Para Onde Voam as Feiticeiras é o grande vencedor do Queer Porto 2020

por: Cinevitor

voamfesticeirasqueerportoPara Onde Voam as Feiticeiras: cinema brasileiro premiado.

Em 2015, a equipe do já consagrado Queer Lisboa, festival que apresenta filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transsexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas, realizou a primeira edição do Queer Porto.

Após uma edição zero em outubro de 2014, o projeto de um festival queer na cidade começou a tomar forma. Em outubro de 2015, a Associação Cultural Janela Indiscreta organizou o Queer Porto que, com sede no Teatro Rivoli, foi ao longo dos anos ocupando vários outros espaços da cidade do Porto. A programação não se trata de uma extensão dos filmes da seleção de Lisboa e tem como objetivo apresentar uma identidade própria com títulos inéditos em Portugal.

Neste sábado, 17/10, foram anunciados os vencedores da sexta edição do Queer Porto. O júri da Competição Oficial, composto por Amanda Ribeiro, Daniel Gorjão e Francisco Alves, decidiu atribuir o prêmio de melhor filme ao documentário brasileiro Para Onde Voam as Feiticeiras, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral.

O filme une encenações e improvisos de sete artistas pelas ruas de São Paulo, expondo a permanência de antigos preconceitos de gênero e raça. O elenco traz Ave Terrena Alves, Fernanda Ferreira Ailish, Gabriel Lodi, Mariano Mattos Martins, Preta Ferreira, Thata Lopes e Wan Gomez.

Sobre Para Onde Voam as Feiticeiras, o júri declarou: “Um filme fundamental e desafiante nos dias que correm, tanto no Brasil como no mundo. Simultaneamente disruptivo e pedagógico, mostra a importância da rua como palco da luta social, mantendo o espectador colado à tela pela sua energia, humor, algum refrescante otimismo e apelo à ação”. O longa também ganhou um prêmio no valor de 3 mil euros atribuído pela emissora RTP2, pela compra dos direitos de exibição do filme neste canal.

Entre os curtas-metragens, na competição In My Shorts, o filme português À Tarde, sob o Sol, de Gonçalo Pina, foi consagrado. Segundo o júri, o prêmio foi atribuído “pelo rigor técnico; e esperamos que este jovem realizador se possa afirmar em futuras obras”.

Foto: Divulgação.

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