Mostra Manifestos para Adiar o Fim do Mundo: programação conta com exibições de documentários e debates

por: Cinevitor

fransdoccinemaFrans Krajcberg: Manifesto reestreia no dia 12 de março.

Muito se fala sobre o Antropoceno, período ecológico chamado de Era da Humanidade. A ação humana está provocando intensas mudanças e alterando drasticamente o funcionamento do fluxo natural do planeta, causando impactos em cascata a ponto de se tornarem irreversíveis. Os cientistas alertam que o fim desta era irá provocar a sexta extinção em massa das espécies. Neste caso, nossa própria espécie, o homo sapiens seria atingido em cheio.

Cada um dos diretores dos filmes que participam da Mostra Manifestos para Adiar o Fim do Mundo, cada qual à sua maneira, escreveu seu próprio Manifesto, seja abordando a questão da ocupação desordenada da terra pelo homem desperdiçando os recursos naturais, patrimônio de toda a humanidade; seja a questão do direito ancestral à terra, o respeito pelos direitos humanos e pela diversidade cultural da humanidade; seja a denúncia sobre o cruel processo de genocídio de um grupo indígena no Brasil.

O objetivo desta Mostra de filmes é conscientizar as pessoas de que precisamos nos reinventar como espécie compartilhando do mesmo propósito, o de viver em harmonia com a natureza.

Nesta primeira edição, Regina Jehá conversa com seus convidados após a exibição de cada filme, que acontecerá no Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca, sempre às 19h30. Seu filme Frans Krajcberg: Manifesto reestreia na semana seguinte à Mostra, dia 12 de março.

PROGRAMAÇÃO:

Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra (Brasil, 2019)
Direção: Jorge Bodanzky e João Farkas
Sinopse: Fazendeiro no Pantanal do Mato Grosso, Ruivaldo Nery de Andrade ganhou destaque como um soldado na linha de frente da batalha pela proteção do meio ambiente. Acompanhando o dia a dia de esforços para sobreviver de Ruivaldo, o documentário aborda as consequências do assoreamento do Rio Taquari.
Dia e horário: 5/3, 19h30
Sessão seguida de debate com os diretores e Regina Jehá

500 Almas
Direção: Joel Pizzini (Brasil, 2005)
Sinopse: O delicado processo de reconstrução da memória e da identidade dos índios Guatós através de depoimentos dos próprios membros da comunidade e de reconstituições de crimes realizados por homens brancos contra eles; uma tribo indígena da região do Pantanal mato-grossense que foi descoberta muitos e muitos anos após ter sido considerada extinta e que atualmente se encontra disperso pela área.
Dia e horário: 6/3, 19h30
Sessão seguida de debate com o diretor e Regina Jehá

Martírio
Direção: Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho e Tatiana Almeida (Brasil, 2016)
Sinopse: Uma análise da violência sofrida pelo grupo Guarani Kaiowá, uma das maiores populações indígenas do Brasil nos dias de hoje e que habita as terras do centro-oeste brasileiro, entrando constantemente em conflito com as forças de repressão e opressão organizadas pelos latifundiários, pecuaristas e fazendeiros locais, que desejam exterminar os índios e tomar as terras para si.
Dia e horário: 7/3, 19h30
Sessão terá abertura com a presença da Regina Jehá

Frans Krajcberg: Manifesto
Direção: Regina Jehá (Brasil, 2019)
Sinopse: Frans Krajcberg se prepara para expor suas obras e receber a grande homenagem da 32ª Bienal de Arte de São Paulo, enquanto desvela suas memórias e reflexões. Recentemente falecido, a vida do artista foi uma luta implacável contra a loucura destrutiva do homem, desde o fogo da 2ª Guerra Mundial às queimadas na Região Amazônica. O destino de um homem extraordinário inserido na história do seu tempo, comprometido com sua arte e profundamente vivo para sempre.
Dia e horário: 8/3, 19h30
Sessão seguida de debate com a diretora Regina Jehá e Sonia Guarany

Foto: Divulgação.

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