Morre, aos 95 anos, a atriz Tônia Carrero

por: Cinevitor

morretoniacarrero2Diva e talento reconhecido: no auge da Companhia Cinematográfica Vera Cruz.

Morreu na noite deste sábado, 03/03, aos 95 anos, a atriz Tônia Carrero, uma das artistas mais consagradas do Brasil. Segundo informações de familiares, divulgadas pela GloboNews, ela foi internada na sexta-feira, em uma clínica no Rio de Janeiro, para realizar uma cirurgia simples. Durante o procedimento, sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.

Nascida no dia 23 de agosto de 1922 como Maria Antonietta Portocarrero Thedim, começou sua carreira artística no final da década de 1940, quando foi morar em Paris com o marido Carlos Arthur Thiré, com quem teve um filho, o ator e diretor Cecil Thiré. Até então, era formada em Educação Física, porém, na capital francesa, estudou com o ator Jean-Louis Barrault e, de volta ao Brasil, fez sua estreia nas telonas em uma participação no filme Querida Suzana, de Alberto Pieralisi, em 1947.

Tônia Carrero foi um dos maiores nomes da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, estúdio brasileiro localizado em São Bernardo do Campo, responsável por diversas produções na década de 1950. Nas telonas, atuou em diversos filmes, como: Caminhos do Sul (1949), Quando a Noite Acaba (1950) e Appassionata (1952), de Fernando de Barros; Tico-Tico no Fubá, de Adolfo Celi (1952); É Proibido Beijar, de Ugo Lombardi (1954); Mãos Sangrentas (1955) e Esse Rio Que Eu Amo (1962), de Carlos Hugo Christensen; Alias Gardelito, de Lautaro Murúa (1961); Sócio de Alcova, de George Cahan (1962); Copacabana Palace, de Steno (1962); Tempo de Violência, de Hugo Kusnet (1969); Gordos e Magros, de Mário Carneiro (1976); Sonhos de Menina Moça, de Tereza Trautman (1988); A Bela Palomera, de Ruy Guerra (1988); Fogo e Paixão, de Marcio Kogan e Isay Weinfeld (1988); O Gato de Botas Extraterrestre, de Wilson Rodrigues (1990); Vinicius, de Miguel Faria Jr. (2005); e Chega de Saudade, de Laís Bodanzky (2007).

toniamorte3A atriz, em 2007, nos bastidores de Chega de Saudade, filme de Laís Bodanzky.

Além do cinema, fez muito sucesso no teatro. Sua estreia nos palcos foi em 1949, na peça Um Deus Dormiu Lá em Casa, onde atuou ao lado de Paulo Autran, que acabou se tornando seu grande amigo, colega de trabalho e sócio na Companhia Tônia-Celi-Autran, junto com o italiano Adolfo Celi.

Na TV, foram diversos trabalhos, entre eles: Pigmalião 70, O Cafona, Água Viva, Louco Amor, Sassaricando, Sangue do Meu Sangue, Esplendor e Senhora do Destino, sua última novela, em 2004.

Em 1981, recebeu o Troféu Imprensa e foi premiada pela APCA, Associação Paulista de Críticos de Artes, por sua atuação na novela Água Viva; em 2008, foi homenageada no Prêmio Shell de Teatro; e em 2009, levou o prêmio de melhor atriz coadjuvante por Chega de Saudade no Festival Internacional de Cinema de Cartagena.

Foto: Divulgação.

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