípico, com a mostra acontecendo on-line e não presencialmente, foi um presente, não só pra mim, como para todos os envolvidos no filme. Ficamos felizes demais e queríamos estar todos juntos no Cine Tenda celebrando a nossa arte. A importância de estar na Mostra é ter a chance de levar o filme para um público maior, já que estamos on-line e, mais uma vez, um estímulo para que eu siga fazendo filmes, contando histórias e o melhor, trabalhando com pessoas que eu admiro e tenho profundo amor”.

O filme também fez parte do Sesc Cultura ConVIDA! no programa Curtas de Quarentena, no qual cineastas se inspiraram no período de isolamento social para produzir seus filmes. Escrito e dirigido por Julia, o curta começa em um dia ensolarado de quarentena, no meio de uma pandemia mundial, quando Vanessa e Virgínia fazem escolhas para suas vidas.

tunafilmejuliaSet virtual: a atriz Tuna Dwek em cena.

Para a realização do curta, os atores captaram as imagens em seus celulares e/ou computadores, sem contato presencial com a equipe. Filmado durante a quarentena, por conta da pandemia de Covid-19, entre julho e outubro de 2020, o filme conta com Claudia Campolina, Tuna Dwek, Carlos Eduardo Valente, Bruno Perillo e Julia Katharine no elenco.

Sobre filmar à distância, Julia revelou: “Foi muito difícil dirigir remotamente porque um dos meus maiores prazeres em fazer cinema é a reunião que acontece. Ensaio, leitura de texto, conversa fiada pra nos aproximarmos mais; tudo isso me inspira e eu amo vê-los atuar estando junto, próxima sabe?! Cada um filmou suas cenas pelo celular, seguindo indicações minhas e todos estavam empolgados. Tivemos só uma reunião via Zoom e foi lindo. A Claudia Campolina e o João Marcos de Almeida, que é o montador do filme, foram os que mais me ajudaram a lidar com essa falta que senti do presencial. Conversamos muito e eles foram parceiros incríveis nessa quarentena, só tenho gratidão. Espero que o próximo seja presencial e que eu possa desfrutar da companhia de todos. Espero tê-los no elenco do meu próximo filme”.

A diretora também falou sobre o elenco: “Eu sempre escolho meus atores enquanto escrevo o roteiro. Eu tinha claro que a Claudia seria a Virgínia, o Carlos Eduardo, o pai e a Tuna, a Celina, a mãe. Só o personagem do Bruno Perillo que eu não sabia quem chamar e a Claudia trouxe ele para o filme e foi muito bom. Eu amei o Bruno de cara, já tinha visto ele na TV antes e gostado, tínhamos um outro personagem que caiu, que foi desenvolvido para o Dennis Teixeira, um ator que eu adoro e um amigo querido. Eu amo trabalhar com quem tenho afinidades e afeto. Tudo flui melhor e mais fácil. Sou grata por todos eles terem acreditado na história que eu queria contar”.

filmejulia2tiradentesClaudia Campolina em cena.

Do elenco, a atriz Tuna Dwek, que na edição passada de Tiradentes participou com o curta Estamos Todos na Sarjeta, Mas Alguns de Nós Olham as Estrelas, de João Marcos de Almeida e Sergio Silva, falou sobre o carinho que tem pelo evento: “Pra mim, é um festival muito afetuoso que não tem preconceito e abraça o cinema independente com muito respeito e critério, que é o que a gente busca. Tiradentes amplia o universo da exibição dando acesso a todos, estimula encontros e, a partir disso, nascem outros filmes. É um festival que dá muitos frutos”, disse ao CINEVITOR.

Julia Katharine falou também sobre o processo de criação do filme na quarentena: “A ideia do curta surgiu de uma vontade antiga de falar sobre uma família disfuncional, que não sabe lidar com o fato de que entre eles existe uma pessoa trans. E também pelo fato de que eu precisava falar sobre luto, sobre perda. Ano passado perdi algumas amigas pela Covid-19 e fui muito afetada emocionalmente pela quarentena”.

Sobre a repercussão virtual de Won’t You Come Out to Play? em Tiradentes, Julia destacou: “Tenho recebido mensagens muito carinhosas com apontamentos muito distintos e isso me deixa muito feliz. Sinto que o filme tocou muita gente e mesmo aqueles que não gostaram me escrevem dizendo e eu amo muito tudo o que eles trazem, pois me faz pensar e me faz querer ser melhor no meu ofício, digo, nos meus ofícios, pois eu atuo, roteirizo e dirijo meus filmes, exceto o ‘This is not Dancin Days’, que fiz para a Gilda Nomacce e só para ela. Estou bem feliz e tenho certeza de que todo o elenco e o meu montador maravilhoso João Marcos de Almeida também estão”.

