Mostra de Cinema Poesia na Tela 2021: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta Tão Bonita que Tão Medonha, realizado por alunos da Oficina Documentando.

A sexta edição da Mostra de Cinema Poesia na Tela acontecerá entre os dias 21 e 23 de abril, em formato on-line e gratuito, com 33 títulos selecionados, entre longas, médias e curtas-metragens. É a primeira vez que o evento será realizado de forma remota, por conta da pandemia de Covid-19. As outras edições foram realizadas no município de Tabira, sertão pernambucano.

Para selecionar os filmes, que serão disponibilizados via streaming no site, a curadoria levou em consideração três aspectos: filmes que tenham ligação com a poesia; que documentam vida de poetisas e poetas; ou são inspirados em poesia das pessoas do Sertão do Pajeú.

Todos os filmes foram realizados no Sertão do Pajeú; exceto Mateus, de Dea Ferraz, que foi feito na Zona da Mata de Pernambuco e foi selecionado por ter como uma das protagonistas a homenageada do evento, a atriz Odília Nunes. Os filmes estão divididos em quatro mostras, entre elas, a de longas-metragens com dois trabalhos; um deles é Bem Virá, de Wilma Queiroz, de Afogados da Ingazeira, primeiro longa dirigido por uma mulher no sertão.

Na mostra Poesia para Todas as Telas, filmes que têm ligação com a poesia feita na região ou documentam a vida de poetisas e poetas ganham destaque. Na mostra Do Pajéu para Todas as Telas, a seleção traz obras que foram produzidas no Sertão do Pajeú. “Tem filmes que são autorais, mas também selecionamos produções oriundas de oficinas audiovisuais que estiveram na programação de eventos parceiros realizadas no sertão”, explica o coordenador da Mostra, Devyd Santos.

Nesta edição, o Poesia na Tela presta homenagem a uma artista natural do sertão do Pajeú, que é símbolo da pluralidade cultural e da busca pela democratização do acesso à arte: Odília Nunes, atriz de teatro e cinema, diretora teatral, dramaturga, cordelista e produtora cultural. Ela nasceu em São José do Egito e foi criada em Tuparetama, onde começou sua carreira artística aos onze anos, em uma companhia de teatro local, na qual atuou por alguns anos seguindo depois para Petrolina. Em 2005, teve seu primeiro solo de teatro, com a criação de Decripolou Totepou, que além de ter sido apresentado em festivais e eventos de diversas cidades do Brasil, Espanha, Portugal e Chile, marca o início do projeto De Povo em Povo, responsável por levar apresentações teatrais a comunidades rurais do Nordeste.

No cinema, sua carreira teve início em 2014, com o curta-metragem documental Mateus, dirigido por Dea Ferraz, que se tornou longa-metragem em 2018. Seus mais recentes trabalhos são: a série Entre Rios – Rio Pajeú, que está em fase de finalização, e o filme Cordelina, de Jaime Guimarães. Além disso, Odília realiza o projeto No Meu Terreiro tem Arte, os festivais Chama Violeta e Palhaçada é Coisa Séria, que integram teatro, circo e música e acontecem na comunidade do Minadouro, em Ingazeira, onde atualmente a atriz mora. Esses dois últimos festivais foram criados para comemorar o aniversário de cada uma das filhas, Violeta e Helena, respectivamente.

Além dos filmes, a programação da Mostra traz também atividades paralelas. Três formações virtuais foram oferecidas para o público nesta sexta edição: Oficina Documentando, ministrada por Marlom Meirelles; Poema em Movimento: Os Caminhos da Videopoesia, com Eva Jofilsan; e Um Passeio pela Poesia Pajeuzeira, com Dulce Lima e Dedé Monteiro.

Conheça os filmes selecionados para a 6ª Mostra de Cinema Poesia na Tela:

MOSTRA LONGAS-METRAGENS

O Bem Virá, de Uilma Queiroz
O Silêncio da Noite é que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras, de Petrônio Lorena

MOSTRA HOMENAGEADA ODÍLIA NUNES

Caldeirão dos Bois, de Carol Virgulino
Entre Rios, de João Lucas Melo
Mateus, de Dea Ferraz
Rio Feiticeiro, de Alexandre Alencar

POESIA PARA TODAS AS TELAS

4 Kordel, de Lírio Ferreira
As Severinas – 10 Anos, de Eduardo Crispim
Bom Dia, Poeta – Uma Terra Encantada de Mundo, de Alexandre Alencar
Coco Moleque – Em Canto e Poesia, de Carol Correia
Leonardo Bastião, o Poeta Analfabeto, de Jefferson Sousa
Maria, de Carol Correia
Não Tem Só Mandacaru, de Tauana Uchôa
Poetas do Pajeú pela Democracia, de Oficina Documentando
Pra Tocar os Dias, de Oficina Documentando
Sala de Reboco, de Ana Célia Gomes
Tabira em Poesia, de Direção Coletiva Produção Audiovisual
Tem Criança no Repente, de Eduardo Crispim

DO PAJEÚ PARA TODAS AS TELAS

#turismo_selvagem, de Oficina Cine Sesi Cultural
A Hora do Tabaqueiro, de Direção Coletiva Oficina Sesc
Candidatas, de Bruna Tavares e William Tenório
Carta para o Futuro, de Bruna Tavares e William Tenório
Chão Duro – A Dobra, de Graciela Guarani e Alexandre Pankararu
Cine S. José, de William Tenório
Corisco – Radiola Serra Alta, de Direção Coletiva Oficina Videoclipe Experimental
Desyrrê, de Oficina Documentando
Lampião e o Fogo da Serra Grande, de Anildomá Willans de Souza
Memórias Submersas, de William Tenório
Novo Mundo, de Bruna Tavares e William Tenório
O Mistério da Emafv, de Oficina Cinecrionçada
Papo Amarelo – O Primeiro Tiro, de Anildomá Willans de Souza
Ser Mais que Cinza, de Daniel Figueiredo
Tão Bonita que Tão Medonha, de Oficina Documentando
Triunfo, de Oficina Cinemando

Foto: Divulgação.

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