O Trem da Utopia, de Beth Sá Freire e Fabrizio Mambro, chega aos cinemas no dia 12 de maio

por: Cinevitor
O filme marca a estreia dos realizadores na direção.

Beth Sá Freire e Fabrizio Mambro estreiam na direção com O Trem da Utopia, que traz um tema caro aos dois diretores. O ponto de partida deste filme, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 12/05, era a curiosidade de descobrir o espírito italiano de São Paulo, porém, o período em que as filmagens se realizaram coincidiu com o período das eleições presidenciais de 2018.

Nas ruas, um país dividido, com grande apreensão, e histórias que vão de tópicos como miséria, abuso e humilhação fascismo, racismo e LGBTfobia. As filmagens na Itália se concentraram na região da Emilia-Romagna e, um ano depois, os realizadores já impactados pela nova realidade brasileira que se instalava no país, traçam paralelos com a memória nacional italiana do Período Fascista e da presença dos brasileiros na Segunda Guerra Mundial.

O que pode haver de comum entre o Brás ou Bixiga e o Campo de’ Fiori, em Roma? Toda uma história de afeto que o público não tem muita dimensão. Entre Ornella Vanoni e Toquinho e Vinícius, quem alimentou quem? Tamanha naturalidade em que se incorpora uma coisa à outra, uma cultura à outra. O que há de comum entre Anita Garibaldi e Lina Bo Bardi? Uma história de amor entre um homem e a terra deste.

Produzido por Zita Carvalhosa, da Cinematográfica Superfilmes, em coprodução com a Itália pela Bluefilme, o projeto foi produzido com recursos do FSA, Fundo Setorial do Audiovisual, e a distribuição no Brasil é da Eh! Filmes.

Na trama, acompanhamos um professor de coral em viagem a uma São Paulo surreal, que de vez em quando se transforma em cidade italiana, usando a música e a letra como meio de transporte para atravessar histórias nacionais, mas ainda assim íntimas. Questões do passado e do presente em dois países, Itália e Brasil, que compartilham muitas semelhanças e ainda uma relação distorcida com sua memória nacional. Utopia é um não lugar, é ideal para se viver e sonhar, para assumir como suas as lembranças do outro. São 8 milhões de pessoas com sobrenome italiano, vivendo em São Paulo e a maioria delas possui histórias de vida repletas de Itália e de indagações.

Com fotografia de André S. Brandão e Alessandro Montecchi, o elenco conta com Piero Damiani, Flavia Politano, Marcos Finotti, Luis Fernando Pinatti, Amanda Mantovani, Hugo Casarini, Mario Cappi, Tiago Sormani, Giuliana Foti, Silas Gomes da Silva, Tata Aeroplano, Malu Maria, Bia Abramo, Vera Hamburger, Francesca Cricelli, Isabella Callia, Monica Benício e Igiaba Scego.

Foto: Divulgação.

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