O curta fica disponível até às 23h59 do dia 30 de janeiro no site do festival. Clique aqui.

Fotos: Leo Lara/Universo Produção/Divulgação.

Conheça os indicados ao 32º GLAAD Media Awards; Alice Júnior e Pabllo Vittar estão na disputa

por: Cinevitor

alicejuniorGLAADBrasil na disputa: Anne Celestino Mota e Emmanuel Rosset em Alice Júnior.

A GLAAD, Gay & Lesbian Alliance Against Defamation, é uma ONG americana que monitora publicações relacionadas ao público LGBTQIA+ na mídia. Foi fundada em novembro de 1985 por jornalistas e escritores em resposta à uma cobertura sensacionalista do New York Post sobre a epidemia da AIDS.

Desde 1990 realiza uma premiação, conhecida como GLAAD Media Awards, que reconhece e homenageia os meios de comunicação e artistas por suas representações justas, precisas e inclusivas da comunidade LGBTQIA+ e os problemas que afetam sua vidas. O evento já se tornou a premiação anual LGBTQ mais visível do mundo, com mensagens poderosas de aceitação para o público global.

Para sua 32ª edição, o anúncio dos indicados foi realizado em uma transmissão ao vivo na conta da GLAAD no TikTok. A apresentação contou com a atriz Josie Totah, com a drag queen Shangela e com o ator Jonathan Bennett. Os vencedores serão anunciados durante uma cerimônia virtual programada para abril de 2021.

Os homenageados de 2020, anunciadas anteriormente, serão honrados em uma data separada: a cantora Taylor Swift receberá o Vanguard Award; a escritora, ativista de direitos de transgêneros e apresentadora de TV, Janet Mock ganhará o Stephen F. Kolzak Award; o produtor Ryan Murphy receberá o Vito Russo Award; e a atriz Judith Light ganhará o Excellence in Media Award.

O GLAAD também restabeleceu o Prêmio Barbara Gittings de Excelência em Mídia LGBTQ, que homenageia um indivíduo, grupo ou meio de comunicação comunitário pioneiro que tenha feito uma contribuição significativa para o desenvolvimento da mídia LGBTQIA+. O homenageado deste ano é o jornal Windy City Times, pioneira publicação de notícias LGBTQ de Chicago, criada em 1985 por Jeff McCourt, Bob Bearden, Drew Badanish e Tracy Baim.

Neste ano, vale destacar a presença do brasileiro Alice Júnior, de Gil Baroni na disputa. Na trama, Alice Júnior é uma youtuber trans cercada de liberdades e mimos. Depois de se mudar com o pai para uma pequena cidade onde a escola parece ter parado no tempo, a jovem precisa sobreviver ao ensino médio e ao preconceito para conquistar seu maior desejo: dar o primeiro beijo.

O premiado longa, protagonizado por Anne Celestino Mota, fala sobre a adolescência, suas inquietações, seus sonhos e retrata a escola como um ambiente de ensino indispensável, mas que muitas vezes pode ser opressor. O diretor Gil Baroni, o roteirista e criador da ideia original Luiz Bertazzo e o corroteirista Adriel Nizer Silva, desenvolveram a história ao longo de um ano e meio.

Outra nome brasileiro que chama atenção na lista é da cantora Pabllo Vittar, que aparece na categoria de Melhor Artista Musical com o álbum 111. A drag queen brasileira já foi consagrada por veículos internacionais importantes, como Forbes, The New York Times e The Guardian.

Conheça os indicados ao 32º GLAAD Media Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | LANÇAMENTO AMPLO
A Festa de Formatura
A Voz Suprema do Blues
Alguém Avisa?
Jovens Bruxas: Nova Irmandade
The Old Guard

MELHOR FILME | LANÇAMENTO LIMITADO
Ammonite
E Então Nós Dançamos
I Carry You With Me
Kajillionaire
Lingua Franca
Monsoon
Rosa e Momo
The Boys in the Band
The True Adventures of Wolfboy
Você Nem Imagina

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Atrás da Estante
Equal
For They Know Not What They Do
Howard: Sons de um Gênio
Ligue Djá: O Lendário Walter Mercado
Revelação
Scream, Queen: My Nightmare on Elm Street
Visible: Out on Television
We Are The Radical Monarchs
Welcome to Chechnya

MELHOR FILME PARA TV/STREAMING
Alice Júnior
Dashing in December
La Leyenda Negra
Má Educação
Seu Nome Gravado em Mim
The Christmas House
The Christmas Setup
The Thing About Harry
Tio Frank
Unpregnant

Foto: Divulgação/Olhar Distribuição.

