
Criado em 1979 e organizado pela Sauve qui peut le court métrage, o Festival de curta-metragem de Clermont-Ferrand, que acontecerá entre os dias 27 de janeiro e 4 de fevereiro de 2023 na França, é considerado o maior evento de curtas-metragens do mundo.
Neste ano, o cinema brasileiro aparece com diversas produções na programação. Na Competição Internacional, que recebeu 6.353 inscrições e traz 78 filmes, de 52 países, destacam-se: Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro, que se passa na periferia do interior, onde Luquinha tenta recuperar sua égua enquanto convive com o crime e o barulho ensurdecedor de uma cidade conservadora; Escasso, de Gabriela Gaia Meirelles e Clara Anastácia, que mostra Rose, uma passeadora de pets, que apresenta seu novo lar para uma equipe documental enquanto celebra a realização do sonho da casa própria, mesmo que ocupada; e Takanakuy, de Vokos, uma coprodução entre Brasil e Peru, ambientada em uma comunidade tradicional no alto dos Andes peruanos, que conta a história de um relacionamento terno entre dois adolescentes, Fausto e Chaska.
O curta-metragem Big Bang, de Carlos Segundo, com Giovanni Venturini e Aryadne Amancio no elenco, aparece na Competição Nacional, já que o filme é uma coprodução entre França e Brasil. A trama conta a história de Chico, um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Vale lembrar que na edição passada, o diretor foi premiado com Sideral nesta mesma mostra e recebeu o Prêmio Canal+/Ciné+, que garante a aquisição do filme.
Neste ano, o cartaz do festival foi assinado pela ilustradora e cineasta portuguesa Regina Pessoa, que apresentou uma surpreendente, atrevida e liberada Alice no País das Maravilhas com um olhar travesso voltado para o futuro.
Foto: Guilherme Gerais.