14º Cine Esquema Novo: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor

chuvaacalantaesquemanovoMauro Soares no curta A Chuva Acalanta a Dor, de Leonardo Mouramateus.

A 14ª edição do Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira acontecerá entre os dias 10 e 15 de abril em formato on-line e gratuito. Do total de 395 inscritos, 31 obras foram escolhidas para integrar a principal mostra da programação do festival; a curadoria foi assinada por Dirnei Prates, Gustavo Spolidoro, Jaqueline Beltrame e Vinícius Lopes.

A seleção conta com dez projetos assinados por duplas ou grupos, 8 realizadoras, 19 realizadores, além de artistas agênero e não-bináries. Temáticas como cenário político brasileiro atual, direitos humanos, fim do mundo, saúde mental, questões indígenas, memória e história, racismo, solidão na contemporaneidade, identidade queer, religiosidade, futuro, exploração da natureza, territorialidade, laços familiares, entre outras, pautam os títulos selecionados a partir de onze estados brasileiros e duas produções assinadas por brasileiros realizadas no exterior (ou em coprodução internacional).

A Mostra Competitiva Brasil premiará ao final do evento o Grande Prêmio Cine Esquema Novo 2021 com um troféu criado por Luiz Roque especialmente para o festival, além de prêmios em serviços da Locall, TECNA/PUCRS e CTAV. O júri desta edição será formado por: Fernanda Brenner, Flavia Guerra, Graciela Guarani e Linn da Quebrada.

Este ano, por conta do formato virtual, a organização do festival criou uma novidade para a Mostra Competitiva Brasil: o Caderno de Artista, um espaço para mergulhar no universo criativo dos realizadores das obras selecionadas. A novidade estará em diversos conteúdos que serão construídos em parceria com cada um dos selecionados, que estarão disponíveis em um ambiente digital criado para cada participante.

“Estamos propondo aos selecionados que escolham outra obra audiovisual que entre em diálogo com seu trabalho para estar em exibição com seu filme no festival. Esta obra escolhida pelo artista não estará na Mostra Competitiva Brasil, mas ela fará parte do que chamamos de Caderno de Artista, uma área que reunirá, além do filme selecionado, a obra que dialoga com o trabalho em competição, entrevistas, informações e outras imagens, convidando o público a ter uma maior compreensão do universo de cada realizador”, declararam Jaqueline Beltrame, Ramiro Azevedo, Gustavo Spolidoro e Alisson Avila, organizadores do CEN, que celebra 18 anos de existência em 2021.

ventosecoesquemanovoRafael Teophilo no longa Vento Seco, de Daniel Nolasco.

Como de costume, o Cine Esquema Novo propõe também outras programações especiais: Mostra Outros Esquemas, Mostra Artista Convidado Welket Bungué e Projeções Urbanas de Slam, proporcionando ao público outras experiências audiovisuais; atividades de reflexão, como o Seminário Pensar e Imagem e os debates sobre as obras em competição; e ainda oficinas, buscando oferecer uma programação que passa também pela reflexão e formação audiovisual.

O artista transdisciplinar lusófono Welket Bungué é o convidado deste ano, com mostra especial dedicada à sua obra. Nascido na Guiné-Bissau, em 1988, de etnia balanta, hoje reside em Berlim, trabalhando, no entanto, globalmente. É cofundador da produtora KUSSA, faz locução para entidades internacionais, desenvolve Escrita Dramática, Argumento de Cinema, Performances e Teatro. É licenciado em Teatro no ramo de Atores (ESTC/Lisboa) e pós-graduado em Performance (UniRio/RJ), além de membro permanente da Academia Portuguesa de Cinema, desde 2015, e da Deutsche Filmakademie, desde 2020.

Bungué atuou recentemente na nova adaptação cinematográfica do romance Berlin Alexanderplatz, que disputou o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Atuou também em filmes brasileiros como Corpo Elétrico, de Marcelo Caetano; Joaquim, de Marcelo Gomes; e o inédito Pedro (título provisório), de Laís Bodanzky.

Durante diversas edições do CEN, artistas visuais foram convidados a criar o conceito de identidade visual do festival. Esse ano, os artistas Leticia Lopes e Paulo Lange assinam a arte da 14ª edição. Inspirados pela beleza caótica e poética do processo de arte, de criação do tema Caderno de Artista e aludindo ainda aos célebres buracos de minhoca, um conceito da física que trabalha com a ideia de “atalho” através do espaço e do tempo, a dupla chegou à arte de 2021.

Conheça os filmes selecionados para o 14º Cine Esquema Novo:

