Drica Moraes é homenageada no 23º Cine PE com o troféu Calunga de Ouro

por: Cinevitor

dricacinepesaoluizA grande homenageada do Cine PE 2019.

A atriz carioca Drica Moraes foi a grande estrela da noite deste sábado, 03/08, da 23ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual. Homenageada com o troféu Calunga de Ouro, honraria máxima do evento, dedicou o prêmio ao filho Mateus, à sua família e aos seus diretores.

Ovacionada pelo público do Cinema São Luiz, Drica subiu ao palco e fez um discurso emocionante: “É uma celebração da minha carreira. É um reconhecimento da minha trajetória”, disse. E completou: “Dedico esse prêmio ao meu filho Mateus e também para minha mãe e para todas as pessoas que cuidam dele quando estou filmando”.

Drica também elogiou o cinema do estado de Pernambuco: “Eu tenho uma paixão pelo cinema, pelos cineastas e pelos artistas pernambucanos. Tenho um respeito enorme”. Além disso, aproveitou para refletir sobre a atual situação do Brasil: “Estamos vivendo tempos horrorosos, onde o governo tenta destruir e descredibilizar qualquer atividade ligada à arte e cultura, de um modo geral”. E encerrou, sendo ovacionada: “Mas, nós vamos continuar. Apesar de você, vamos continuar. Haverá festa com o que restar”.

Filha de um arquiteto e uma dona de restaurante, única atriz numa família de sete irmãos, Adriana Moraes Rego Reis apareceu pela primeira vez na televisão em 1986, no episódio O Sequestro de Lauro Costa, da série Teletema, da Rede Globo. Porém, antes disso iniciou sua história como atriz ainda muito jovem, nas aulas de teatro do Colégio Andrews e nos cursos do Tablado, com Maria Clara Machado, ambos no Rio de Janeiro. Nos palcos, despontou com Os Doze Trabalhos de Hércules, em 1983.

dricamoraesmateuscinepeDrica Moraes e o filho Mateus durante a coletiva de imprensa.

Nos anos 1990, Drica ganhou os prêmios Mambembe e Coca-Cola de melhor atriz pelos espetáculos Pianíssimo, de Karen Accioly e Tim Rescala, e O Segredo do Coachim. Foi dirigida por grandes nomes do teatro brasileiro, como Aderbal Freire Filho, no monólogo A Ordem do Mundo. Nos últimos anos, a carioca esteve em peças como À Primeira Vista, sob direção de Enrique Diaz, e na montagem Lifting, uma comédia cirúrgica, com direção de Cesar Augusto.

Nos cinemas, deu vida a papéis como a cafetina Larissa no filme Bruna Surfistinha, de 2011, e Alzira Vargas, filha do presidente Getúlio Vargas e chefe do Gabinete Civil da Presidência da República durante o governo do seu pai, no longa Getúlio, de 2014. Também atuou em Bossa Nova, de Bruno Barreto; Amores Possíveis, de Sandra Werneck; O Bem Amado, de Guel Arraes; O Banquete, de Daniela Thomas; e Rasga Coração, de Jorge Furtado.

Na TV, marcou a memória do telespectador ao encarnar vilãs como Violante Cabral, na novela Xica da Silva, da TV Manchete, que lhe rendeu os prêmios Sharp e APCA de melhor atriz, em 1997, e a terrível Marcela de Almeida Leal em O Cravo e a Rosa; além da inesquecível Cora, da telenovela global Império, na qual venceu o prêmio Melhores do Ano do Domingão do Faustão, o prêmio de Atriz do Ano do F5 na categoria novela e o Prêmio Quem de melhor atriz coadjuvante. Também ganhou destaque nas séries Verdades Secretas, Justiça e Doce de Mãe. Atualmente, Drica interpreta a infectologista Vera, do seriado Sob Pressão, da Rede Globo.

Para falar mais sobre a homenagem, conversamos com a atriz em uma entrevista exclusiva e registramos os melhores momentos da entrega do troféu e da coletiva de imprensa, na qual Drica falou sobre o papel da mulher na sociedade e na dramaturgia, a atual situação do cinema brasileiro, refletiu sobre a doença que teve e comentou alguns trabalhos marcantes.

Aperte o play e confira:

*O CINEVITOR está em Recife a convite do evento e você acompanha a cobertura do festival por aqui e pelas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram e YouTube.

Foto: Felipe Souto Maior.

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