Tinta Bruta, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, é premiado no Festival de Guadalajara 2018

por: Cinevitor

tintaguadalajaraProtagonista: Shico Menegat em cena de Tinta Bruta.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 16/03, os vencedores do 33º Festival Internacional de Cine en Guadalajara, um dos mais fortes da América Latina. O drama Restos de Viento, de Jimena Montemayor Loyo, levou o Prêmio Mezcal de melhor filme mexicano.

O cinema brasileiro, que marcou presença com doze produções na programação, entre curtas e longas, também foi premiado. Tinta Bruta, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, recebeu o Prêmio Maguey de melhor filme, que destaca o cinema LGBTTTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, transexuais, travestis e intersex).

O longa conta a história de Pedro, interpretado por Shico Menegat, um jovem que tenta sobreviver em meio a um processo criminal, à partida de irmã e única amiga e aos olhares que recebe sempre que sai na rua. Sob o codinome GarotoNeon, Pedro se apresenta no escuro do seu quarto para milhares de anônimos ao redor do mundo, pela internet. Com o corpo coberto de tinta, ele realiza performances eróticas na frente da webcam. Ao descobrir que outro rapaz de sua cidade está copiando sua técnica, Pedro decide ir atrás do mesmo.

Vale lembrar que no ano passado este mesmo prêmio foi entregue para o brasileiro Corpo Elétrico, de Marcelo Caetano; além disso, As Duas Irenes, de Fabio Meira, também foi premiado na edição passada.

O documentário Aqualoucos, de Victor Ribeiro, recebeu Menção Especial no Prêmio FEISAL (Federación Internacional de la Prensa Cinematográfica); os curtas-metragens Anderson, de Rodrigo Meireles e A Foreman, de Daniel Drummond também foram honrados pelo júri; o drama Eugenia, uma coprodução entre Bolívia e Brasil, levou o prêmio de melhor roteiro entre os longas ibero-americanos de ficção.

Conheça os vencedores do Festival Internacional de Cinema de Guadalajara 2018:

PRÊMIO MEZCAL

Melhor Filme Mexicano: Restos de Viento, de Jimena Montemayor Loyo
Melhor Direção: Jimena Montemayor Loyo, por Restos de Viento
Menção Especial | Direção: Zita Erffa, por The Best Thing You Can Do with Your Life (Alemanha/México)
Melhor Fotografia: La Negrada, por César Gutiérrez Miranda
Melhor Ator: Noé Hernández, por 8 de cada 10
Melhor Atriz: Daniela Schmidt, por 8 de cada 10
Menção Especial | Atriz: Concepción Márquez, por Cría Puercos
Prêmio do Público: Ayotzinapa, el paso de la tortuga, de Enrique García Meza (México)

LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO | FICÇÃO

Melhor Filme: Matar a Jesús, de Laura Mora Ortega (Colômbia/Argentina)
Prêmio Especial do Júri: Vivir y Otras Ficciones, de Jo Sol (Espanha)
Melhor Direção: Anahí Berneri, por Alanis (Argentina)
Melhor Primeiro Filme: Wiñaypacha, por Óscar Catacora (Peru)
Melhor Atriz: Sofia Gala Castiglione, por Alanis
Melhor Ator (empate): Luis Gerardo Méndez, por Tiempo Compartido e Giovanni Rodríguez, por Matar a Jesús
Melhor Fotografia: Wiñaypacha, por Óscar Catacora
Melhor Roteiro: Eugenia, escrito por Martín Boulocq (Bolívia/Brasil)

DOCUMENTÁRIO IBERO-AMERICANO

Melhor Filme: Alberto García-Alix: La Línea de la Sombra, de Nicolás Combarro García (Espanha)
Prêmio Especial do Júri: El Espanto, de Pablo Aparo e Martín Benchimol (Argentina)

CURTA-METRAGEM IBERO-AMERICANO

Melhor Filme: El escarabajo al final de la calle, de Joan Vives (Espanha)
Prêmio Rigo Mora: 32-Rbit, de Víctor Orozco Ramírez (México/Alemanha)
Menção Especial: Anderson, de Rodrigo Meireles (Brasil), A Foreman, de Daniel Drummond (Brasil/EUA), Les Bones Nenes, de Clara Roquet (Espanha) e Flores, de Jorge Jácome (Portugal)

PRÊMIO MAGUEY

Melhor Filme: Tinta Bruta, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon (Brasil)
Menção Honrosa: Miss Rosewood, de Helle Jensen (Dinamarca/EUA)
Melhor Atuação: Ellen Page, por My Days of Mercy
Prêmio do Público: Miss Rosewood, de Helle Jensen

PRÊMIO FEISAL: Wiñaypacha, de Óscar Catacora
Menção Especial: Aqualoucos, de Victor Ribeiro (Brasil) e Robar a Rodin, de Cristóbal Valenzuela (Chile)

PRÊMIO FIPRESCI: Restos de Viento, de Jimena Montemayor Loyo

PRÊMIO GUERREROS DE LA PRENSA | DOCUMENTÁRIO: Ayotzinapa, el paso de la tortuga, de Enrique García Meza
PRÊMIO GUERREROS DE LA PRENSA | FICÇÃO: Ocho de cada diez, de Sergio Umansky Brener (México)

Foto: Reprodução YouTube.

Comentários