O Roubo da Taça

por: Cinevitor

roubotacaposterDiretor: Caito Ortiz

Elenco: Paulo Tiefenthaler, Taís Araújo, Danilo Grangheia, Milhem Cortaz, Fábio Marcoff, Stepan Nercessian, Hamilton Vaz Pereira, Mr. Catra, Leandro Firmino, Thelmo Fernandes.

Ano: 2016

Sinopse: O Roubo da Taça é uma comédia sobre um fato histórico muito conhecido, o roubo da cobiçada taça Jules Rimet, no Rio de Janeiro, em 1983. O corretor de seguros Peralta tem a ideia absurda de invadir a CBF e roubar a réplica desse tesouro nacional, para pagar uma dívida de jogo. Mas acaba levando a taça original, dando início a uma série de confusões inacreditáveis. O filme conta os detalhes dessa história. Afinal, o que realmente aconteceu naquele verão carioca?

Crítica do CINEVITOR: O Brasil é o país do futebol. Ou pelo menos era. Em 1970, quando a seleção brasileira venceu a Copa do Mundo pela terceira vez, ganhamos a posse definitiva da Taça Jules Rimet, já que a regra era clara: só ficaria com o troféu quem vencesse três vezes o campeonato mundial. Com a base em mármore, 30 centímetros de altura e 3,8 quilogramas em ouro puro, a Jules Rimet foi direto para a sede da CBF, no Rio de Janeiro. Mas, em dezembro de 1983 foi roubada. O fim dessa história, muito mal contada, todo mundo sabe. Porém, poucos conhecem os bastidores dessa bagunça. Em O Roubo da Taça, comédia inspirada nestes fatos reais, acompanhamos tudo desde o começo: o plano supostamente infalível, o roubo, as consequências, os envolvidos e o questionável fim desse rolo. Aqui, os roteiristas criaram um ótimo final para o caso e também uma história divertida e muito bem escrita. Dirigido por Caito Ortiz, o filme foge dos estereótipos da comédia, mesmo apresentando ótimos personagens propositalmente caricatos que combinam com o contexto proposto. Peralta, vivido brilhantemente por Paulo Tiefenthaler, que recebeu o kikito de melhor ator no Festival de Gramado deste ano, transborda malandragem em seus trejeitos e ações. Sua colega Taís Araújo, que interpreta Dolores, também rouba a cena ao interpretar sua mulher. A dupla funciona tão bem quanto os outros integrantes do elenco, muito bem entrosados. A direção de Caito chama a atenção por conduzir a trama com uma linguagem diferente daquela que estamos acostumados a ver nas comédias nacionais. Os movimentos de câmera, a fotografia, a direção de arte e o figurino apresentam perfeita harmonia e contribuem para a qualidade do filme. O Roubo da Taça é divertido, faz o espectador rir e mostra aquele jeitinho brasileiro de maneira cômica, rindo da própria desgraça. Quem disse que não sabemos fazer comédia boa? (Vitor Búrigo)

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

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