As Sufragistas

por: Cinevitor

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Diretora: Sarah Gavron

Elenco: Anne-Marie Duff, Carey Mulligan, Helena Bonham Carter, Grace Stottor, Meryl Streep, Brendan Gleeson, Ben Whishaw, Geoff Bell, Amanda Lawrence, Shelley Longworth, Adam Michael Dodd, Sarah Finigan, Drew Edwards, Lorraine Stanley, Romola Garai, Adam Nagaitis, Finbar Lynch, Samuel West, Nick Hendrix, Clive Wood, Morgan Watkins, Ross Green, Adrian Schiller, Col Needham, Natalie Press, Joanna Neary, Annabelle Dowler, Catherine Tomelty, Susie Baxter, Lisa Dillon, Matt Blair, Simon Gifford, Jacob Krichefski, Hayley Joanne Bacon, Richard Banks, Ancuta Breaban, Pamela Betsy Cooper, Charlotte Day, Amber Dutton, Aaron Ellis, Anna Gabell, Clive Gibson, Lee Nicholas Harris, Laura Hydari, Mariola Jaworska, Steven J. Jobes, Christina Low, Judit Novotnik, Hugh O’Brien, Patricia Winker.

Ano: 2015

Sinopse: O filme se passa na Londres do início do século XX e retrata o crescimento das aparições em público das sufragistas, mulheres que resistiam à opressão de forma passiva, mas, a partir do momento em que começam a encarar uma crescente agressão da polícia, decidem se rebelar publicamente. Certo dia, Maud Watts, que trabalha com seu marido em uma lavanderia, se assusta com o caos de um protesto e acaba reconhecendo uma companheira de trabalho entre os manifestantes. A partir desse momento, ela decide reivindicar seus direitos como mulher e a lutar por sua dignidade.

Crítica do CINEVITOR: Um filme interessante é reconhecido de longe. Basta abordar em seu roteiro algum momento histórico ou destacar méritos de seu protagonista (principalmente em cinebiografias). Mas, nem sempre um filme interessante é visto como importante. As Sufragistas, dirigido por Sarah Gavron, consegue despertar interesse no espectador e ganha importância ao trazer para às telonas a luta das mulheres por seus direitos. A história, que se passa no início do século XX, na Inglaterra, soa tão atual que poderia ser ambientada nos dias de hoje, em países como Kuwait e Arábia Saudita, que, por incrível que pareça, só concederam o direito de voto às mulheres em 2006 e 2015, respectivamente. Graças ao poder feminino, esses e tantos outros absurdos, retratados no filme, têm diminuído, mas ainda falta muito para alcançar a igualdade de gênero. Mesmo com todo esse contexto importante, o filme transmite a sensação de que ficou faltando algo, talvez pelo fato de explorar pouco suas personagens, como por exemplo, o papel de Meryl Streep, que interpreta Emmeline Pankhurst, uma das fundadoras do movimento sufragista. Mesmo sendo citada diversas vezes, ela aparece rapidamente no filme. Em um roteiro apressado e desorganizado, que pincela a história mostrando tudo muito rápido, momentos importantes não recebem o destaque necessário. Apesar de faltar força na trama, As Sufragistas funciona muito bem como produto ideológico e nos faz refletir ao falar de algo do passado que é discutido até hoje. As mulheres ganharam aliados em suas lutas e mudanças estão acontecendo graças ao esforço de muitas, que continuam em busca de igualdade enfrentando àqueles que sempre as reprimiram, restringindo seus direitos. Em As Sufragistas, machistas não passarão! Ainda bem. (Vitor Búrigo)

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

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