Curta brasileiro se destacou na programação.
Foram anunciados neste sábado, 26/09, os vencedores da 24ª edição do Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer, que tem como proposta exibir filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transsexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas.
O cinema brasileiro, que marcou presença com diversas produções, foi premiado na mostra competitiva de curtas-metragens com Quebramar, de Cris Lyra. O júri, formado por José Magro, Ricardo Barbosa e Rita Natálio, justificou a escolha: “Pelo mergulho no cuidado comunitário e reparador que conecta as vidas de jovens lésbicas de São Paulo. Um filme líquido atravessado pelas ocupações das escolas secundárias em 2015, pelo candomblé, pela música, pela ternura, e também pelo luto face a um Brasil despedaçado pela sua história política mais recente e pela violência colonial e racista que marca a sua fundação histórica”.
Entre os longas, Lingua Franca, de Isabel Sandoval, foi o grande vencedor. O filme foi escolhido pela singularidade e sutileza com que retrata uma realidade de vulnerabilidade e resistência, num contexto contemporâneo extremamente adverso.
Em comunicado oficial, a organização do evento destacou a presença do público: “Em um ano com dificuldades por conta da pandemia de Covid-19, o Queer Lisboa salienta a grande afluência de público, confirmando assim a vontade por parte dos espectadores em continuar a celebrar o cinema queer de forma presencial e também a crucial importância dos festivais de cinema, contrariando os números das salas de cinema comerciais”.
Conheça os vencedores do Queer Lisboa 2020:
MELHOR FILME | LONGAS-METRAGENS | FICÇÃO
Lingua Franca, de Isabel Sandoval (EUA/Filipinas)
MELHOR FILME | LONGAS-METRAGENS | DOCUMENTÁRIO
Toutes les Vies de Kojin, de Diako Yazdani (França)
COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM
Melhor Filme: Quebramar, de Cris Lyra (Brasil)
Menção Especial: Aline, de Simon Guélat (França/Suíça)
IN MY SHORTS | COMPETIÇÃO
Why Do I Feel like a Boy?, de Kateřina Turečková (República Checa)
QUEER ART | COMPETIÇÃO
Melhor Filme: Santos, de Alejo Fraile (Argentina)
Menção Especial: Hiding in the Lights, de Katrina Daschner (Áustria/Itália/Espanha/Alemanha)
Foto: Divulgação.