Tomb Raider: A Origem

por: Cinevitor

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Direção: Roar Uthaug

Elenco: Alicia Vikander, Dominic West, Walton Goggins, Daniel Wu, Kristin Scott Thomas, Derek Jacobi, Alexandre Willaume, Adrian Collins, Keenan Arrison, Milton Schorr, Hannah John-Kamen, Samuel Mak, Sky Yang, Josef Altin, Billy Postlethwaite, Roger Jean Nsengiyumva, Jaime Winstone, Michael Obiora, Shekhar Varma, Rekha John-Cheriyan, Antonio Aakeel, Maisy De Freitas, Emily Carey, Duncan Airlie James, Jandre le Roux, Vere Tindale, Annabel Elizabeth Wood, Kenneth Fok, Nick Frost, Steve Broad, Gintare Beinoraviciute, Rowan Polonski, Bernardo Santos.

Ano: 2018

Sinopse: Lara Croft é a independente filha de um excêntrico aventureiro que desapareceu quando ela mal tinha chegado à adolescência. Agora, uma jovem de 21 anos sem nenhum foco ou propósito na vida, Lara faz entregas de bicicleta nas caóticas ruas de Londres, ganhando apenas o suficiente para pagar o aluguel. Determinada a forjar seu próprio caminho, ela se recusa a tomar as rédeas do império global de seu pai com a mesma convicção com que rejeita a ideia de que ele realmente se foi. Aconselhada a enfrentar os fatos e seguir em frente depois de sete anos sem seu pai, Lara busca resolver o misterioso quebra-cabeças de sua morte, mesmo que nem ela consiga entender a sua motivação. Deixando tudo para trás, ela parte em busca do último destino em que ele foi visto: um lendário túmulo em uma mítica ilha possivelmente localizada ao longo da costa do Japão. Mas sua missão não será fácil, já que a jornada para a ilha será traiçoeira. De repente, os riscos não podem ficar mais altos para Lara, que, contra todas as probabilidades e armada apenas com sua mente afiada, fé cega e espírito naturalmente obstinado, deve aprender a ultrapassar seus limites enquanto viaja para o desconhecido. Se sobreviver aos perigos dessa aventura, ela pode enfim encontrar um propósito para sua vida e tornar-se digna do nome Tomb Raider.

Crítica do CINEVITOR: Esqueça Angelina Jolie e todas as histórias contadas em Lara Croft: Tomb Raider (2001) e Lara Croft: Tomb Raider – A Origem da Vida (2003). Aqui, em Tomb Raider: A Origem,  protagonizado pela vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por A Garota Dinamarquesa, Alicia Vikander, vemos uma Lara Croft mais jovem e inexperiente no quesito aventura. Dirigido pelo cineasta norueguês Roar Uthaug, de A Onda, o longa é baseado no reboot do jogo que foi lançado em 2013. Obviamente isso explica o distanciamento dos filmes anteriores, também inspirados na personagem dos games. Se a proposta era realizar uma obra diferente por quê não criar algo novo ao invés de retomar com uma franquia do passado? É notório que para os grandes estúdios e seus produtores é menos arriscado investir em algo já conhecido pelo público do que apresentar uma história original que ninguém conheça. Nesse caso, há uma mistura de estratégias. O espectador já conhece a protagonista, só que dessa vez terá a chance de apreciar novas aventuras, começando do zero. É aqui que entra a maior novidade de Tomb Raider: A Origem. Começando por seu elenco. Alicia Vikander interpreta uma Lara Croft que se recusa a aceitar a herança do pai e segue vivendo entre trancos e barrancos, longe da mansão que passou sua infância. Aparentemente sem aptidões para se tornar uma espécie de Indiana Jones do sexo feminino, sua vida muda de uma hora para a outra quando decide investigar a misteriosa morte do pai em uma mítica ilha possivelmente localizada ao longo da costa do Japão. É nesse momento em que começa a parte aventureira do filme. Ou deveria. Sabe-se que Vikander passou meses se preparando e dispensou dublês em diversos momentos. Sua entrega em cena é notória e elogiável, tornando-se o ponto alto do filme. Mas, em produções como essa, espera-se muito mais do que uma boa atuação. Roar Uthaug não decepciona na direção, mas também não entrega aquela empolgação prazerosa causada por filmes de ação. Seu trabalho atrás das câmeras é muito mais cru do que eletrizante. Há também um excesso de melodrama na relação entre pai e filha, ainda que seja importante para a narrativa, mas que acaba arrastando o desenrolar da trama. Porém, Tomb Raider: A Origem acerta ao colocar uma super-heroína sem poderes sobrenaturais (leia-se: mais humanizada) como protagonista, mesmo com um roteiro fantasioso que envolve uma criatura milenar. Pode até demorar para o espectador embarcar nessa jornada da garota sem foco na vida que de repente se vê à frente de uma missão traiçoeira em outro lado mundo, mas as novas aventuras de Lara Croft devem empolgar os fãs do game que deu origem ao filme, apesar da história sem muita emoção. Tomb Raider: A Origem não tem força para marcar uma geração, mas deve causar um burburinho na bilheteria garantindo continuações com Vikander no papel principal. Até porque é ela quem carrega esse filme sozinha. (Vitor Búrigo)

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

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