24ª Mostra de Cinema de Tiradentes: cineastas falam sobre curtas-metragens e repercussão on-line

por: Cinevitor

enterradonoquintaltiradentesIsabela Catão em Enterrado no Quintal, de Diego Bauer.

Com a temática Vertentes da Criação, a 24ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes segue sua programação até o dia 30 de janeiro em formato on-line e gratuito. A seleção deste ano traz 114 filmes, entre longas e curtas-metragens, de 19 estados brasileiros, e reúne o que há de mais recente na cinematografia brasileira contemporânea apresentando a diversidade e a pujança criativa do setor, mesmo em cenário adverso da pandemia de Covid-19 e de dificuldades financeiras para os profissionais da área nos últimos dois anos.

Neste ano, o evento que abre o calendário audiovisual brasileiro selecionou 79 curtas-metragens para as diferentes sessões que anualmente atraem centenas de espectadores interessados em conhecer os rumos do formato na produção brasileira. A curadoria, composta por Camila Vieira, Tatiana Carvalho Costa e Felipe André Silva, recebeu 748 inscrições, de onde foram definidos os títulos, distribuídos nas mostras Foco, Panorama, Foco Minas, Temática, Praça, Formação, Jovem e Mostrinha.

Os estados de Minas Gerais e São Paulo aparecem com maior quantidade de trabalhos na seleção, com 16 filmes cada. Há ainda produções de Alagoas (1), Amazonas (4), Bahia (4), Ceará (4), Brasília (2), Espírito Santo (2), Goiás (1), Mato Grosso (1), Pará (2), Paraíba (2), Paraná (5), Pernambuco (3), Rio de Janeiro (8), Rio Grande do Norte (1), Rio Grande do Sul (6), Santa Catarina (2) e Sergipe (2).

Em entrevista ao CINEVITOR, Felipe André Silva, que estreia na equipe de curadoria de curtas, falou sobre o processo de seleção: “Foi bastante intenso. Pelo menos pra mim, que cheguei já com as engrenagens rodando. Tivemos cerca de um mês e meio para visionar, discutir e estabelecer as grades, tudo isso respeitando o diálogo com o tema geral da Mostra, que também foi descoberto dentro do processo. Talvez seja essa a principal diferença do trabalho realizado aqui para aquela curadoria que eu fazia no Janela Internacional de Cinema do Recife, por exemplo. Em Tiradentes, a temática precisa realmente ser lida como o fio condutor da seleção e das discussões, então, é muito importante entender o que os filmes podem oferecer para esse debate. Felizmente, Vertentes da Criação é um tema que abre uma gama enorme de possibilidades de enfrentamento e discussão. Então, nosso trabalho ficou um pouco mais divertido nesse sentido, na busca por compor esse quebra cabeças”.

O cineasta, que exibiu o curta Cinema Contemporâneo no ano passado em Tiradentes, falou também sobre o convite para a curadoria: “Minha primeira participação de fato na Mostra foi em 2020, quando tive a felicidade de entrar na seleção da mostra Foco com um curta. Por isso me pegou muito de surpresa o convite feito pela produção para que eu me juntasse ao time de curadores, sobretudo porque meu nome nunca foi necessariamente associado a esse trabalho, e também porque, assim eu acreditava, essa função estava muito mais ligada a pesquisadores e acadêmicos de cinema, pelo menos em Tiradentes. Acredito que o Francis [Vogner dos Reis, coordenador curatorial da Mostra] queria justamente isso, adicionar um componente cuja visão e construção de pensamento não estava necessariamente ligado a academia (não que isso seja um problema, obviamente); alguém com um viés mais puramente cinéfilo, por assim dizer. Mas recebi a tarefa com muita alegria, obviamente”.

juliawontfilmetiradentesClaudia Campolina em Won’t You Come Out to Play?, de Julia Katharine.

Pelos dados de etnia/raça autodeclarados pelos realizadores de curtas-metragens, foram 403 brancos/caucasianos, 124 negros, 75 pardos, 9 asiáticos, 5 indígenas, 1 afroindígena e 1 não-branco. Nos dados de identidade de gênero, também autodeclarados, constam entre os inscritos 308 homens brancos cisgênero, 252 mulheres cis, 1 travesti, 1 travesti não-binário, 3 homens transgêneros, 5 mulheres transgêneros e 15 não-binários. Considerando os 79 curtas-metragens selecionados, os dados de raça e gênero de realizadores são de 8 mulheres cis negras, 2 mulheres cis pardas, 26 mulheres cis brancas, 1 mulher cis indígena, 1 mulher trans amarela, 1 travesti negra, 10 homens cis negros, 1 homem cis pardo, 21 homens cis brancos, 1 homem trans branco, 2 não-binários brancos e 1 não-binário negro.

