Cinema negro brasileiro será destaque no Festival Internacional de Cinema de Roterdã 2019

por: Cinevitor

zozimobulbulroterdaZózimo Bulbul: um dos maiores expoentes do cinema afro-brasileiro nas décadas de 1960 e 1970.

A 48ª edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, International Film Festival Rotterdam), considerado um dos maiores do mundo, acontecerá entre os dias 23 de janeiro e 3 de fevereiro de 2019.

Neste ano, a mostra Soul in the Eye, que faz parte da seção Perspectivas, destacará o cinema negro brasileiro, já que o Brasil é o lar da maior diáspora africana do mundo. Durante muito tempo, tudo isso foi visível no cinema, mas nos últimos anos houve um aumento impressionante no cinema negro brasileiro. A mostra celebrará essa nova geração com uma série de longas e curtas que extraem essa rica herança afro-brasileira.

“Esses filmes revelam a riqueza da cultura afro-brasileira e uma extraordinária diversidade, tanto através das pessoas que apresentam como também em sua abordagem cinematográfica. São obras extremamente humanas, deslumbrantes, ousadas e confrontantes”, disse Tessa Boerman, curadora do IFFR.

O cinema brasileiro está crescendo, mas não é a primeira vez. O ator, cineasta e ativista Zózimo Bulbul foi o líder do cinema negro brasileiro nos anos 1960. Por meio da sétima arte, tornou visível a história, a cultura e a situação política dos negros brasileiros. Sua influência aparece fortemente até hoje e uma nova geração de cineastas negros brasileiros seguem homenageando seu legado.

A mostra Soul in the Eye, que apresentará o legado de Zózimo Bulbul e também destaques do cinema brasileiro negro contemporâneo foi programada por Tessa Boerman, Peter van Hoof e pela curadora brasileira Janaína Oliveira.

Conheça os filmes que serão exibidos no Festival de Roterdã 2019:

LONGAS-METRAGENS:

Abolição, de Zózimo Bulbul (1988)
Ilha, de Ary Rosa e Glenda Nicácio (2019)
Meu Amigo Fela, de Joel Zito Araújo (Nigéria/França/EUA/Brasil) (2018)
Temporada, de André Novais Oliveira (2018)

CURTAS-METRAGENS:

Afronte, de Bruno Victor e Marcus Azevedo
Alma no Olho, de Zózimo Bulbul
Aniceto do Império em Dia de Alforria, de Zózimo Bulbul
ASSIM, de Keia Serruya
BR3, de Bruno Ribeiro
Cartucho de Super Nintendo em Anéis de Saturno, de Leon Reis
Dia de Jerusa, de Viviane Ferreira
Elekô, do Coletivo Mulheres de Pedra
Eu, Minha Mãe e Wallace, de Eduardo Carvalho e Marcos Carvalho
Experimentando o Vermelho em Dilúvio, de Musa Michelle Mattiuzzi
Kbela, de Yasmin Thayná
Merê, de Urânia Munzanzu
Nada, de Gabriel Martins
NoirBLUE, déplacements d’une danse, de Ana Pi (Brasil/França)
Pattaki, de Everlane Moraes
Pequena África, de Zózimo Bulbul
Perpétuo, de Lohan Dias
Peripatético, de Jéssica Queiroz
Pontes sobre Abismos, de Aline Motta
Quantos eram pra tá?, de Vinícius Silva
Quintal, de André Novais Oliveira
Rainha, de Sabrina Fidalgo
O Som do Silêncio, de David Aynã
Travessia, de Safira Moreira

Foto: Divulgação.

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