Hema Hema: Cante Para Mim Enquanto Eu Espero

por: Cinevitor

hemahemaposterHema Hema: Sing Me a Song While I Wait

Direção: Khyentse Norbu

Elenco: Tshering Dorji, Sadon Lhamo, Thinley Dorji, Tony Chiu Wai Leung, Xun Zhou, Tshewang Dendup, Tenzin Dolma, Jamyang Dorji, Jigme Drukpa, Xin Liang, Rinchen Namgayel, Pema Namtruel, Gomchen Pema, Tandin Sonam, Kelsang Tobgay.

Ano: 2016

Sinopse: No meio de uma floresta no Butão, silhuetas mascaradas participam de rituais, performances e danças ensaiando personagens que se reúnem durante uma quinzena de devaneios. Um homem participa deste evento pela primeira vez e adentra a experiência como um recém-nascido.

Crítica do CINEVITOR: Filmado nas florestas do Butão, Hema Hema: Cante Para Mim Enquanto Eu Espero recebeu uma Menção Honrosa do Prêmio Toronto Platform no Festival de Toronto do ano passado e no Malaysian Film Festival deste ano foi consagrado pelo público como o melhor filme da edição. Inspirado no folclore e na tradição budista, o filme, inicialmente, causa uma certa curiosidade no espectador. Estamos diante de pessoas mascaradas participando de rituais festivos com danças e músicas, que mais se parecem com os momentos musicais da animação Madagascar. Mas, a referência logo para por aqui. Nessa comunidade há muitas regras. E também uma certa tensão sexual entre os participantes. Seu protagonista está ali pela primeira vez e junto com ele, acompanhamos suas descobertas e presenciamos suas novas experiências, quase que psicodélicas. Em seu quarto longa-metragem, Khyentse Norbu mergulha em um universo místico com a intenção de apresentar uma roupagem atual de antigas lendas de seu país. Para isso, acrescenta sensualidade e suspense na narrativa com foco em um romance em meio às árvores secretas. O curioso de repente fica estranho, o roteiro derrapa em alguns momentos longos das apresentações tradicionais daquele lugar e a história tenta chegar ao clímax com empolgação diante de uma reviravolta até certo ponto aceitável. Hema Hema: Cante Para Mim Enquanto Eu Espero soa mais interessante do que eficaz como obra, principalmente para quem desconhece a cultura popular do Butão. Sentar na poltrona para assisti-lo é quase uma experiência. (Vitor Búrigo)

*Filme assistido no 6º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Comentários