Por conta das exibições virtuais, os curtas-metragens, que sempre se destacaram no evento, dessa vez ganharam uma abrangência ainda maior. Para Diego Bauer, cineasta manauara, que fez sua estreia em Tiradentes em 2018 com o curta Obeso Mórbido, é uma alegria ver seu novo trabalho, Enterrado no Quintal, na seleção da Mostra Panorama deste ano: “A repercussão tem sido incrível. É um sentimento de que aos poucos vamos encontrando maneiras particulares de investir em uma linha de cinema. É muito recompensador quando um festival como Tiradentes acredita e investe numa maneira de dar visibilidade ao seu trabalho”.

Sobre o formato on-line, Bauer comentou: “Eu nunca nem cheguei perto de viver uma discussão como estou tendo agora com Enterrado no Quintal nesta edição de Tiradentes. Toda hora chega mensagem e alguns comentários, coisas realmente espontâneas. Vou pesquisando no Twitter e aparecem pessoas comentando sobre o filme e, com isso, percebemos o quanto Tiradentes tem um alcance incrível. Realmente o Brasil inteiro está de olho no festival. A edição on-line atraiu gente que sempre quis participar e nunca teve como. Acho que gerou um alcance incrível e a repercussão tem sido muito boa”.

olhostristestiradentesDaniel Veiga em Você Tem Olhos Tristes, de Diogo Leite.

Com ficções leves para assistir em família, narrativas divertidas para curtir e documentários com questões sociais importantes, a Mostra Praça apresenta produções diversificadas que apelam para uma relação mais direta com um público mais amplo. Nesta edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, 13 curtas-metragens aparecem distribuídos em três sessões, entre eles, Você Tem Olhos Tristes, de Diogo Leite. No filme, Luan, interpretado por Daniel Veiga, trabalha como bikeboy de aplicativo e enfrenta dilemas e preconceitos na sua jornada diária de entregas em uma cidade grande.

O diretor falou sobre a importância de ser selecionado para o evento: “É um dos maiores festivais do Brasil e é a segunda exibição de Você Tem Olhos Tristes em um festival; a estreia foi no Festival de Gramado ano passado. Necessário lembrar que é a primeira vez que tenho um filme exibido em Tiradentes. Sempre me falaram muito bem do festival, o ambiente, os debates e as trocas pelas ruas da cidade. Muito feliz por estar participando”. Diogo também falou sobre a repercussão virtual: “Você faz um post nas redes sociais convidando as pessoas a assistir on-line, pouco depois elas estão discutindo o filme. De alguma maneira, os debates ou trocas têm sido democratizados por pessoas que às vezes não são frequentadores de festivais de cinema. É uma experiência bem legal e enriquecedora de acompanhar de como reverbera o filme em cada pessoa”.

Ainda na Mostra Praça, o curta potiguar Casa com Parede, de Dênia Cruz, registra a história de luta de mulheres, homens e crianças do assentamento 8 de Março, criado em 2013. Considerada a 12ª ocupação urbana de Natal, no Rio Grande do Norte, o território foi destruído por um incêndio em 2017. “Ter nosso filmes circulando é uma alegria, pois, é chegar nas pessoas e é para isso que contamos histórias. E claro que estar em festivais é muito importante e a Mostra Tiradentes é uma referência, um dos festivais mais reconhecidos do país. Ter nosso documentário na seleção é um misto de alegria, honra e responsabilidade”.

Dênia também comentou: “A pandemia nos fez repensar muitas coisas e nós, que fazemos arte, mais ainda. Tudo é uma adaptação. As edições virtuais de festivais trouxeram uma oportunidade singular, que é o acesso a múltiplos territórios, pois podemos chegar a um número imensamente maior de público e isso é muito positivo. Porém, o não presencial nos tirou a oportunidade do contato direto com o público, do network, do conhecer os lugares, enfim, adaptações. Agora, ter nosso filme numa edição histórica como essa, é um privilégio também. E a repercussão é muito positiva”.

casaparedetiradentesCena do curta potiguar Casa com Parede, de Dênia Cruz.

Dedicadas ao público infantil e juvenil da Mostra de Cinema de Tiradentes, as sessões Mostrinha e Jovem apresentam narrativas ficcionais nos formatos de animação e live-action. Para as crianças, cinco curtas trazem histórias lúdicas e educativas. Para os jovens, três curtas narram dramas com personagens em processo de amadurecimento para a vida adulta. De Brasília, a ficção Foguete, de Pedro Henrique Chaves, conta a história de um pai que leva seu filho para brincar em uma praça com um foguete, em que outras crianças se divertem. O brinquedo foi colocado na praça há muito tempo e o pai se recorda de quando ele mesmo era pequeno e também gostava de brincar ali.

