Antonio e Camila Pitanga serão homenageados na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor

camilaantoniohomenagem1Pai e filha: carreiras de sucesso.

A partir da temática A Imaginação Como Potência, a 23ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro, homenageará os atores Antonio e Camila Pitanga. Pai e filha, homem e mulher, negro e negra, 80 e 42 anos. Ícones de seus próprios tempos, por motivos e trajetórias distintas, Antonio e Camila emulam em seus corpos e suas posturas a brasilidade mais original e singular, o talento e a presença de quem vivencia as contradições do país por dentro.

Entre a centralidade de Antonio Pitanga na revolução do Cinema Novo, entre o final dos anos 1950 e meados dos anos 1970, e a constância de Camila Pitanga no imaginário da TV e do cinema nas últimas duas décadas, estão a diversidade e a força de duas formas de trabalhar e mapear uma história do audiovisual brasileiro que atravessa ambos.

Pitanga, o pai, nasceu em 1939 em Salvador. Fez teatro e cinema desde muito jovem e estreou nas telas em 1960 com Bahia de Todos os Santos, de Trigueirinho Neto. Seguiu numa série de filmes marcantes que remodelaram todo um jeito de fazer cinema no Brasil, como: A Grande Feira, de Roberto Pires; O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte; Barravento, de Glauber Rocha; Ganga Zumba, de Carlos Diegues; Os Fuzis, de Ruy Guerra; entre outros.

Camila nasceu em 1977 no Rio de Janeiro. Estreou nos cinemas ainda criança, em 1984,  junto com o irmão Rocco, num filme emblemático, Quilombo, de Carlos Diegues, que marcou época por reunir um histórico elenco negro que incluía Grande Otelo, Zezé Motta, Antonio Pompêo, Tony Tornado, Léa Garcia, Milton Gonçalves, Zózimo Bulbul e Antonio, pai de Camila.

Dali adiante, a trajetória cinematográfica de Camila Pitanga transitou por praticamente todos os tipos de filmes realizados do Brasil desde a Retomada nos anos 1990: Super Colosso, de Luiz Ferré; Caramuru – A Invenção do Brasil, de Guel Arraes; O Preço da Paz, de Paulo Morelli; Redentor, de Cláudio Torres; O Signo do Caos, de Rogério Sganzerla; Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios, de Beto Brant; Saneamento Básico, o Filme, de Jorge Furtado; e o documentário, filmando justamente a trajetória do pai, em Pitanga, com codireção de Beto Brant.

Integram a Mostra Homenagem a pré-estreia mundial de Os Escravos de Jó, de Rosemberg Cariry, que conta com Antonio Pitanga no elenco; Na Boca do Mundo, de 1978, com direção e atuação de Antonio; Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios, de Beto Brant, com Camila Pitanga; e o documentário Pitanga.

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

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