MOSTRA COMPETITIVA BRASIL

#eagoraoque, de Jean-Claude Bernardet e Rubens Rewald (SP)
13 Ways of Looking at a Blackbird, de Ana Vaz (Portugal)
A Chuva Acalanta a Dor, de Leonardo Mouramateus (CE/Portugal)
Antes do Azul, de Romy Pocztaruk (RS)
As Vezes que Não Estou Lá, de Dandara de Morais (PE)
Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Henrique Amud e Lucas H. Rossi dos Santos (RJ/SP)
Caminhos Encobertos, de Beatriz Macruz e Maria Clara Guiral (SP)
Cantar é com os Passarinhos, de Amanda Teixeira (RS)
Célio’s Circle, de Diego Lisboa (BA/SP)
Deserto Estrangeiro, de Davi Pretto (RS)
Entre Nós e o Mundo, de Fabio Rodrigo (SP)
Eu Não Sou um Robô, de Gabriela Lamas (RS)
Fazemos da Memória Nossas Roupas, de Maria Bogado (RJ)
Joãosinho da Goméa, O Rei do Candomblé, de Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra (RJ)
Lyz Parayzo Artista do Fim do Mundo, de Fernando Santana (PR)
Milton Freire, Um Grito Além da História, de Victor Abreu (RJ)
O Ciclope, de Guilherme Cenzi e Pedro Achilles (SP)
O Jardim Fantástico, de Fábio Baldo e Tico Dias (SP)
O Mundo Mineral, de Guerreiro do Divino Amor (MG)
Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (PE)
Para Colorir, de Juliana Costa (RS)
Per Capita, de Lia Leticia (PE)
Performatividades do Segundo Plano, de Frederico Benevides e Yuri Firmeza (CE)
Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira (SP)
Rocha Matriz, de Cristal Líquido (Gabriel Menotti e Miro Soares) (ES)
Sem Título #6: o Inquietanto, de Carlos Adriano (SP)
Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
Urubá, de Rodrigo Sena (RN)
Vagalumes, de Léo Bittencourt (RJ)
Vento Seco, de Daniel Nolasco (GO)
Vil, má, de Gustavo Vinagre (SP)

MOSTRA OUTROS ESQUEMAS

Dois Homens ao Mar, de Gabriel Motta (RS)
Espero que Esta te Encontre e que Estejas Bem, de Natara Ney (MS/PE/RJ)
Eu, um outro, de Silvia Godinho (MG)
Glauber, Claro, de César Meneghetti (SP)
Homens Invisíveis, de Luis Carlos de Alencar (RJ)
King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante (PE)
Mulher Oceano, de Djin Sganzerla (SP)
Nūhū Yãgmū Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero (MG)
O que Pode um Corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Pega-se Facção, de Thais Braga (PE)
Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR)
Zabé do Cariri, de Beth Formaggini (RJ)

MOSTRA ARTISTA CONVIDADO | WELKET BUNGUÉ

Buôn (2015)
Bustagate (2020)
Cacheu Cuntum (2021)
É Bom Te Conhecer (N’sumande Tchalih Hudi) (2019)
Mudança (2020)
Treino Periférico (2020)

CADERNO DE ARTISTA

Beatriz Macruz e Maria Clara Guiral: Para’í, de Vinicius Toro (SP)
Carlos Adriano: Homem Comum, de Carlos Nader (SP)
Cristal Líquido (Miro Soares e Gabriel Menotti): Sublunary, de Mariangela Ciccarello e Philip Cartelli (Itália/Malta/EUA)
Dandara de Morais: Random Acts of Flyness, de Terence Nance (EUA)
Daniel Nolasco: Corpo sua autobiografia, de Cibele Appes e Renata Carvalho (SP)
Davi Pretto: Bell hooks and Arthur Jafa Discuss Transgression in Public Spaces at The New School (EUA)
Diego Lisboa: Na Terra do Sol, de Lula Oliveira (BA)
Fábio Baldo e Tico Dias: 4 Bilhões de Infinitos, de Marco Antônio Pereira (MG)
Fabio Rodrigo: Deus, de Vinicius Silva (SP)
Fernando SanTana: Vir-a-Ser, de Bianca Rêgo (SP)
Frederico Benevides e Yuri Firmeza: A Maldição Tropical, de Luisa Marques e Darks Miranda (RJ)
Gabriela Lamas: Esqueceram de me Emoldurar, de Analu Favretto (SC/RS)
Guerreiro do Divino Amor: Usina-Desejo, de Amanda Seráphico, Clarissa Ribeiro e Lorran Dias (RJ)
Guilherme Cenzi e Pedro Achilles: A Montanha Mágica, de Petrus Cariry (CE/SP)
Gustavo Vinagre: profanAÇÃO, de Estela Lapponi (SP)
Henrique Amud e Lucas H. Rossi dos Santos: Abigail, de Valentina Homem e Isabel Penoni (PE)
Henrique Arruda: Looping, de Maick Hannder (MG)
Jean-Claude Bernardet e Rubens Rewald: Entre Nós Talvez Estejam Multidões, de Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito (MG/PE)
Juliana Costa: O Último Dia Antes de Zanzibar, de Filipe Matembacher e Marcio Reolon (RS)
Léo Bittencourt: Aterro do Flamengo, de Alessandra Bergamaschi (RJ)
Leonardo Mouramateus: Bela Mandil, de Helena Estrela (Portugal)
Lia Leticia: Em Trânsito, de Marcelo Pedroso (PE)
Lucas H. Rossi dos Santos: Kabadio – O tempo não tem pressa, anda descalço, de Daniel Leite (Senegal)
Maria Bogado: Luz, Matheusa, Sabine, Salaciona Passareli, de Sabine Passareli (RJ)
Romy Pocztaruk: BEEJ, de Caio Amon, Edu Rabin e Renata de Lelis (RS)
Victor Abreu: Aqui, doido varrido não vai pra debaixo do tapete, de Rodrigo Séllos e Rená Tardin (RJ)

Fotos: Divulgação.

Comentários