O diretor falou sobre a participação do curta no evento mineiro: “Estou feliz demais com o caminho que o filme está trilhando em festivais, mas estar em Tiradentes é mais que especial. O festival é uma grande vitrine do cinema brasileiro e ter um filme selecionado ao lado de obras de outros grandes artistas abre novas oportunidades. Estar em Tiradentes, acima de tudo, é um passo importante para o início da minha carreira. Foguete é o meu segundo curta, que dirigi aos 17 anos, e de lá para cá tenho aprendido lições importantes. Ter esse espaço no festival me mantém animado para seguir contando histórias. E agradeço a curadoria da Mostra por estar de olho em novos cineastas. Isso significa muito”.

Pedro também destacou a importância da edição on-line: “Mesmo contando uma história tão brasiliense, fico feliz que Foguete tenha conversado com outros públicos. Apesar de não acontecer presencialmente, a conexão com o público é a melhor possível e a Mostra de Tiradentes manteve seu acolhimento e a grandeza das exibições e debates. O que a Mostra tem feito para o cinema brasileiro, em tempos tão difíceis, é fundamental para seguirmos resistindo. Agora vamos aproveitar essa possibilidade que o virtual nos traz, de seguirmos conectados, e levar essas histórias para diferentes lugares alcançando um público ainda maior. E ano que vem, com todos vacinados, estaremos juntos”.

foguetetiradentesPietro Barbosa e Marcelo Pelucio em Foguete, de Pedro Henrique Chaves.

Em 2018, Julia Katharine recebeu o Prêmio Helena Ignez de destaque feminino por seu trabalho no longa Lembro Mais dos Corvos, de Gustavo Vinagre. No ano seguinte, exibiu seu primeiro curta como diretora, Tea for Two, na Mostra Foco. Agora, participa com Won’t You Come Out to Play? na Mostra Panorama, que apresenta um conjunto amplo e diversificado da produção de curtas-metragens realizados em 2020. Propostas experimentais, construções ficcionais e olhares documentais são lançados por realizadores de diferentes territórios do país. A cineasta, atriz e roteirista falou sobre a edição de 2021: “A importância de estar na Mostra é ter a chance de levar o filme para um público maior, já que estamos on-line e, mais uma vez, um estímulo para que eu siga fazendo filmes, contando histórias e o melhor, trabalhando com pessoas que eu admiro e tenho profundo amor”. Clique aqui e leia a entrevista completa com Julia Katharine.

O cineasta mineiro Marco Antônio Pereira, que já participou da Mostra Tiradentes algumas vezes, exibe nesta edição o curta-metragem 4 Bilhões de Infinitos na Mostra Foco, cujos filmes são avaliados pelo Júri Oficial e destaca distopias cotidianas e figurações de um pós-mundo. “Exibi A Retirada para um Coração Bruto em 2018, quando ganhamos o prêmio do Júri Popular. Depois, em 2019, voltamos com Teoria sobre um Planeta Estranho. E agora chegamos com 4 Bilhões de Infinitos. Estar numa seleção de Tiradentes significa muito para nós, pois é o maior festival do nosso estado e um dos maiores do Brasil. Essa janela oferecida pelo festival legitima muito nosso trabalho”, disse. E completou: “O filme está tendo uma ótima repercussão. Muitas pessoas me mandam mensagem; alguns amando, outros odiando. Mas, o que é inegável é o grande alcance que o filme está tendo agora disponibilizado diretamente na internet. Muitas pessoas na minha cidade [Cordisburgo] estão acompanhando o festival. É a primeira vez que isso acontece”.

4bilhoesinfinitostiradentes2Cena do curta mineiro 4 Bilhões de Infinitos, de Marco Antônio Pereira.

Consagrado em diversos festivais, O Jardim Fantástico, de Fábio Baldo e Tico Dias, é outro destaque da Mostra Panorama. No filme, uma professora utiliza Ayahuasca com seus alunos e vê as crianças se conectarem com os poderes ancestrais da floresta. “A Mostra de Cinema de Tiradentes teve um papel fundamental ao longa da minha trajetória como realizador de filmes. Foi o primeiro grande festival brasileiro a olhar com carinho para os meus primeiros curtas que carregavam uma experimentação forte e tinham narrativas mais arriscadas. Caos (2010) foi exibido na Mostra Foco nesse mesmo ano depois de ter sido rejeitado por inúmeros festivais brasileiros. Foi Tiradentes que me deu certeza que eu deveria continuar experimentando cada vez mais nos meus próximos projetos”, disse Fábio Baldo.

