
Em 2015, a equipe do já consagrado Queer Lisboa, festival que apresenta filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas, realizou a primeira edição do Queer Porto.
Após uma edição zero em outubro de 2014, o projeto de um festival queer na cidade começou a tomar forma. Em outubro de 2015, a Associação Cultural Janela Indiscreta organizou o Queer Porto que, com sede no Teatro Rivoli, foi ao longo dos anos ocupando vários outros espaços da cidade do Porto. A programação não se trata de uma extensão dos filmes da seleção de Lisboa e tem como objetivo apresentar uma identidade própria com títulos inéditos em Portugal.
Neste sábado, 16/10, foram anunciados os vencedores da sétima edição do Queer Porto. O júri da Competição Oficial, composto por Amarante Abramovici, Daniel Gorjão e Larose S. Larose, decidiu atribuir o prêmio de melhor filme para o documentário brasileiro Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre, no qual sete artistas e um médico ativistas dão seus depoimentos e trazem novas perspectivas sobre como lidar com a sorofobia no Brasil, quarenta anos depois do início da epidemia da AIDS.
Sobre Deus tem AIDS, que também levou o Prêmio do Público, o júri declarou: “Deus tem AIDS é falar no agora de um tema com quarenta anos, que nos desafia a uma renovada leitura do que é a vida de alguém portador da doença. Através da soberba e inclusiva escolha de protagonistas, e das suas práticas artísticas, este é um filme de empoderamento e consciencialização para uma realidade ignorada, quando não estigmatizada. Um filme que nos fala da vida e não de vítimas”.
Confira a lista completa dos vencedores do Queer Porto 2021:
COMPETIÇÃO OFICIAL
Melhor Filme: Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre (Brasil)
Menção Especial: Genderation, de Monika Treut (Alemanha)
Prêmio do Público: Deus tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre
IN MY SHORTS | COMPETIÇÃO DE FILMES DE ESCOLAS PORTUGUESAS
Melhor Filme: Mansa, de Mariana Bártolo (Portugal/Alemanha)
PRÊMIO CASA COMUM
Melhor Filme: O Teu Nome É, de Paulo Patrício (Portugal/Bélgica)
Menção Especial: Tracing Utopia, de Catarina de Sousa e Nick Tyson (Portugal/EUA)
Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.