Filmes paranaenses ganham destaque na programação do 10º Olhar de Cinema

por: Cinevitor
Cena do curta Meu Coração é um Pouco Mais Vazio na Cheia, de Sabrina Trentim.

A mostra Mirada Paranaense do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba é dedicada a apresentar ao público um panorama da produção audiovisual local, do estado do Paraná. O espectador é convidado a conhecer as primeiras produções de jovens realizadores locais, bem como a acompanhar novos trabalhos de cineastas experientes.

Neste ano, além dos curtas, pela primeira vez a mostra conta com dois longas-metragens: Bia Mais Um, de Wellington Sari, que conta a história de uma garota de 17 anos que está de mudança e acaba de retornar do exterior; e Ursa, de William de Oliveira, que mostra um ataque de pit bull em um bairro periférico e seus trágicos desdobramentos. Há, todavia, um terceiro paranaense na seleção do festival: o curitibano Mirador, de Bruno Costa, que teve sua estreia na Mostra de Cinema de Tiradentes e integra a Olhares Brasil.

A seleção de curtas-metragens conta com oito produções, entre elas, Meu Coração é um Pouco Mais Vazio na Cheia, de Sabrina Trentim, um filme-ensaio que se passa no rio Araguaia, em Tocantins: “É um trabalho muito pessoal e subjetivo. Eu filmei o que me chamava atenção e o que eu achava interessante com a pretensão de jogar o filme para o mundo para mostrar a festa que acontece por lá. Fui honesta comigo e com a minha arte”, disse a diretora em entrevista ao CINEVITOR por e-mail.

Além de realizadora, Sabrina, que é natural de Araguaína, uma cidade agropecuária no norte de Tocantins, mudou-se para Curitiba para estudar cinema e construiu uma história com o Olhar de Cinema: “Eu adoro esse festival de paixão. Em 2017 foi minha primeira edição e eu, como espectadora, estava totalmente deslumbrada. Eu adorava a mostra Olhares Clássicos, que é ótima para quem está começando a graduação. Em 2018, fui voluntária e trabalhei no transporte das vans; foi uma experiência maravilhosa. No ano seguinte já assumi mais responsabilidades. Além de trabalhar, em 2019, passou um filme nosso [da faculdade] na Mirada Paranaense, que é o Criativa(mente) Destoante, de Natacha Oleinik; eu assinei as funções de produção e também fiz som direto. Já em 2020 foi aquele baque, sendo a primeira edição on-line. Acompanhei os filmes em casa”.

Sobre participar da décima edição como realizadora, Sabrina disse: “Esse ano eu inscrevi o filme sem pretensão e quando recebi a notícia eu não acreditei. Fiquei super feliz. Passar meu primeiro filme como diretora no festival é incrível. Eu estou muito feliz de estar no Olhar de Cinema e de ter sido escolhida pela curadoria. É muito emocionante abrir o catálogo e ver o meu nome e uma foto do rio Araguaia”.

A programação de curtas continua com: A Busca do Eu e O Silêncio, de Giuliano Robert; Anamnese, de Tiago Lipka; Aquela Mesma Estação, de Luiz Lepchak; Elas São o Meu Início, de Jessica Quadros; Marcha de uma Liberdade Roubada, de Laís da Rosa Coelho; Retrato Falado, de Luiz Bonin e Oda Rodrigues; e Segunda Natureza, de Milla Jung.

*Clique aqui e acompanhe a programação do 10º Olhar de Cinema.

Foto: Divulgação.

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