O diretor também comentou sobre a repercussão das exibições virtuais: “É interessante esse universo das exibições on-line. O Jardim Fantástico já era um curta que tinha participado de inúmeros festivais on-line ao longo de 2020 e alcançou um público muito grande. Não imaginei que ele ainda pudesse ter repercussão. Mas, ao longo dessa semana, comecei a receber inúmeras mensagens de novas pessoas que ainda não tinham tido contato com o curta, além de críticos que tiraram um tempo para escrever sobre ele. Uma ferramenta interessante pra medir a recepção do público e a quantidade de pessoas que estão vendo seu filme é o Letterboxd. Desde que o festival começou, o filme teve quase cem novas logagens. Achei impressionante o alcance”.

ojardimfantasticokinoforumCurta paulista O Jardim Fantástico, de Fábio Baldo e Tico Dias.

Dirigido por Drica Czech e Laís Catalano Aranha, Fora de Época mostra Renata, lésbica com familiares conservadores, que acaba de votar no segundo turno das eleições presidenciais de 2018. Ansiosa e abalada psicologicamente, ela pede para que os amigos a avisem sobre o resultado e foge para um sítio da família. Sentindo-se deslocada e sem conseguir dormir, entra na casa velha onde sua mãe decidiu passar os últimos dias de vida isolada. Ao limpar o local, Renata encontra um livro que muda sua visão sobre sua mãe e sua própria história, fazendo-a tomar uma decisão sobre como deverá seguir sua vida a partir de agora.

Sobre participar do evento, Laís Catalano Aranha destacou: “Ter nosso filme selecionado para a Mostra de Cinema de Tiradentes é muito importante, já que este é um dos maiores eventos do cinema nacional, e que abre o calendário audiovisual no país. Esta seleção é um marcador pra gente, porque estamos entre realizadores que admiramos”. Drica Czech completou: “Além disso, é importante que um filme independente, com enfoque na questão do apagamento de histórias de mulheres lésbicas e bissexuais, consiga ocupar um espaço de grande visibilidade como este”.

As diretoras também falaram sobre o formato virtual: “Ao mesmo tempo que perdemos uma das partes mais bacanas de um festival, que é compartilhar uma sala de cinema e trocar impressões com outras pessoas ali, ao vivo, esta edição atípica traz uma oportunidade de levar nosso filme a mais pessoas”, disse Laís. “Tivemos retorno de pessoas de várias regiões do Brasil e com perfis bem diversos, expandindo o alcance que o curta teria caso a Mostra fosse presencial. Além disso, por ser uma edição on-line, o compartilhamento do filme em redes sociais acaba permitindo que ele chegue a pessoas que provavelmente não teriam acesso ou mesmo conhecimento deste trabalho”, completou Drica.

foradeepocatiradentesDrica Czech no curta Fora de Época.

O curta paraibano A Pontualidade dos Tubarões, de Raysa Prado, recentemente premiado no Fest Aruanda e no Comunicurtas, parte de uma alusão à literatura de Gabriel García Márquez para fabular sobre um jovem que sobrevive de pequenos bicos e aguarda ligações telefônicas em seu apartamento. “Tiradentes, na minha opinião, é um dos, se não o maior, festival de cinema brasileiro e ver A Pontualidade dos Tubarões selecionado para a 24ª edição me surpreendeu e me deixou muito feliz. É mais uma forma de dizer e ouvir que esse trabalho tão carinhoso e cuidadoso, criado coletivamente, valeu e vale a pena, mesmo com todas as dificuldades de se produzir cinema independente no atual cenário brasileiro”, disse a diretora.

Raysa também destacou a abrangência virtual do filme: “Tem sido muito bonito receber retornos de pessoas que até então eu não conhecia. Perceber que o filme se torna de quem assiste para além da criação minha e de Joseph e também de quem já nos conhecia. É potencializador ver o que o cinema é capaz de fazer para além de análises do filme. As pessoas, quando se sentem provocadas, compartilham experiências pessoais, lembram de alguma coisa que viveram, de alguma vez que se sentiram como João ou até mesmo da saudade que surge na quarentena de ver o mar. Tudo isso reafirma que o filme se torna outro quando é visto. Eu quero muito que A Pontualidade dos Tubarões seja visto por mais e mais pessoas e adquira mais significados. Claro que a vontade de estar em Tiradentes, presencialmente, sem pandemia, é o primeiro sentimento que vem, mas acho que o formato virtual também tem suas potencialidades que são interessantes de serem exploradas”.

tubaroestiradentesJoseph Anderson em A Pontualidade dos Tubarões.

O curador Felipe André Silva fez um balanço geral sobre a qualidade das obras inscritas para esta edição e falou também sobre o processo criativo dos realizadores e do cinema contemporâneo brasileiro: “É claro que o cinema brasileiro é maior do que essa porção que se inscreve em Tiradentes anualmente, mas é muito interessante perceber que temas e motivos chamaram mais a atenção dos realizadores no último ano. Nesse ano, em específico, eu acredito que rolou a tendência algo triste e coercitiva dos tais ‘filmes de pandemia’, quase que invariavelmente filmes solitários, confinados, ensimesmados e tristes, reflexos muito claros e pouco imaginativos do estado de coisas no nosso país e no mundo. Mas acho difícil usar isso, por exemplo, para dizer que a nossa produção está melhor ou pior. Os filmes da seleção que usam a chave da pandemia por exemplo, para apontar outros caminhos são muito interessantes, e o processo de artesania deles é que talvez seja o importante de se observar, porque deve ser um dos caminhos possíveis”.

Para finalizar, Felipe também destacou o formato on-line desta edição: “Tem sido uma experiência muito interessante, e inédita, receber comentários tão imediatos sobre a seleção, as composições de sessão, a resposta física que esses filmes tem gerado nas pessoas. Talvez já seja uma discussão cansada, mas é muito importante pensar o que vai sobrar para o virtual quando os festivais presenciais retornarem, pois vivemos alguns momentos muito fortes e interessantes de diálogo no nosso nicho em 2020, possibilitados pela democratização desses eventos. Espero que seja uma ideia ainda possível no futuro”.

A 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes acontece até o dia 30 de janeiro. Os filmes estão disponíveis no site do evento. Clique aqui e saiba mais.

Entrevistas e edição: Vitor Búrigo
Fotos: Divulgação, Larissa Martins (Enterrado no Quintal), Paola Resende (Foguete), Allis Bezerra (O Jardim Fantástico).

Dente por Dente

por: Cinevitor

dentepordenteposterDireção: Júlio Taubkin e Pedro Arantes

Elenco: Juliano Cazarré, Paolla Oliveira, Aderbal Freire Filho, Renata Sorrah, Juliana Gerais, Paula Cohen, Phillip Lavra, Bruno Bellarmino, Paulo Tiefenthaler, Adriano Barroso, Digão Ribeiro, Domênica Dias, Ana Flávia Cavalcanti, Ana Hartmann, Cesar Gouvêa, Luiz Mazzei, Eduardo Semerjian, Herculano Almeida, Ederson Almeida, José Geraldo Junior, Ana Junqueira, Brenda Ligia, Chico Santos.

Ano: 2021

Sinopse: Ademar é sócio de uma empresa de segurança particular que presta serviço para uma grande construtora de São Paulo. Quando seu sócio Teixeira desaparece, ele começa uma investigação e, junto com Joana, mulher de Teixeira, percebe que o amigo estava envolvido em um esquema criminoso. A incansável busca de Ademar pela verdade é marcada por sonhos premonitórios assustadores.

*Clique aqui e assista ao programa especial sobre o filme com entrevista com o protagonista Juliano Cazarré

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

A Mesma Parte de um Homem

por: Cinevitor

mesmapartedehomemposter1Direção: Ana Johann

Elenco: Clarissa Kiste, Laís Cristina, Irandhir Santos, Otávio Linhares, Zeca Cenovicz, Hélio Barbosa, Richard Rabelo, Lidio Ramalho, Luigi (Israel).

Ano: 2021

Sinopse: Renata vive isolada no interior com sua filha adolescente e seu marido, compreendendo o medo como um sentimento comum. A chegada de um desconhecido desperta nela o desejo por tudo o que estava adormecido.

*Filme visto na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Rosa Tirana

por: Cinevitor

Direção: Rogério Sagui

Elenco: Kiarah Rocha, José Dumont, Stela de Jesus, Rogério Leandro, Carlos White, Yan Quadros, Jocimário Kannário, Mufula, Eliene D´Goió, Sindy Rodrigues, Maria Flor, Lucas Leite, Gilson Rodrigues, Tina Dias, Nilzinha das Veredas, Alan Martins, Shaw Costa, Lourdes Santana, Euleni Meira, Vitalha Dias, Adelza Quirino, Tim Borges, Léia Porto, Rafael Carvalho, Simone Ferreira, Iuri Farias, Lany Fernandes, Vicente Fernandes, Kaio Paixão, Nicole Brito, Maria Clara, Natielly Leal, Priscila Silva, Samira Rocha, Naiane Costa, Kethelin Oliveira, Amanda Evelyn, Luis Felipe, Pedro Luiz, Eloah Sofia, Tiago Pereira, Nicoly Santos, Giovana Terezinha, Lype Souza, Wesley Santos, Ana Claudia, Keisy Sousa, Thaila Barreto, Rodrigo de Araújo, Adriana Barreto, Léo, Raissa, Mônica Freitas, Pedro Lucas, Sindy Rodrigues, João Machado, André Machado, Dona Vilma, Dona Sinha, Zé do Pandeiro, Ana Júlia Dias, Jorge Domingos (Gil), Maria Santos, Marcelo Silva, Adriana Moreira, Maria Eduarda Silva, Anna Clara Silva, Rei do Zinco, Macto Kleiton, Val Cunha, Cleide Jane Sousa, Jéssica Silva, Elisângela Limeira, Vitor Limeira, Neide Santana, Tony Soares, Marcinho Chaves, Mary Nascimento, Edna Rocha, Eliene Nascimento, Elivelton Nascimento, Laisa Costa, Kauane Brito, Kleber Queiroz, Sandra Rocha, Seu Otácilio, Lany Fernandes, Vicente Fernandes, Juarez Oliveira, Glauber Sá, Marcos Rocha, Olavo Luz, Júlia Leticia, Seu Antônio, Leandro Silva, Hiale Silva, Marcia Gomes, Maria Lúcia, Ana Julia Rocha, Nádia Azevedo, Carolina Amorim, Monique Silveira, Rayne Reis, Rone Fagundes, Isis Oliveira, Bárbara Luiza, Verônica dos Santos, João Soroba, Valdivio, Mirai Rocha, João Dias, Miguel Araújo, Ângela Rodrigues, Rogério Sagui, Cleide Jane, Jocira Nascimento, Michele Freire, Erene Curvelo, Luciclesia Castro, Camile Victoria, Julia Ramos Castro, Maria Eduarda, Luis Fabiano Almeida, Aline Santana, Kaio Paixão, Edu Novais, Thiago Bennet, Fabricia Freitas, Soraia de Jesus, Vinícius Meira, Bruna Gadelha, Wesley Berdinaze, Henrique Siqueira, Regiane Moreno, Andrey Santos, Samira Santos, Vitória Santos, Lalume Carvalho, Geovane Pimentel, Yara Alves, Maria Iris, Jeferson Trindade, José Venâncio, Lucas dos Santos.

Ano: 2020

Sinopse: Em uma terra banhada de sol, durante a maior seca que o sertão nordestino já viveu, a menina Rosa mergulha em uma longa travessia pela caatinga árida e fantasiosa em busca de um encontro com Nossa Senhora Imaculada, a rainha do sertão. Com um tom perspicaz, a trama é envolvida por um amalgama de fatores que, na aridez da paisagem retratada, torna-se fertilizante para a compreensão do drama humano a partir do olhar da pequena protagonista.

*Filme visto na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

CINEVITOR #381: Entrevista com Juliano Cazarré | Dente por Dente

por: Cinevitor

dentepordentecinevitorProtagonista em cena: thriller brasileiro.

Estrelado por Juliano Cazarré, Paolla Oliveira e Renata Sorrah, Dente por Dente, dirigido por Júlio Taubkin e Pedro Arantes, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 28/01, com distribuição da Vitrine Filmes.

Na trama, Ademar, papel de Cazarré, é sócio da empresa de segurança de Valadares, vivido por Aderbal Freire Filho, pai de Joana, interpretada por Paolla Oliveira. Juntos, Ademar e Joana investigam as razões da morte do amigo, marido e sócio, Teixeira, papel de Paulo Tiefenthaler, que está desaparecido. No elenco ainda estão nomes como Juliana Gerais, Digão Ribeiro, Paula Cohen, Phillip Lavra, Bruno Bellarmino, Adriano Barroso, Domênica Dias e Ana Flávia Cavalcanti.

Em uma época que marca o crescimento do cinema de gênero no Brasil, o thriller majoritariamente aborda a questão da violência social e da gentrificação nas metrópoles, com pessoas sendo expulsas de suas casas para construção de grandes empreendimentos imobiliários.

O longa, que destaca em sua trama o suspense investigativo com um toque de horror entre as avenidas, hotéis e construções da capital paulista, teve sua estreia na 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e participou do Fantastik Festival, no qual recebeu o prêmio de melhor longa pelo Júri ACCRJ e Júri Popular.

Para falar mais sobre Dente por Dente, conversamos com o protagonista Juliano Cazarré, que falou sobre sua preparação e construção do personagem, colegas de elenco, filme de gênero no Brasil e também relembrou outros trabalhos de sua carreira nos cinemas.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.